OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 6 de março de 2025

O ÚNICO DESEJO BOM

"Tudo isso é simples; é necessário somente que compreendas. Há, porém, algumas pessoas que renunciam à busca de objetivos terrenos somente com o intuito de alcançar o céu, ou para atingir a libertação pessoal dos renascimentos; neste erro não deves cair. (§23)

C. W. L. - É principalmente na Índia que se encontra o desejo de libertação pessoal dos renascimentos, porque a maioria das pessoas lá acreditam na reencarnação. Para o cristão comum, o céu é também uma libertação da Terra. Estas instruções foram dadas a um menino indiano; portanto, antes e acima de tudo elas se referem às condições indianas, embora as ideias possam também ser aplicadas ao nosso mundo ocidental. Nós, teósofos, não estamos particularmente propensos a fazer esforços violentos para obter a felicidade do mundo céu, no qual os homens passam centenas e até mesmo milhares de anos entre encarnações. Muitos de nós prefeririam retornar rapidamente para trabalhar na Terra, e isso é possível àqueles que realmente o desejam. Para isto, porém, é preciso uma certa quantidade de força, já que, então, devemos transportar os mesmos corpos mental e astral para o novo corpo físico.

Não é que o corpo astral e o corpo mental sejam capazes de fadiga, como o cérebro físico. Existe, no entanto, outra consideração: os corpos astral e mental que possuímos nesta vida são as expressões de nós mesmos como éramos ao final da última encarnação. À medida que seguimos pela vida nós os modificamos consideravelmente, mas isso não pode ser feito além de um certo ponto. Existe um limite ao qual, por exemplo, um automóvel é suscetível de ser consertado, e muitas vezes é melhor comprar um carro novo do que reformar o antigo. É quase que a mesma coisa com os corpos astral e mental. Uma mudança radical neles levaria muito tempo, e, no final das contas, poderia talvez ser apenas parcialmente realizado. Se as capacidades do homem nesta vida foram grandemente aumentadas, pode ser melhor para seu progresso que ele obtenha um novo corpo astral e mental para se expressar, em vez de tentar remendar e alterar o corpo antigo. Portanto a encarnação rápida não é sempre algo impraticável. Contudo, podemos ver que qualquer pessoa que tenha trabalhado bem nesta vida e tenha sérios desejos de passar por uma encarnação imediata, para continuar no serviço, pode ser capaz de realizar seus desejos.

Existe um prosseguimento da vida após a morte que é comum a todos os homens, e para aqueles que passam por isso não há necessidade de fazer qualquer ajuste especial; mas se o homem deseja evitar isso, ele tem que fazer o que equivale a um pedido, ou tem de ser feito por ele. Tem de ser submetido a uma autoridade superior, que pode dar permissão se essa autoridade pensar ser desejável; mas é quase certo que Ela vá recusar se não pensar que esteja nos melhores interesses da pessoa. Entretanto acredito que aqueles que estão ansiosos sobre este assunto devem repousar suas mentes, pois aqueles que trabalharam bem, certamente terão agora oportunidades futuras de continuar esse trabalho. O homem que deseja a reencarnação rápida deve tornar-se indispensável, de modo que será conhecido como alguém que seria útil se retornasse imediatamente. Esta também, consequentemente, é a melhor maneira de ajustar os corpos mental e astral à condição necessária."

Annie Besant/C. W. Leadbeater, A Senda do Ocultismo, Comentários de Aos Pés do Mestre, Vol. ', Ed. Teosófica, Brasília, 2022, p.159/161.
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terça-feira, 4 de março de 2025

UM SISTEMA NERVOSO SAUDÁVEL É ESSENCIAL A UM CORPO SAUDÁVEL

"Os nervos são como os fios que conectam todas as seções de uma fábrica. Se ficarem desencapados ou se partirem, toda a fábrica ou certas áreas não poderão funcionar. De modo parecido, o sistema nervoso dá vida a todas as partes do corpo, inclusive às funções perceptivas, cognitivas e reativas dos cinco sentidos. Se os nervos são destruídos, também é destruído o intercâmbio com o mundo.

Há dois sistemas nervosos: o sistema nervoso central - no cérebro, no bulbo raquiano e na medula espinhal; e o sistema nervoso periférico que liga os centros nervosos aos diferentes órgãos do corpo, transmitindo-lhes energia. O sistema nervoso envia sensações ao cérebro e o habilita a processá-las, e então reage à interpretação que o cérebro fornece a esses estímulos.

Na fase inicial do crescimento do cérebro no embrião, o primeiro estado de formação dos nervos é como um líquido. Gradualmente surgem fibras, que acabam por se tornar nervos - superestradas resistentes que levam energia do cérebro a todas as partes do corpo. O cérebro é a sede do governo, e os 27 trilhões de células são os súditos. Portanto, o sistema nervoso que conecta tudo isso precisa estar em bom funcionamento. Talvez você recorde o efeito paralisador da recente greve na companhia telefônica. É o que pode ocorrer no corpo. Quando os 'telefones' dos nervos estão paralisados, não conseguem transmitir suas mensagens vitais. Por exemplo se o centro ótico do cérebro for danificado em razão de doenças, má alimentação ou excesso de esforço, os nervos óticos serão afetados e a visão se enfraquecerá."

Paramahansa Yogananda, Jornada para a Autorrealização, Self-Realization Fellowship, p. 83/84.
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

FALAR E OUVIR

"Em nossas relações interpessoais diárias temos noção do quanto falamos e do quanto ouvimos? Em nossas conversas informais, presenciais ou por telefone, como nos colocamos? E nas reuniões de trabalho ou mesmo espirituais? Temos consciência do quanto falamos? Prestamos atenção no que o outro diz? Estamos presentes, realmente?

Isso é um treinamento, como tudo na vida. Uma prática de autopercepção, que leva ao autoconhecimento. Nesse processo deve haver auto-observação, sem julgamentos. O julgamento atrapalha a clareza do entendimento, a visão da realidade.

Se você está interessado nisso, observe-se quando estiver participando de uma conversa, de um encontro, de um grupo. Perceba quais são suas reações, como você age e reage. É retraído? Fala muito? Sabe escutar? Acha que o que você sabe é o mais importante? Ou ainda não tinha pensado nisso e simplesmente faz o que faz sem se dar conta? Tem noção do tempo de sua fala? Tem paciência para ouvir as ideias do outro? Consegue ouvir críticas sem se aborrecer, avaliando se são ou não corretas e o que podem ter de positivo?

Viver é relacionar-se. É aí que os aprendizados se dão: nesse espaço de trocas.

É preciso coragem, abertura pessoal e, principalmente, estar presente, por inteiro, em cada instante.

Vamos!"

Fernando Mansur, Escrita Divina, A comunicação da alegria, Edição do Autor, 2017, p. 128.
Imagem: Perintest


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

AÇÃO DO BEM (PARTE FINAL)

"(...). Agrada a Deus toda e qualquer ação meritória, porque faculta o inter-relacionamento útil entre as criaturas que, em estado de sociedade, se necessitam para progredir.

Não fazer o mal é meritório, porque a sua prática é degradante e cruel. No entanto, há que se atuar de forma fecunda no contexto social, gerando simpatia e cordialidade, evitando que se degenerem os sentimentos humanos por falta de calor e de amizade, de compreensão e de ajuda.

O progresso da Ciência e da Tecnologia que faculta o desenvolvimento da Humanidade e ameniza as agruras e desafios existenciais, está firmado nos propósitos dignificantes que estimulam os seus lutadores e missionários, a fim de que o bem, um dia que não está longe, domine na Terra."


Extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Espírito, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 104/105.
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

AÇÃO DO BEM (2ª PARTE)

"(...). Não basta, portanto, deixar de fazer o mal. É necessário empreender esforços para fazer todo o bem possível imaginável, dentro das próprias forças, sem exageros. Porém, sendo necessário, deve-se fazer o bem mesmo com sacrifício, o que o torna mais significativo perante Deus.

Quando não se o pratica, sendo possível, medra o mal que arrasta corações e vidas no rumo do despenhadeiro, ceifando existências que poderiam ser conduzidas na direção da felicidade.

Se alguém se encontra necessitado de determinado socorro que outrem lhe pode dispensar, e esse não o faz, os danos que aí se originam tornam-se responsabilidade daquele que agiu de maneira indiferente ou se negou a contribuir para erradicá-los.

Misérias incontáveis poderiam ser extirpadas do planeta, se alguns indivíduos que dispõem do poder, seja social, econômico, político, religioso, artístico ou administrativo, se empenhassem por alterar-lhe a marcha devoradora. Preocupados, no entanto, em mais amealhar, acumulando fortunas de que jamais se utilizarão para qualquer fim nobre, ou dominados pela presunção e vaidade que os inflam de orgulho, são responsáveis pela desdita que decorre dessa atitude infeliz.

Não obstante, todos os indivíduos possuem o impulso para a ação fraternal e humanitária que dignifica. Mesmo quando destituído de meios grandiosos para atender as multidões, pode, entretanto, socorrer aquele que se lhe encontre mais próximo, contribuindo com pequenas dádivas de carinho e de compaixão, transformadas em pão e medicamento, em agasalho e orientação, em trabalho e em reconforto moral.

Não apenas por meio dos valores amoedados se pode e se deve praticar o bem, senão, também, utilizando dos sentimentos fraternais, que são bênçãos da vida em favor de outras vidas.

Uma côdea de pão alimenta quando se tem fome, e um pouco de água evita a morte por desidratação imediata, abrindo espaços para futuros socorros que impedirão o sofrimento ou a morte.

Não é imprescindível que o benefício que se faça tenha expressivo volume ou grande significado. Tudo é valioso quando está dentro dos limites daquele que ajuda, portanto, das suas forças.

Desse modo, ninguém se pode eximir da prática do bem nem do dever da solidariedade, que constituem maneiras eficazes para tornar o grupo social digno de melhor qualidade de vida.

Uma baga de luz rompe qualquer treva densa.

Uma moeda de amor torna-se início de uma realização operante.

Pessoa alguma, portanto, que se afirme destituída de recursos para o ministério da caridade, para a prática do bem.

Quem não possa apagar um incêndio, ofereça às chamas um pouco de água enquanto não chegarem as forças especializadas em combatê-las.

Na ardência do Sol uma pequena proteção evita que se esvaiam as energias debilitadas. (...).”

Extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Espírito, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 102/104.
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