OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 28 de novembro de 2017

AMA AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO

"Jesus lançou essa exortação em oito palavras ao mundo como se fosse uma bomba. Lembro-me da primeira vez que descobri uma de suas implicações: que, para amar a meu próximo, devo antes de tudo amar a mim mesmo. Notemos isto: quando nos ensinou a amar, Jesus quis dizer que o amor é uma qualidade interior, a qual alimentamos dentro do nosso coração para em seguida deixar fluir em direção aos que nos cercam. Se tentamos amar ao nosso semelhante, mas deixamos de fomentar o amor por nosso  próprio eu, estamos perdidos. O primeiro passo no aprendizado do amor consiste em estabelecer uma conexão íntima entre o nosso coração e a fonte absoluta do amor. 

A solução final e muito simples da polaridade egoísmo/desprendimento encontra-se na injunção de Jesus para amarmos nossos semelhantes tanto quanto amamos a nós mesmos. Ele não disse 'Ama ao teu próximo mais que a ti mesmo' porque sabia que isso é impossível. Quando, pois, não há amor em nosso coração, não há amor para darmos ao semelhante. Mas se aumentarmos o fluxo desse amor, aumentaremos o fluxo de amor disponível para fluir em direção ao próximo. A despeito de diversas críticas que consideram a prática meditativa inerentemente egoísta, não podemos fugir ao fato de que, para amar aos que nos cercam, nossa primeira responsabilidade cifra-se em voltarmo-nos para dentro de nós mesmos e tornarmo-nos mais amorosos com relação ao nosso próprio ser.

Na meditação tal qual a estamos aprendendo, reservamos um tempo diariamente para contemplar nossos pensamentos, avaliar até que ponto os negativos geram emoções negativas... e, nesse ato, optar por não nutrir ideias capazes de nos magoar.

Somos criaturas que gravitam rumo ao prazer e evitam a dor. Quando percebemos que certas ruminações críticas causam-nos sofrimento grave e duradouro, afastamo-nos delas. Esse é o poder de cura da meditação. Ao vislumbrar com clareza a verdade, nós mudamos. Ao conhecer a verdade de nossos hábitos mentalmente danosos, nós nos livramos deles."

(John Selby - Sete Mestres, Um Caminho - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 117/118)


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

AMOR PELA HUMANIDADE (PARTE FINAL)


"(...) Não temos conhecimento de nossos poderes. A mente é potencialmente capaz de habilidades incríveis. No futuro distante, a mente usará a imaginação para moldar formas conscientes, e saberá disso. Quando pensarmos numa casa, outra pessoa verá como ela se parece. Isso pode ser acelerado atualmente com a prática correta. Assim que compreendermos isso, poderemos ajudar qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo exatamente agora, fazendo uso de pensamento ou de sentimento, ou de ambos conjuntamente. Conforme afirmou Blavatsky, 'a pessoa pode estar na prisão e ainda ser um trabalhador pela causa'.

Existem, no entanto, alguns passos primários que precisam ser entendidos. O primeiro é que 'o que quer que venha a nós teve origem em nós'. Logo que isso é compreendido em profundidade, requerendo contemplação e possivelmente algum estudo para verdadeiramente apreender, podemos parar de buscar do lado de fora as respostas para nossos problemas, e começar a buscar internamente. Uma das ilusões da vida é pensar que nossos problemas provêm de outras pessoas, situações ou acontecimentos, embora tenhamos posto em ação forças que, exatamente agora, estão repercutindo sobre nós. Logo que entendemos isso, percebemos não apenas que o problema é na verdade uma bênção, mas também uma resposta. Conseguir isso leva tempo, paciência e amor pelo nosso eu e pelo mundo no qual vivemos. Para encontrar esse tesouro perdido, devemos buscar no lugar certo.

Aprendemos a sentir, pensar e perceber: esse é o trabalho de uma vida, e também um trabalho ao qual retornaremos na próxima vida. O progresso que fazemos nesta vida retorna facilmente a nós na próxima, o que explica a criança prodígio e o gênio. Dizem que nascimento e morte são incidentes recorrentes numa vida infinita. A viagem da vida é aprender. Se não aprendemos, sofremos. Se aprendemos, há alegria e expansão de consciência.

Dito simplesmente, há uma evolução da consciência através da forma. A vida nos guia lentamente para a realização, e isso leva eras. Por meio do esforço autodeterminado, aceleramos nossa jornada e a suavizamos com amor e sabedoria, que é verdadeiramente o tesouro oculto, o tesouro que a natureza promove lentamente. Então, auxiliamos os seres humanos e a natureza, através de um imenso amor pela humanidade como um todo, pois ela é a grande órfã, a única deserdada sobre a Terra, e é dever de cada pessoa fazer alguma coisa, por menor que seja, pelo seu bem-estar."

(Barry Bowden - Sabedoria: o tesouro oculto - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 42/43)
www.revistasophia.com.br


domingo, 26 de novembro de 2017

AMOR PELA HUMANIDADE (1ª PARTE)

"Uma das maiores lições da vida, para mim, foi que a paz não surge do exterior, nem das pessoas ou das coisas. Após esse momento, meu trabalho verdadeiramente começou. Foi somente pelo meu contínuo olhar para o interior que a paz permitiu-se acontecer. Para fazer qualquer coisa, precisamos nos engajar. Isso é autoconhecimento. O engajamento é uma das lutas que permite que as nuvens se dissipem. Finalmente começamos a experimentar nossa natureza superior, resplandecente como é, foi e sempre será.

No entanto, isso é apenas parte da história. Nem tudo diz respeito a nós. Krishnamurti disse que 'a iluminação tem pouco a ver conosco e tudo a ver com o universo'. O verdadeiro despertar significa que não estamos sós, mas que 'tudo é um'.

Quando agimos em harmonia com o universo, começamos a ver a necessidade de auxiliar os outros. Contudo, estamos todos sempre tão ocupados... Como se pode mudar isso? Nossa ideia de ajuda geralmente é ver o nosso eu físico auxiliando os outros. Quando compreendemos o poder que temos, verificamos que podemos afetar qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, por meio dos nossos sentimentos e pensamentos. Toda vez que pensamos, empregamos parte do universo - o reino mental.

Nas Cartas dos Mahatmas, podemos ler: 'Todo pensamento do homem, ao ser criado, passa para o mundo interno e torna-se uma entidade viva associando-se - amalgamando-se, poderíamos dizer - a um elemental; o que equivale a dizer, com uma das forças semi-inteligentes dos reinos. Ele sobrevive como uma inteligência ativa, uma criatura gerada pela mente para um período mais longo ou mais curto, proporcional à intensidade original da ação cerebral que o gerou. Assim um pensamento bom perpetua-se como um poder benéfico ativo, e um pensamento mau como um demônio maléfico. E assim o homem está continuamente povoando sua corrente no espaço com seu próprio mundo apinhado com a projeção de suas fantasias, desejos, impulsos e paixões, uma corrente que reage sobre qualquer organização sensitiva ou nervosa com a qual entre em contato, proporcionalmente à sua intensidade dinâmica. Os budistas chamam isso skandha, os hindus, karma; o Adepto cria essas formas conscientemente, outros homens lançam-na fora inconscientemente.' (...)"

(Barry Bowden - Sabedoria: o tesouro oculto - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 42)
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sábado, 25 de novembro de 2017

GRATIDÃO E RESPEITO (PARTE FINAL)

"(...) Uma outra parte do problema é que tentamos compreender tudo com a nossa mente. A mente é alheia aos sentimentos. Ela pode ver comportamentos à medida que aparecem sem compreender os sentimentos que os orientaram. Nós damos muito valor às aparências - outro atributo da mente. A mente abstrata vê, ou melhor, tenta compreender as coisas a partir do interior. No entanto, deve-se notar que, embora haja apenas uma mente, a matéria mental inferior aparece na forma, enquanto a superior parece abstrata, ou sem forma. Assim a mente é dividida, para poder perceber as formas de matéria. Até agora a mente superior não é estimulada pela própria natureza do ser humano, mas pelo estudo de temas, como a matemática, a ciência ou apenas a contemplação da vida. 

Singularmente, um dos métodos mais rápidos para estimular a mente superior é sentar-se em silêncio e meditar, que á a absoluta cessação do pensamento e do sentimento. Para conseguir isso, precisamos perceber verdadeiramente o que estamos sentindo e parar de analisar esses sentimentos. Ter coração e mente trabalhando harmoniosamente juntos é verdadeiramente o próximo passo evolutivo para a humanidade - ter a mente permitindo-se estar onde o coração está sentindo, mas sem tentar nomear ou julgar. 

A vida em geral é uma série de eventos unidos pela memória e por respostas emocionais agradáveis ou dolorosas. É diferente para cada um de nós, conforme nossas experiências. Interessante também é nossa atitude com relação à dor: com compreensão, quando rememoramos experiências dolorosas, frequentemente podemos ver, às vezes muitos anos depois, que aprendemos muito, que a experiência mudou nossa vida.

Se a dor é um grande instrutor, precisamos examinar nosso relacionamento com ela, e saber por que a evitamos. Quando fugimos da dor, aumentamos o tempo que transcorre antes de obter a clareza da percepção e aprender a aceitação - que é quando a dor finalmente para e começamos a 'entender'. Se saudamos a dor com uma grande instrutora, ela se vai rapidamente e dá lugar ao insight. Isso requer alguma prática, mas nos liberta para viver nossas vidas. Então, as dificuldades da vida diminuirão. Quando permitimos que aconteça a harmonia com a vida, a luta interna quase contínua é substituída pela paz." 

(Barry Bowden - Sabedoria: o tesouro oculto - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 41)


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

GRATIDÃO E RESPEITO (1ª PARTE)

"Para descobrir o erro não é preciso verdadeiro esforço, mas, para ver melhor, é preciso esforço contínuo. A maioria das grandes almas reforçam isso como um lembrete. Diz novamente Steiner: 'Devemos buscar em todas as coisas à nossa volta aquilo que consegue despertar nossa admiração e respeito Se eu conheço outras pessoas e critico suas fraquezas, retiro de mim o poder cognitivo superior, mas, se penetro profunda e amorosamente em suas boas qualidade, eu assimilo essa força.'

Chegamos onde estamos hoje pelas circunstâncias da vida e pelas forças ativas em nós. Este tem sido um estado semiconsciente. Se desejamos alcançar o estado superconsciente, precisamos engajar nosso eu a partir do interior, o que constitui maturidade em ação - ver e sentir a necessidade de se mover, e então buscar como fazê-lo. Infelizmente na maioria das vezes olhamos na direção de onde fomos empurrados. Este é o lado insconsciente da vida; o lado consciente está no interior. É preciso um esforço quase que constante; contudo, uma coisa é certa: a chave para a vida é compreender não apenas nós próprios e os outros, mas também o mundo em que vivemos. 

Um dos passos iniciais do yoga, dito de maneira simples, é 'cessa de fazer o mal; faz o bem'. São Paulo disse: 'Não faço as coisas boas que quero, mas faço as coisas ruins que não quero'. Isso diz respeito a todos nós, mas por quê? As reações, surgindo da mente subconsciente, formam uma grande parte de nossas vidas. É com a mente que julgamos o que está certo ou errado. Vemos o que desejamos fazer e não fazer; sendo assim, por que cometemos erros? Uma resposta, oculta na compreensão esotérica, pode ser colocada simplesmente assim: 'O corpo do desejo, ou corpo emocional, move os músculos.' Isso é verdadeiramente parte da resposta ao problema. Se não temos vontade de fazer algo e a mente quer fazê-lo, o que acontecerá? Nada. Se não estivermos alinhados com o que queremos, a coisa não acontecerá; ou, se a ação for guiada pelo medo, ela pode ser iniciada, mas não continuará.

Precisamos compreender a nós mesmos retornando ao conhecimento esotérico: 'Desejo é vontade voltada para fora. Essa é sua forma latente. Quando ativa, ela se volta para o interior.' Quando somos atraídos por algo ou por alguém, nos sentimos puxados. A vontade é quando os desejos foram compreendidos e subjugados a partir do interior. Ela então substitui o sentimento de 'não querer fazer' pela força interior do 'fazer', orientada pela moralidade, não porque é doloroso ou agradável. (...)"

(Barry Bowden - Sabedoria: o tesouro oculto - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 40/41)