OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

DECIDA E AJA

"Tal como o bicho-da-seda que, de si mesmo, tece o casulo, que comprova ser seu túmulo, de sua própria mente o homem fabrica a gaiola na qual fica preso. Há porém um recurso para escapar, o qual o Guru lhe pode ensinar ou Deus lhe poderá desvelar. Assuma o sadhana (disciplina) que lhe propicie alívio. Afaste de si os papéis de bobo e de arrogante que, em todas essas eras, você tem representado. Assuma o papel de hero (herói) e não de zero. Olvide o passado. Não se perturbe quanto a possíveis erros e desapontamentos. Decida. E aja.

Alguns Gurus que aconselham a manutenção de um 'diário', onde você registraria cada coisa má que pratique, pedem-lhe que o leia, a título de exercício espiritual, e, assim, decida corrigir-se. Escrever e ler tais anotações somente concorrem para ainda mais imprimir na mente (os erros). Melhor é substituir maus pensamentos por bons pensamentos e limpar a mente de todo mal, mediante curtir as boas ações e os pensamentos santos. Esqueça as coisas más das quais não quer se lembrar. Traga à memória somente o que é bom para ser lembrado. Tal é o santo caminhar para atingir o progresso espiritual."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Camionho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 189/190)


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

REVENDO VALORES PARA TRANSFORMAR A TERRA (PARTE FINAL)

"(...) O nosso planeta conturbado, onde permeiam as guerras, os homicídios, os roubos, as chacinas, as invasões, a ganância, entre outras mazelas, é consequência da luta desenfreada pelo poder, pelo ter, o que desencadeia dores e sofrimentos. 

Até a própria natureza tem respondido às agressões com reações implacáveis, como os maremotos, ciclones, terremotos, entre outros, que culminam com extermínio de milhares de pessoas.

É chegado o momento de todos nós nos conscientizarmos de que, se deixarmos o Deus que habita nosso interior fluir, o mundo será diferente. Cada um de nós é responsável pela mudança desse estado de coisas que envolvem nossa sociedade de hoje.

Assim como o certo e o errado só existem na mente do julgador, a vida que estamos vivendo é a que escolhemos e, se seus frutos são bons ou maus, simplesmente depende de nossas atitudes. Urge que mudemos nossos atos.

A humanidade está excessivamente voltada para uma vida repleta de realizações exteriores; é preciso, no entanto, refletir que estas realizações são resultantes da formação interior que possuímos. Como o planeta, e até a própria vida que estamos vivendo, estão bem próximos do caos, é chegado o momento de cada ser se transformar interiormente.

É preciso entender que o realinhamento do Universo depende das nossas ações, da prática do Amor, de atos voltados para o bem comum, da irradiação da Luz, que permitirá vermos nossa Terra iluminada, como sendo o próprio Paraíso. 

Se cada um procurar se transformar a si próprio, o mundo estará transformado."

(Valdir Peixoto - Conheça-te a ti Mesmo - Ed. Teosófica, Brasília, 2009 - p. 74/76)


terça-feira, 9 de janeiro de 2018

REVENDO VALORES PARA TRANSFORMAR A TERRA (2ª PARTE)

"(...) Nem sempre o que é real é visível aos nossos olhos. Tome-se o exemplo de uma garrafa contendo apenas ar atmosférico. À primeira vista, se perguntarmos a alguém o que ela contém, receberemos em resposta que não tem nada, que está vazia. Contudo, sabemos que o ar é matéria e podemos alterar seu estado físico, tornando-o líquido ou sólido. Além disso, sabemos que ele reage com outras substâncias. O que aparentemente era o nada se solidificou ou se liquefez. Da mesma forma, nem tudo o que vemos é real.

Dessa maneira, geralmente priorizamos e valorizamos as coisas materiais, os bens terrenos, esquecendo-nos da realidade primeira que é Deus.

É lamentável constatar igualmente, que o interesse pessoal se sobrepõe ao coletivo, quer no sentido político, social ou humano. A todo momento, nos deparamos com o SER sendo relegado pelo TER, e para que isso aconteca, constantemente vemos ficar esquecida a Verdade, a Honra, a Justiça e o Amor. 

Eis a razão de tanto sofrimento e de tanta dor permeando a sociedade humana. Ser resgatados esses princípios, certamente não veríamos inúmeros atos de desamor e injustiça sendo praticados, provocando tanta angústia e tanta dor. 

O que se precisa, na realidade, é resgatar a prática do bem em nome do verdadeiro amor, sem visar compensação. Somente assim se alcançará a plenitude da paz espiritual, que é o próprio Céu. É necessário que saibamos que o Céu não é um lugar que se conquista com a prática do bem, a título de recompensa. O Céu é um estado de ser, é um estado de Paz, de Harmonia, de Tranquilidade e de extrema Felicidade, onde reina, como já dissemos, A Verdade, a Justiça e o Amor. (...)" 

(Valdir Peixoto - Conheça-te a ti Mesmo - Ed. Teosófica, Brasília, 2009 - p. 72/74)


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

REVENDO VALORES PARA TRANSFORMAR A TERRA (1ª PARTE)

"O ser humano autêntico fala o que pensa e age da mesma forma como pensa e fala; só assim, ele pode ser considerado uma criatura equilibrada. Vivenciando essa linha de coerência, novos horizontes surgirão e a própria vida se tornará mais suave.

Para que alcancemos a felicidade é essencial que reformulemos algumas de nossas atitudes.

Para vivenciarmos a Paz e a Harmonia, é preciso lembrarmos que, originalmente somos uma Centelha do Todo, que somos parte de Deus. Em sendo assim, evidentemente somos todos peças de uma mesma Unidade, todos somos um.

Lembrando disso, não há por que vivermos priorizando aquilo que nos satisfaz individualmente, colocando em um segundo plano os interesses de outras pessoas, quer sejam os nossos familiares, os nossos amigos e, especialmente, aqueles que nos são desconhecidos. Se assim entendermos, veremos a nós mesmos como extensão de cada um dos outros seres e, assim, a felicidade ou a tristeza do outro será também a nossa.

No momento em que conseguirmos ver e sentir a todos, independente de os conhecermos ou não, como parte de uma mesma Unidade, poderemos, muito mais facilmente, vivenciar um estado de total Felicidade.

O entendimento do que é real e do que é irreal é outro aspecto a ser reavaliado. A limitação dos nossos sentidos nos faz crer que o que não vemos não existe. Nossa essência Divina, todavia, que é eterna e não pode ser vista através dos olhos físicos, é real, enquanto que o nosso corpo físico é efêmero, temporal, provisório. (...)

(Valdir Peixoto - Conheça-te a ti Mesmo - Ed. Teosófica, Brasília, 2009 - p. 71/72)


domingo, 7 de janeiro de 2018

O EGO E O CASTIGO KÁRMICO

"P: Se depois da destruição de meu corpo meu Ego some em um estado de inconsciência completa, onde terá lugar o castigo pelos pecados cometidos durante minha vida passada? 

T: Nossa filosofia ensina que somente em sua próxima encarnação o Ego encontra o castigo kármico. Depois da morte, apenas recebe o prêmio dos sofrimentos imerecidos que experimentou durante sua encarnação passada⁷. Todo o castigo depois da morte - até para um materialista - consiste, portanto, em não receber recompensa alguma e na perda total da consciência da própria felicidade e descanso. Karma é filho do Ego terrestre, o fruto das ações da árvore que constitui a personalidade objetiva visível para todos, assim como o fruto de todos os pensamentos e até dos motivos do 'Eu' espiritual, mas Karma é também a mãe carinhosa e eterna que cura as feridas infligidas por ela durante a vida anterior, sem torturar aquele Ego, causando-lhe novos sofrimentos. Se se pode dizer que não existe nenhum sofrimento - mental ou físico - na vida de um mortal, que não seja fruto e consequência direta de algum pecado cometido em uma existência prévia; por outro lado, o homem não conservando a menor recordação disto em sua vida atual, considera que não merece tal castigo e que está sofrendo por um crime que não é seu. Basta isso para que a alma humana tenha direito ao consolo, descanso e bem-aventurança mais completos, em sua existência post-mortem

Para nossos Egos espirituais a morte sempre se apresenta como salvadora e amiga. Para o materialista, que não foi mau apesar de seu materialismo, será o intervalo entre as duas vidas semelhante ao sono tranqüilo e não interrompido de uma criança, ou seja, inteiramente livre de sonhos ou cheio de imagens de que não tem percepção definida; enquanto que para o mortal comum, será um sonho tão vivo e animado como a própria vida, cheio de felicidade e visões reais."  

⁷ Alguns teósofos discordaram desta frase, mas as palavras são do Mestre, e seu sentido unido à palavra 'imerecidos', é o que foi dado antes. No folheto número 6, da T.P.S. (Sociedade Teosófica de Publicações), empregava-se uma frase com a mesma ideia, de que depois se fez uma crítica em Lúcifer. A palavra era 'desgraçada' e se prestava à crítica que se fez dela; mas a ideia essencial era que os homens sofrem frequentemente por efeito de ações consumadas por outros; efeito que não faz parte essencialmente de seu próprio Karma, e, como é natural, merecem a compensação desses sofrimentos.

(Blavatsky - A Chave da Teosofia - Ed. Três, Rio de Janeiro, 1973 - p. 156/157