OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 17 de dezembro de 2024

FÉ E CORAGEM

“Proclamar as próprias convicções, notadamente diante das criaturas que se nos façam adversas, é coragem da fé, no entanto, semelhante afirmação de valor não se restringe a isso.

O assunto apresenta outra face não menos importante: o desassombro da tolerância pelo qual venhamos a aceitar os outros como os outros são, sem recusar-lhes auxílio.

Cunhar pontos de vista e veiculá-los claramente é sinal de espontaneidade e franqueza, marcando alma nobre.

Compreender amigos e adversários, simpatizantes ou indiferentes do caminho, estendendo-lhes paz e fraternidade, é característico de paciência e bondade, indicando alma heroica.

Demonstra a própria fé, perante todos aqueles que te compartilham a estrada, mas não deixes de amá-los e servi-los quando se patenteiam distantes dos princípios que te norteiam.

Reportamo-nos a isso, porquanto, junto dos companheiros leais, surgirão sempre os companheiros difíceis.

Esse, de quem esperavas testemunhos de amor e bravura nas horas graves, foi o primeiro que te deixou a sós nos momentos de crise; aquele, em cujo coração plantaste sinceridade e confiança, largou-te ao ridículo, quando a maioria mudou, transitoriamente, de opinião; aquele outro, a quem deste máximo apreço te retribuiu com sarcasmo; e aquele outro ainda é o que te criou problemas e inquietações, depois de lhe haveres dado apoio e vida.

Todos eles, porém, se nos erguem na escola do mundo por testes de persistência no bem.

A coragem da fé começará sempre através da veemência com que exponhamos as próprias ideias diante da verdade, entretanto, só se realizará em nós e por nós, quando tivermos a necessária coragem para compreender todos os homens - ainda mesmo os nossos mais ferrenhos perseguidores - como nossos verdadeiros irmãos e filhos de Deus.”

Mão Unidas, Reflexões à luz dos ensinamentos do Crista, Chico Xavier/Emmanuel, IDE, 2013, p. 31/33.
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

A GÊNESE DA FÉ

"O que se precisa é de uma crença investigativa com sinceridade e reverência, seguida da persistência em crenças verdadeiras, ou pelo menos naquelas que constantemente manifestem resultados convincentes. Através da fenda da paciência, gota a gota, a substância química da verdade entra e cristaliza tal crença em sólida fé. Mas se a crença não for fundamentada na verdade, ela não sustentará a convicção que produz o progresso rumo à fé.

A fé pode se manifestar em muitas áreas da crença se houver verdade inerente nas convicções sinceras da pessoa:

  • Crença firme ou confiança (numa pessoa, coisa, doutrina ou ideia), tal como fé em Deus, fé na medicina.
  • Reconhecimento da supremacia das realidades espirituais e dos princípios morais.    
  • Fé histórica, como fé na verdade e na autoridade das narrativas e dos ensinamentos das escrituras. Ou fé prática - por aceitação intelectual, afeição e vontade nas dádivas que Deus concede ao ser humano através de emissários divinos.
  • O conjunto daquilo em que se acredita: um sistema de crenças religiosas, como a fé cristã ou a autoridade védica.

O resultado da fé é o estado ou a qualidade estável de fé plena, fidelidade, lealdade."

Paramahansa Yogananda, Jornada para a Autorrealização, Self-Realization Fellowship, p. 308/309.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

A AFABILIDADE E A DOÇURA

“6. A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são as suas formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre se deve confiar nas aparências. A educação e as relações mundanas podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos existem cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula deformidades interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são brandas, desde que nada as aborreça, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, transforma-se em dardo peçonhento, quando estão por detrás.

 A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como se quisessem compensar o constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos.  Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que chamariam à ordem, querem pelo menos fazer-se temidos daqueles não lhes podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: "Aqui mando e sou obedecido", sem se darem conta de que poderiam acrescentar: sou detestado".

Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente; é o mesmo tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, além disso, sabe que, se consegue enganar os homens pelas aparências, a Deus ninguém engana. – Lázaro. (Paris, 1861.)” 

Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB, 2018, p. 130/131.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

DEFINIÇÃO DE VIRTUDE E VÍCIO

"Do que foi visto até agora, conclui-se imediatamente que as virtudes e os vícios da humanidade são apenas as Emoções se tornando permanentes e abrangentes: são apenas estados de humor da mente (no sentido do desejo), permanentes ou habituais, guiando modos de ação, geralmente em relação aos outros. No caso dar virtudes elas são Emoções do lado do Amor; no caso dos vícios, aquelas do lado do Ódio. Por exemplo, a emoção do Amor, originalmente sentida em relação a um círculo pequeno, por razões pessoais especiais, laços de sangue, etc., se torna a virtude do amor (amorosidade, cordialidade, uma natureza afetuosa, benevolência) quando sentida em relação a todos com quem se tem contato, reconhecida (deliberada ou instintivamente) como uma obrigação devida a cada um e baseada na ideia básica da Unidade do Eu. A emoção do amor parental, sentida pelo filho, se torna a virtude da compaixão, da ternura e proteção, quando exercitada em relação a qualquer um que seja inferior ou desamparado. Por isso, o Manu oferece ao homem considerar todas as mulheres mais velhas como suas mães, todas as pessoas jovens como seus filhos, ampliando a Emoção pessoal em sua virtude correspondente. Por isso, também, uma descrição budista do Arhat fala de seu amor como infinito, abarcando a todos, considerando todos como uma mãe considera seu primogênito. Por isso, novamente, uma escritura cristã diz que 'amor é o cumprimento da lei', já que todo esse dever pode se estabelecer como virtude, o amor se derrama espontaneamente em sua medida mais plena. Assim, do outro lado, ataques passageiros de raiva, ou desprezo, se tornando habituais, compõem o vicio da irritação, ou malevolência. Assim, então, nós vemos que se um homem age com todos como com seus próprios, sob o balanço do amor, ele será um homem virtuoso; se ele se comporta em relação aos outros geralmente como o faz em relação aos objetos especiais de seu desgostar, ele será perverso. Nós podemos corretamente dizer, então, que virtudes são Emoções do lado do Amor, vícios aquelas do lado do ódio. Tanto realmente é assim, que mesmo sem que isso seja claramente reconhecido, a mesma palavra muitas vezes denota tanto uma emoção particular quanto a virtude ou vício correspondente a ela; por exemplo, compaixão e orgulho. Basta apenas nomear as Emoções correspondentes e as virtudes e os vícios lado a lado, respectivamente, para mostrar de vez a verdade da afirmação feita acima. (...)"

Bhagavan Das, A Ciência das Emoções, Ed. Teosófica, Brasília, 2023, p. 77/78.
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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

O PROPÓSITO ESPIRITUAL DAS EXISTÊNCIAS

"Qual é o propósito da existência humana? Por que estamos aqui na Terra como seres humanos? De onde viemos? Para onde estamos indo e como chegaremos lá? Desde os tempos mais remotos, essas grandes perguntas têm absorvido a atenção da mente humana. Elas são plena e satisfatoriamente respondidas pela Teosofia.

Deixe-me apresentar essas respostas de forma clara e breve. De acordo com a Teosofia, o homem é definido como aquele ser em quem o espirito mais elevado e a matéria mais baixa estão unidos pelo intelecto. O espirito mais elevado significa o Habitante no mais Profundo Interior, a Centelha Divina no homem. A matéria mais baixa refere-se ao seu corpo e natureza física, enquanto o princípio unificador do intelecto refere-se à sua mente e seus poderes mentais. Assim, é dito que a unidade da existência humana essencial, o Eu Interior ou o Espírito, a Mônada, se manifesta primeiro como um Eu Interior imortal ou Eu Superior ou Ego e, segundo, como uma personalidade externa em forma mortal e corporal, o homem aqui embaixo.

Por que é isso? Porque o Eu Interior do homem se manifesta e ganha experiência e conhecimento através do homem exterior. Em parte por esse meio e em parte por um desabrochar interior, o Eu evolui perpetuamente. sendo imune à morte. A forma física externa do homem, por outro lado, desenvolve-se até a plena maturidade corporal e depois declina, morre, desintegra-se e desaparece para sempre. As faculdades e capacidades do eu exterior são recebidas e perpetuamente preservadas no Eu Interior: pois existe apenas uma consciência e vida nos dois.

Assim, aprendemos que o objetivo imediato do Eu Interior do homem é o desenvolvimento de faculdades. O objetivo a longo prazo é a genialidade plena ou o desenvolvimento do mais elevado grau, pelo Eu Interior, de todas as faculdades humanas possíveis. Essa conquista é denominada Adeptado e é o objetivo da existência humana. (...)"

Geoffrey Hodson, A Vida do Iniciado, Ed. Teosófica, Brasília, 2021, p. 23/24.
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