OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 9 de dezembro de 2017

RENDIÇÃO

"Quando não aceitamos o mundo tal como ele é, estamos presumindo que não se pode confiar nele e que o universo não se apresenta como deveria. Nosso ego carrega um enorme fardo de crenças sobre como as coisas teriam de ser. Mesmo que nossa crença seja positiva e profundamente espiritual, precisamos encarar o fato de que, caso ela não corresponda à realidade, estamos gerando sofrimento interior e, portanto, conflito - por nos apegarmos a uma imagem falsa.

Em seu livro Loving What Is, Byron Katie vai diretamente ao ponto: 
Se você quiser que a realidade seja diferente, que tal também ensinar um gato a latir? Poderá tentar infatigavelmente, mas no fim o gato olhará para você e dirá: 'Miau'. É inútil desejar um mundo diferente do que é... Deveríamos saber que as coisas são boas assim como elas se apresentam, pois quando as questionamos sentimos tensão e frustração. Se deixarmos de nos opor à realidade, a ação se tornará simples, fluida, amorosa e sem riscos. 
É isso: quando deixamos de nos opor à realidade e aceitamo-la, tornamo-nos amáveis e destemidos. E, quando o medo se vai, nossas ânsias desaparecem e estamos prontos a, sem esforço, abrirmo-nos para a plena participação no momento presente e eterno.

Sugiro que você explore plenamente o que significa submeter-se à realidade. Com isso, deixará de lutar contra ela. Não perca nem mais um segundo desejando que ela seja diferente. Agora mesmo, é imperativo aceitar a realidade porque você nada poderá fazer para mudar o momento presente. Essa é a compreensão espiritual da vida. O momento presente é perfeito - simplesmente, porque não pode ser de outra maneira. Ele é o que é.

A magia da lógica reside em que apenas pela entrega total ao agora adquirimos o poder de participar de seu desdobramento e influenciar positivamente os momentos que virão. Vivendo intensamente o aqui e agora, sem nenhuma resistência à realidade, tornamo-nos partícipes plenos do momento atual. E graças a essa entrega, aceitação e participação, trazemos o poder do amor e da verdade espiritual ao momento presente - todas as nossas ações se tornam naturais, em harmonia e consonância com a verdade do espírito. Nossa realidade e a realidade do mundo que nos cerca entram em sintonia.

Só quando isso acontece fazemos progresso genuíno - não por meio da manipulação da nossa mente crítica, mas da participação da nossa alma. Submetendo-nos à realidade, submetemo-nos a Deus e permitimos ao Espírito agir por intermédio de nós, impedindo assim que o ego cheio de medos determine nossos atos. Dessa maneira, aprendemos a fazer com que o elemento meditativo da mente e da alma atue no mundo."

(John Selby - Sete Mestres, Um Caminho - Ed. Pensamento-Cultrix Ltda., São Paulo, 2004 - p. 94/95


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

DESFAZENDO A IDENTIFICAÇÃO COM O SOFRIMENTO (PARTE FINAL)

"(...) QUANDO PASSAMOS A OBSERVADORES e começamos a deixar de nos identificar, o sofrimento ainda continua a agir por um tempo e vai tentar fazer com que voltemos a nos identificar com ele. Embora não esteja mais recebendo a energia originada da nossa identificação com ele, o sofrimento ainda tem sua força, como uma roda-gigante que continua a girar mesmo quando deixa de receber o impulso. Nesse estágio, o sofrimento pode até ocasionar dores em diversas partes do corpo, mas elas não vão durar.

Esteja presente, fique consciente. Vigie o seu espaço interior. Você vai precisar estar presente e alerta para ser capaz de observar o sofrimento de um modo direto e sentir a energia que emana dele. Agindo assim, o sofrimento não terá força para controlar o seu pensamento.

No momento em que o seu pensamento se alinha com o campo energético do sofrimento, você está se identificando com ele e, de novo, alimentando-o com os seus pensamentos. Por exemplo, se a raiva é a vibração de energia que predomina no sofrimento e você alimenta esse sentimento, insistindo em pensar no que alguém fez para prejudicá-lo ou no que você vai fazer em relação a essa pessoa, é porque você já não está mais consciente, e o sofrimento se tornou 'você'. Onde existe raiva existe sempre um sofrimento oculto.

Quando você começa a entrar em um padrão mental negativo e a pensar como a sua vida é horrorosa, isso quer dizer que o pensamento se alinhou com o sofrimento e você passou a estar inconsciente e vulnerável a um ataque do sofrimento.

Utilizo a palavra 'inconsciência' no presente contexto para significar uma identificação com um padrão mental ou emocional. Isso implica uma ausência completa do observador."

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 76/77


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

DESFAZENDO A IDENTIFICAÇÃO COM O SOFRIMENTO (2ª PARTE)

"(...) O sofrimento deseja sobreviver, mas, para isso, precisa conseguir que nos identifiquemos inconscientemente com ele. Então poderá nascer, nos dominar, 'tornar-se nós' e viver através de nós.

Ele retira seu 'alimento' de nós. Vale-se de qualquer experiência sintonizada com o seu próprio tipo de energia, qualquer coisa que provoque um sofrimento adicional sob qualquer forma: raiva, destruição, rancor, desgostos, problemas emocionais, violência e até mesmo doenças. Portanto, quando o sofrimento toma conta de nós, cria uma situação em nossas vidas que reflete a própria frequência de energia da qual ele se alimenta. Sofrimento só se alimenta de sofrimento. Não consegue se alimentar de alegria. Acha-a indigesta. 

Quando o sofrimento nos domina, faz com que desejemos ter mais sofrimento. Passamos a ser vítimas ou agressores. Queremos infligir sofrimento, ou senti-lo, ou ambos. Na verdade, não há muita diferença entre os dois. É claro que não temos consciência disso e afirmamos que não queremos sofrer. Mas preste bem atenção e verá que o seu pensamento e o seu comportamento estão programados para continuar com o sofrimento, tanto para você quanto para os outros. Se você estivesse consciente disso, o padrão iria se desfazer, porque desejar mais sofrimento é uma insanidade, e ninguém é insano conscientemente. 

O sofrimento, a sombra escura projetada pelo ego, tem medo da luz da nossa consciência. Teme ser descoberto. Sobrevive graças à nossa identificação inconsciente com ele, assim como do medo inconsciente de enfrentarmos o sofrimento que vive dentro de nós. Mas, se não o enfrentarmos, se não direcionarmos a luz de nossa consciência para o sofrimento, seremos forçados a revivê-lo.

O sofrimento pode parecer um monstro perigoso, mas eu garanto que se trata de um fantasma frágil. Ele não pode prevalecer sobre o poder na nossa presença. (...)".

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 75/76


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

DESFAZENDO A IDENTIFICAÇÃO COM O SOFRIMENTO (1ª PARTE)

"O SOFRIMENTO NÃO QUER que nós o observemos diretamente e vejamos o que ele realmente é. No momento em que o observamos, sentimos seu campo energético dentro de nós e desfazemos a nossa identificação com ele, surge uma nova dimensão da consciência. 

Chamo isso de presença. Passamos a ser testemunhas ou observadores do sofrimento. Isso significa que ele não pode mais nos usar, fingindo ser nosso eu interior. Então, não temos mais como realimentá-lo. Aqui está nossa mais profunda força interior. 

Alguns sofrimentos são irritantes, mas inofensivos, como é o caso de uma criança que não para de chorar. Outros são monstros destrutivos e mórbidos, verdadeiros demônios. Alguns são fisicamente violentos; outros, emocionalmente violentos. Eles podem atacar tanto as pessoas à nossa volta quanto a nós mesmos, seus hospedeiros. Os pensamento e sentimento relativos à nossa vida tornam-se, então, profundamente negativos e autodestrutivos. Doenças e acidentes frequentemente acontecem desse modo. Alguns sofrimentos podem até levar uma pessoa ao suicídio.

Às vezes levamos um choque ao descobrir uma faceta detestável em alguém que pensávamos conhecer bem. Entretanto, é mais importante observar essa situação em nós mesmos do que nos outros.

PRESTE ATENÇÃO A QUALQUER SINAL de infelicidade em você, qualquer que seja a forma, pois talvez seja o despertar do sofrimento. Ele pode se manifestar como uma irritação, uma sinal de impaciência, um ar sombrio, um desejo de ferir, sentimentos de raiva, ira e depressão ou uma necessidade de criar algum tipo de problema em seus relacionamentos. Agarre o sinal no momento em que ele despertar de um estado inativo. (...)"

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 74/75


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

O DISCIPULADO E A LEI

"Antes de encontrar o Primeiro Portal, o peregrino, com alma sedenta e mente desconcertada, exasperadamente procura algo que valha a pena ser amado, que valha a pena servir.

Defronta-se com a Imutável Esfinge do Mistério. Compreende que não encontrará nenhuma ajuda fora de si mesmo. Consegue entender a Lei de desvinculação e, contudo, a sua personalidade mortal ainda anela simpatia e compreensão. 

A crueldade da vida, a incerteza da hora da morte, continuam projetando sombras sobre sua Senda. Para dissolvê-las, terá que deixar de olhar para trás.

A parte mais penosa do seu caminho é ver que, justamente aqueles aos quais procurou servir, não compreendem seu trabalho. Rebelam-se contra ele, condenando e destruindo tudo aquilo que procura fazer com tanto esforço.

Aquele que passou o Primeiro Portal deve aprender a estender a taça da compaixão a todos que dela necessitam, recusando um só gole para si, permanecendo sedento até que algum companheiro, percebendo a sua sede, também lhe dê de beber.

A mesma Lei que impede o instrutor espiritual de se defender, obriga o discípulo a resguardar tudo aquilo que seu Mestre representa e a defendê-Lo contra qualquer agressão. O discípulo que não reagir em defesa de seu Mestre, não deverá ficar surpreso ao encontrar fechado o Portal do Conhecimento.

O discípulo se eleva e decai junto com seu Mestre e, uma vez tendo-O reconhecido, não pode repudiá-Lo.

O homem que quer perceber o Divino, primeiramente precisa apagar de si a própria imagem.

Entre dez mil homens, nenhum reconheceria um Mestre que estivesse em sua companhia.

Os homens costumam dizer: 'Se os Iniciados existem, por que não vivem entre nós?' Não se apercebem de que a vida que levam impossibilitaria a um Iniciado permanecer entre eles.

Quando o homem purificar seus vários conceitos, criados pela personalidade inferior, convencer-se-á, por si mesmo, da existência da Loja dos Mestres.

Antes de falar sobre as obrigações para com a sociedade, a religião, a ciência e o trabalho, é preciso não esquecer o simples dever fraterno – do som da voz, do toque da mão – para com seu irmão ou sua irmã."

(K. Barkel - Cruz, Estrela e Coroa, Ensinamento de Whitehawk - Universalismo - p. 6/7)