OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 16 de julho de 2024

A MELANCOLIA

"25. Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, mas, ligado ao corpo que lhe serve de prisão, esgota-se em vãos esforços para dele sair. Porém, reconhecendo que são inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, sois tomados pela lassidão, pelo abatimento e por uma espécie de apatia; por isso vos julgais infelizes. 

Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. Essas aspirações a um mundo melhor são inata no espírito de todos os homens, mas não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação para vos ajudar a desatar os laços que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante a vossa prova na Terra, tendes uma missão de que não suspeitais, quer vos dedicando à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. E se, no curso dessa provação, ao cumprirdes a vossa tarefa, virdes caírem sobre vós os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-vos resolutos; duram pouco e vos conduzirão para junto dos amigos por quem chorais, que se alegrarão com a vossa chegada entre eles e vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra. - Francois de Genève. (Bordeaux.)"

Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, Editora FEB, 2018, p. 92.
Imagem: Pinterest.



quinta-feira, 11 de julho de 2024

AS AFLIÇÕES

"A aflição do vício chama-se delinquência. A criatura começa experimentando pequena porção de droga, aumentando gradativamente. Em pouco tempo, pode estar roubando para sustentar o vício. É um sofrimento.

A aflição da agressividade chama-se cólera, e a cólera faz mal para a pessoa que a produz - prejudica o fígado, ataca o estômago e afeta o sistema nervoso. A aflição do crime chama-se remorso, porque ninguém foge da própria consciência. A aflição do fanatismo chama-se intolerância. A aflição da fuga, chama-se covardia. A aflição da leviandade chama-se insensatez. A aflição da inveja chama-se despeito, pois o invejoso sofre tanto que, antes de tudo, não consegue mais reconhecer valor no que ele tem, ou seja, não consegue ser feliz com aquilo que já conquistou, o que representa sofrimento.

A aflição da indisciplina chama-se desordem Há criaturas que são tão indisciplinadas que a vida delas é uma total desordem. Elas não conseguem sequer chegar no horário de um compromisso. Nunca encontram seus pertences, porque jamais põem no lugar adequado. Estão sempre afoitas. Tudo para elas é difícil. E quem sofre mais é a própria pessoa. por isso Chico Xavier dizia:

A disciplina não é uma cela trancada. É a chave da porta que lhe permite sair e voltar. 

A aflição da brutalidade chama-se violência. A aflição da preguiça chama-se rebeldia. A aflição da vaidade chama-se loucura. A aflição do relaxamento chama-se evasiva. A aflição da indiferença chama-se desânimo. A criatura indiferente não se motiva com nada e é tomada por tédio insuportável, porque não consegue se importar com as coisas, e nós precisamos gostar das coisas. Você precisa ter algo de que goste ou gostar de fazer algo, caso contrário sofrerá de tédio, sua vida perderá sentido, você perderá o rumo e entrará em sofrimento, em aflição.

A aflição da inutilidade chama-se queixa. Ainda em Religiões dos Espíritos, o benfeitor Emmanuel é incisivo ao afirmar que, quanto mais inútil uma criatura, mais ela reclama. Quem mais reclama é quem menos faz. Quem mais faz não tem tempo de reclamar.

A aflição do ciúme chama-se desespero. Quantas criaturas chegam até mesmo a se suicidar pelo ciúme, é um sofrimento terrível. A aflição da impaciência chama-se intemperança. Porque quem é impaciente perde a medida, exagera em tudo.

A aflição das sovinices chama-se miséria. De acordo com Emmanuel, 'o sovina é pão-duro', pois quanto mais sovinice ele tem, mais se impõe uma vida de restrição, porque não sabe aproveitar o que já tem.

A aflição da injustiça chama-se crueldade."

Haroldo Dutra Dias, Despertar, O Segredo da reforma íntima, Ed. Intelítera, São Paulo, 2024, p. 14/16.
Imagem: Pinterest. 



   

terça-feira, 9 de julho de 2024

A CHAVE DOS LABIRINTOS

"Cada acontecimento em nossa vida, cada pessoa, relacionamento, nosso trabalho, a família, tudo parece constituir um degrau, ou um ladrilho, que pavimenta nosso caminho, nossa estrada, nossa vida, levando-nos ao passo seguinte, à próxima decisão. 

Isso parece o karma se desdobrando. É como se tivéssemos sementes dentro de nós, que vão germinando e se revelando gradualmente, mostrando o que somos e o que trazemos para desenvolver, aprender, resolver nesta existência, acrescido de cada experiência nova. 

É preciso entender que a lei do karma não é punitiva e sim educativa.

A vida sempre nos oferece caminhos e opções para nosso progresso. Mas, se recusarmos a oferta, o sofrimento pode aparecer. Foi nossa opção. Porém, mesmo aí, surge uma nova oportunidade. Uma dificuldade momentânea pode também ser uma alavanca para nosso progresso, que pode contribuir para reaproximar pessoas queridas, da mesma família, pais e filhos, marido e esposa, amigos...

Deus é amor, Suas leis são amorosas, nossa essência é amorosa. 

Busque, abra-se para a Vida, com paciência, coragem, confiança. 

Como está no libro 'A Chave dos Labirintos', da Dra. Acely Hovelacque: 

- 'O Mestre do Viajante é o caminho, seu santuário é o lugar onde ele estiver, e o seu ritual é a Vida?'

Vamos!"

Fernando Mansur, Escrita Divina, Edição do Autor, p. 70.
Imagem: Pinterest. 
 

quinta-feira, 4 de julho de 2024

MANTER CONDUTA HABILIDOSA QUANDO ESTIVER COM OS OUTROS

"[74] Quando estamos com nossos amigos ou conhecidos, devemos estimulá-los a praticar o Darma de maneira habilidosa e sutil. Devemos também nos considerar como um aluno dos outros e aceitar com alegria e respeito qualquer conselho não solicitado que venhamos a receber deles. Se outra pessoa nos der uma lição de Darma, devemos pôr de lado nosso orgulho e receber esse ensinamento de bom grado. 
(...). 

[75] Sempre que alguém estiver fazendo uma atividade virtuosa, devemos nos regozijar e elogiá-lo ou falar sobre suas boas qualidades. [76] E, se ouvirmos alguém sendo elogiado, devemos nos juntar ao coro geral e exaltar ainda mais suas virtudes e qualidades. O que fazer quando nós formos elogiados? Nunca ficar inflados de orgulho, mas simplesmente reconhecer se, de fato, temos ou não tais qualidades.

Em resumo, precisamos permitir que todas as nossas ações de corpo, fala e mente se voltam para a felicidade dos outros. [77] Raramente encontramos tal conduta benéfica neste mundo. Devemos desejar que tudo o que fazemos - viajar, trabalhar, comer, beber água ou qualquer outro atividade - se direcione para o benefício de todos os seres. E especialmente ao falar, devemos considerar tão somente a felicidade dos outros. 

[78] Qual é o benefício de agirmos dessa maneira? Neste mundo, podemos constatar que, se formos prestativos e agradarmos aos outros, nossos atos bondosos serão retribuídos; não há dúvida de que seremos tratados com bondade pelos outros. Seremos queridos, carinhosamente apreciados e encontraremos grande felicidade, tanto nesta vida como em vidas futuras. Por outro lado, se formos invejosos das boas qualidades alheias, ingratos e excessivamente críticos. nossa própria mente ficará infeliz e perturbada e plantaremos sementes para muito sofrimento no futuro. 

Em vez de procurar falhas no comportamento dos outros e enaltecer nossas próprias qualidades, devemos fazer exatamente o oposto. A disciplina do Darma consiste em examinar regularmente nosso próprio comportamento, encarar nossas deficiências e reconhecer as boas qualidades dos outros. As práticas do Darma são tão vastas que é difícil compreender e seguir todas elas. No entanto, é suficiente simplesmente nos exercitar em duas disciplinas: abandonar nossas falhas e nos regozijar com as boas qualidades dos outros. Como disse o grande Professor indiano Atisha:

Não procurem falhas nos outros, procurem-nas e si mesmos e purgem-nas como se fossem sangue ruim. 
Não contemplem suas próprias boas qualidades, contemplem as boas qualidades dos outros e respeitem a todos como um servo o faria."

Geshe Kelsang Gyatso, Contemplações Significativas, Ed. Tharpa Brasil, São Paulo, 2009, p. 210/211.
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terça-feira, 2 de julho de 2024

A LEI DA VIDA

"A lei da vida se destina a nos ensinar de que modo viver em harmonia com a Natureza objetiva e com a nossa verdadeira natureza interior. 

Se você encostar o dedo num fogão quente, ele vai se queimar. A dor que você sentirá será um alerta dado pela Natureza para o proteger quando causar danos ao seu corpo.

Se você tratar os outros de maneira indelicada, indelicadeza é que você receberá em troca, tanto dos outros como da vida. Além do mais, seu coração murchará e secará. Assim, a Natureza adverte as pessoas de que a rudeza a que se entregam causa danos ao seu Eu interior.

Quando temos consciência do que significa a lei e agimos conformemente, vivemos na felicidade duradoura, temos saúde e estamos em perfeita harmonia com nós mesmos e com toda a vida."

Paramhansa Yogananda, A  Essência da Autorrealização, Ed. Pensamento-Cultrix, São Paulo, 2010, p. 57.
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