OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 20 de maio de 2017

COMPARTILHE SUA FELICIDADES COM OS SEMELHANTES

"Seu desejo de ser feliz deve incluir a felicidade dos outros.

Quando servimos ao próximo, servimos a nós mesmos. Não pense: 'Ajudarei os outros', mas: 'Ajudarei meu próprio mundo porque de outra maneira não serei feliz'.

A lei da existência foi promulgada para nos ensinar a conviver harmoniosamente com a Natureza objetiva e com a nossa verdadeira natureza interior.

Se você tocar com os dedos uma chapa quente, eles se queimarão. A dor será uma advertência, que a Natureza ali colocou para protegê-lo de ferimentos no corpo.

Se tratar os outros sem bondade, assim será tratado tanto por eles quanto pela vida. Seu próprio coração, além disso, ficará murcho e ressequido. Desse modo a Natureza adverte os homens de que, pela maldade, eles rompem a harmonia com o Eu interior.

Conhecendo a lei e respeitando-a, as pessoas gozam de duradoura felicidade, boa saúde, e perfeita harmonia consigo mesmas e com a vida como um todo.

Há alguns anos eu tinha um belo instrumento musical, um esraj da Índia. Gostava de tocar nele música religiosa. Mas, um dia, um visitante deu mostras de apreciá-lo muito. Sem hesitar, dei-lhe o instrumento de presente. Tempos depois alguém me perguntou: 'Você não ficou nem um pouquinho triste?' 'Nem por um instante sequer!', respondi. Compartilhar com outros a própria felicidade é um modo de ser ainda mais feliz."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como ser feliz o tempo todo - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 71/72
www.editorapensamento.com.br

sexta-feira, 19 de maio de 2017

AUTOTERAPIA

"Você quer ter saúde?

Pois bem: evite espetáculos degradantes.

Evite tomar tóxicos (drogas, álcool, cigarros).

Evite pensamentos e emoções impuras e perturbadoras.

Evite alimentos errados (impuros, excitantes, inapropriados...)

Evite fazer, desejar e dizer maldades contra os outros.

Evite excesso de trabalho ou de preguiça.

Conserve o corpo, a mente e as emoções em 'astral muito alto' - todo o tempo.

Que meus pensamentos, sentimentos e emoções estejam sempre em sintonia com a Beleza Infinita que Tu És."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 84)


quinta-feira, 18 de maio de 2017

AMAR É CONHECER (PARTE FINAL)

"(...) No Oriente diz-se, tradicionalmente, que os cinco principais inimigos internos são o desejo, a ira (que inclui irritação e frustração), a ganância, o orgulho e o ciúme (ou inveja). Cada uma dessas palavras pode incluir muitas outras similares. E, se olharmos para elas, descobriremos que todas estão baseadas no pensamento.

Desejo é pensamento. Não existe desejo quando se experimenta algo que é agradável. O pensamento chega pouco depois, quando lembramos a sensação do sabor de um doce e dizemos para nós mesmos: 'Quero experimentar novamente.' Esse processo prossegue indefinidamene. Segundo Krishnamurti, dizer 'eu quero' é tempo. Tempo, pensamento, desejo: ficamos presos nisso, porque quando há uma sensação agradável a mente se agarra à memória da sensação.

Segundo Colin Tudge, os políticos falam que a competição é uma coisa boa, porque é natural. Isso está de acordo com o quadro mental de Darwin. Mas Ida, a fóssil quase primata, sugere que todas as criaturas surgem de uma origem comum e são aparentadas. Algumas pessoas acham  essa ideia desagradável. Alguns religiosos consideram-na uma blasfêmia. Mas São Francisco falou dos animais e das plantas como sendo seus irmãos. Tudge afirmou que todas as criaturas vivas são aparentadas. Se admitíssemos que os seres de que não fazemos caso são nossos parentes, nós os trataríamos de maneira diferente. Isso seria bom para todos. Mas os humanos gostam de pensar que são especiais.

A ideia defendida por Tudge não é nova, porque do ponto de vista da milenar filosofia Advaita, toda a vida que conhecemos deriva da mesma fonte, da verdade invisível, eternamente real. A Teosofia, ou sabedoria divina, baseia-se  nesses valores e nos leva a compreender essa verdade em nossas vidas. Quanto mais pudermos seguir esse sábio caminho, menos dores sofreremos. Os sábios não conhecem a dor porque conhecem a verdade da unidade. A unidade é o que todos os instrutores espirituais ensinam. Isso é o que significa abrir os olhos à luz." 

(Radha Burnier - Amar é conhecer - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - p. 25)


quarta-feira, 17 de maio de 2017

AMAR É CONHECER (2ª PARTE)

"(...) Buda afirmou que os pensamentos de amor poluem a mente, enquanto o próprio amor limpa e purifica. Krishnamurti falou que quando a ação surge do pensamento não há amor. Nos seus Comentários sobre a vida, ele disse que os sentidos de tempo, espaço, separação e dor nascem do pensar, e que só quando cessa o pensamento pode haver amor.

Buda não explicou em detalhes o que é o amor, mas explicou a causa da ausência de amor na vida do ser humano. A abordagem de Krishnamurti é diferente, mas tem por meta o mesmo estado de bondade e amor. Ele nos instiga a descobrir que o que cria a servidão não é o amor verdadeiro, mas a sentimentalidade, o apego às pessoas num relacionamento emocional. Quando existe esse tipo de sentimentalismo e de autopromoção por meio de outra pessoa, a coisa pode facilmente mudar e se tornar ira, frustração ou crueldade. Podemos encontrar muitos casos semelhantes na vida comum, quando o assim chamado amor transforma-se em animosidade e depois em ódio.

Portanto, o que chamamos de amor traz consigo complicações e tumulto interior. Krishnamurti disse: 'O que vamos fazer é descobrir o valor do conhecido, olhar para o conhecido. Quando se olha para ele com pureza, sem condenação, a mente liberta-se do conhecido. Somente então podemos saber o que é o amor.' O teste talvez esteja na sensação de perda, de solidão, se essa posse não mais for possível. E o teste maior está na morte, quando ela traz o sentimento de que tudo foi perdido.

Helena Blavatsky afirmou, num de seus escritos, que, 'quando existe amor verdadeiro, não há absolutamente qualquer senso de separação'. A pessoa pode se examinar e verificar se o senso de separação é realmente compatível com o amor, ou se ele surge junto com o desejo de possuir. Quando há o sentimento de que algumas pessoas importam tremendamente e outras não, será isso realmente amor, ou alguma forma de busca egoísta? (...)"

(Radha Burnier - Amar é conhecer - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - p. 25)


terça-feira, 16 de maio de 2017

AMAR É CONHECER (1ª PARTE)

"O Oriente preocupa-se profundamento com a questão da liberdade do ser humano. Diferentemente de muitos povos modernos, os orientais não identificam a liberdade com dinheiro, compras, viagens etc. Eles se concentram em libertar-se das compulsões que surgem do interior. O homem moderno está obcecado pela ideia de se libertar de coisas externas supostamente desagradáveis, enquanto os Upanixades, os venerados textos hindus, proclamam que tanto a liberdade quanto a escravidão são interiores. A mente cria grilhões e depois imagina que eles são externos. Só quando compreende que os problemas que enfrenta são criados por ela mesma é que se torna livre.

Não há sinônimos exatos para liberdade no Oriente, mas é fácil ver o quanto os orientais pensam e falam a respeito desse assunto. Certas escolas de pensamento orientais, que têm como foco central algo que poderia ser descrito como autoentrega, têm em mente a liberdade como seu maior objetivo. Autoentrega pode significar, para algumas pessoas, uma devoção sentimental a alguma imagem, física ou criada pela mente. Mas na verdade autoentrega é abrir mão de si próprio, libertar-se dos grilhões interiores, como caminho para a realização espiritual.

Segundo o pensamento budista, a inteligência espiritual, que é inteligência da mais elevada ordem, não existe sem compaixão. Os budistas acreditam que compaixão e inteligência constituem a sabedoria. Se não há compaixão, então a inteligência não é espiritual, mas apenas intelectual; às vezes nada mais é que um tipo de esperteza. 

Annie Besant disse, numa de suas palestras, que o amor é uma forma de conhecer. Quando existe amor verdadeiro, não um apego passageiro, existe a possibilidade de se conhecer algo além do intelecto. O conhecimento está unido ao amor. (...)"

(Radha Burnier - Amar é conhecer - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - p. 25)