OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 9 de junho de 2017

COMO EU ENCARO A RAIVA?

"Obviamente, eu encaro a raiva como um observador com raiva. Eu digo: 'Estou com raiva'. No momento da raiva não há 'eu', ele vem imediatamente depois, o que significa tempo. Consigo encarar o fato sem o fator do tempo, que é o pensamento, a palavra? Isso acontece quando há o olhar sem o observador. Veja aonde isso me levou. Agora começo a perceber uma maneira de olhar - a percepção sem opinião, conclusão, condenação, julgamento. Por isso, percebo que pode existir o 'ver' sem o pensamento, que é a palavra. Então, a mente está além dos aglomerados de ideias, do conflito da dualidade e de todo o resto. Desse modo, como posso encarar o medo sem que ele seja um fato isolado?

Se você isolar um fato que não abriu a porta para todo o universo da mente, então vamos voltar ao fato e começar de novo, considerando outro fato para que você mesmo comece a ver como a mente é extraordinária, para que você tenha a chave, possa abrir a porta e possa irromper dentro dela.

...A mera consideração de um medo - de morte, do vizinho, do seu cônjuge dominador, você conhece toda a questão da dominação - irá lhe abrir a porta? Isso é tudo o que importa - não como se livrar dele -, porque no momento em que você abre a porta, o medo é completamente varrido dali. a mente é o resultado do tempo, e o tempo é a palavra - como é extraordinário pensar nisso! Tempo é pensamento. Acredita-se que ele gera medo, que ele gera o medo da morte. E houve uma época em que se acreditava que ele tinha em suas mãos todas as complexidades e as sutilezas do medo."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 109)


quinta-feira, 8 de junho de 2017

A COMUNHÃO DOS SANTOS (PARTE FINAL)

"(...) Temos de aprender a nos doar em serviço, em todos os lugares e de todas as maneiras possíveis. À medida que assim fizermos, encontraremos o Senhor em cada forma, a cada momento, e sua presença estará refletida em nós em cada ângulo.

Além de honrar todos os santos - 'Não fazemos distinção entre profetas', disse o Profeta Maomé - é bom reconhecermos e compreendermos o valor do santo viver, isto é, uma vida de pureza e de serviço altruísta, especialmente nestes dias quanto a pressão do mundo é tão insistente e se lança sobre nós de tantas direções, que a beleza do outro mundo desaparece na obscuridade.

Não precisamos orar tanto para os santos no sentido de lhes suplicar favores, quanto a pensar em suas maravilhosas qualidades, para pôr seu exemplo perante nós e buscar sua inspiração. Na medida em que pensarmos neles, sua bênção certamente estará conosco.

O homem, segundo o conceito oriental, é, em seu ser interior, uma pequenina estrela que nasce e se põe muitas vezes na vida terrena, mas eventualmente - sua claridade aumentada a um poder mais elevado, e livre do apego a uma personalidade humana restrita - assume o lugar a ele alocado nos céus. Essas estrelas constituem a glória de nosso céu espiritual. Segundo a ordem de sua claridade, elas iluminam os degraus que levam ao altar de Deus."

(N. Sri Ram - o Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 61/62)

quarta-feira, 7 de junho de 2017

A COMUNHÃO DOS SANTOS (2ª PARTE)

"(...) Todas as coisas belas surgem da mesma fonte, e dizem que secretamente estão em afinidade entre si. No caso dos Homens Perfeitos, este elo secreto torna-se um vínculo vivo e consciente, resultando em perfeita cooperação mútua.

Os grandes santos são retratados trajando mantos brancos, por causa de sua pureza. No processo de evolução o conhecimento, a princípio, destrói a inocência, mas posteriormente, com a crescente perfeição do conhecimento, a inocência é recuperada e temos, com a sabedoria da idade, a combinação de todas as qualidades que marcam as fases prévias de nosso crescimento.

No momento oportuno, cada filho do homem atingirá esse estágio e herdará o reino preparado para ele, que não está fora, mas dentro de seu coração, 'preparado desde a fundação do mundo'; porque na consciência oniabarcante o futuro está simultaneamente presente com o passado.

Em cada um de nós existe o germe da bondade e da beleza espiritual; e, à medida que o nutrirmos assiduamente, ele se tornará uma bela planta e produzirá na plenitude do tempo a flor de sua unicidade, e lançará sobre o mundo um perfume diferente de qualquer outro que já tenha existido.

Uma maneira de nutri-lo é participar em serviços para Deus, de tal ordem que abram nos participantes cada canal espiritual e o inunde com vida crescente. Outra maneira está indicada nas palavras: 'Porquanto fizestes a um dos meus pequeninos, a mim o fizestes'. (...)"

(N. Sri Ram - o Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 61)


terça-feira, 6 de junho de 2017

A COMUNHÃO DOS SANTOS (1ª PARTE)

"Santos houve em todos os tempos, entre todos os povos e crenças. O santo é alguém em quem floresceu o germe da divindade ou Cristandade, oculto em cada um de nós. Essa divindade revela-se como bondade e perfeição; uma vez que a perfeição humana engloba todas as virtudes e graças, existem santos de muitos tipos, alguns se sobressaindo em devoção a Deus, outros em conhecimento da verdade, e outros ainda em ação altruística de acordo com a vontade de Deus. Todas essas sendas são igualmente sendas que levam ao ponto mais elevado. Deus, devemos compreender aqui, não é a imagem artificial, mas o supremo poder que tem sede no coração do próprio homem e também em todas as outras coisas, visíveis e invisíveis.

Houve grandes homens e mulheres que devem ter sido amados por Deus, embora não reconhecidos pelos homens; deve ter havido alguns, entre os assim chamados santos, sobre quem o halo foi lançado, por assim dizer, em antecipação, por seus ardentes seguidores. A grandeza nem sempre é reconhecida no seu tempo, nem sempre consiste no que parece ser.

Esses santos, embora possam não estar encarnados, ainda são presenças espirituais - como todos os homens - naquele aspecto de suas naturezas que está sempre voltado para Deus, só que ainda mais. Assim, eles estão unidos a nós de maneiras sutis, misteriosas. No reino do Espírito todas as suas manifestações formam uma unidade.

A ideia de que os santos, do passado e do presente, constituem uma comunhão ou associação é bela e consagra uma verdade maravilhosa. Mesmo em nosso mundo inferior, semelhante atrai semelhante. Muito mais ocorre naquele reino onde cada vida ou centro pulsa com magnetismo e poder. Deve haver perfeita concórdia onde existe perfeita compreensão e unidade de objetivo, que é a realização do plano de Deus. (...)"

(N. Sri Ram - o Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 60/61)


segunda-feira, 5 de junho de 2017

TODOS OS VIVOS NASCEM E MORREM - MAS A VIDA É IMORTAL

"Imperecível é o espírito da profundeza,
Como o seio profundo da maternidade.
Céus e terra radicam o seio da mãe.
São a origem de todos os vivos,
Que espontaneamente brotam da Vida.

EXPLICAÇÃO: Lao-Tse, na sua vidência cósmica, enxerga o Universo como um abismo de ilimitadas potencialidades, de cuja essência Infinita brotam sem cessar as existências finitas. Todos os seres vivos individuais surgem sempre de novo da Vida Universal, quando nascem; e regressam a esse mar imenso de Vida, quando deixam de ser indivíduos vivos - assim como as ondas do oceano nascem do seio das águas imensas e recaem a esse mesmo seio. O vivo nasce quanto emerge da Vida, e morre quando mergulha novamente nessa Vida. A Vida é sem princípio nem fim, mas os vivos têm princípio e fim.

A célebre questão sobre 'a origem da Vida', tão discutida pelos cientistas, é uma questão absurda porque a Vida não tem origem, nem terá fim; somente os vivos têm princípio e têm fim. Começar a existir como vivo é nascer e o morrer nada têm que ver com a Vida. A inexatidão da terminologia é causa de estéreis controvérsias.

A Vida é.

Os vivos existem e des-existem."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 36/37)