OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 16 de abril de 2017

RETO AGIR

"Se você já descobriu que um dos caminhos mais eficientes que nos re-ligam a Deus é ajudar, servir, amparar, proteger... aqueles que precisam, comece agora mesmo.

Mas pondere:

(1) não o faça pretendendo com isto receber algo de volta, e nem mesmo se envaideça como o autor da ação benemérita;

(2) não se deixe abater pelos muitos obstáculos do caminho, nem pelos resultados frustradores;

(3) ofereça a Deus todos os frutos que vier a colher.

Sirva, sabendo porém que a você só corresponde fazer o esforço.

Os resultados são de Deus.

Só assim se é feliz ao ajudar.

Só esta forma de servir conduz a Deus.

Tú és o Trabalhador.
Que seja eu Teu instrumento."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 101)


sábado, 15 de abril de 2017

A MENTE E O ENTENDIMENTO

"(8:7) Portanto, lembra-te de Mim (durante a vida) e trava a batalha (da reta ação)! Entrega-Me tua mente e teu entendimento. Assim agindo, virás sem dúvida para junto de Mim.

Dado curioso: o Bhagavad Gita nunca desperdiça uma palavra sequer! O que Krishna quererá dizer ao recomendar a Arjuna que entregue a Deus tanto a mente quanto o entendimento? O leitor comum misturará as duas palavras e não atentará para o fato de elas terem acepções diferentes.

A mente é o aspecto da consciência que recebe impressões. O entendimento é o aspecto da consciência que define essas impressões e lhes atribui significado. Em suma, podemos, ao contemplar um crepúsculo, fruí-lo com Deus. Ofereceremos a Ele a alegria que sentimos diante de tamanha beleza e perceberemos interiormente que essa beleza é, para nós, a realidade da experiência. Não fosse por essa capacidade, o crepúsculo careceria por completo de significado aos nossos olhos. Assim, tanto a experiência quanto a constatação de sua realidade interior e não exterior são o que Krishna enfatiza ao conclamar: 'Entrega-me tua mente e teu entendimento.'

Nessa entrega, todas as dúvidas finalmente se esvaem. A mente já não hesita como uma criança na margem de um rio, antes de mergulhar na água, com medo de que ela esteja muito fria. A mente simplesmente mergulha."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 324/325)
www.pensamento-cultrix.com.br


sexta-feira, 14 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Podemos ver a transformação como crescimento ou aumento. Podemos também vê-la como decréscimo. 'Aquele poder que o discípulo cobiçar é o que irá fazê-lo parecer como nada aos olhos dos homens' (Luz no Caminho). Temos apenas que renunciar àquilo que de fato é inferior, embora possa, externamente, parecer superior. Então, o verdadeiramente grande surge. 

Ele surge por si próprio, quando é chegada a hora. Se tentarmos forçá-lo a se antecipar, podemos ser guiados na direção oposta, rumo à supressão de algo que, mais cedo ou mais tarde, aparecerá novamente e causará dificuldades. Mas, quando há uma certa maturidade, não conseguimos fazer outra coisa senão nos derreter com grande alegria no interior do Um, que é o nosso verdadeiro ser. 

O conhecimento direto do terreno não pode ser obtido senão pela união, e a união só pode ser alcançada pelo aniquilamento do ego e da autoimportância, que é uma barreira separando o 'tu' do 'Aquilo' (A Sabedoria Perene, A. Huxley).

Só quando o novo dia tiver verdadeiramente raiado em nossos corações é que as novas praias poderão acenar. Esse novo dia é responsabilidade nossa. Descobriremos então que as novas praias não são diferentes do novo dia, que somos aquelas praias e que elas estiveram sempre presente, mas permaneceram invisíveis até que o novo dia raiasse em nós."

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30/31)


quinta-feira, 13 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) As pessoas religiosas também descobrem isso desistindo do conceito limitado de Deus em favor de um conceito mais amplo, até que alcançam aquilo que tudo abarca. É isso também que descobrem as pessoas ativas quando desistem de ações em benefício próprio em favor do serviço aos outros. Todos esses caminhos levam ao autoesquecimento e, portanto, ao novo - um novo dia, novas praias. Mas essa renúncia deve ser voluntária e espontânea; deve ocorrer somente quando o momento for propício. 

Não devemos nos restringir a um único caminho, pois nosso ser comporta diferentes possibilidades: ação, emoção, pensamento.

'O caminho não é encontrado apenas pela devoção, apenas pela contemplação religiosa, pelo progresso ardente, pelo trabalho autossacrificante, pela observação cuidadosa da vida. Nenhum desses, sozinho, pode levar o discípulo mais do que um degrau adiante. Todos os degraus são necessários para compor a escada' (Luz do Caminho).

Qualquer que seja o caminho pelo qual nos aproximemos das novas praias, o que lá encontrarmos não pode ser concebido nem descrito. São João da Cruz disse que 'aqueles que O conhecem mais perfeitamente percebem com muito mais clareza que Ele é infinitamente incompreensível.'

Mas os místicos, os verdadeiros sábios e os santos de todas as tradições afirmaram que as praias longínquas, os horizontes além de todos os horizontes não estão tão distantes: estão no aqui e agora, em nós, em nossas vidas. Compreender isso já é transformação. (...)"

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30)

quarta-feira, 12 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (1ª PARTE)

"As transformações no nosso conceito do divino são como uma viagem de um horizonte a outro, uma jornada que sempre nos leva além. Dionísio, o Aeropagita, afirmou: 'É mais apropriado louvá-lo retirando do que atribuindo, pois imputamos-lhe atributos quando partimos dos universais e descemos através do intermediário até os particulares. Mas aqui retiramos-lhe todas as coisas subindo dos particulares para os universais, para que possamos conhecer abertamente o incognoscível, que está oculto no interior e sob todas as coisas que podem ser conhecidas. E observamos essas trevas além da manifestação, ocultas sob toda luz natural' (A Filosofia Perene, A. Huxley).

Helena Blavatsky chama aquilo que está além da luz e das trevas de As Grandes Trevas. Lemos em Luz no Caminho: 'Aferra-te àquilo que não tem substância nem existência./Ouve apenas a voz que não tem som./Considera apenas aquilo que é invisível/tanto para o sentimento interno quanto para o externo.'

Essa é a mais elevada forma de devoção. O caminho das negações livra-nos de todas as limitações e leva à transformação. Ele implica também a negação de nós mesmos, como nos conhecemos atualmente. Só desistindo do menor é que o maior pode emergir. Desistamos de nós mesmos como somos agora. Isso significa sacrifício - uma palavra da qual muitas pessoas não gostam, porque a associam a sofrimento. Mas somente nesse sacrifício há felicidade.

Aqueles que trilham o caminho da sabedoria descobrem isso. Eles desistem dos conceitos menores e superficiais. Somente então surgem os conceitos maiores, mais profundos, que, no final das contas, levam ao sem forma. (...)"

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30)
www.revistasophia.com.br