OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 3 de março de 2018

SUPERAR A PREGUIÇA DE SENTIR ATRAÇÃO POR AQUILO QUE É SEM SENTIDO OU NÃO VIRTUOSO

"Sempre que somos atraídos por divertimentos triviais e tagarelice ou ficamos completamente distraídos por espetáculos ou negócios, é sinal de que nossa mente foi vencida pela preguiça: a preguiça de sentir atração por desejos mundanos e ações não virtuosas. É insensato abandonar a alegria suprema que nasce da prática de Darma e, em vez disso, ficar feliz em criar causas de sofrimento. Por que sentir atração por prazeres triviais - como cantar, dançar etc. -, é causa de sofrimento? O motivo é que tais trivialidades entulham com inúmeros obstáculos o caminho que leva à felicidade sublime. Se desejamos felicidade duradoura, devemos praticar o Darma; e se queremos algo para abandonar, devemos desistir daquelas atividades mundanas que não levam a nada, exceto a intolerável sofrimento.

Esse conselho não significa que na vida espiritual não há lugar para momentos de descontração, como ouvir música, nem quer dizer que atividades como tratar de negócios são incompatíveis com o Darma. Como foi enfatizado ao longo do Guia de Shantideva e neste comentário, é a nossa motivação que determina a virtude ou a não virtude de uma ação. Com a motivação adequada - como, por exemplo, o desejo de beneficiar os outros -, existem muitas atividades chamadas de mundanas que podemos fazer, sem ter medo de estar perdendo nosso tempo ou criando causas de sofrimento futuro. O que está sendo enfatizado nesta seção, sobre o segundo tipo de preguiça, é que muitos dos nossos entretenimentos e ocupações da vida diária são diversões inúteis ou sem sentido. Nossa motivação para nos entregar a elas, geralmente, não é nada mais que um egoísmo mesquinho, sem contar que muitas de nossas atividades costumeiras são prejudiciais aos outros. É o nosso apego por esse tipo de conduta que constitui a preguiça, porque todo esforço canalizado nessa direção nos desvia dos propósitos mais elevados na nossa preciosa vida humana."

(Geshe Kelsang Gyatso - Contemplações Significativas - Ed. Tharpa Brasil, São Paulo, 2009 -. p. 278/279)


sexta-feira, 2 de março de 2018

CRENÇA

"Não conheço um ser humano agnóstico, isto é, que em nada crê.

Pode-se não crer em Deus, mas se crê em medicamento, em poder econômico, em posição social, em promessas de políticos, no poder da mentira, no poder da violência...

Há até mesmo alguns que só creem em sua própria descrença.

Assim, creem em alguma coisa...

Como é difícil ajudar a quem crê em sua descrença somente.

É tão difícil como transportar uma montanha.

Como é frágil e padecente aquele que Te nega!"

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 67/68)


quinta-feira, 1 de março de 2018

CORAGEM: UMA QUALIDADE INATA DA ALMA

"Sucesso, saúde e sabedoria são atributos naturais da alma. A Identificação com pensamentos e hábitos debilitantes, bem como a falta de concentração, perseverança e coragem, são responsáveis pelas tribulações devidas à pobreza, à má saúde etc.

Você paralisa sua faculdade de buscar o sucesso com pensamentos de medo. O sucesso e a perfeição tanto da mente quanto do corpo são qualidades inerentes ao homem porque ele foi feito à imagem e semelhança de Deus. Para reivindicar esse direito de nascença, porém, devemos primeiro nos livrar da ilusão de nossas próprias limitações.

Deus possui tudo. Saiba, pois, em qualquer situação, que como filho de Deus você possui tudo que pertence ao Pai. Sinta-se sempre contente e satisfeito sabendo que tem acesso a todas as posses do Pai. Seu quinhão natural é a perfeição e a prosperidade, mas você prefere ser imperfeito e pobre. A consciência de possuir tudo deve ser um hábito de cada pessoa."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 13/14)
www.editorapensamento.com.br


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

TANTO QUANTO EU VOS AMEI

"Jesus presenteou seus discípulos com outra gema de sabedoria espiritual a fim de ajudá-los a palmilhar o caminho do coração. Ofereceu-se a eles como exemplo de amor ao próximo, dizendo simplesmente: 'Amai-vos uns aos outros tanto quanto e vos amei'.

Jesus era sem dúvida um ser humano cheio de amor, que quase nunca encolerizava, sempre oferecia a outra face, era paciente e gentil, compassivo e compreensivo com relação aos pensamentos e sentimentos dos que o cercavam. No entanto, quando examinamos acuradamente o modo como amava as pessoas, vemos que ele não conduzia sua vida de forma a minimizar-lhes o sofrimento emocional. Evitava tomar conta dos sentimentos delas. Não era isso o que considerava amor. 

Para ele, amar era acima de tudo manter o coração aberto o tempo todo para o centro espiritual do seu próprio ser. Nesse constante estado de devoção meditativa, ele parece ter vivido, não ocupado em manipular e maquinar com sua mente lógica, mas em seguir a sabedoria e os ditames do coração a cada momento.

Para Jesus, o importante era amar a Deus de todo o coração, mente e alma, e realizar a tarefa que tinha pela frente de maneira expontânea. Por exemplo, ele ensinou aos discípulos que, quando fossem levados à presença das autoridades, não preparassem de antemão o que diriam - antes, permitissem que o Espírito falasse por intermédio deles enquanto mantinham o coração puro e harmonizado com a sabedoria, a orientação espiritual.

Em outras palavras, em vez de viver uma vida prescrita por 'deves' e 'não deves', Jesus se submetia à realidade e era sempre fiel ao chamamento interior, independentemente do que os outros pensassem de seus atos ou do grau em que estes afetassem os sentimentos alheios. Pelo que sabemos, em tudo o que fez, ele viveu o caminho amoroso da entrega absoluta ao momento espiritual.

Jesus deixou claro que não veio nem para obedecer às leis de sua cultura nem para derrogá-las. Veio para completá-las com outras novas, qualitativamente mais confiáveis - a saber, amar ao próximo como a nós mesmos, e com a mesma impávida honestidade e dedicação à verdade que ele demonstrou em tudo."

(John Selby - Sete Mestres, Um Caminho - Ed. Pensamento-Cultrix Ltda., São Paulo, 2004 - p. 122/123)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A DIVINDADE DO SISTEMA SOLAR

"O estudo do oculto encara o Sistema Solar, em toda a sua vasta complexidade, como a manifestação parcial de um grande Ser vivente, e todas as suas partes como aspectos dessa manifestação. Muitos nomes Lhe têm sido dados; em nossa literatura teosófica Ele foi descrito, muitas vezes, sob o título gnóstico de Logos – o Verbo que no princípio estava com Deus e era Deus; mas agora costumamos referir-nos a Ele como a Divindade Solar. Todos os constituintes físicos do Sistema Solar – o Sol com sua magnífica coroa, todos os planetas com seus satélites, seus oceanos, suas atmosferas e os vários éteres que os envolvem – tudo isso, coletivamente, é o Seu corpo físico, a expressão d’Ele no plano físico. 

De modo idêntico, os mundos astrais coletivos – não somente os mundos astrais pertencentes a cada planeta físico, mas também os planetas puramente astrais de todas as cadeias do sistema (como, por exemplo, os planetas B e F de nossa cadeia) – formam o seu corpo astral, e os mundos coletivos do plano mental são o Seu corpo mental, o veículo por cujo intermédio Ele se manifesta nesse nível particular. Cada átomo de cada mundo é um centro através do qual Ele é consciente, e, portanto, não só é verdade que Deus é onipresente, mas também que tudo que existe, existe em Deus. 

Vemos, assim, que a antiga concepção panteísta se aproxima da verdade, ainda que apenas em parte, pois toda a Natureza, em seus diversos planos, não é senão a vestimenta daquele Ser, que existe fora e acima de tudo isso, em uma vida que transcende a toda e qualquer definição, e da qual nada podemos saber. Uma vida entre outros Regentes de outros Sistemas. Assim como todas as nossas vidas estão literalmente dentro d’Ele e são, em verdade, uma parte d’Ele, assim a Sua vida e a das Divindades Solares dos inumeráveis sistemas solares são parte de uma vida ainda maior, a da Divindade do Universo visível. E se existe, nas profundezas do espaço, outros universos, para nós invisíveis, todas as suas Divindades, por sua vez, devem fazer parte igualmente da Grande Consciência Una, que inclui a totalidade."

(C.W. Leadbeater - O Lado Oculto das Coisas - Ed. Teosófica, Brasília - p.  42/43)