OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 3 de outubro de 2015

CARMA E HEREDITARIEDADE

"Pode explicar-se perfeitamente a hereditariedade, pela teoria cármica.

O indivíduo, ao nascer, precisa acompanhar-se de certas qualidades físicas ou morais, de certo ambiente familiar ou social, que lhe permitam cumprir o Carma, organizado pelos Senhores do Carma (Assim, os 4 Maharajas escolhem o carma físico: pais, ambientes etc.).

Não existe o acaso. Acaso é o conjunto de causas que desconhecemos.

Quando o biologista, ao demonstrar a hereditariedade, diz que a reunião dos cromossomos paternos e maternos processa-se ao acaso, para darem os caracteres da criança, não diz a verdade, na acepção teosófica. Estes cromossomos reúnem-se pela vontade superior dos Senhores do Carma. São eles o 'acaso'.

Vamos apresentar um exemplo muito grosseiro, porém acessível, para explicar, até certo ponto, a relação entre a hereditariedade e o Carma.

Seja um indivíduo que, em sua vida anterior, procedeu de tal forma, perdeu tais ocasiões de fazer o bem ou de repelir o mal, que, ao nascer, terá de sofrer certas limitações, por exemplo, da vista ou do ouvido.

Ora, ele só poderá nascer numa família em que haja defeitos hereditários da vista ou do ouvido e não numa família inteiramente eugênica, cujos pais não têm, portanto, caracteres hereditários da doença.

Mas, dirão os materialistas: 'Fulano nasceu surdo ou cego, ou com tal defeito visual ou auditivo, porque o pai ou a mãe, ou o avô etc., eram surdos, cegos, ou tinham tais defeitos.

De fato, o indivíduo apresenta tal ou tal defeito hereditário, porque, na família em que nasceu, existem tais defeitos. Mas, se nasceu em tal família e com tal defeito, isto não se deu por mero acaso..."

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 211/213


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

CORREMOS ATRÁS DE ARCO-ÍRIS

"Nem sempre vemos o que está mais perto de nós. Passamos direto pelas riquezas que estão ao alcance da mão e corremos atrás do arco-íris. Buscamos a segurança no escuro, quando em realidade ansiamos pela luz. Bebemos sonhos dourados que não nos saciam, quando a alma está sedenta da Realidade Suprema. Corremos atrás da sombra inexistente do abrigo das miragens, enquanto na verdade ansiamos pelo oásis de paz e harmonia que está na alma. A diversidade desarmoniosa que nos chama lá fora é um mero jogo de sombras dos verdadeiros tesouros em nosso interior. Acalme a irrequieta mente que se exterioriza, fazendo com que ela se volte para dentro. Harmonize pensamentos e desejos com as realidades que a tudo satisfazem e que já se encontram na alma. Então você verá a harmonia inerente à vida e à natureza. Se sintonizar suas esperanças e expectativas com sua harmonia interior, você flutuará pela vida nas diáfanas asas da paz. A beleza e a profundidade da yoga estão no fato de que ela concede a invariável serenidade."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 102)


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A VIDA NA IOGA

"Existe um estágio de progresso na ioga no qual as formas e os métodos prescritos não são mais necessários, mas até que este estágio seja alcançado, certos métodos são necessários como os indicados nos autênticos livros sobre ioga. Chega um momento, porém, que o iogue não dá mais atenção a eles, mas vive o tempo todo num estado de êxtase que, embora nem sempre visível em sua mente, está presente no entanto. Ele está naquele estado e sabe disso. O estado está sempre ali, e ele só precisa aquietar a sua mente por um ou dois momentos para experimentá-lo plenamente.

Esta é uma doutrina algo perigosa para os principiantes que podem se iludir com este conhecimento, pensando que eles também podem ser independentes das formas e dos métodos indicados. Eles os negligenciam e fracassam inevitavelmente. Assim como a experiência do homem sobre a luz do Sol na Terra inclui todas as fase e os graus de luz, desde o pré-alvorecer ao pôr do Sol e à escuridão da noite - e está limitado a eles - assim também o principiante na ioga precisa experimentar as fase separadas e progressivas da luz interior. Porém, acima e além da Terra e de sua sombra, o Sol está brilhando o tempo todo. Aqueles que alcançaram um certo estágio de desenvolvimento em vidas anteriores estão numa posição peculiar numa nova vida quando iniciam a ioga outra vez. Eles devem obedecer as regras, mesmo que as achem desnecessárias por causa de realizações anteriores que os levaram além destas regras. 

O mais sábio nestas circunstâncias é combinar as práticas, isto é, realizar a disciplina indicada da forma mais completa e honesta possível, e formar o hábito durante o resto do dia de elevar a consciência, como se fora até o êxtase interior, assim como um míssil é disparado libertando-se da Terra. É importante, porém, que este último procedimento não leve o aspirante a parar com o autotreinamento metódico na ioga."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Yoga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 97)


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

RENÚNCIA


"Renuncie à ideia de ser separado. Em todos os seres veja você mesmo, e sinta todos os seres em você. Esta é a mais alta renúncia, a renúncia do sentido do ego, o ego que o faz se apegar a esta sua temporária habitação, a este saco de ossos e carne, a esta casca que usa um nome e uma forma. De duas coisas consiste o exercício espiritual: a contemplação de Deus; e a descoberta da nossa natureza inata, ou seja, da Realidade.

Reduza suas necessidades, e viva com simplicidade - tal é o caminho da felicidade. Apego gera aflição em seu despertar. Ao final, quando a morte exige que tudo seja largado para trás e que abandone todas as pessoas, você é esmagado pelo sofrimento. Imite o lótus na água; ele pousa sobre ela, mas não dentro dela. A água é necessária a seu crescimento, mas ele não consente que nem uma gota o molhe."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 49)


terça-feira, 29 de setembro de 2015

LEALDADE (PARTE FINAL)

"(...) Quando falamos de sermos leais ou não, quem somos 'nós'? É a mente em nós que escolhe ou decide. A mente, embora associada a outros elos da cadeia da individualidade humana, é essencialmente o homem. Onde fica a natural lealdade ou centro de gravitação para a mente? Naquilo que chamamos de Espírito, o foco espiritual da consciência manifestada. Uma vez que o Espírito não é pessoal, mas vivo, onipenetrante, infinitamente centrado, a atração a ele é atração a tudo que seja espiritual. Somente nisso está a direção do progresso, se quisermos elevar-nos acima do plano de mera expansão da mentalidade que é ativa na vasta maioria dos homens. A mente tem de ser enxertada no princípio espiritual ou elevada até ele. Portanto, não pode haver lealdade na mente do homem, exceto aqueles valores, corporificados numa pessoa ou teoricamente contemplados, que são cristalizações da qualidade espiritual imperecível, presentes nele mesmo.

Mesmo quando a livre autoentrega do coração é a alguém em quem se vê perfeição, essa autoentrega é à sua própria raiz ou origem. A verdadeira lealdade, em todos os casos, só pode ser àquilo que pode reivindicar lealdade ao refletir a natureza do espírito, que tem uma atração inerente pelo coração e a mente puros. Numa tal lealdade não existe exclusão nem a possibilidade de contradições e conflitos futuros; não existe artificialidade nem aviltamento a um fim indigno ou por meios indignos. 

Nossa devoção e lealdade a uma pessoa são muitas vezes o desenho de um círculo em torno de nós mesmos, do qual os outros são excluídos. Nossa admiração por uma pessoa muitas vezes implica desprezo inconsciente do outro, mesmo quando ostensivamente não fazemos a comparação. A lealdade pode ser interesseira; às vezes adulamos nosso Deus para obter uma porção de seu reino. O cancro do eu pode permanecer oculto na mais bela das flores. Devemos estar de atalaia para extirpá-lo.

A lealdade é uma daquelas virtudes de que fala Luz no Caminho: "Em verdade as virtudes do homem são passos necessários, dos quais não se pode prescindir de modo algum. Contudo são inúteis se isolados. Toda a natureza do homem deve ser sabiamente empregada por aquele que deseja entrar no caminho'.

Quando toda a natureza é empregada sabiamente, a coisa torna-se sagrada. Nessa natureza não existe discriminação maléfica. Então a lealdade a Deus, ao homem, a si próprio e aos próprios ideais (ou pode ser a um cão) torna-se um fator estabilizante, unificado, a espinha dorsal de nosso desenvolvimento. Tornamo-nos para nós mesmos o caminho, a verdade e a vida, quando alcançamos o estado perfeitamente integrado." 

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 69/70)