"(...) No princípio, portanto, podemos dizer que os pensamentos são as expressões de entidades em manifestação, variando, em desenvolvimento, de deuses autoconscientes que usam sóis e estrelas como veículos àqueles ainda 'adormecidos' como centelhas divinas, no início, ou nos estágios iniciais de sua evolução. Nós mesmos podemos ser produto da energia mental de nosso deus interior.
Assim, como tudo é relativo, os pensamentos inspiradores que chegam até nós, aparentemente vindos de lugar algum, podem, na realidade, ser os de alguma grande entidade movendo-se no cosmo e através dele. Por outro lado, os maus pensamentos ocasionais, que podem assustar até mesmo as pessoas mais bondosas, poderiam ser elementais mentais de origem muito baixa, centelhas de vida não evoluídas, por assim dizer, que estão temporariamente migrando na esfera humana. A média dos pensamentos que ocupam boa parte de nossa atenção são, sem sombra de dúvida, as energias mentais bastante naturais para nós no presente, porque estão tendo suas principais experiências no reino humano.
Pensamentos são coisas, verdadeiramente, pois são seres elementais evoluindo assim como nós, e embora não possamos criticá-los, somos responsáveis pelo tipo de entidades mentais que atraímos e pela qualidade que lhe imprimimos. À medida que entram e saem de nossas mentes, essas entidades mentais são beneficiadas ou degradadas pelo contato conosco - e aí reside nossa responsabilidade, não apenas com nós mesmos, mas para com aquela legião de energias mentais cujo destino afetamos.
Por exemplo, suponhamos que um belo pensamento brilhe em nossa consciência, mas somos letárgicos demais ou egoístas demais para responder a ele; então, duas coisas podem resultar: retardamos em um grau a evolução daquele ser mental e também perdemos nós mesmos uma oportunidade de receber um impulso para adiante. Da mesma forma, quando um pensamento ruim - realmente um elemental num estágio de crescimento inferior - tenta-nos para praticarmos uma ação ignóbil, não precisamos ter medo, mas podemos simplesmente avaliá-lo pelo que é, e então sossegadamente mandá-lo seguir seu caminho."
(James A. Long - O poder do pensamento - Revista Sophia, Ano 12, nº 47 - p. 30/31)