OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 21 de junho de 2022

AFORISMOS SAGRADOS (1ª PARTE)

"1. “Ele me insultou, zombou de mim, ele me bateu.” Assim alguém poderá pensar, e, enquanto nutrir pensamentos dessa espécie, sua ira continuará. 

O ódio nunca desaparece, enquanto pensamentos de mágoa forem alimentados na mente. Ele desaparecerá tão logo esses pensamentos de mágoa forem esquecidos. 

Se o telhado for mal construído ou estiver em mau estado, a chuva entrará na casa; assim, a cobiça facilmente entra na mente, se ela é mal treinada ou fora de controle. 

A indolência nos conduz pelo breve caminho para a morte e a diligência nos leva pela longa estrada da vida; os tolos são indolentes e os sábios são diligentes. 

Um fabricante de flechas tenta fazê-las retas, da mesma forma um sábio tenta manter correta a sua mente.

Uma mente perturbada está sempre ativa, saltitando daqui para lá, sendo difícil de controlar; mas a mente disciplinada é tranquila; portanto, é bom ter sempre a mente sob controle. 

É a própria mente de um homem que o atrai aos maus caminhos e não os seus inimigos.  

Aquele que protege sua mente da cobiça, ira e da insensatez, desfruta da verdadeira e duradoura paz.

2. Proferir palavras agradáveis, sem a prática das boas ações, é como uma linda flor sem fragrância. 

A fragrância de uma flor não flutua contra o vento; mas a honra de um bom homem transparece mesmo na adversidade do mundo. 

Uma noite parece longa para um insone e uma jornada parece longa a um exausto viajante e da mesma forma, o tempo de ilusão e sofrimento parece longo a um homem que não conhece o correto ensinamento. 

Numa viagem, um homem deve andar com um companheiro que tenha a mente igual ou superior à sua; é melhor viajar sozinho do que em companhia de um tolo. 

Um amigo mentiroso e mau é mais temível que um animal selvagem, pois o último pode ferir-lhe o corpo, mas o mau amigo lhe ferirá a mente. 

Desde que um homem não controle sua própria mente, como pode ter satisfação em pensar coisas como 'Este é meu filho' ou 'Este é o meu tesouro', se elas não lhe pertencem? Um tolo sofre com tais pensamentos. 

Ser tolo e reconhecer que o é vale mais que ser tolo e imaginar que é um sábio.

Uma colher não pode provar o alimento que carrega. Assim, um tolo não pode entender a sabedoria de um sábio, mesmo que a ele se associe. 

O leite fresco demora em coalhar e desta mesma forma, os maus atos nem sempre trazem resultados imediatos. Estes atos são como brasas ocultas nas cinzas e que, latentes, continuam a arder até causar grandes labaredas. 

Um homem será tolo se alimentar desejos pelos privilégios, promoção, lucros ou pela honra, pois tais desejos nunca trazem felicidade, pelo contrário, apenas trazem sofrimentos. 

Um bom amigo que nos aponta os erros e as imperfeições e reprova o mal, deve ser respeitado como se nos tivesse revelado o segredo de um oculto tesouro. 

3. Um homem que se regozija ao receber boa instrução poderá dormir tranquilamente, pois terá a mente purificada com estes bons ensinamentos. 

Um carpinteiro procura fazer reta a viga; um fabricante de flechas procura faze-las bem balanceadas; um construtor de canais de irrigação procura faze-los de maneira que a água corra suavemente; assim, um sábio procura controlar a mente, de modo que funcione suave e verdadeiramente. 

Um rochedo não é abalado pelo vento do mesmo modo que a mente de um sábio não é perturbada pela honra ou pelo abuso. 

Dominar-se a si próprio é uma vitória maior do que vencer a milhares em uma batalha. 

Viver apenas um dia e ouvir um bom ensinamento são melhores do que viver um século, sem conhecer tal ensinamento. 

Aqueles que se respeitam e se amam a si mesmos devem estar sempre alerta, a fim de que não sejam vencidos pelos maus desejos. Pelo menos uma vez na vida, devem despertar a fé, quer durante a juventude, quer na maturidade, quer durante a velhice. 

O mundo está sempre ardendo, ardendo com os fogos da cobiça, da ira e da ignorância. Deve-se fugir de tais perigos o mais depressa possível. 

O mundo é como a espuma de uma fermentação, é como uma teia de aranha, é como a contaminação num jarro imundo e por isso deve-se proteger constantemente a pureza da mente." ... continua

(A Doutrina de Buda -  Bukkyo Dendo Kyokai (Fundação para propagação do Budismo), 3ª edição revista, 1982 - p. 183/186)
Imagem: Pinterest.


quinta-feira, 16 de junho de 2022

ORAÇÃO ORIGINAL (HO'OPONOPONO)

"Divino Criador, Pai, Mãe, Filho, todos em Um.
Se eu, minha família, meus parentes e antepassados ofendemos sua família, parentes e antepassados, em pensamentos, palavras ou ações, desde o início de nossa criação até o presente, nós pedimos o seu perdão.
Deixe que isso se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas.
Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é.
Para limpar o seu subconsciente de toda carga emocional armazenada nele, digo uma e outra vez, durante o meu dia, as palavras chaves do HO'OPONOPONO:
Sinto muito; me perdoe; eu te amo; sou grato.
Declaro-me em paz com todas as pessoas da Terra e com quem tenho dívidas pendentes.
Por esse instante e em seu tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente:
Sinto muito; me perdoe; eu te amo; sou grato.
Eu libero todos aqueles de quem eu acredito estar recebendo danos e maus tratos, porque simplesmente me devolvem o que fiz a eles antes, em alguma vida passada: 
Sinto muito; me perdoe; eu te amo; sou grato.
Ainda que me seja difícil perdoar alguém, sou eu que pede perdão a esse alguém agora.
Por esse instante, em todo o tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente:
Sinto muito; me perdoe; eu te amo; sou grato.
Por esse espaço sagrado que habito dia a dia e com o qual não me sinto confortável:
Pelas difíceis relações às quais só guardo lembranças ruins: Por tudo o que não me agrada, na minha vida passada, no meu trabalho e o que está ao meu redor, Divindade, limpa em mim o que está contribuindo para minha escassez: Se meu corpo físico experimenta ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor, afirmo: 'Minhas memórias, eu te amo'. Estou agradecido pela oportunidade de libertar vocês e a mim.
Sinto muito; me perdoe; te amo; sou grato.
Minha contribuição para a cura da Terra:
Amada Mãe Terra, que é quem Eu Sou: Se eu, a minha família, os meus parentes e antepassados te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações, desde o início da nossa criação até o presente, eu peço o teu perdão. Deixa que isso se limpe e purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. 
Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é. 
Para concluir, digo que esta oração é minha porta, minha contribuição à sua saúde emocional, que é a mesma que a minha. Então esteja bem e, na medida em que vai se curando, eu lhe digo que: Sinto muito pelas memórias de dor que compartilho com você. 
Eu lhe pelo perdão por unir meu caminho ao seu para a cura e lhe agradeço por estar aqui em mim. Eu lhe amo por ser quem você é."

(Raul Branco - A Essência da Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 2018 - p. 205/207)
Imagem Google: Loja Projeto de Vida.


terça-feira, 14 de junho de 2022

HO'OPONOPONO

"Ė perdoando, que se é perdoado; E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Ho'oponopono é mais do que uma prece ou um mantra. É uma poderosa e comprovada prática de cura. Sua origem remonta a prática de cura tradicionais da polinésia. Tornou-se conhecida no ocidente pelo trabalho de um psicólogo terapeuta havaiano, Ihaleaka Hew Len, discípulo de uma famosa curadora havaiana, Morrnah Simeona, que usava o método tradicional de ho'oponopono.

A prática atualmente usada é baseada na ideia de Len de que não existem limites (Zero Limits) para que nossos estados mentais venham afetar a mente dos outros. Por isso, se assumirmos inteiramente a responsabilidade por nossa vida, todas nossas percepções e tudo que experimentamos de alguma forma vai afetar as outras pessoas (a VIDA UNA). Os problemas que vivenciamos não são resultado de uma realidade exterior, mas uma expressão de nossa própria realidade interior. Portanto, para Len, tudo existe como uma projeção do interior do ser humano.

O que muitos acrecitavam não passar de uma bonita teoria foi comprovado na prática pelo próprio Len, em circunstâncias desafiadoras. Ele aceitou assumir uma função em que seus antecessores só aguentavam ficar uns poucos meses. Essa função indesejável era de trabalhar como psicólogo do pavilhão de criminosos em doenças mentais numa prisão do Havaí. Sua exigência foi de 'tratar' os internos inicialmente por meio do estudo minucioso dos registros disponíveis da vida desses doentes, incluindo até mesmo detalhes de sua vida familiar. Com essas informações, Len procurava entrar em sintonia com o estado emocional do paciente e fazia, com um sentimento de profunda compaixão, a prática de cura de ho'oponopono indicada a seguir.  

Por meio da análise das fichas de cada paciente, o terapeuta aplicava as palavras-chave do ho'oponopono, e a repetição da técnica mudava seu próprio estado de espírito. Consequentemente,  a atividade mental dos detentos também se alterava. 

Por inacreditável que a história possa parecer, Len conseguiu curar quase todos os criminosos do pavilhão de doentes mentais, sem sequer conversar ou interagir com nenhum deles. 

De forma resumida, pode´se afirmar que Len conseguiu curar os presos conforme ia mudando sua mente e curando a si mesmo. 

O principal objetivo do ho'oponopono é buscar a cura dos problemas psicológicos ou mesmo de distúrbios mentais por meio do perdão. Como a prática de ho'oponopono é baseada na Unidade, é possível curar os outros a partir da nossa própria cura, por meio do perdão.

O segredo da cura é repetirmos várias vezes ao longo do dia seus elementos operacionais mentalizando a pessoa a ser curada: (Sinto muito; me perdoe; eu te amo; sou grato)"

(Raul Branco - A Essência da Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 2018 - p. 203/204)
Imagem: Pinterest.


quinta-feira, 9 de junho de 2022

A NATUREZA DO HOMEM

"A natureza do homem é como uma mata cerrada, impenetrável e incompreensível. Comparada a ela, a natureza das feras é muito mais fácil de compreender. Podemos, de um modo geral, classificar a natureza do homem, de acordo com as quatro salientes diferenças. 

Primeira, há homens que, por causa dos ensinamentos errados, praticam austeridades e compelem a sofrer. Segunda, há aqueles que, por crueldade, por roubar, por matar ou por outros maus atos, fazem os outros sofrer. Terceira, há aqueles que levam os outros a sofrer juntos com eles. Quarta, há homens que não sofrem e salvam os outros do sofrimento. Estes últimos, por seguir os ensinamentos de Buda, não dão margem à cobiça, à ira e à estultícia, mas vivem vidas tranquilas, cheias de bondade e sabedoria, sem roubar ou matar.

2. Há três tipos de homens no mundo. Os primeiros são como letras entalhadas nas rochas: dão facilmente margem ao ódio e retêm irados pensamentos por muito tempo. Os segundos são como letras escritas na areia; também sentem ódio, mas seus irados pensamentos, rapidamente desaparecem. Os terceiros são como letras escritas na água corrente; não retêm pensamentos passageiros; deixam o abuso e a inoportuna bisbilhotice passarem despercebidos; suas mentes são sempre puras e imperturbáveis. 

Há ainda outros três tipos de homens. Existem aqueles que são orgulhosos, agem temerariamente e nunca estão satisfeitos; suas naturezas são fáceis de entender. Há aqueles que são corteses e sempre agem com consideração; suas naturezas são difíceis de entender. Por último, há aqueles que dominaram completamente os desejos; é impossível compreender suas naturezas.

Assim, os homens podem ser classificados de muitas maneiras, mas suas naturezas são impenetráveis. Somente Buda as compreende e, com Sua sabedoria, orienta-os com vários ensinamentos."

(A Doutrina de Buda -  Bukkyo Dendo Kyokai (Fundação para propagação do Budismo), 3ª edição revista, 1982 - p. 175/179)
Imagem: Pinterest.


terça-feira, 7 de junho de 2022

CAUSALIDADE

"Assim como há causas para todo o sofrimento humano, existe, também, um meio pelo qual ele pode findar, porque tudo no mundo é o resultado de uma grande confluência de causas e condições; e todas as coisas desaparecem, quando estas causas e condições mudam ou deixam de existir. 

O chover, o soprar dos ventos, o vicejar das plantas, o amadurecer e fenecer das folhas são fenômenos menos relacionados às causas e condições; são por elas motivados e desaparecem, quando se alteram estas causas e condições. 

Uma criança nasce, tendo por condições os pais; seu corpo é nutrido com alimentos, sua mente educa-se com os ensinamentos e experiências.

Assim, o corpo e a mente se relacionam às condições e variam quando elas se alteram.

Assim como uma rede é confeccionada com uma série de nós, tudo, neste mundo, possui também uma série de vínculos. Se alguém pensar que a malha de uma rede é coisa independente ou isolada, estará equivocado.

Uma rede é feita com inumeráveis malhas interligadas, tendo cada malha o seu lugar e responsabilidade em relação às outras. 

2. A inflorescência, bem como a queda das folhas acontecem, motivadas por uma série e condições. A inflorescência não aparece incondicionada, nem a folha cai por si mesma. Assim, tudo tem seu aparecimento e desaparecimento; nada pode ser independente ou imutável.

Segundo a perene e imutável lei deste mundo, tudo é criado, tudo desaparece, motivado por uma série de causas e condições; tudo muda, nada permanece inalterável. 

(A Doutrina de Buda -  Bukkyo Dendo Kyokai (Fundação para propagação do Budismo), 3ª edição revista, 1982 - p. 81/83)