OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 27 de agosto de 2024

DEFINIÇÃO DE VIRTUDE E VÍCIO

"(...) virtudes e os vícios da humanidade são apenas as Emoções se tornando permanentes e abrangentes: são apenas estados de humor da mente (no sentido do desejo), permanentes ou habituais, guiando modos de ação, geralmente em relação aos outros. No caso das virtudes elas são Emoções do lado do Amor; no caso dos vícios, aquelas do lado do Ódio. Por exemplo, a emoção do Amor, originalmente sentida em relação a um círculo pequeno, por razões pessoais especiais, laços de sangue, etc., se torna a virtude do amor (amorosidade, cordialidade, uma natureza afetuosa, benevolência) quando sentida em relação a todos com quem se tem contato, reconhecida (deliberada ou instintivamente) como uma obrigação devida a cada um e baseada na ideia básica da Unidade do Eu. A emoção do amor parental, sentida pelo filho, se torna a virtude da compaixão, da ternura e proteção, quando exercitada em relação a qualquer um que seja inferior ou desamparado. Por isso, o Manu oferece ao homem considerar todas as mulheres mais velhas como suas mães, todas as pessoas jovens como seus filhos, ampliando a Emoção pessoal em sua virtude correspondente. Por isso, também, uma descrição budista do Arhat fala de seu amor como infinito, abarcando a todos, considerando todos como uma mãe considera seu primogênito. Por isso, novamente, uma escritura cristã diz que 'amor é o cumprimento da lei', já que todo esse dever pode se estabelecer como virtude, o amor se derrama espontaneamente em sua medida mais plena. Assim, do outro lado, ataques passageiros de raiva, ou desprezo, se tornando habituais, compõem o vício da irritação, ou malevolência. Assim, então, nós vemos que se um homem age com todos como com seus próprios, sob o balanço do amor, ele será um homem virtuoso; se ele se comporta em relação aos outros geralmente como o faz em relação aos objetos especiais de seu desgostar, ele será perverso. Nós podemos corretamente dizer, então, que virtudes são Emoções do lado do Amor, vícios aquelas do lado do ódio. Tanto realmente é assim, que mesmo sem que isso seja claramente reconhecido, a mesma palavra muitas vezes denota tanto uma emoção particular quanto a virtude ou vicio correspondente a ela; por exemplo, compaixão e orgulho. Basta apenas nomear as Emoções correspondentes e as virtudes e os vícios lado a lado, respectivamente, para mostrar de vez a verdade da afirmação feita acima."

Bhagavadan Das, A Ciência das Emoções, Ed. Teosófica, Brasília, 2023, p. 77/78.
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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

OMISSÃO

"Asseveras não haver praticado o mal; contudo, reflete no bem que deixaste a distância.

Não permitas que a omissão se erija em teu caminho, por chaga irremediável.

Imagina-te à frente do amigo necessitado a quem podes favorecer.

Não te detenhas a examinar processos de auxílio.

É possível que amanhã não mais consigas vê-lo com os olhos da própria carne.

Supõe-te ao pé do companheiro sofredor, a quem desejas aliviar.

Não demores o socorro preciso.

É provável que o abraço de hoje seja o início de longo adeus.

Não adies o perdão, nem atrases a caridade.

Abençoa, de imediato, os que te firam com o rebenque da injúria, e ampara, sem condições, os que te comungam a experiência.

Se teus pais, fatigados de Juta, são agora problemas em teu caminho, apoia-os com mais ternura.

Se teus filhos, intoxicados de ilusão, te impõem dores amargas, bendize-lhes a presença.

Se o trabalho espera por tuas mãos, arranja tempo para fazê-lo.

Se a concórdia te pede cooperação, não retardes o atendimento.

Não percas a divina oportunidade de estender a alegria.

Tudo o que enxergas, entre os homens, usando a visão física, é moldura passageira de almas e forças em movimento.

Faze, em cada minuto, o melhor que puderes.

Seja qual for a dificuldade, não desertes do amor que todos devemos uns aos outros. E se recebes, em troca, pedra e ódio, vinagre e fel, sorri e auxilia sempre, porque é possível estejas ainda hoje, na Terra, diante dos outros, ou os outros diante de ti pela última vez."

Francisco Cândido Xavier, Justiça Divina [Emmanuel], PDF, p. 30.
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terça-feira, 20 de agosto de 2024

SEMENTES

"Que sementes você veio plantar no mundo?

Qual terá sido seu trato com Deus antes de nascer?

Há uma Mente Divina que tudo abarca e que nos faz perceber conexões além da percepção racional. Às vezes sabemos o que o outro está pensando, o que vai falar; também temos premonições, tem gente que pode prever o futuro... Ou seja: passado, presente e futuro formam um eterno agora. E há uma teia que conecta todos os seres.

Então, poderíamos intuir o motivo principal do nosso nascimento.

Viemos, provavelmente, para plantar sementes de originalidade, enriquecer o mundo com pinceladas autênticas de novos sons e cores, através de nossa personalidade. A alma pulsa por meio de nossos corpos, vibrando acordes que só ela sabe e pode manifestar. Por isso não devemos ser cópias, pois o maior milagre do mundo é sermos nós mesmos. 

Pode ser que já tenhamos esquecido o motivo de termos nascido, o nosso trato com Deus. Mas ainda é tempo de redescobrirmos a nossa missão principal. 

E, com certeza, cumprir nosso destino é o maior compromisso que assumimos com o Criador.

Plante-se. A vida precisa de seus frutos." 

Fernando Mansur, Escrita Divina, A comunicação da alegria, Ed. do Autor, 2017, p. 78.
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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

VIVA COMO UM DEUS E ATRAIRÁ AMIGOS DIVINOS

"(...) aprenda a amar ao seu próximo como a si mesmo. Lembre-se que está na Terra, nesta vida, por pouco tempo. Você já esteve aqui em várias encarnações, interagindo com muitas almas. Qual e sua verdadeira família? Para a pessoa sábia, todos são parentes; todos são 'o próximo'. Logicamente, o sábio tem discernimento e sabe que, embora o sol brilhe igualmente para o diamante e para o pedaço de carvão, é o diamante que reflete lindamente a luz do sol. Devemos buscar a companhia das mentalidades diamantinas mais elevadas. Dedique tempo a encontrar amigos verdadeiros. Almas boas atraem boas almas. Viva como um deus e atrairá amigos divinos. Viva como um animal no plano sensual e atrairá amigos bestializados. Não ande com pessoas que rebaixam os ideais que você tem e criam em você um nervosismo materialista; mas ao mesmo tempo não exclua ninguém do seu amor. 

Além de ser um doador de amor, seja também um pacificador. Aonde quer que vá, leve harmonia, tranquilidade e elevação. Ninguém gosta de estar perto de um gambá; ele é evitado por todos. A pessoa nervosa - sempre inquieta, irritadiça e excessivamente emotiva - também repele os outros. Não sejamos gambás humanos. Devemos ser como a rosa, que mesmo esmagada exala uma doce fragrância. Seja uma rosa humana e espalhe a essência da paz onde quer que esteja."

Paramahansa Yogananda. Jornada para a Autorrealização, Self-Realization Fellowship, p. 97.
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terça-feira, 13 de agosto de 2024

NUNCA ESTAMOS SÓS

"Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial. Muitas vezes existem duas, três ou mesmo quatro. Todas vêm de gerações diferentes. Atravessam oceanos de tempo e profundidades celestiais para estarem conosco novamente. Vêm do outro lado, do céu. Podem parecer diferentes, mas o nosso coração as reconhece. Nosso coração as abrigou em braços como os nossos nos desertos do Egito, sob o luar, e nas planícies antigas da Mongólia. Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areia dos Homens Antigos. Há entre elas e nós um laço eterno, que nunca nos deixa sós. 

A nossa amente pode interferir. 'Eu não te conheço'. Mas o coração sabe.

Ele toma a nossa mão pela primeira vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar um corrente que percorre todos os átomos do nosso ser. Ela olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos. Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele se arrepia. Tudo o que existe fora desse momento perde a importância. 

Ele pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. Ela não permite que afastemos o véu. Choramos e sofremos, mas ele se vai. O destino tem seus caprichos.

Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual. A energia liberada é tremenda. 

O reconhecimento da alma pode ser imediato. Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família. Ou ainda mais profundos. Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.

O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento. Um despertar da consciência à medida em que o véu vai sendo aos poucos levantados. Nem todos estão prontos para ver imediatamente. Há um ritmo nisso tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro.

Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito companheiro. O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida. 

O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal. Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos  juntos sempre, até os fins dos tempos."

Brian Weiss, Só o Amor é Real, Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 24ª edição, p. 15/17.
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