OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 8 de agosto de 2024

JESUS ELOGIA O PRECURSOR

"Assim que se foram os discípulos de João Batista, entrou Jesus a tecer um panegírico do seu precursor.

Realçou-lhe a firmeza do caráter e a austeridade da vida. 

 Remontando ao tempo em que o silencioso eremita vivia na solidão do deserto, perguntou Jesus aos seus ouvintes:

- Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?

Do meio do auditório partiram negativas. Bem se lembrava o povo da intrepidez com que o vingador da moralidade pública lançara em rosto ao real libertino da Galileia: 'Não te é lícito possuíres a mulher de teu irmão!' E saibam todos que por causa desta corajosa franqueza jazia em ferros. O caráter de João era rijo como os cedros do Líbano, e não frágil como os canaviais do Jordão.

Prosseguiu Jesus:

- Que saístes, pois a ver? Um homem em roupas delicadas? Novas vozes no auditório; risadas talvez; porque o pêlo hirsuto de camelo que o cobria não merecia, certamente, o nome de 'roupa delicada'.

Continuou Jesus dizendo:

- Com efeito, os que vestem roupas delicadas e vivem com luxo se encontram nos palácios dos reis.

O 'luxo' do Batista eram gafanhotos e mel silvestre, e o seu 'palácio real' era o deserto inóspito da Judéia...

- Que saístes, pois, a ver?

- Um profeta! - exclamou alguém.

- Um profeta? - respondeu Jesus. - Sim, digo-vos eu, e mais que profeta! Esse é de quem está escrito: Eis que envio a preceder-te o meu arauto, a fim de preparar o meu caminho diante de ti. Declaro-vos que entre os filhos de mulher não há maior do que João Batista."

Huberto Rohden, Jesus Nazareno, Ed. Martin Claret Ltda, São Paulo, 2007, p. 123.
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terça-feira, 6 de agosto de 2024

NÃO HÁ PUNIÇÃO, HÁ RESPONSABILIZAÇÃO

"A lei causa e efeito é simples: quem provocou a desordem? Você? Então, resolva, você é o responsável. Só que tenha misericórdia. Então, você diz: Gente, eu sou responsável, mas eu fiz bobagem mais do que eu imaginava. Por sua vez, os espíritos de luz nos dizem: Nós vamos ajudá-lo, porque se não tiver ajuda, você não conseguirá consertar. 

Essas são as leis divinas. Até que um dia, você opera uma síntese profunda de todas as lei divinas, porque como diz o filósofo e padre, Teilhard de Chardin: 'Tudo o que sobe converge'. Tudo que está subindo está convergindo, na altura, tudo está unificado. E todas as leis divinas se unificam no amor. Por quê? Não há necessidade de lei para ensinar quem ama a não prejudicar, porque quem ama, ama. Se você faz seu trabalho com o mais profundo amor, é o melhor que pode fazer hoje. Daqui a quinhentos anos, você poderá fazer melhor? Sim, mas hoje é o melhor. Portanto, se você ama, vai ter o melhor relacionamento, vai ser o melhor profissional, o melhor espírita, o melhor cidadão. 

Portanto, a grande força da vida é a força do amor, e diria Chico que se a lei divina vem para cobrar o débito do passado e, ao bater em sua porta, o encontra trabalhando em favor do bem do próximo, determina essa mesma lei que ela volte atrás e aguarde, porque o amor  cobre a multidão de erros. Sejam as lei que regem a nossa relação conosco ou com o próximo, verdadeiramente, o que Deus faz a nós, seus filhos, é ensinar um pouco da identidade, do caráter dEle próprio. 

E isso é profecia, está em Hebreus, capítulo 8, versículo 10: 'Porei minhas leis em sua mente e as escreverei no seu coração e eu serei o Seu Deus e eles serão o meu povo'. O dia em que isso acontecer nós sentiremos a presença de Deus como nunca antes, e será novo dia."

Haroldo Dutra Dias, Despertar, o segredo da reforma íntima, Intelitera.com.br, p. 72/73.
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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

"PAI, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO..."

"Ao dizer que tudo estava consumado, ele proclama altissonante: 'Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito'.⁸⁰ Por favor, preste atenção nas avenidas dessa frase e nas possibilidades a que ela nos conduz.

Jesus aqui não clama a 'Deus', mas ao 'Pai'. Após ter passado pelo mais severo julgamento, Deus assume novamente a posição de Pai e ele assume a posição de filho. É a seu Pai que ele entrega o seu espírito e não a Deus.

Que impressionante jogo de palavras! Nesse jogo, o mesmo revela o seu projeto eterno e alguns fenômenos que estavam nos bastidores da cruz! É impossível não ficarmos admirados com a coerência das suas palavras e com o encaixe perfeito dos seus segredos.

No começo da sua crucificação, o Pai e seu filho entoaram a mais profunda melodia de aflição. Sofreram um pelo outro. Na segunda metade, o Pai, sob o pedido consciente do filho, se torna seu Deus e o julga em favor da humanidade. Deus o desampara. O homem Jesus suporta a maior cadeia de sofrimentos.

Após cumprir seu plano, o filho está apto a realizar duas grandes tarefas. Primeira, ser o grande advogado da humanidade, que é tão bela, mas coroada de falhas, por isso precisará dele como um grande e atuante advogado.⁸¹ Segunda, retornar ao relacionamento íntimo com seu Pai. O único desamparo que houve entre eles em toda a história do tempo foi resolvido. Eles se amaram mais ainda. Construíram juntos o maior edifício do amor e da inteligência.

Ao entregar o seu espírito ao Pai, ele abriu a mais importante janela do universo, mais importante que os buracos negros: a janela para a eternidade. Revelou que o espírito não é o mesmo que o cérebro, que possuímos algo além dos limites do mundo físico, do metabolismo cerebral, que chamamos de espírito e alma."

⁸⁰ Lucas 23:46
⁸¹ 1 João 2:1

Augusto Cury, O Mestre do Amor, Academia de Inteligência, São Paulo, 2002, p.204/205.
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terça-feira, 30 de julho de 2024

ACEITA A CORREÇÃO

“E, na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Paulo. (Hebreus, 12:11.)

"A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se; no entanto, a breve tempo, de suas leiras retificadas brotam flores e frutos deliciosos.

A árvore, em regime de poda, perde vastas reservas de seiva, desnutrindo-se e afeando-se; todavia, em semanas rápidas, cobre-se de nova robustez, habilitando-se à beleza e à fartura.

A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os impositivos do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do mar.

Qual ocorre na esfera simples da Natureza, acontece no reino complexo da alma.

A corrigenda é sempre rude, desagradável, amargurosa; mas, naqueles que lhe aceitam a luz, resulta sempre em frutos abençoados de experiência, conhecimento, compreensão e justiça.

A terra, a árvore e a água suportam-na, através de constrangimento, mas o Homem, campeão da inteligência no Planeta, é livre para recebê-la e ambientá-la no próprio coração.

O problema da felicidade pessoal, por isso mesmo, nunca será resolvido pela fuga ao processo reparador.

Exterioriza-se a correção celeste em todos os ângulos da Terra.

Raros, contudo, lhe aceitam a bênção, porque semelhante dádiva, na maior parte das vezes, não chega envolvida em arminho e, quando levada aos lábios, não se assemelha a saboroso confeito. Surge, revestida de acúleos ou misturada de fel, à guisa de remédio curativo e salutar. 

Não percas, portanto, a tua preciosa oportunidade de aperfeiçoamento.

A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos de sublimação que nos compete aproveitar."

Francisco Cândido Xavier/Ditado pelo Espírito Emmanuel, Fonte Viva, p. 18/19.
www.autoresespiritasclassicos.com
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quinta-feira, 25 de julho de 2024

NÃO HÁ REGRESSÃO PURA AO PASSADO

"Quais são as zonas da memória que o controlam? Em que andar do 'grande edifício' do seu passado o seu elevador ficou emperrado ou sem luz? Precisamos ir até esses andares. Entretanto, temos de saber que não há regressão pura ao passado, só há o resgate do passado através do 'eu' do presente, que representa a consciência que tem de si e do mundo. 

Mesmo que esteja num estado pré-consciente, você leva parte da cultura do presente e da habilidade do seu 'eu' no encontro com as zonas da sua história, do seu passado remoto.

Quanto tomamos o 'elevador' e retornamos ao passado, não fazemos regressão pura como alguns pensam. Retornamos com consciência do presente e, desse modo, o reinterpretamos. Se essa reinterpretação for bem feita, reeditamos esse passado.

Não é possível anular o 'eu' e a consciência, a não ser pela hipnose, que é uma técnica pouco eficiente para estruturar o 'eu'. Quando o 'eu' é consciente e lúcido, embora tenha várias dificuldades, pode abrir as janelas da memória que contenham zonas de tensão e reescrevê-las. Assim, deixamos de ser vítimas de nossa história.

Uma boa técnica para reescrever a memória não é só querer penetrar na colcha de retalhos da nossa história, mas atuar nas janelas que se abrem espontaneamente no dia-a-dia. Da próxima vez que você ficar tenso, irritado, intransigente, frustrado, faça um 'stop introspectivo': pare e pense. Não se decepcione com você. Saiba que você abriu algumas janelas doentias e agora terá uma excelente oportunidade para reeditá-las. Assim, pouco a pouco, você estará livre para pensar e sentir.

Não há liberdade, mesmo nas sociedades democráticas, se o homem não é livre por dentro de si mesmo. O grande paradoxo das sociedades politicamente democráticas é que o homem é livre para expressar seus pensamentos, mas frequentemente vive num cárcere intelectual. Livre por fora, mas prisioneiro por dentro..."

Augusto Cury, O Mestre do Amor, Academia Inteligência, São Paulo, 2002, p. 39/40.
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