OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 14 de julho de 2020

MESMERISMO (1ª PARTE)

A diferença dos passes magnéticos no Mesmerismo, Reiki e ..."Dá-se a este procedimento o nome de seu inventor, o médico alemão Frederico Antônio Mesmer, residente em Paris em 1778, que descobriu o modo de consumir em sono a uma pessoa submetida à sua influência pessoal, exercida com tal propósito e auxiliada por artifícios excitadores da imaginação. Seu procedimento foi condenado por uma comissão de eminentes médicos franceses encarregada de examiná-lo, e o mesmerismo caiu no anátema da ciência ortodoxa. Não obstante, continuou sua prática que foi tida por charlatanismo apesar dos notáveis resultados com ela obtidos na cura de algumas enfermidades e na anestesia local durante as operações cirúrgicas, sem que o paciente perdesse o conhecimento.

O mesmerismo consiste em relacionar a vontade da pessoa com a do operador, a fim de provocar o sono. O operador fixa sua atenção nos olhos do paciente, que por sua vez olha fixamente o operador, e então este 'faz passes' sobre a fronte do paciente ordenando-lhe que durma, como de fato dorme e se transporta ao estado de êxtase. Isto no que se refere ao aspecto visível do procedimento.

Quanto à sua característica invisível, sucede que o operador emite de si uma força parecida com o magnetismo, uma energia vital regulada pelo pensamento que a acompanha ao atuar no cérebro físico, pois, por meio de um galvanômetro se demonstra que o processo mental vai unido nesse caso a correntes magnéticas com o éter que interpenetra a massa cerebral. O operador emite estas correntes na direção que lhe apraz, e no caso em apreço, envia-as por intermédio do éter circundante ao éter do cérebro da pessoa, cuja matéria densa fica afetada pelas ondas vibratórias que provocam o sono. A causa desta ação é indispensável que o pensamento da pessoa se harmonize com o do operador, pois se for discordante, as ondas vibratórias seriam opostas e se entrechocariam com o cérebro do paciente, produzindo perturbações físicas, dores de cabeça e outras doenças, sobretudo se tanto o operador como a pessoa têm vontade forte. Neste última circunstância, se ambas as vontades se harmonizam, os resultados do êxtase podem ser mui favoráveis; porém, se estão em desacordo, será o mesmerismo muito prejudicial à saúde física do paciente. (...)"

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 80/82)

quinta-feira, 9 de julho de 2020

ÊXTASE (PARTE FINAL)

Consciência Espiritual: NOSSO PODER"(...) Consideremos agora o caso de uma pessoa vulgar posta artificialmente em estado de êxtase, ²⁶ com o objetivo de colocar-se em consciência hipnótica e interrogá-la nessa situação.

Os psicólogos ocidentais começaram a colocar a pessoa em sono, e despertaram-na depois para lhe perguntar de que se recordava. Posteriormente a colocaram em sono e a interrogaram sem despertá-la. O sono, neste estado, era extático, isto é, o ego se ausentava do corpo, e assim não se despertava a pessoa até que lhe focassem uma luz elétrica sobre os olhos ou disparassem um tiro perto de seus ouvidos, ou lhe atravessassem a carne com uma agulha. O coração diminuía suas pancadas, a respiração apenas era percebida e o sangue circulava lentamente, carregado de resíduos carbônicos, até alcançar o estado comatoso do organismo. Entretanto, em tais condições, a pessoa respondia às perguntas que se lhe formulavam e os resultados eram assombrosos.

As primeiras experiências desta espécie ²⁷ foram efetuadas pelos mesmeristas do século XIX, e pelos hipnotizadores no fim do mesmo século. O mesmerismo e o hipnotismo são dois procedimentos muito diferentes, embora ambos deixem o ego livre de seu corpo físico, e consintam que o estudante os distinga."

²⁶. Esta palavra é a que com maior propriedade etimológica expressa a ideia significada pela anglo-francesa 'transe', que pode achar-se inalteravelmente traduzida em muitos tratados de psiquismo, sendo que em nossa língua a palavra transe tem um significado mui distinto do transe a que se refere o texto. Pelo contrário, êxtase equivale a transporte e se deriva das palavras gregas ek (fora) e stasis (base), ou seja 'fora da base', isto é, fora do corpo, no caso de que tratamos. Transe em nosso idioma, não dá ideia da ausência do ego, que é condição indispensável do êxtase, e sim que se contrai ao definir o ponto rigoroso de algum acontecimento, como por exemplo quando dizemos transe da morte. O êxtase tanto pode ser o artificialmente provocado no médium espírita como o natural dos místicos.
²⁷. A comunicação direta com o ego que deixava em sono extático seu corpo físico e era consciente no mundo astral, valendo-se do corpo de emoções como veículo de atividade, isto é, o mesmo corpo astral que também está revestido na vida terrena, muito embora atue no corpo físico. (N. do T.)

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 79/80)

terça-feira, 7 de julho de 2020

ÊXTASE (1ª PARTE)

ÊXTASE CHAVE DA DIMENSÃO ESPIRITUAL – Portal Arco Íris-Núcleo de ..."É um estado hipnótico ²³ em que o ego sai de seu corpo físico por sua própria vontade ou artificiosamente expulso pelos procedimentos de mesmerismo, sugestão, magnetismo, histeria, etc. ²⁴ Difere o êxtase do sono ordinário em que durante este o ego queda magneticamente ligado ao corpo físico, de modo que, em caso de necessidade pode reincorporar-se o ego. Quando uma pessoa adormecida desperta subitamente em estado de terror, o coração palpita com violência, e o corpo se banha de suor, e parece como se uma entidade repugnante se houvesse acercado do corpo adormecido com o intento maligno de se aproveitar dele e sinistramente nele influenciar, e que a consciência remanescente no corpo enviará aviso ao ego em demanda de amparo e proteção. Então o ego se apressa a voltar, recobra a posse do corpo e o terror se desvanece. Ademais, no sono ordinário, o toque ou sacudidela externa do corpo, um ruído estrepitoso ou a repentina claridade de uma luz servem de chamada ao ego ausente. Porém, em estado de êxtase, não existe ligação magnético entre o corpo físico e o ego, pelo que este não pode receber chamada alguma. Um dos perigos do êxtase mesmérico, sugerido por um hipnotizador ignorante das condições suprafísicas, é que o corpo fica desprovido de sua instintiva faculdade de reclamar auxílio em caso de perigo, nem tampouco é capaz de se proteger a si mesmo, abroquelando-se num envoltório de magnetismo positivo. 

Quando alguém que acaba de perder seu corpo físico pela morte e ansia veementemente voltar à terra, pode aproveitar-se de um corpo físico vago de seu proprietário e sem meios de se comunicar com ele. Os psicólogos modernos chamam a este fenômeno 'desdobramento de consciência', e os antigos o chamavam 'possessão'. Chamem-no como quiser, é sumamente prejudicial para o intruso e extremamente desastroso para o legítimo proprietário e seus inimigos e amigos, para quem quer que o encontre inteiramente trocado em pensamentos, emoções, recordações e caráter; e se o fenômeno ocorreu fora de sua casa, tem de lamentar a repentina e, para eles, inexplicável desaparição de seu amigo ou parente, com todas as inquietudes e ansiedades próprias do caso.

Estas alterações ocorrem, com mais frequência nos casos de epilepsia e catalepsia, e então acontece trocar o caráter da pessoa atacada até o ponto de perder por completo a memória de sua anterior personalidade. Esta perca se chama erroneamente as consequências do ataque. ²⁵ (...)"


²³. A palavra hipnótico se refere adjetivamente a tudo quanto esteja relacionado com o sono, e não se verifica em sua reta e etimológica acepção que forçosamente deve ser um estado produzido por sugestão magnética. Todos os chamados hipnotizadores provocam o sono em seus 'subjects', porém, nem todos os estado de sono ou hipnótico provêm da ação dos hipnotizadores. O vulgo tem tergiversado o sentido reto da palavra hipnótico, e fala-se do sono hipnótico sem advertir a enormidade da redundância, pois o hipnótico já por si implica a ideia de sono. 
²⁴. Ao tratar da mediunidade, explicaremos a diferença entre o êxtase e a anestesia, em que também o corpo físico queda inconsciente pela ação de certas substâncias como o éter, o clorofórmio e outros entorpecentes.
²⁵. O leitor que se interessar por este ponto encontrará muitos casos classificados com a denominação geral de 'desdobramento da consciência'.

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 77/79)

quinta-feira, 2 de julho de 2020

CONTINUIDADE DE CONSCIÊNCIA

Mediunidade: caminho de ascensão à quinta dimensão..."O homem que atua conscientemente no mundo astral pode ou não ter continuidade de consciência, isto é, recordar ou não, ao volver ao corpo físico, quanto viu e fez no mundo astral. A este fato, deve estar o cérebro convenientemente educado, com certas modificações em seu funcionamento. Uma melodia que compreenda três oitavas não pode ser interpretada como um instrumento que abarque somente duas. Se o cérebro tem latente a capacidade de vibrar em três oitavas, pode-se atualizar dita capacidade, porém, se o cérebro não a tem latente e se fazem violentos esforços para que reproduza as vibrações astrais, acarretarão notas falsas e discordantes, manifestadas em acidentes histéricos, irritabilidade nervosa, impressões contrafeitas e distensão das células normais do cérebro. Daí a necessidade da disciplina da yoga.

Numa etapa de evolução mais adiantada, a consciência vigílica inclui o mundo astral e não há necessidade do sono nem do êxtase para atuar conscientemente nele, bem como no físico. Em outra etapa, não obstante superior, o homem é assim como consciente no mundo mental, onde aprende a funcionar livremente com muito maior utilidade e, no final, chega a ter nele sua consciência vigílica. Então vive conscientemente nos três mundos, residindo conforme sua vontade em qualquer dos três."

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 75/76)

terça-feira, 30 de junho de 2020

O HOMEM DESPERTO NOS MUNDOS SUPRAFÍSICOS (PARTE FINAL)

Corpo Espiritual | Orbium Coelestium"Não é possível enumerar, nem muito menos descrever, a dilatadíssima variedade dos habitantes do mundo astral, e a esta multidão se junta, para maior confusão do neófito, a contínua mudança das formas mentais e a representação também mental, porém, revestida de matéria astral, de cenas, panoramas, quadros e lugares, tal como o vulgo das diferentes religiões os concebeu e lhe ensinou a conceber durante sua vida terrena. Porque ao despertar pela primeira vez no mundo astral, pode enganar-se quem esteja a ver a plasmação objetiva de seus próprios pensamentos, confirmando-lhe assim os erros que sustentou na terra. Assim é que enquanto o homem se familiariza com o mundo astral e pode por ele atuar em todos os subplanos tão livremente como no mundo físico, se lhe oferece à sua atividade uma obra utilíssima no ensino e guia dos recém-chegados ao mundo astral, explicando-lhes o que são e como hão de se portar, e também podem auxiliar com sua inspiração aos moradores da terra, protegendo-os contra os acidentes e servindo-lhes de guarda e amparo.

Muito embora o mundo astral seja muito mais diverso que o físico, está igualmente regido por leis naturais. As observações que em uma região do mundo astral são fiéis e verdadeiras, podem falhar em outra região diferente, do mesmo modo que diferem no mundo físico as efetuadas na zona glacial dos trópicos; nem tampouco definiria os bosques da Inglaterra a descrição dos do Brasil ou da Colômbia.

Diz-se que o homem está 'desperto' no mundo astral, quando é capaz de valer-se de seu corpo astral como veículo operante de sua consciência, quando observa, discerne e recorda os fenômenos astrais, como qualquer de nós pode observar, discernir e recordar os fenômenos do mundo físico. O homem desperto no astral não fala nem escreve deste mundo pelo que ouve dizer dele, como poderíamos falar ou escrever sobre um país cuja descrição houvéssemos lido, mas fala e escreve sobre o mundo astral, como poderia fazer um viajante que tivesse percorrido pessoalmente um país. Daí a nota de sincera e natural observação que se verifica nos livros escritos por teósofos que, dirigidos pelos seus instrutores, percorrem os mundos astral e mental, aprendendo a observar, comparar e comprovar. Os desconhecedores da Teosofia revestem de presunção quimérica a sinceridade das descrições dos mundos astral e mental; mas, quem as ler não deve considerá-las de modo algum como revelações, e sim como relatos de viagens, e quando durante o sono de seu corpo físico vá ao mundo astral, e se bem que não esteja consciente, tenha desta região do universo vislumbres que ao despertar lhe pareçam sonho, a leitura de tais livros o ajudará a compreender o porquê de tais vislumbres. Além disso, como sabe que depois da morte física haverá de passar pelo mundo astral, procederá com prudência lendo-os enquanto estiver na terra, como poderia ler a descrição geográfica de um país que quisesse visitar. Não há necessidade que acredite no que dizem tais livros, pois, quando se encontrar no mundo astral, depois da morte, lembrar-se-á de tudo quanto leu na vida física, e não ficará tão exposto aos desvios nem se considerará tão estranho naquele mundo. Deve ter em conta que, tanto acredite como não, os efeitos são os mesmos, e se é verdade o que leu nos livros não se escandalizará quando o comprovar experimentalmente, ao passo que se for falso ou se tiver tergiversado, reconhecerá a verdade."

(Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 73/75)