OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 6 de agosto de 2019

OFEREÇA SEUS DONS ESPECIAIS A DEUS

"(18:46) Atinge a perfeição o homem que oferece seus dons especiais Áquele que permeia todo (o universo) e por meio do qual todos os seres se manifestam.

Qualquer que seja o dom especial de uma pessoa, ela evoluirá mais se ofertar espiritualmente esse dom a Deus. Este, de seu lado, aprimorará o dom e ajudará a pessoa a sair-se bem em tudo o que faça. Também a ajudará, pois que a vê ansiar pela verdade, a avançar na direção da liberdade interior. 

Vemos aqui, recapitulado, o conselho de Krishna a Arjuna para agir e não tentar chegar a Deus renunciando a toda atividade. A única restrição a esse ensinamento é: 'Se um dever conflitar com outro, de tipo superior, deixará de ser um dever.' Em outras palavras, havendo diversas coisas que ele faça bem, o homem se concentrará naquela que lhe expanda os bons sentimentos e lhe exalte a consciência. 

Muitos comentadores afirmaram que Krishna, nessa passagem, recomenda seguir a vocação tradicional na família. Estão enganados. Numa sociedade estável (não em transição como a nossa no mundo inteiro), esse conselho talvez pudesse ser aceito de um modo geral (embora não se saiba, então, como alguém que o seguisse iria se tornar um sannyasi!). Entretanto, numa época em que a própria sociedade não pára de modificar-se, tal conselho seria ruinoso! Em verdade, neste mundo, cada qual é cada qual. Aparece em sua família como um convidado. Sendo transitório, nada que está fora poderá definir quem ou o que ele é. Todo homem deve seguir sua própria estrela. Quanto mais subir rumo à liberdade interior, mais imperativo se tornará para ele esse conselho."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 494/495)
www.pensamento-cultrix.com.br



quinta-feira, 1 de agosto de 2019

SOFRIMENTO CONSCIENTE E SOFRIMENTO INCONSCIENTE

"Sofrimento é luto, incerteza, a sensação de absoluta solidão. Há o sofrimento da morte, de não ser capaz de se realizar, de não ser reconhecido, de amar e não ser correspondido. Há inúmeras formas de sofrimento e, sem entendê-lo, não haverá fim para o conflito, para a infelicidade, para o esforço diário da corrupção e da deterioração. 

Há o sofrimento consciente, e há também o inconsciente, o sofrimento que parece não ter base, não ter causa imediata. A maioria de nós conhece o sofrimento consciente - e sabemos lidar com ele. Ou fugimos dele mediante a crença religiosa ou o racionalizamos; ou tomamos algum tipo de droga, intelectual ou física; ou distraímos nossa atenção com palavras, diversões, entretenimento superficial. Fazemos tudo isso, e ainda assim não conseguimos nos livrar do sofrimento consciente. 

O sofrimento inconsciente, nós herdamos ao longo dos séculos. O homem sempre buscou superar essa coisa extraordinária chamada sofrimento, luto, infelicidade. Mas mesmo quando está superficialmente feliz e tem tudo o que quer, no fundo do insconsciente ainda existem as raízes do sofrimento. Portanto, quando falamos sobre o fim do sofrimento, nos referimos ao fim de todo ele, consciente e inconsciente.

Para pôr fim ao sofrimento devemos ter uma mente muito clara, muito simples. A simplicidade não é uma mera ideia. Ser simples exige muita inteligência e sensibilidade."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil, São Paulo, 2016 - p. 225)


terça-feira, 30 de julho de 2019

UMA ATITUDE DE VENCEDOR

"1. Um vencedor diz: 'Vamos encontrar a resposta'; um perdedor diz: 'Ninguém sabe disso'.

2. Quando um vencedor comete um erro, diz: 'Enganei-me'; quando um perdedor comete um erro, diz: 'A culpa não é minha'.

3. Um vencedor mete-se dentro de um problema e sai do outro lado; um perdedor cava sua própria cova e não consegue nunca sair dela.

4. Um vencedor assume compromissos; um perdedor faz promessas.

5. Um vencedor diz: 'Sou bom, mas posso vir a ser melhor'; um perdedor diz: 'Não sou pior que muitos outros'.

6. Um vencedor procura aprender com aqueles que lhe são superiores; um perdedor procura destruir os que lhe são superiores.

7. Um vencedor diz: 'Há de haver um meio melhor de triunfar'; um perdedor diz: 'Sempre se fez assim'."

(In: A Sua Liberdade Financeira, André Blanchard, Ed. Gente, 1993 - A Essência da Felicidade - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 61)


quinta-feira, 25 de julho de 2019

A ELIMINAÇÃO DAS IMPUREZAS

"28. O propósito da disciplina do Yoga é eliminar as impurezas causadas pelo processo de condicionamento, de modo que a Luz do Puro Percebimento Incondicionado possa brilhar. 
Em função do sütra acima, o propósito da disciplina do Yoga é negativo em sua natureza. Ele não objetiva construir alguma coisa com um conteúdo positivo, pois o positivo nasce naturalmente no campo da negatividade. O positivo é descendente do alto e não o produto do esforço da mente. Também não é forjado pela Vontade, conquanto forte e resoluta possa ser. E, de fato, Patañjali afirma que o propósito das práticas do Yoga é eliminar os obstáculos que possam ter sido acumulados devido ao processo de condicionamento. A expressão utilizada é asuddhi-ksaye, a eliminação das impurezas. Quando isso é feito, a Luz do puro percebimento brilha por si mesma. Ao serem abertas as portas e as janelas da casa, os raios do sol entrarão imediatamente. Não é preciso convidar o sol para iluminar o quarto, até então, escuro. Há apenas algo a ser feito - remover as obstruções que mantêm fora a luz. Na verdade, a disciplina sobre a qual Patañjali fala neste sütra está na natureza de remover as obstruções que interceptam o fluxo natural da vida. Ele afirma que, com a eliminação das impurezas, brilha a luz da sabedoria, e é nesta luz que vem o percebimento da Realidade. Para se ver, é preciso haver luz, e quando há luz, as coisas aparecem naturalmente à visão como são. Assim, a disciplina indicada aqui objetiva criar um estado de negatividade, no qual tão somente o positivo pode nascer."

(Rohit Mehta - Yoga A arte da integração - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 105)


terça-feira, 23 de julho de 2019

CONTEMPLAÇÃO

"No verdadeiro trabalho espiritual, a realização intelectual por si só é inadequada. A mente deve tirar as suas conclusões do coração, o local das emoções. As emoções, por sua vez, devem produzir atos reais. 

O estudo das escrituras pode nos trazer tanto satisfação quanto humildade. A sublimidade das palavras da verdade trará prazer e inspiração para as nossas mentes e corações. Seremos estimulados a continuar com o nosso estudo. A humildade virá quando compreendermos as limitações inerentes à tentativa do intelecto de integrar e compreender totalmente a Natureza da Verdade. A Palavra pode ser uma amostra, mas humildemente compreendemos que a 'palavra' não é a coisa em si. Nossas mentes ficarão continuamente inspiradas, humildes e desabrocharão à medida que avançarmos em nossos estudos.

Quando nos concentrarmos, sempre nos concentraremos sobre um objeto produzido pela nossa própria mente. Contudo, quando uma pessoa for calma o suficiente e pura o suficiente, o ato da concentração pode, como diz Aldous Huxley, mergulhar no 'estado de abertura e passividade alerta no qual a verdadeira contemplação torna-se possível'. A verdadeira contemplação é a oração verdadeira, um estado de união com o divino. A contemplação em suas formas inferiores é um pensamento discursivo. Não se percam nas forma inferiores. (...)"

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2006 - p. 295)