OBJETIVOS DO BLOGUE
Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.
Osmar Lima de Amorim
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
O OBSERVADOR E O OBSERVADO (1ª PARTE)
terça-feira, 6 de outubro de 2020
O PROBLEMA DA COMUNICAÇÃO
Vimos que o que mantém a corrente contínua do pensamento é o pensador. Uma simples mudança no processo do pensamento apenas substitui um centro reativo por outro. Somente quando o pensamento desaparece é que o próprio centro de reação é dissolvido. A ação pura exige a eliminação do pensador, do observador, ou daquele que experimenta. Quando isso acontece, há uma resposta sem um desafio, uma ação sem um estímulo. Se o amor precisa de estímulo para a ação, nesse caso não é absolutamente amor. O amor é uma resposta sem um estímulo. E, desse modo, unicamente o amor é ação pura - tudo o mais são meras reações."
www.editorateosofica.com.br
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
AS PORTAS DA PERCEPÇÃO
Essa profusão de percepções nos mostra que todas as visões cármicas são ilusões; já que uma substância pode ser percebida de tantas maneiras diferentes, como é que algo pode ter qualquer realidade verdadeira e inerente? Ela também nos mostra como é possível que algumas pessoas sintam este mundo como o céu, e outras como o inferno.
Os ensinamentos nos dizem que há basicamente três tipo de visão: a 'visão cármica, impura' dos seres ordinários; a 'visão da experiência', que se abre aos praticantes da meditação e é o caminho ou o meio de transcendência, e a 'visão pura' dos seres realizados. Um ser realizado, ou um buda, perceberá este mundo como espontaneamente perfeito, um reino de completa e deslumbrante pureza. Uma vez que eles purificam as causas da visão cármica, veem tudo diretamente na sua sacralidade desnuda e primordial.
Vemos tudo à nossa volta do modo como vemos porque temos estado solidificando uma e outra vez e do mesmo modo, vida após vida, nossa experiência da realidade interna e externa, e isso levou à convicção equivocada de que aquilo que vemos é objetivamente real. De fato, quando vamos mais fundo no caminho espiritual, aprendemos como trabalhar com as nossas percepções fixas. Todos os nosso velhos conceitos do mundo, da matéria ou mesmo de nós próprios são purificados e dissolvidos, e um campo de visão e de percepção inteiramente novo, que se pode chamar de 'divino', abre-se diante de nossos olhos. (...)
Na maioria de nós, no entanto, o carma e as emoções negativas obscurecem a capacidade de ver a nossa natureza intrínseca, a natureza da realidade. Como resultado, nós nos agarramos à felicidade e ao sofrimento como coisas reais, e em nossas ações desajeitadas e ignorantes continuamos disseminando as sementes do nosso próximo nascimento. Nossas ações nos mantêm atados ao ciclo contínuo da existência mundana, à roda sem fim do nascimento e da morte. Assim, tudo depende de como vivemos agora, neste exato momento: o modo como vivemos agora pode nos custar todo nosso futuro.
Essa é a razão real e urgente pela qual precisamos nos preparar agora para nos deparar com a morte de um modo sábio, para transformar nosso futuro cármico e evitar a tragédia de cair na ilusão de novo e sempre, repetindo o doloroso ciclo de nascimento e morte. Esta vida é o único momento e lugar em que podemos nos preparar, e só podemos fazê-lo verdadeiramente pelas práticas espirituais (...)."
www.palasathena.org
terça-feira, 29 de setembro de 2020
ATRAÇÃO E REPULSÃO
Ao mesmo tempo em que a liberdade para agir eleva o homem na escala da natureza - desenvolvendo poderes divinos dentro dele -, pesa-lhe a condição de sofrer enquanto atuar menos racionalmente que seus próprios irmãos menores, os animais.
O Budismo refere-se ao 'caminho do meio', que é a opção do equilíbrio, a ser alcançada pelo exercício da moderação em tudo que fazemos. Por essa razão, no texto conhecido como Óctupla Senda, Buda menciona uma das principais fontes de dualidade e sofrimento: o desejo, que é movido por atração e repulsão.
Ao entrar em contato com algo que nos desagrada, o que acontece? Buscamos imediatamente o lado contrário, à semelhança do vaivém do pêndulo de um relógio. Esse impulso se alimenta do desejo (corpo emocional) e também da reatividade (corpo mental), funcionando como 'almas gêmeas' dentro de nossa própria alma. Tudo aquilo que repelimos é o oposto que não queremos ver - mas obviamente continua a existir - e segue nossos passos. Temo algo que aprender ali.
Fruto da mente em estado de excitação, apego e temor, a reatividade não deixa margem à reflexão. Nossa incapacidade de ouvir começa por aí, especialmente se o argumento do outro contraria a 'verdade' que é simplesmente o nosso interesse. Enquanto fingimos prestar atenção ao que o outro diz, estamos arquitetando a resposta. A grande dificuldade experimentada nos relacionamentos - sob o nome de 'incompatibilidade de gênios' - tem nessa característica mental sua principal origem.
Quanto ao desejo, sua direção obviamente é o prazer. Nosso movimentos são baseados na expectativa do prazer, seja emocional ou mental - o que acontece no corpo físico é somente um reflexo. Por trás do prazer, no entanto, há o fatalismo da dor, assim como as duas faces de uma moeda: uma não existe sem a outra.
Na questão dos vícios que envolvem atos físicos (alcoolismo, tabagismo), o oposto do prazer é visível no corpo, que reage e adoece ao longo do tempo. O reverso do prazer está ali, mas não conseguimos vê-lo. E se por acaso vemos - mantendo o vício -, naturalmente achamos que o sacrifício compensa, não percebendo a real extensão da dor pelo bloqueio na consciência. Dentro do jogo de atração e repulsão, fechamos os olhos ao sofrimento em gestação, escolhendo o prazer fatídico de agora.
Em outros tipos de vício, ligados ao pensamento e aos sentimentos, a dificuldade de enxergar o oposto ainda é maior. Sendo ações repetitivas fora de nosso controle, os vícios geram automatismos energéticos impostos à nossa maneira de sentir e de pensar, facilitando o retorno daqueles pensamentos e sentimentos com mais força.
O vício, portanto, não é só uma questão física. Pensamentos repetidos de inveja, maledicência, luxúria e mentira são comportamentos viciosos, cujo prazer tem como oposto a angústia, falta de autoconfiança, o vazio interior e outros reflexos da ausência de amor e de comprometimento em nossa vida. Às vezes chamamos isso de 'má sorte', ignorando que a sorte - seja ela qual for - é criação exclusiva de nossa mente, e está em nossas próprias mãos."