OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 17 de março de 2013

CRIE O HÁBITO DE EMITIR PENSAMENTOS DE AJUDA E BOA VONTADE A TODOS QUE TE RODEIAM

"Ninguém tem possibilidade de tornar-se discípulo aceito a não ser que haja adquirido o hábito de volver suas forças para fora e de concentrar sua atenção e energia sobre outros, para verter sobre eles pensamentos de ajuda e boa vontade. Oportunidades de se fazer isto são constantemente oferecidas, não apenas entre aqueles com os quais entramos em íntimo contato, porém mesmo entre os estranhos que deparamos na rua. As vezes sabemos de alguém que se acha obviamente deprimido ou sofrendo, num jato podemos injetar em sua aura um pensamento de estímulo e fortalecimento. Permita-se-me citar mais uma vez uma passagem que vi há um quarto de século num dos livros do Novo Pensamento:

Impregna amor ao pão que assas; embrulha em energia e coragem o pacote que atas para a mulher de rosto fatigado; unta de confiança e sinceridade o dinheiro que pagas ao homem de olhar desconfiado.

É um lindo pensamento expresso de maneira exótica, porém que transmite a grande verdade de que cada contato é uma oportunidade, e que cada pessoa que encontramos da maneira mais casual é alguém para ser ajudado. Assim o estudante da Grande Lei percorre a vida distribuindo bênçãos a todos em volta de si, fazendo o bem irrestritamente por toda a parte, muito embora frequentemente o recipiente da bênção e ajuda não tenha nenhuma ideia de sua procedência. De tais benefícios todos os homens têm o seu quinhão, dos mais pobres aos mais ricos; todos os que podem pensar também podem emitir pensamentos bondosos e de ajuda, e nenhum desses pensamentos falhou, nem jamais pode falhar enquanto imperarem as leis do universo. Podeis não ver o resultado, mas o resultado ali está. e não sabeis que fruto pode nascer da tênue semente que semeais enquanto percorreis vossa senda de paz e amor."

(C. W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 103/104)


sábado, 16 de março de 2013

JNANA YOGA - AJNANA E JNANA (3ª PARTE)

"O que nos prende à "roda dos nascimentos e mortes", explicam os Mestres, é ajnana, ou seja, a "ignorância" sobre nossa própria Realidade e Essência. Ajnana escraviza. Jnana liberta. Fica entendido então que o Yoga da sabedoria nos tira da servidão para a redenção.

O caminho da sabedoria redentora é essencialmente vedantino, isto é, baseado nos ensinos da parte final dos Vedas. Mas é também cristão. Ao afirmar Eu e o Pai somos Um, o Cristo manifestou a Verdade desta Unidade Real e Essencial; referiu-se ao Uno Sem Segundo de que falaram sábios vedantinos, os adwaitas. Estes denunciam a ignorância como nosso cárcere a deter-nos na equivocada convicção da dualidade, isto é, de sermos distintos e estarmos distantes uns dos outros e, o que é mais dramático, de nos sentirmos distantes e distintos do Ser Supremo, que nós mesmos somos.

Embora o Cristo tenha tentado convencer de que o "Reino de Deus" está dentro de nós, ainda hoje teimosamente não acreditamos. Continuamos equivocada e incoerentemente a procurá-lo sempre fora de nós, e, o que é mais lamentável, sempre fora de nosso alcance. Nós, que nos temos por cristãos, obstinadamente ainda nos negamos a aceitar este ensinamento salvador. Como?! Por quê?!

O homem continuará escravo enquanto não alcançar jnana, a verdade de ser um com o Ser Supremo. Se aceitá-la apenas intelectualmente, menos mau. Mas isto muito longe está de ser o bastante. Nosso desafio é chegar a "saborear" esta redentora Verdade, e isto naturalmente exige ir muito além, muitíssimo além do intelecto. A Jnana Yoga tem por objetivo unir-nos à Verdade e nela nos fundir. Não será isto o que significa "ter a gnose (jnana) da Verdade, conforme falou o Cristo? (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 102/103)


MANTENHA OS SENTIDOS SOB CONTROLE

"Sem o controle dos sentidos, a disciplina é ineficaz. Equivale a pretender guardar água em pote rachado. Patanjali (o celebrado autor dos Yoga Sutras) afirmou que quando sua língua estiver sob controle, a vitória será sua. Quando sua língua anseia por alguma delícia, certifique-se de que você não vai se abastecer para atender aos caprichos dela. Monges e dirigentes de mosteiros, nesse país têm caído presas da língua e se tornam incapazes de vencer-lhe os caprichos. Usam túnicas de renunciante, mas reclamam as delícias do paladar e, assim, trazem à instituição monástica a má reputação. Se você se conserva ingerindo alimentos simples que não sejam apetitosos e quentes, mas suficientemente nutritivos, sua língua, por alguns dias, pode se retorcer, mas logo se acalmará. Tal é o método que a submeterá. Assim serão evitadas as más consequências de ela assumir o comando. Desde que a língua igualmente insista em falar escandalosa e lascivamente, também neste aspecto você deve controlá-la. Fale pouco. Fale docemente. Fale somente quando houver necessidade premente. Fale somente àqueles a quem deve falar. Não grite nem levante a voz irada ou excitadamente. Um controle tal lhe melhorará a saúde física e a paz mental. Promoverá melhores relações públicas e minimizará envolvimentos e conflitos com os demais. Poderão "gozá-lo" como um frustrador da alegria, mas há bastantes compensações: tudo isso lhe poupará tempo e energia. Estes virão a ter uso melhor. (...) Controle seu paladar; controle seu falar."  

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro -  p. 146)


sexta-feira, 15 de março de 2013

JNANA YOGA - O CATIVEIRO (2ª PARTE)

"Libertar-se?! E o homem é escravo?! Sim. O jiva (a alma que evolui), conforme temos visto, é um prisioneiro de samsara, isto é, da "roda dos nascimentos e mortes", das reencarnações compulsórias. O jiva se encontra prisioneiro e exilado neste mundo onde reinam os "opostos" ou dvandvas (ascensão e queda, lucro e perda, dor e prazer, tristeza e alegria, dia e noite, vitória e derrota, berço e esquife...). E o grau do seu cativeiro é determinado pelo quanto ignora quem ele é, o que aqui veio fazer e para onde deve ir. Sai Baba compara uma pessoa que não sabe de onde veio e para onde está indo com uma carta na qual não estão indicados o remetente e o destinatário, carta, portanto, extraviada, condenado à posta restante. E a grande maioria é exatamente assim. O homem "normótico", apegado ao que lhe agrada e detestando o que desagrada, é presa da alienação. Vive jogado de um lado a outro por conta da sucessão dos dvandvas, nasce já condenado à morte e morre condenado a nascer. Sempre isto, a libertação, que a posse da Verdade confere, consiste em não ter mais que assumir um novo nascimento, uma nova existência, um novo corpo. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 101/102)


A VIRTUDE DO AMOR

"O amor natural do coração é o principal requisito para se alcançar uma vida santa. Quando aparece no coração, esse amor, a dádiva celestial da Natureza, remove todas as causas de excitabilidade do organismo, acalmando-o até um estado de perfeita normalidade; e, ao revigorar os poderes vitais, elimina todas as matérias estranhas - germes das doenças - por meios naturais (transpiração, etc.). Desse modo ele torna o homem perfeitamente saudável no corpo e na mente e o capacita a compreender acertadamente a orientação da Natureza.

Quando se torna desenvolvido no homem, esse amor o capacita a compreender a verdadeira posição de seu próprio Eu, como também a dos outros em seu redor.

Com a ajuda desse amor desenvolvido, o homem tem a felicidade de obter a companhia divina de santos personagens e está protegido para sempre. Sem esse amor, o homem não pode viver de maneira natural, nem pode se manter em companhia da pessoa adequada para o seu próprio bem-estar; ele fica frequentemente agitado pelas matérias estranhas que entram em seu organismo devido aos erros em compreender a orientação da Natureza, e por consequência sofre no corpo e na mente. Jamais pode ele encontrar alguma paz, e sua vida torna-se um fardo. Por tal razão, o cultivo desse amor, a dádiva celestial, é o principal requisito para se alcançar a salvação sagrada; sem esse amor, é impossível ao homem avançar um passo em direção a ela."

(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship -p. 55/56)