OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

FALAR E OUVIR

"Em nossas relações interpessoais diárias temos noção do quanto falamos e do quanto ouvimos? Em nossas conversas informais, presenciais ou por telefone, como nos colocamos? E nas reuniões de trabalho ou mesmo espirituais? Temos consciência do quanto falamos? Prestamos atenção no que o outro diz? Estamos presentes, realmente?

Isso é um treinamento, como tudo na vida. Uma prática de autopercepção, que leva ao autoconhecimento. Nesse processo deve haver auto-observação, sem julgamentos. O julgamento atrapalha a clareza do entendimento, a visão da realidade.

Se você está interessado nisso, observe-se quando estiver participando de uma conversa, de um encontro, de um grupo. Perceba quais são suas reações, como você age e reage. É retraído? Fala muito? Sabe escutar? Acha que o que você sabe é o mais importante? Ou ainda não tinha pensado nisso e simplesmente faz o que faz sem se dar conta? Tem noção do tempo de sua fala? Tem paciência para ouvir as ideias do outro? Consegue ouvir críticas sem se aborrecer, avaliando se são ou não corretas e o que podem ter de positivo?

Viver é relacionar-se. É aí que os aprendizados se dão: nesse espaço de trocas.

É preciso coragem, abertura pessoal e, principalmente, estar presente, por inteiro, em cada instante.

Vamos!"

Fernando Mansur, Escrita Divina, A comunicação da alegria, Edição do Autor, 2017, p. 128.
Imagem: Perintest


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

AÇÃO DO BEM (PARTE FINAL)

"(...). Agrada a Deus toda e qualquer ação meritória, porque faculta o inter-relacionamento útil entre as criaturas que, em estado de sociedade, se necessitam para progredir.

Não fazer o mal é meritório, porque a sua prática é degradante e cruel. No entanto, há que se atuar de forma fecunda no contexto social, gerando simpatia e cordialidade, evitando que se degenerem os sentimentos humanos por falta de calor e de amizade, de compreensão e de ajuda.

O progresso da Ciência e da Tecnologia que faculta o desenvolvimento da Humanidade e ameniza as agruras e desafios existenciais, está firmado nos propósitos dignificantes que estimulam os seus lutadores e missionários, a fim de que o bem, um dia que não está longe, domine na Terra."


Extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Espírito, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 104/105.
Imagem: Pinterest

 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

AÇÃO DO BEM (2ª PARTE)

"(...). Não basta, portanto, deixar de fazer o mal. É necessário empreender esforços para fazer todo o bem possível imaginável, dentro das próprias forças, sem exageros. Porém, sendo necessário, deve-se fazer o bem mesmo com sacrifício, o que o torna mais significativo perante Deus.

Quando não se o pratica, sendo possível, medra o mal que arrasta corações e vidas no rumo do despenhadeiro, ceifando existências que poderiam ser conduzidas na direção da felicidade.

Se alguém se encontra necessitado de determinado socorro que outrem lhe pode dispensar, e esse não o faz, os danos que aí se originam tornam-se responsabilidade daquele que agiu de maneira indiferente ou se negou a contribuir para erradicá-los.

Misérias incontáveis poderiam ser extirpadas do planeta, se alguns indivíduos que dispõem do poder, seja social, econômico, político, religioso, artístico ou administrativo, se empenhassem por alterar-lhe a marcha devoradora. Preocupados, no entanto, em mais amealhar, acumulando fortunas de que jamais se utilizarão para qualquer fim nobre, ou dominados pela presunção e vaidade que os inflam de orgulho, são responsáveis pela desdita que decorre dessa atitude infeliz.

Não obstante, todos os indivíduos possuem o impulso para a ação fraternal e humanitária que dignifica. Mesmo quando destituído de meios grandiosos para atender as multidões, pode, entretanto, socorrer aquele que se lhe encontre mais próximo, contribuindo com pequenas dádivas de carinho e de compaixão, transformadas em pão e medicamento, em agasalho e orientação, em trabalho e em reconforto moral.

Não apenas por meio dos valores amoedados se pode e se deve praticar o bem, senão, também, utilizando dos sentimentos fraternais, que são bênçãos da vida em favor de outras vidas.

Uma côdea de pão alimenta quando se tem fome, e um pouco de água evita a morte por desidratação imediata, abrindo espaços para futuros socorros que impedirão o sofrimento ou a morte.

Não é imprescindível que o benefício que se faça tenha expressivo volume ou grande significado. Tudo é valioso quando está dentro dos limites daquele que ajuda, portanto, das suas forças.

Desse modo, ninguém se pode eximir da prática do bem nem do dever da solidariedade, que constituem maneiras eficazes para tornar o grupo social digno de melhor qualidade de vida.

Uma baga de luz rompe qualquer treva densa.

Uma moeda de amor torna-se início de uma realização operante.

Pessoa alguma, portanto, que se afirme destituída de recursos para o ministério da caridade, para a prática do bem.

Quem não possa apagar um incêndio, ofereça às chamas um pouco de água enquanto não chegarem as forças especializadas em combatê-las.

Na ardência do Sol uma pequena proteção evita que se esvaiam as energias debilitadas. (...).”

Extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Espírito, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 102/104.
Imagem: Pinterest



terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

AÇÃO DO BEM (1ª PARTE)

642. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?          "Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite das suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem."


O ser humano é portador de uma destinação sublime: alcançar a plenitude que lhe está destinada desde o momento da sua criação.

Para consegui-la deverá empenhar todos os esforços, no que diz respeito à conquista do conhecimento e ao desenvolvimento dos valores morais que se lhe encontram em latência.

As vicissitudes que vivencia ao largo da experiência iluminativa, fazem parte dos procedimentos de purificação da ganga exterior que carrega, de modo que o Espírito reflita toda a grandeza de que se faz possuidor. O mesmo fenômeno ocorre com as gemas e metais preciosos, que necessitam de instrumentos que lhes arranquem a beleza interna, esfacelando a forma externa grotesca encarregada de protegê-la, guardando-a para o momento esplendoroso.

À medida que adquire o discernimento dos objetivos existenciais, desapega-se das paixões que o jungem ao eito da escravidão dos vícios primitivos que lhe remanescem no comportamento, despertando-lhe o interesse superior para outros valores existenciais que o exornam de sabedoria e de felicidade.

Concomitantemente, desenvolve emoções que lhe devem constituir fundamentos para o amor, o grande guia no labirinto das atividades que deve exercer.

À semelhança do fio de Ariadne, que o pode retirar do recinto confuso e complexo por onde peregrina, o amor é-lhe sempre a luz guiando-o na obscuridade.

No início, confunde-o com os impulsos dos instintos que o desgovernam, sem saber exatamente como vivenciar o seu poder libertário, energia que tem origem na Fonte Geradora da vida.

Logo que passa a experimentar o seu vigor, alteram-se-lhe as áreas de manifestação, que se desenvolvem até o momento de predominar em todos os seus campos de vibração.

Eis por que o bem é-lhe manifestação inconfundível, ao mesmo tempo estímulo para a sua exteriorização e campo de expressão dos conteúdos que o constituem, tais a fraternidade, a ternura, a solidariedade, o perdão, a caridade...

Acionar os mecanismos que o tornam realidade no mundo da forma, deve sempre constituir motivação de vida para todos aqueles que o sentem medrar e expandir-se como hálito divino. (...)"

Extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Espírito, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 101/102.
Imagem: Pinterest


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

DEPENDÊNCIA

"A capacidade de amar está presente na alma humana, mas, para que floresça, exige maturação da consciência, isto é, 'aprimoramento dos sentimentos'.

A maioria das criaturas foi educada ouvindo fábulas e mitos do amor romântico. Os tabus sexuais, as velhas estruturas familiares, as normas tradicionais do matrimônio, consideradas 'virtudes femininas', estabeleceram, na formação educacional das mulheres, todo um comportamento de dependência em relação aos homens. Elas centraram suas vidas em outros indivíduos, preocupadas em receber proteção e cuidados, e destruíram, com o tempo, suas vocações e aptidões mais íntimas.

'São iguais perante Deus o homem e a mulher (...) outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.'

Muitos acreditaram que o amor seria somente despertado por uma 'varinha de condão' ou por uma 'flecha do cupido' que, ao tocá-los, acordasse das profundezas de seu inconsciente um sentimento há muito tempo adormecido. Existem aqueles que, ingênuos, passam uma encarnação inteira esperando que essa 'dádiva mágica' desabroche de repente, entre a procura e a espera do ser amado, pagando desesperadamente qualquer preço.

Na atualidade, muitos educadores, psicólogos, antropólogos e psiquiatras afirmam que a forma como usamos nossos sentimentos é uma 'resposta aprendida'. A capacidade de amar está presente na alma humana, mas, para que floresça, exige maturação da consciência, isto é, 'aprimoramento de sentimentos. 

Paralelamente, sabemos que as diversas vivências reencarnatórias sedimentam na alma humana certas predisposições singulares no entendimento do amor. Os costumes, as tradições e os hábitos que envolvem o namoro, o casamento, o sexo e a família, completamente diferentes de nação para nação, de continente para continente, estabelecem noções diversificadas sobre a afetividade nos espíritos em sua longa marcha evolutiva.

Existem aqueles que colocaram o amor dentro de uma estrutura romântica, ou seja, fazem prevalecer um sentimentalismo exagerado e uma imaginação irreal, desprezando o significado dos sentimentos autênticos. Eles acreditam que o casamento extingue por completo todas as adversidades e infortúnios existenciais e que as ansiedades do cotidiano acabariam, terminantemente, quando a cerimônia sacramentasse num abraço de ternura o 'felizes para toda a eternidade'.

A necessidade recíproca de controle, as promessas de que renunciariam à própria individualidade e teriam os mesmos objetivos para todo o sempre são os primeiros indícios de uma enorme desilusão na vida a dois. Compromissos de amor são válidos, desde que aprendamos que nossa vida está em constante renovação. Assim como as pessoas passam por diversas transformações, também o amor que sentem pelos outros se transforma.

Quanto mais observarmos os ciclos da vida fora de nós, mais entenderemos as transformações que ocorrem em nossa intimidade, porque nós também somos Vida. Apenas desse modo, ficaremos mais seguros e estáveis em relação ao nosso desenvolvimento e amadurecimento afetivos.

A diferença fundamental entre amor e dependência é observada com clareza nas ações e comportamentos das criaturas. A dependência prende, possessivamente, uma pessoa à outra, enquanto o amor de fato incentiva a liberdade, a sinceridade e a naturalidade. O dependente é caracterizado por demonstrar necessidade constante e por reclamar sistematicamente a atenção do outro.

O indivíduo dependente padece dos recursos psíquicos de alguém para viver. Ele dirá 'eu o amo', mas, em realidade, quer dizer 'eu preciso de você', ou mesmo, 'eu não vivo sem você'. O amor real baseia-se no sentimento compartilhado entre duas pessoas maduras, ao passo que o amor dependente implora consideração e carinho, infantilmente.

Os legítimos sentimentos da alma nunca se sujeitam a ordenações e imposições, mas sim a uma completa espontaneidade de atitudes e emoções. Dependência gera dores na alma; já a liberdade para amar é um direito natural de todos os filhos de Deus."

Extraído do livro "As dores da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova editora e distribuidora de livros espíritas, Catanduvas, SP, p. 199/201.
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