"O que eu fiz de bom? Em que errei? Serei capaz de renovar meus votos de fazer o melhor que posso no próximo ano, e estarei à altura do compromisso?'
O fim de qualquer ciclo e o começo do ciclo seguinte são sempre uma boa ocasião para avaliar o nosso progresso no aprendizado, e para adotar novas resoluções. Helena Blavatsky escreveu: 'E que ninguém pense que se trata apenas de uma fantasia, atribuir importância ao nascimento do ano.' Ela acrescentou:
'A terra passa pelas suas próprias fases bem definidas, e o homem com ela; e assim como um dia pode ter um tom, o ano também pode. A vida astral da Terra é jovem e forte entre o Natal e o Ano Novo. Aqueles que definem a sua vontade agora [isto é, entre Dezembro e Janeiro] têm uma força extra para realizá-la de modo coerente.'²
'A nossa percepção do tempo se expande a cada final de ciclo. Parece que ficamos frente a frente com outros momentos semelhantes, do passado e do futuro. Quando você vira uma página no livro da sua vida, você tem uma visão de como foram escritas as páginas anteriores, e faz um diálogo com as sementes do futuro. A época do Natal nos leva a uma dimensão diferente do tempo. Em alguns casos uma repetição das mesmas e velhas celebrações ao nosso redor produz um estranho sentido de déjà vu que expande a nossa percepção. Ela nos traz lembranças do passado e talvez alguns sentimentos sobre os tempos que virão.
É verdade que qualquer apego a coisas passadas é perigoso, e H.P.B. fez uma advertência, ao escrever sobre o final de um ano:
'Deixe-o ir embora, com suas alegrias, triunfos, coisas ruins e amargura; basta que ele deixe conosco para nosso aprendizado a memória da nossa experiência e a lição dos nossos erros. Sábio é quem deixa que ‘o Passado morto enterre os seus mortos’ e se volta com coragem para os deveres renovados do Ano Novo; só os fracos e os tolos se lamentam pelo que é irrevogável.'³ (...)"