OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 12 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (1ª PARTE)

"As transformações no nosso conceito do divino são como uma viagem de um horizonte a outro, uma jornada que sempre nos leva além. Dionísio, o Aeropagita, afirmou: 'É mais apropriado louvá-lo retirando do que atribuindo, pois imputamos-lhe atributos quando partimos dos universais e descemos através do intermediário até os particulares. Mas aqui retiramos-lhe todas as coisas subindo dos particulares para os universais, para que possamos conhecer abertamente o incognoscível, que está oculto no interior e sob todas as coisas que podem ser conhecidas. E observamos essas trevas além da manifestação, ocultas sob toda luz natural' (A Filosofia Perene, A. Huxley).

Helena Blavatsky chama aquilo que está além da luz e das trevas de As Grandes Trevas. Lemos em Luz no Caminho: 'Aferra-te àquilo que não tem substância nem existência./Ouve apenas a voz que não tem som./Considera apenas aquilo que é invisível/tanto para o sentimento interno quanto para o externo.'

Essa é a mais elevada forma de devoção. O caminho das negações livra-nos de todas as limitações e leva à transformação. Ele implica também a negação de nós mesmos, como nos conhecemos atualmente. Só desistindo do menor é que o maior pode emergir. Desistamos de nós mesmos como somos agora. Isso significa sacrifício - uma palavra da qual muitas pessoas não gostam, porque a associam a sofrimento. Mas somente nesse sacrifício há felicidade.

Aqueles que trilham o caminho da sabedoria descobrem isso. Eles desistem dos conceitos menores e superficiais. Somente então surgem os conceitos maiores, mais profundos, que, no final das contas, levam ao sem forma. (...)"

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30)
www.revistasophia.com.br


terça-feira, 11 de abril de 2017

O QUE VOCÊ ENTENDE POR AMOR?

"O amor é misterioso. Ele só pode ser entendido quando o conhecido é entendido e transcendido. Haverá amor só quando a mente estiver isenta do conhecido. Portanto, devemos abordar o amor negativamente, e não o contrário.

O que é o amor para a maioria de nós? Quando amamos, há possessividade, dominação ou subserviência. Dessa possessão surgem o ciúme e o medo da perda, por isso legalizamos esse instinto possessivo. Além do ciúme, surgem inúmeros conflitos com os quais cada um está familiarizado. Portanto, possessividade não é amor. Nem o amor sentimental. Ser sentimental, emocional, exclui o amor. A sensibilidade e as emoções são meramente sensações.

...Só o amor pode transformar a insanidade, a confusão e o conflito. Nenhum sistema, nenhuma teoria da esquerda ou da direita pode trazer paz e felicidade ao homem. Onde há amor não há possessividade, não há inveja. Há piedade e compaixão, não em teoria, mas verdadeiramente - por seu cônjuge e seus filhos, seu vizinho e seu subalterno... Só o amor pode trazer piedade e beleza, ordem e paz. Há amor com sua bênção quando 'você' deixa de existir."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 124)


segunda-feira, 10 de abril de 2017

NÓS TORNAMOS O SEXO UM PROBLEMA

"Por que qualquer coisa que tocamos se transforma em um problema?... Por que o sexo se torna um problema? Por que nos submetemos a viver com problemas, por que não pomos um fim neles? Por que não morremos para os nossos problemas, em vez de carregá-los dia após dia, ano após ano? Certamente, o sexo é uma questão relevante, que eu devo responder presentemente, mas resta a questão primária: por que transformamos a vida em um problema? O trabalho, o sexo, ganhar dinheiro, pensar, sentir, experienciar, todas as atividades da vida - por que são um problema? Será, essencialmente, porque sempre pensamos de um ponto de vista particular, determinado?

Estamos pensando sempre do centro para fora, mas a parte periférica é o centro da maioria de nós, e por isso qualquer coisa que tocamos é superficial. Mas a vida não é superficial, ela demanda viver completamente, e como só estamos vivendo superficialmente, só conhecemos a reação superficial. Qualquer coisa que façamos na parte periférica deve inevitavelmente criar um problema, e essa é a nossa vida - vivemos no superificial e ali ficamos contentes em viver com todos os problemas. Portanto, os problemas existem enquanto vivemos no superficial, na periferia do 'eu' e suas sensações, que podem ser exteriorizadas ou tornadas subjetivas, ser identificadas com o universo, o país ou alguma outra coisa criada pela mente. Por isso, enquanto vivermos dentro do campo da mente, deverá haver complicações, problemas, e isso é tudo o que conhecemos."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 123)


domingo, 9 de abril de 2017

MAESTRIA DA VIDA POR UMA DIGNIDADE SILENCIOSA

"Quem de boa vontade carrega o difícil,
Supera também o menos difícil.
Quem sempre conserva a quietude,
É senhor também da inquietude.
Por isto, o sábio carrega de boa mente
O fardo da sua jornada terrestre.
Nunca se deixa iludir
Por deslumbrantes perspectivas.
Trilha com tranquila dignidade
O seu solitário caminho.
O homem profano, porém,
Que se derrama pela vida superficial,
Dissolve com sua leviandade
A solidez da sociedade;
Destrói com sua inquietude 
A quietudo do reino,
Destrói também o seu próprio Reino.

EXPLICAÇÃO: O valor não está em atos, mas na atitude; não está no dizer ou no fazer, mas no Ser. O Ser é a fonte; o fazer e o dizer são apenas canais, cujo conteúdo não existe por si, mas graças à fonte."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 80/81)

sábado, 8 de abril de 2017

ENTRANDO NO AGORA (PARTE FINAL)

"(...) Uma presença intensa se faz necessária quando certas situações provocam uma reação de grande carga emocional, como, por exemplo, no momento em que acontece uma ameaça à nossa autoimagem, um desafio na vida que nos causa medo, quando as coisas 'vão mal' ou quando um complexo emocional do passado vem à tona. Nessas situações, tendemos a nos tornar 'inconscientes'. A reação ou a emoção nos domina, 'passamos a ser' ela. Passamos a agir como ela. Arranjamos uma justificativa, erramos, agredimos, defendemos... Só que não somos nós e sim uma reação padronizada, a mente em seu modo habitual de sobrevivência.

Identificar-se com a mente dá a ela mais energia, enquanto observar a mente retira a sua energia. Identificar-se com a mente gera mais tempo, enquanto observar a mente revela a dimensão do infinito. A energia retirada da mente se transforma em presença. No momento em que conseguimos sentir o que significa estar presente, fica muito mais fácil escolher simplesmente escapar da dimensão do tempo, sempre que o tempo não se fizer necessário para fins práticos, e entrar mais profundamente no Agora.

Isso não prejudica nossa capacidade de usar o tempo - passado ou futuro - quando precisamos nos referir a ele em termos práticos. Nem prejudica nossa capacidade de usar a mente. Na verdade, estar presente aumenta nossa capacidade. Quando você usar a mente de verdade, ela estará mais alerta, mais focalizada.

O principal foco de atenção das pessoas iluminadas é sempre o Agora, embora elas tenham uma noção relativa do tempo. Em outras palavras, continuam a usar o tempo do relógio, mas estão livres do tempo psicológico."

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - GMT Editores Ltda., Rio de Janeiro, 2016 - p. 32/33)