OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 25 de fevereiro de 2017

CORPO MENTAL

"Esse corpo, de matéria mais fina do que a do astral, como a do astral é mais fina do que a do físico, é o corpo que responde com suas vibrações às mudanças do nosso pensamento. Cada mudança no pensamento produz uma vibração em nosso corpo mental e põe em atividade a matéria nervosa do nosso cérebro. Essa atividade nas células nervosas produz nelas muitas modificações elétricas e químicas, mas é a atividade do pensamento que causa isso e não as modificações que produzem o pensamento.

O corpo mental, como o astral, varia muito de pessoa para pessoa; ele é feito de matéria mais rústica ou mais fina, de acordo com as necessidades da consciência mais ou menos desenvolvida que esteja em conexão com ele. Nas pessoas cultas, ele é ativo e bem definido; nos não desenvolvidos é nublado e incipiente. Sua matéria, obtida no plano mental, é a do mundo celeste, e está em constante atividade, pois o homem pensa em sua consciência desperta quando está fora do corpo físico, no sono e depois da morte, e vive apenas em pensamento e emoção quando deixa para trás o mundo astral e passa para o céu. Sendo esse o corpo no qual longos séculos serão passados no mundo celeste, é evidente que será racional tentar aperfeiçoá-lo tanto quanto possível aqui. Os meios são o estudo, o pensamento, o exercício de boas emoções, a aspiração (prece) e o empenho em fazer o bem. E, acima de tudo, a prática regular e persistente da meditação. O uso desses recursos significará uma rápida evolução do corpo mental e um imenso enriquecimento da vida celeste. Maus pensamentos, de todos os tipos, poluem-no, prejudicam-no, e, se forem persistentes, irão tornar-se verdadeiras doenças e mutilações do corpo mental, incuráveis durante seu período de vida.

Assim são os três corpos mortais do homem: ele descarta o físico pela morte e, o astral, quando estiver pronto para entrar no mundo celeste. Quando terminar sua vida celeste, o seu corpo mental também se desintegrará e, então, ele será um Espírito, revestido de seus corpos imortais. Na descida para o renascimento, um novo corpo mental é formado, e também um novo corpo astral, de acordo com a personalidade de cada um. E ambos ligam-se ao seu corpo físico. E o homem entra, pelo nascimento, em um novo período de vida."

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

CORPO ASTRAL

"O desenvolvimento do corpo astral difere imensamente de acordo com a pessoa, mas em todas elas é o corpo que oferece a experiência do prazer e da dor, que é atirado à ação e à paixão, ao desejo e à emoção, e é no corpo que residem os centros de nossos órgãos do sentido — a visão, a audição, o olfato, o gosto e o tato. Se a paixão, o desejo e a emoção forem baixos e sensuais, então a matéria é densa; suas vibrações, em consequência, mostram-se relativamente lentas, e suas cores são escuras e sem atrativos — marrom, vermelho e verde escuros, e suas combinações se iluminam de vez em quando por algum rápido relâmpago escarlate, o que indica uma pessoa em estágio inferior de evolução. Marrom avermelhado indica sensualidade e avidez; cinza esverdeado indica falsidade e astúcia; marrom indica egoísmo; escarlate indica cólera; amarelo em volta da cabeça significa inteligência; o cinza azulado sobre a cabeça indica sentimentos religiosos primitivos (culto fetichista, etc.); pontos de rosa profundo indicam início de amor. À proporção que a evolução continua, a matéria faz-se mais fina, as cores mais claras, mais puras, mais brilhantes. O verde indica simpatia e adaptabilidade; o rosa indica amor; o azul fala de sentimentos religiosos; o amarelo indica inteligência; o violeta, quando acima da cabeça, indica espiritualidade.

Usamos esse corpo durante as horas em que estamos acordados; em pessoas educadas e refinadas, ele alcançou um estágio bastante alto de evolução. Sua matéria mais fina está em contato íntimo com a matéria do corpo mental, e ambos trabalham juntos, constantemente, agindo e reagindo um sobre o outro. A aparência comum do corpo astral se transforma quando outro ser humano se torna o centro do seu mundo. O egoísmo, a falsidade e a cólera desaparecem, e um aumento enorme do carmesim, cor do amor, torna-se visível. Outras modificações indesejáveis ocorrem, mas isso é uma abertura das portas de ouro para aquele que passa por essa experiência e será culpado se elas se fecharem novamente. A cólera intensa mostra seus terríveis efeitos no corpo astral; todo ele é coberto pela tonalidade sombria da malícia e dos maus desejos, que se expressa em espirais e vórtices de um sombrio tom tempestuoso, do qual partem flechas ardentes, procurando ferir a pessoa pela qual é sentida essa cólera — um espetáculo tremenda e verdadeiramente medonho.

Durante o sono, o corpo astral desprende-se do físico, e nas pessoas altamente desenvolvidas a consciência funciona nos corpos superiores e no mental. Aprendemos muito durante o nosso sono, e o conhecimento assim obtido filtra-se para o cérebro físico, e às vezes fica impresso nele, como um sonho vívido e instrutivo. No mundo astral, na maioria dos casos, a consciência pouco se preocupa com o que está acontecendo ali, já que seu interesse principal está em seu próprio exercício, em pensamento e emoção. Mas é possível levá-la a exteriorizar-se para ganhar conhecimento do mundo astral. Ali, a comunicação com amigos que perderam seu corpo físico pela morte é conseguida constantemente, e a recordação disso pode ser levada para a consciência em vigília, formando, assim, uma ponte sobre o abismo cavado pela morte.

Premonições, pressentimentos, a sensação de uma presença invisível e muitas outras experiências desse gênero são devidas à atividade do corpo astral e às suas reações sobre o físico; o aumento da frequência dessas sensações resulta da sua evolução entre pessoas cultas. Dentro de poucas gerações ele terá seu desenvolvimento tão generalizado, que irá tornar-se tão familiar como o corpo físico. Depois da morte, vivemos por algum tempo no corpo astral usado durante nossa vida na Terra, e quanto mais aprendermos a controlá-lo e a usá-lo sensatamente agora, melhor será para nós depois da morte."

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

CORPO FÍSICO

"Este é, no momento, o corpo mais altamente desenvolvido do homem, e aquele com o qual todos estamos familiarizados. Consiste em matéria sólida, líquida, gasosa e etérica, as três primeiras primorosamente organizadas em células e tecidos, formando órgãos que permitem à percepção tornar-se consciente do mundo exterior, e a última possuindo vórtices através dos quais derramam-se forças. Como o corpo etérico separa-se do sólido, do líquido e do gasoso por ocasião da morte, o corpo físico é, com frequência, subdividido em denso e etérico; o primeiro é composto dos órgãos que recebem e atuam, e o último é o veículo das forças vitais e seu transmissor para o seu companheiro denso. Qualquer rompimento da parte etérica em relação ao corpo denso, durante a vida física, é pernicioso; esse rompimento pode ser causado por anestésicos, e ele desliza para fora, sem governo, em algumas organizações peculiares, geralmente chamadas 'mediúnicas'; separado de seu companheiro mais denso, torna-se indefeso e inconsciente, nuvem levada pelos centros de força, inútil quando não há para quem transmitir as forças que se movem nele e sujeito à manipulação de entidades exteriores, que podem usá-lo como um molde para materializações. Ele não pode afastar-se muito do corpo denso, pois este pereceria se perdesse a conexão com ele. Quando essa desconexão acontece, a parte densa 'morre', isto é, perde o fluxo de forças vitais que sustentam suas atividades. Mesmo assim, a parte etérica, ou duplo etérico, paira próximo do seu parceiro na vida, e se constitui na 'aparição' ou 'sombra', vista depois da morte, movendo-se sobre as sepulturas. O corpo físico, como um todo, é o meio que o homem tem para se comunicar com o mundo físico e, por causa disso, às vezes é chamado de 'corpo de ação'. Ele também recebe vibrações dos mundos mais sutis e, quando pode reproduzi-las, 'sente' e 'pensa', pois seu sistema nervoso é organizado para reproduzir essas vibrações na matéria física. Como o ar invisível, vibrando fortemente, increspa a superfície da água densa e, como a luz invisível, ativa os filamentos nervosos e os cones retinianos, a matéria invisível dos mundos mais sutis leva vibrações sensíveis para a matéria mais densa do nosso corpo físico, tanto etérico quanto denso. A evolução continua e o corpo físico evolui, isto é, reúne combinações cada vez mais finas de matéria retirada do mundo exterior, torna-se suscetível a ondas de vibração cada vez mais rápidas, e o homem se vai fazendo cada vez mais 'sensitivo'. A evolução racial consiste em grande parte nessa sensitividade sempre crescente do sistema nervoso aos impactos externos; para a saúde, a sensitividade deve permanecer dentro dos limites da elasticidade, isto é, o sistema deve recobrar imediatamente sua condição normal, após a distorção; se essa condição existir, a sensitividade estará na crista da onda evolucionária e torna possível a manifestação de gênios. Se não estiver presente, se o equilíbrio não for restaurado rápida e espontaneamente então a sensitividade é nociva e malévola, levando à degeneração, e, finalmente, se não for freada, à loucura." 

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento
fonte: http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O HOMEM E SEUS CORPOS MORTAIS

"Os Mundos nos quais o homem está evoluindo à proporção que faz sua caminhada pelo círculo de nascimentos e mortes são três: o mundo físico, o astral ou intermediário e o mundo mental ou celeste. Nesses três mundos ele vive, do nascimento à morte, em sua vigília do dia a dia; nos dois primeiros ele vive, do nascimento à morte, em sua vida noturna de sono e por algum tempo depois da morte; no último, ocasionalmente, mas raramente, ele entra, durante o sono, em alto transe, e ali passa a parte mais importante da sua vida depois da morte, alongando-se o período ali vivido à proporção que ele evolui.

Os três corpos nos quais ele funciona nesses três mundos são todos mortais: nascem e morrem. Melhoram vida após vida, tornando-se mais e mais valiosos para servir como instrumentos do Espírito revelado. São cópias, em matéria mais densa, dos corpos espirituais imortais, não influenciados pelo nascimento  ou pela morte, e formam o vestuário do Espírito nos mundos superiores, onde ele vive como o Homem espiritual, enquanto aqui vive como o homem de carne, o homem 'carnal'. Esses corpos espirituais imortais são aquilo de que fala São Paulo: 'Sabemos que, se a morada terrena deste tabernáculo fosse dissolvida, teríamos uma casa de Deus, uma casa que não foi feita com as mãos, e que é eterna nos céus. Por esta, nos lamentamos, desejando ardentemente sermos providos com a nossa morada que está no céu.' Esses são os corpos imortais, e deles trataremos em outro capítulo.

Os três corpos mortais são: o físico, o astral e o mental, e estão relacionados, individualmente, com os três mundos nomeados anteriormente."

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento)


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

KARMA INDIVIDUAL E KARMA COLETIVO (PARTE FINAL)

"(...) 6. Karma Universal. Esse refere-se a toda a Raça Humana, aos Deuses dos Poderes Celestiais, e a toda a classe de seres desenvolvidos num Sistema Solar. Cada planeta está destinado a desenvolver-se ao longo de cer­tas linhas, mas ao fim todos se encontrarão. Devemos, porém, estender a influência do Karma Universal para além da sepultura, porque a unidade espiritual de todos os seres não pode ser alterada, de forma alguma, pelo simples desprendimento do corpo. Os que sofrem nos Nârakas, ou Infernos, ou Purgatórios — seja como for que gostemos de chamá-los, precisam ao máximo da nos­sa ajuda. Naquelas profundas e escuras regiões do Mun­do Astral, onde as paixões violentas estão sendo trabalhadas para se extinguirem — profundas, sujas, miseráveis e sem raios, onde os mais degradados, e aparentemente de uma irreparável maldade, afundam, de forma inevitá­vel, rastejantes, em densa obscuridade e escuridão, cum­pre-nos encontrar outro campo de trabalho. Muitas pes­soas fazem um bom trabalho entre os seus habitantes, e cada bom pensamento ajuda um pouco, cada sentimen­to de amor por eles é um bálsamo. Melhor ainda, cada poderosa 'oração-desejo' pela sua libertação é potente. Devemos compreender que nossos bons pensamentos, e as forças superiores dos que estão acima de nós, são as únicas migalhas de luz e conforto que eles chegam a ter. Luz e mais luz! Alívio das dores cruéis! Dores de apeti­tes que não podem ser satisfeitos! Gritos de socorro vin­dos da escuridão! Eles, com certeza, despertam nossa compaixão, porque anseiam pela visão de um rosto sobre o qual um raio de amor deslize e abençoe, pelo toque de uma mão que possa curar e erguer. O Cristo desceu aos Infernos: o Buda também fez a mesma coisa, porque Seu amor incluía os mais baixos planos do Cosmos. O amor humano pode ajudar a apagar o fogo por ele mesmo ace­so, e os Mestres mostram a forma, como a história e a lenda dizem. De Orfeu — o Grande Mestre da antiga Gré­cia, cuja verdadeira vida está envolvida em Mitos divinos — aprendemos que ele desceu aos Infernos. A maioria das religiões tem ensinado essa doutrina. Os judeus, ou pelo menos alguns grupos deles, acreditavam nisso, por­que lemos no Segundo livro dos Macabeus, xii, 46: 'É um pensamento santo e saudável orar pelos mortos, a fim de que eles possam libertar-se de seus pecados.' En­tre os hindus, dois dos 'Cinco Atos de Culto' (cinco Yajnas) são o Pitri-Yajna e o Bhuta-Yajna, ou reverência e lembrança pelos ancestrais e por toda a classe de espíritos. Oferecem libações e presentes pelo bem-estar deles. (...)

A cerimônia budista do Pitri é feita em benefício dos espíritos e almas dos que partiram. Os antigos perua­nos e os egípcios foram muito devotos nesse particular. Entre os cristãos, a vasta maioria acredita nas preces pelos mortos, a saber, as Igrejas Romana e Grega, bem como algumas das divisões Protestantes. Os moradores do Naraka são, portanto, ajudados pelas nossas 'preces-desejos', tanto quanto seus Karmas o permitirem, e não po­demos saber quanto isso será. Embora não possamos ti­rar deles as suas cargas, ainda assim podemos, às vezes, encurtar sua estada ali, ou melhorá-la até certo ponto. O Karma Universal opera nos Três Mundos do Tribhuvana e, tal como podemos auxiliar os que partiram, os que estão no Devachan podem auxiliar-nos."

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 33/34