OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 27 de junho de 2024

FRUTOS

"Desejos - ações - frutos das ações - o Karma não é punitivo, é educativo. À medida que o tempo passa, vamos experimentando os efeitos de nossas ações. Segundo essa lei de ação e reação, tudo que fazemos produz resultados. Somente boas dão bons frutos; os erros também trazem consigo suas consequências.  

Diz um provérbio árabe que nosso destino vem amarrado ao nosso pescoço. Não há como fugir dele. Mas se o destino já vem conosco, onde fica o livre-arbítrio? E onde e quando foram geradas as causas embutidas no fardo que trazemos para esta vida?

Isso sugere a possibilidade de um passado do qual podemos não ter lembrança, ou de algum propósito de Deus para nós.

Porém, como foi dito no início, não se trata de castigo e sim de uma oportunidade de correção de rumo e chances de regeneração. Aí entra o livre-arbítrio: qual a direção que vamos tomar agora? Que rumo vamos dar à nossa existência? 

Podemos começar, purificando nossa mente com bons pensamentos, os quis geram bons sentimentos e ações ponderadas e sensatas. É um aprendizado diário. Precisamos de confiança e perseverança, até que brilhe em nós a Joia Suprema do Discernimento. 

Discernimento, desapego, boa conduta e contentamento. Como sugere o livro 'Aos Pés do Mestre'.

Estamos juntos nesse barco!

Vamos!"

Fernando Mansur, Escrita Divina, Edição do Autor, 2017, p. 116.
Imagem: Pinterest.

terça-feira, 25 de junho de 2024

CAUSAS ATUAIS DA AFLIÇÃO (PARTE FINAL)

"5. A lei humana atinge certas faltas e as pune. O condenado pode então dizer que sofre a consequência do que fez. Mas a lei não alcança, nem pode alcançar todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade, e não sobre as que só prejudicam os que as cometem. Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há uma só falta, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete consequências forçosas e inevitáveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar, a fim de evitar, futuramente, o que redundou para ele numa fonte de amarguras; se não fosse assim, não haveria motivo algum para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria o seu adiantamento e, por conseguinte, a sua felicidade futura.

Algumas vezes, porém, a experiência chega um pouco tarde. Quando a vida já foi desperdiçada e turbada, quando as forças já estão gastas e o mal é irremediável, o homem põe-se a dizer: 'Se no começo da vida eu soubesse o que sei agora, quantos passos em falso teria evitado! Se tivesse que recomeçar, eu me portaria de maneira inteiramente diversa. No entanto, já não há mais tempo!' Como o operário preguiçoso, que diz: 'Perdi o meu dia', também ele diz: 'Perdi a minha vida'. Mas assim como para o operário o Sol se levanta no dia seguinte, dando início a uma nova jornada que lhe permite reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro."

Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, Ed. FEB, 2018, p. 75/76.
Imagem: Pinterest. 


 

quinta-feira, 20 de junho de 2024

LIBERTAÇÃO

"O fim da longa estrada para a libertação é o coração do próprio homem. Se ele ao menos soubesse que ele e a senda são um! Quando do animal ele se torna uma alma, o mistério da consumação final está entretecido em tudo o que ele pensa, sente e faz, mesmo em seu primitivo estágio como selvagem. Pois ser uma alma significa que cada dia ele se aproxima mais da Libertação, como resultado do seu esforço.

O esforço para a Libertação é mostrado no instinto da criação que está em todos os homens. Mesmo o selvagem deseja simbolizar algo estranho ou assustador, algo novo. O homem civilizado é sempre um criador com seus sentimentos, pensamentos e ações. Pois, à medida que a alma evolui estágio a estágio, ela se torna um cadinho mais das energias da vida; torna-se o solo para nutrir as sementes da maravilha divina. Cada faculdade que ele aperfeiçoa é o ventre onde está crescendo uma criança cujos lábios transmitirão uma mensagem de salvação. Até que o ventre expila aquilo que nutriu, a alma fica inquieta e ansiosa. A dor termina quando a criança nasce, e a imaginação pode colocar-se à parte de sua criação. Onde o maior número está empenhado na criação, aí está a melhor civilização.

Quando a alma se liberta da servidão do desejo, a libertação está próxima. Essa libertação começa quando ela dedica seus dons à criação. Algo novo deve ser acrescentado dos recessos da alma à vida comum dos homens. Uma alma criará um hino, um discurso, um poema; outros criarão com pintura e escultura, com arquitetura e música, com dança e canção. A alma anseia e suspira por criar algo grande e nobre; coração e mente são levados a ações de oferecimento. O tamanho não importa; uma pequena ação amorosa, mesmo que seja um sorriso amistoso, contém a mesma grandeza que o dom da própria vida. A piedade que o amor envia conduz então à criação, e a alma não consegue repousar até que grandes planos de regeneração social sejam realizados, e consequentemente as misérias do homem sejam diminuídas. A alegria que a vida envia conduz à criação, e a alma deve simbolizar algo belo para inspirar os homens. A paz que a sabedoria envia leva à criação, e a alma deve abrir novas sendas para homens com novas filosofias e ciências. Ninguém consegue trilhar a senda para a Libertação até que saiba como criar. Pois Libertação significa que os muitos tornam-se o Um, e somente treinando cada faculdade do espírito, para criar em cada plano de vida, consegue o homem, a unidade, entender sua misteriosa identificação com o Todo. 

Como a alma irá criar? - Você pergunta. Mas o propósito da vida, quando a alma está liberta do desejo, é ensinar a arte da criação. Cada grito de dor, quando sob a escravidão do desejo, tem em si, em algum lugar, um elemento de sabedoria ou beleza para outrem. Quando a alma é livre, ela vê a mensagem para os outros em sua própria dor. Embora o homem jamais consiga salvar a si próprio, contudo ele sempre pode salvar outros. A mensagem oculta de cada dor é que o destino do homem é ser um salvador do mundo."

C. Jinarajadasa, Libertação, Editora Teosófica, Brasília, 2022, p. 55/58.
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terça-feira, 18 de junho de 2024

A PERCEPÇÃO DA VERDADE É IMEDIATA

"O estado verbal tem sido cuidadosamente construído no correr dos séculos, na relação entre o indivíduo e a sociedade. A palavra, o estado verbal, é tanto um estado social quando individual. Para me comunicar como estamos nos comunicando, eu necessito da memória, necessito de palavras, devo conhecer a língua, assim como você precisa conhecer a sua. Isso tem sido adquirido século após século. A palavra não está sendo desenvolvida apenas nos relacionamentos entre o individual e o indivíduo. A palavra é necessária. A questão é: se tomou tanto tempo para criar o estado simbólico, verbal, será que ele pode ser removido imediatamente?... Com o passar do tempo, será que vamos nos livrar do aprisionamento da mente, que foi construído durante séculos? Ou devemos romper com ele agora?

Ora, você pode dizer: 'Isso requer tempo, não posso fazê-lo imediatamente'. Isso significa que você precisa ter muitos dias, significa uma continuidade do que passou, embora seja modificado no processo, até atingir um estágio em que não haverá mais para onde ir. Você consegue fazer isso? Por ter medo, somos preguiçosos, indolentes, dizemos: 'Por que se importar com tudo isso? É difícil demais', ou 'Não sei o que fazer'. Então você vai adiando, adiando. Mas tem de enxergar a verdade da comunicação e a modificação da palavra. A percepção da verdade de uma coisa é imediata, não ocorre com o passar do tempo. Será que a mente pode irromper instantaneamente, no próprio questionamento? Será que a mente consegue enxergar a barreira da palavra, entender a importância da palavra em um instante e ficar nesse estado quando não estiver mais capturada no tempo? Você deve ter experenciado isso, mas é uma coisa rara para a maioria de nós."

Krishnamurti, O Livro da Vida, Ed. Planeta do Brasil Ltda. São Paulo, 2016, p. 165.
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quinta-feira, 13 de junho de 2024

CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES (1ª PARTE)

"4. As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou se quisermos, têm duas fontes bem diferentes que importa distinguir. Uma têm sua causa na vida presente: outras fora desta vida. 

 Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e da conduta dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder ou por não terem sabido limitar seus desejos!

Quantas uniões infelizes, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade, e nas quais o coração não tomou parte alguma! 

Quantas dissensões e disputas funestas se teriam evitado com mais moderação e menos suscetibilidade!

Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram as más tendências desde o princípio! Por fraqueza ou indiferença deixaram que neles se desenvolvessem os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem com a sua falta de respeito e a sua ingratidão. 

Que todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida interroguem friamente suas consciências; que remontem passo a passo à origem dos males que os afligem e verifiquem se, na maior parte das vezes, não poderão dizer: Se eu tivesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante situação.

A que, portanto, deve o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios, mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a chance desfavorável, a má estrela, quando sua má estrela está na sua própria incúria. 

Os males dessa natureza fornecem, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar pelo seu aprimoramento moral, tanto quanto o faz pelo seu melhoramento intelectual."

Texto extraído do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Ed. FEB, Brasília, 2018, p. 74/75.
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