OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 8 de setembro de 2020

DESCANSO PARA A MENTE (1ª PARTE)

O descanso da mente | Tem que ser agora?"Às vezes ficamos zangados e esquecemos o porquê. Podemos não ter certeza da verdadeira razão da nossa raiva, mas nosso instinto diz que ela se justifica; portanto, continuamos zangados. Começamos a pensar em justificativas, como, por exemplo, o fato de que nosso amigo se esqueceu de ligar, ou que alguém insultou o cachorro da família, que outro amigo chegou atrasado ao cinema, ou que as pessoas reclamam constantemente. De uma hora para a outra, temos muitas razões para estar zangados. A lista é interminável; nossas mentes se ocupam e ficam satisfeitas. 

Quer seja raiva ou paixão, ou apenas nossa lista de afazeres, a mente sempre parece estar ativamente envolvida com alguma coisa. Num momento, ela corre para fora em direção a algo que vê e quer, no momento seguinte ela se retrai para o interior em direção a algum pensamento atraente. Depois é direcionada a alguma pessoa do nosso círculo familiar. Nossas mentes estão sempre ocupadas rastreando isto e aquilo em nossos mundos interno e externo. É como ter um emprego e uma família - mal há um intervalo entre os dois. Um pensamento leva a outro, e aquele pensamento leva a um terceiro. Em algum momento, perdemos a pista e não conseguimos nos lembrar de como chegamos aonde estamos. A mente jamais tem a oportunidade de se imobilizar e permanecer calma e clara. Isso pode até mesmo causar problemas para dormir, porque a mente não repousa.

Se você tem consciência de que sua mente está ocupada e cheia de pensamentos, a situação não é tão ruim. Mas muitas vezes não é esse o caso. Às vezes estamos lidando com cinco ou seis pensamentos em sequência e, ao mesmo tempo, com as emoções ligadas a eles. Com tanta coisa em andamento, a mente começa a ficar agitada e confusa. Não conseguimos ver com clareza o quão perturbadas nossas mentes se tornaram. Também não conseguimos ver que não há lógica na nossa confusão. Contudo, permanecemos diligentes e pacientes quando nos prendemos a nossos pensamentos. Tentamos acompanhar o seu firme fluxo. Se o fluxo começa a diminuir, nós imediatamente tentamos revivê-lo. Temos até mesmo aparelhos que fazem isso - computadores de bolso, notebooks, celulares - para que possamos registrar tudo. Está tudo lá: seus e-mails, textos, agendas e listas de compras. Isso não é necessariamente ruim; porém, com tanta coisa em andamento, é fácil ver como nossas mentes jamais conseguem algum repouso.

Nosso problema é que a mente ocupada pode perder a conexão com a sua real natureza. Quando reservamos tempo para olhar o que há por trás de toda essa atividade, descobrimos um sentido de imensidão e percepção, paz e felicidade. Esse panorama não muda de momento a momento; ele está sempre aí para nós. Buda ensinou que esta é a verdadeira realidade de nossas mentes. Para nos religarmos a essa realidade, precisamos desacelerar e relaxar - desapegar completamente, descansar nossas mentes. Então criamos a possibilidade da mente se desanuviar, se acalmar e se sintonizar com o estado básico de paz e felicidade. (...)"

(Dzogchen Ponlop Rinpoche - Descanso para a mente - Revista Sophia, Ano 16, nº 71 - p. 26/29)
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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

MAIS AÇÕES, MENOS PALAVRAS

798 Campo Florido Fotos - Fotos de Stock Gratuitas e Fotos Royalty ..."'Ações, não palavras' é uma frase usada pelos Adeptos que enfatiza a importância de vivermos de acordo com o que acreditamos e compreendemos. Há uma tendência geral de ficarmos satisfeitos com a compreensão teórica de verdades espirituais, ao mesmo tempo em que deixamos de nos comportar conforme essa compreensão. É fácil fazer um estudo intelectual da vida espiritual, mas o esforço para se viver essa vida exige determinação, perseverança, coragem e sacrifício. O modo mais fácil é substituir as ações por palavras; porém, sem as ações o caminho espiritual não pode ser trilhado.

Como afirma o prefácio do livro Aos Pés do Mestre (Ed. Teosófica), 'olhar para o alimento e dizer que é bom não satisfará o faminto; ele deve estender a mão e comer. Assim, ouvir as palavras do mestre não basta; você deve fazer o que ele diz, atendendo a cada palavra, assimilando cada sugestão.' É essencial fazer exatamente o que é dito, e não adaptar as exigências para satisfazer sua própria conveniência, as exigências do sociedade ou a opinião de vizinhos.

As qualificações para trilhar o caminho espiritual são enunciadas desde os tempos antigos. Não pode haver dúvida a respeito das exigências fundamentais. Contudo, as pessoas perguntam como obter a libertação; atingir a iluminação e juntar-se à grande fraternidade de Seres Perfeitos, em vez de perguntarem a si mesmas: o que eu fiz para satisfazer as exigências do caminho? Será que minha vida é vivida de modo a gradualmente construir as qualidades necessárias? Os conselhos estão sendo seriamente seguidos? Todo esforço possível está sendo feito?

No Nobre Caminho Óctuplo delineado por Buda, um dos pontos é o Reto Esforço. Porém, geralmente o esforço para mudar as próprias atitudes, reações e pensamentos é o último em prioridade; as pessoas dizem que ele é difícil, enquanto gastam uma enorme energia em busca de um sucesso que durará pouco ou de posses que não beneficiarão ninguém. No entanto, por meio de uma observação imparcial, podemos compreender que o esforço é natural - portanto, não é difícil. É a falta de seriedade e de convicção que faz o esforço para produzir mudanças internas parecer difícil.

A natureza do esforço necessário para trilhar o caminho espiritual não implica abrir mão de nossas ocupações regulares. Para começar, é enquanto essas ocupações são realizadas que devemos observar o que acontece no interior da mente. Portanto, externamente a vida não muda; a pessoa não precisa se afastar da família e dos amigos, desistir da profissão ou se tornar uma reclusa. Há estágios nesse caminho em que eventualmente algumas dessas coisas podem acontecer, mas a pessoa não precisa temer que sua vida vire de cabeça para baixo. A vida deve continuar, mas com os olhos atentos para observar os pensamentos e as ações que surgem nas diferentes circunstâncias. 

A prática do discernimento na vida diária é uma das ações mais importantes do estudante esotérico. Sem ela, os livros, as ideias e as mais belas palavras não significam uma real preparação. Fala-se a respeito de uma nova era, um novo milênio e outras coisas novas, mas a novidade só surgirá realmente quando, por meio do discernimento, aprendermos a filtrar nossos pensamentos e motivações e a libertar nossa mente de seu antigo e inútil conteúdo."

(Radha Burnier - Mais ações, menos palavras - Revista Sophia, Ano 14, nº 62 - p. 13)


terça-feira, 1 de setembro de 2020

EVITAR TODO O MAL, PROCURAR O BEM, CONSERVAR A MENTE PURA: EIS A ESSÊNCIA DO ENSINAMENTO DE BUDA

A Doutrina de Buda - Posts | Facebook"A tolerância é a mais difícil das disciplinas, mas a vitória final é para aquele que tudo tolera.

Deve-se remover o rancor quando se está sentindo rancoroso; deve-se afastar a tristeza enquanto se está no meio da tristeza; deve-se remover a cobiça enquanto se estão nela infiltrado. Para se viver uma vida pura e altruística, não se deve considerar nada como seu, no meio da abundância. 

Ser de boa saúde é um grande privilégio; estar contente com o que se tem vale mais do que a posse de uma grande riqueza; ser considerado como de confiança é a maior demonstração de afeto; alcançar a iluminação é a maior felicidade.

Estaremos libertos do medo, quando alimentarmos o sentimento de desprezo pelo mal, quando nos sentirmos tranquilos, quando sentirmos prazer em ouvir bons ensinamentos e quando, tendo estes sentimentos, nós os apreciarmos.

Não se apeguem às coisas de que gostam nem tenham aversão às coisas de que desgostam. Pois, a tristeza, o medo e a servidão surgem do gostar ou desgostar."

(A Doutrina de Buda, Bukkyo Dendo Kyokai, Terceira edição revista, 1982, p. 371/373)


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O MUNDO CELESTE

Plano Mental :: *"É uma porção do mundo mental, cujos moradores estão especialmente preservados de tudo quanto pode manchar ou entorpecer sua perfeita felicidade ou a incessante transmutação de suas úteis experiências e faculdades.

O céu que escrevem os clarividentes ou os extáticos, não é mais que o céu materializado do mundo astral, composto das formas mentais de quem nele habita e reproduz o céu segundo o pintam as diversas religiões em suas Escrituras sagradas. Não tem nada de comum com o verdadeiro céu do mundo mental, donde todas as emoções antiegoístas, as nobres aspirações, os pensamentos generosos, os elevados anelos da passada vida terrena se transmudam em potências e faculdades para empregá-las na vida seguinte. Quanto mais copiosas hajam sido as experiências colhidas, mais potentes serão as faculdades adquiridas. No mundo celeste todo amor altruísta encontra seu prazer em uma plenitude e vizinhança de comunhão que jamais poderá conhecer na terra.

A permanência do homem no mundo celeste é curta ou longa segundo tiver sido a índole de sua vida terrena. É curta quando foi escasso seu caudal de pensamentos nobres e emoções altruístas; longa, quando abundante. Seja curta ou longa, elabora completamente tudo quanto levou consigo, embora em germe, e afinal armazena em seu permanente corpo causal todas as recordações de suas vidas passadas e todas as sementes das qualidades mentais e emotivas que presidirão seu futuro progresso.

Facilmente acabamos de ver que a evolução é mais rápida à medida que melhoram de qualidade os pensamentos e as emoções, e que cada vida nos mundos astral e mental depois da morte, transfere mais abundante colheita à próxima vida terrena.

O homem comum civilizado é capaz de considerável melhoria durante sua vida celeste, pois semeia ali as sementes de uma copiosa colheita. Em sua mão tem o aceleramento de sua evolução, ao considerar que sua vida mental e emocional na terra lhe proporciona os materiais para uma vida mesquinha ou abundante no terceiro mundo, estabelecendo assim maiores ou menores possibilidades para sua próxima vida terrestre.

Convém recordar que se bem o homem assuma no mundo astral os resultados de suas sinistras paixões e emoções, sofrendo em proporção à sua intensidade, há de ressarcir também, em outra vida terrena, o dano que houver ocasionado ao próximo na passada vida, se não a ressarciu no mundo astral. O ressarcimento deste dano o há de cumprir, ou sofrendo em mãos daqueles a quem prejudicou, ou prestando-lhes algum serviço. No primeiro caso, queda a semente do ódio provocado pelo dano, pois a menos que medeie o perdão e o esquecimento, serão invertidos os termos da dívida. No segundo caso se extingue de todo, porque 'o ódio jamais cessa pelo ódio, e sim pelo amor'."

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 107/109)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

O MUNDO ASTRAL

O Plano Astral – Parte 2 – Colégio Platinorum"Depois da morte física e do desprendimento do duplo etéreo, a roupagem externa do homem é o corpo astral, o corpo dos apetites, das paixões e emoções. A atenção do ego não tem então mais remédio que se dirigir aos contatos do mundo astral, e assim o percebe, muito embora confusamente, porque sua atenção se fixa mais no agitado torvelinho dos desejos que borbulham no mesmo corpo astral e não pode satisfazer porque já não possui corpo físico por intermédio do qual os satisfaça. Deste modo aprende afinal que a satisfação de um desejo em prejuízo do próximo reverte em sofrimento, que serve de semente para uma qualidade de sua futura consciência física. De outro modo, também goza da satisfação dos desejos convenientes à sua etapa de evolução. Sua estadia no mundo astral é tão duradoura como seus desejos, segundo a qualidade que tiveram na sua última vida terrestre, e goza de paraíso de índole material. Com o tempo se desintegra o corpo astral, e então a externa roupagem do ego é o corpo mental no mundo celeste."

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 106/107)