OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 9 de agosto de 2022

A SEDUÇÃO DA PREGUIÇA

A preguiça é uma tentativa de evitar o sofrimento necessário para o crescimento.
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"Em última instância, o pior empecilho para o desenvolvimento emocional, mental e espiritual dos seres humanos vem a ser o que chamamos de preguiça. Pode-se definir a preguiça como uma tentativa de evitar o sofrimento necessário e indispensável para o crescimento. A preguiça é estimulada pelo medo das mudanças. Ela resulta de uma diminuição da autoestima que nos impede de fazer o esforço apropriado em direção a uma vida mais plena. Neste sentido, a preguiça é o exato oposto do amor.

Todos possuímos um lado sadio e outro doentio, embora em diferentes graus e intensidades diversas. Portanto, todos carregamos uma certa preguiça, mesmo que possamos ser extremamente diligentes. É preciso atenção para não confundir uma compulsão para trabalhar excessivamente com uma ausência de preguiça. De fato, muitas pessoas se mostram tremendamente ativas mas tal agitação encobre uma enorme dificuldade de evoluir, de se aprimorar; um medo de mudar, a preguiça de evoluir.

Por outro lado, por mais preguiçosa e doentia que uma pessoa possa ser, ela possui algum grau de autoestima e capacidade de esforço que podem, e devem, ser estimulados, incentivados e amplificados ao máximo, pois representam a saúde em luta contra a doença Quando percebemos que nossa saúde e nossa felicidade dependem da capacidade de superarmos a preguiça, compreendemos a importância de uma dedicação diária à luta para combater e vencer a preguiça. Entendemos também que o maior mal que podemos fazer a uma criança, ao educá-la, consiste em estimular sua preguiça, fazendo por ela o que ela mesma deveria aprender a fazer, em vez de incentivá-la a cuidar de si mesma.

A receita para conseguir superar a preguiça é, como de costume, muito fácil de ser formulada e dificil de ser executada. Trata-se de uma diária e permanente vigilância para evitar que a preguiça nos envolva, da mesma maneira como nos envolvem os vicios, nos arrastando para a tentação. No caso da preguiça é a tentação de deixar para depois, de adiar infinitamente - e nada realizar. Se nos mantemos atentos e enfrentamos com firmeza a sedução da preguiça, a recompensa será o resultado obtido acompanhado de um alegre sentimento de vitória, que traz consigo paz, alegria e felicidade."

(Luiz Alberto Py - Olhar Acima do Horizonte - Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 2002 - p. 125/126)
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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

A CONSTRUÇÃO DA TIMIDEZ

É preciso arriscar para aprender a confiar
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"Muitas dificuldades dos tímidos se deve à forma como foram educados, aos ensinamentos equivocados que lhes foram passados durante a infância. Nesses casos, eles precisam se reeducar, entendendo que sua educação foi baseada em conceitos errados, até absurdos. 

A criança 'presa em casa', por exemplo, tende a ter uma atitude de temor em relação à vida, que lhe dificulta sentir-se à vontade em quase todas as circunstâncias. Pais que mantêm os filhos reclusos, com medo de que eles corram perigo nas ruas, estão ensinando seus filhos a se acovardarem frente às vicissitudes do dia a dia. É preciso arriscar para aprender a confiar. 

Para superar tal situação, o adulto precisa passar por um longo e trabalhoso processo de rever suas ideias, seus preconceitos, se questionando constantemente sobre a forma como encara a vida e suas ideologias. É necessário que examine as ideias que incorporou dos pais sobre os objetivos da vida e seu senso moral, a respeito do que é certo e errado. O resultado pode ser muito positivo, pois lhe permite passar a ter uma vida normal."

(Luiz Alberto Py - Olhar Acima do Horizonte - Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 2002 - p. 138)
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terça-feira, 2 de agosto de 2022

A ORIGEM E O PODER DA MEMÓRIA

"A memória é uma força maravilhosa. Toda memória humana provém da extraordinária memória de Deus. Por exemplo, você não consegue descrever todos os filmes que já viu desde que nasceu; entretanto, se eu lhe mostrasse um daqueles filmes outra vez, você imediatamente lembraria. A memória divina encontra-se latente dentro de você, sempre reconhecendo experiências passadas. Assim que revê a cena inicial, a história inteira volta à sua consciência. 'Oh, já vi este filme', você diz. 'Lembro-me de como terminava.' 

Como se pode reconhecer um filme - em todos os detalhes - visto há muitos anos? É que todos os acontecimentos são gravados no cérebro. Assim que você coloca a agulha da atenção no disco de determinada experiência, a memória começa a reproduzir o que foi vivido. Se pergunto onde estava sentado, quando nos reunimos aqui na quinta-feira passada, você se recorda e começa a lembrar-se de outros detalhes também. Se pergunto: 'Que foi que eu disse?' - minhas palavras começam voltar à sua memória. 

O poder interno da memória vem de Deus e é perfeito. Nunca esquece. A memória do homem comum não consegue reter a consciência de todas as experiências de uma só vez, mas a memória divina subjacente, retém tudo, simultânea e permanentemente. Portanto, memória fraca ou forte é uma questão de convicção. Você se convenceu de que tem memória fraca e, por isso, sua memória é fraca. Todavia, não é fácil saltar dessa crença para a oposta. Muito esforço será preciso até que se convença que sua memória de fato é, uma manifestação da memória de Deus, que tudo recorda. 

A memória humana mais excepcional não passa de um empréstimo da consciência ilimitada de Deus, onde estão registradas todas as aventuras de todos os seres humanos e de outras formas de vida."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 62/63)
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quinta-feira, 28 de julho de 2022

O QUE É O EU INFERIOR

"O eu inferior é o centro criador de nossas atitudes e sentimentos negativos, que se voltam contra nós mesmos e contra os outros, e que decorrem de nossa separação egocêntrica em relação à totalidade da vida. É a nossa defesa contra a dor, a nossa insensibilidade ao sentimento, o nosso desligamento de nós e dos outros. E é o negativismo que manifestamos como resultado dessa insensibilidade. 

Nós projetamos nos outros a imagem do 'inimigo', o que nos permite tratá-los tão mal, forçando-os a desempenhar um papel em nossos melodramas ocultos, em vez de respeitar a integridade que Deus lhe concedeu. O eu inferior deriva da falsa crença de que o nosso corpo/mente separado pode viver uma vida à parte do tecido constituído por todos os outros seres vivos, e do qual somos, na verdade, apenas um fio entrelaçado aos demais. A essência do eu inferior é a intenção negativa de ficar ao largo da totalidade da vida, e depois tornar grandiosa essa separação. 

O eu inferior se manifesta em diferentes níveis de consciência. No nível do ego, temos determinadas falhas crônicas de personalidade - por exemplo, competitividade, tendência à maledicência, tendência à crítica. No nível da criança interior, temos falsos conceitos e negatividade defensiva resultante das mágoas da infância. Ao sondar mais fundo, encontramos inclinações negativas da alma - para a vingança, a amargura ou o desespero, por exemplo - que se manifestam por meio de arraigados problemas da vida. Esses são aspectos do eu inferior que trazemos conosco para a encarnação atual, com a finalidade de purificá-los, Mais fundo ainda, o eu inferior se manifesta com o nosso apego coletivo ao controle e à separação. Em úlima análise, o eu inferior é tudo aquilo que em nós impede o fluxo livre e focalizado da energia divina - do amor e da verdade - através do nosso ser. 

Todo ser humano que vive na dualidade do plano terrestre resiste, em alguma medida, à entrega total a Deus. Resistimos à identificação plena com a nossa essência divina, com o fluxo de energia divina que é a nossa verdadeira natureza. A escolha da identificação com a resistência e com o ego separado cria a nossa capacidade para o mal." 

(Susan Thesenga - O Eu Sem Defesas - Ed. Pensamento-Cultrix, São Paulo, 2015 - p. 143)
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terça-feira, 26 de julho de 2022

A RAIVA DO EU INFERIOR

"A simples expressão 'Eu estou com raiva' é muito mais saudável do que as alternativas comuns expressadas verbalmente, ou com mais frequência sentidas em silêncio, tais como 'Odeio você', 'Você é isto e aquilo, veja o que fez comigo' ou 'Vou dar o troco'. Ódio, culpa, sensação de ser dono da verdade e vingança são infinitamente mais prejudiciais aos relacionamentos do que a simples admissão da raiva. 

A raiva só é uma expressão do eu inferior quando sua intenção se transforma da simples autoafirmação para o desejo de ferir, castigar ou destruir. A raiva que é expressa com violência ou que fermenta e se transforma em ódio ou desejo de vingança é sempre uma expressão do eu inferior. Se a raiva não for expressa depois de se acumularem muitas mágoas e ressentimentos, quase sempre ela é prejudicial e desperta o desejo de vingança. Esse tipo de raiva pode ser sentido proveitosamente no ambiente seguro do aconselhamento espiritual ou da terapia. Nessas condições, podemos conscientemente ir mais fundo na exploração dos sentimentos negativos, para obter pistas sobre suas mais remotas origens. 

Precisamos entender, contudo, que a metodização total da expressão da raiva é um objetivo irreal. Até a pessoa com mais consciência espiritual às vezes tem explosões de raiva que vem se acumulando há muito tempo ou que é semiconsciente. Uma explosão dessas pode nos alertar para os modos pelos quais as máscaras do amor ou da serenidade ainda podem estar ativas como defesas contra a nossa negatividade. Nossa tarefa, nesses casos, é sempre a mesma: aceitar e perdoar a nós mesmos e a nossos defeitos, e depois prosseguir na pesquisa das origens."

(Susan Thesenga - O Eu Sem Defesas - Ed. Pensamento-Cultrix, São Paulo, 2015 - p. 149/150)
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