OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

ILUMINAÇÃO: ELEVANDO-SE ACIMA DO PENSAMENTO

“No processo de crescimento, construímos uma imagem mental de nós mesmos, baseada em nosso condicionamento pessoal e cultural. Podemos chamar isso de ‘o fantasma pessoal do ego’. Consiste em uma atividade mental e só pode ser mantido através do pensar constante. A palavra ‘ego’ tem sentidos diferentes para pessoas diferentes, mas aqui significa um falso eu interior, criado por uma identificação inconsciente com a mente.

Para o ego, o momento presente dificilmente existe. Só o passado e o futuro são considerados importantes. Essa total inversão da verdade explica por que, para o ego, a mente não tem função. O ego está sempre preocupado em manter o passado vivo, porque pensa que sem ele não seríamos ninguém. E se projeta no futuro para assegurar a continuação de sua sobrevivência e buscar algum tipo de escape ou satisfação lá adiante. Ele diz assim: ‘Um dia, quando isso ou aquilo acontecer, vou ficar bem, feliz, em paz.’

Mesmo quando o ego parece estar preocupado com o presente, não é o presente que ele vê, porque constrói uma imagem completamente distorcida, a partir do passado. Ou então reduz o presente a um meio para obter o fim desejado pela mente. Observe sua mente e verá que é assim que ela funciona. O momento presente tem a chave para a libertação. Mas você não conseguirá percebê-lo enquanto for a sua mente.

A iluminação significa chegar a um nível acima do pensamento. No estado iluminado, continuamos a usar nossas mentes quando necessário, mas de um modo mais focalizado e eficiente. Assim, utilizando nossas mentes com objetivos práticos, não ouvimos mais o diálogo interno involuntário e sentimos uma serenidade interior.

Quando usamos de fato nossas mentes e, em especial, quando necessitamos de uma solução criativa, há uma oscilação, de segundos, entre o pensamento e a serenidade, entre a mente e a mente vazia. O estado de mente vazia é a consciência sem o pensamento. Só assim é possível pensar criativamente, porque somente desse modo o pensamento tem alguma força real. O pensamento sozinho, quando não mais conectado com a área da consciência, que é muito mais ampla, rapidamente se torna árido, doentio e destrutivo.”

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - GMT Editores Ltda., Rio de Janeiro, 2016 - p.20/21)


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O SEGREDO DOS RELACIONAMENTOS CORRETOS (PARTE FINAL)

"(...) Quando começamos a ver os pensamentos e as crenças que aceitamos não só dos outros, mas também do nosso condicionamento, da nossa experiência de vida, temos uma escolha quanto a ouvi-los ou não. Eles reverberam com a verdade que provém de um local profundo dentro de nós? Eles nos são úteis? Ou são os mesmos pensamentos e sentimentos antigos que têm povoado nossas mentes repetidamente e que continuam a criar desarmonia em nossas vidas?

Podemos escolher. A verdade tem uma qualidade diferente, e quando estamos no nosso nível mais profundo de verdade, beleza e bondade, conseguimos reconhecer essas qualidades e sua vibração particular. Aprendemos que 'a voz de Deus fala no silêncio do coração' (Madre Teresa). Conseguimos ver a verdade. 

À medida que evoluímos por meio do silêncio e das práticas meditativas, para nos tornarmos a sentinela silenciosa, podemos observar esses pensamentos e sentimentos e vê-los honestamente. Podemos então efetuar mudanças usando a vontade, nosso desejo mais elevado para manifestar a correta ação em nossas vidas, e então mudanças positivas começam a acontecer.

O Milagre de ouvir nossa intuição é que desenvolvemos a habilidade de verdadeiramente ouvir os outros, de escutar a intenção por trás das palavras, mesmo que as palavras sejam rudes e ditas em momento de ira. Verdadeiramente ouvir os outros é uma das chaves para os corretos relacionamentos. É ouvir do local onde se encontra o observador silenciosos, sem preconcepções ou julgamentos. Você doa seu coração quando verdadeiramente ouve. Você diz 'estou te ouvindo', você se conecta e os milagres acontecem. Você vê a alma do outro, quem ele verdadeiramente é. Você o vê."

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p. 27/28)
www.revistasophia.com.br


segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O SEGREDO DOS RELACIONAMENTOS CORRETOS (1ª PARTE)

"As corretas relações são a culminância de correta intenção, correto pensamento e correta ação. Elas surgem quando vemos além das faltas, dos desejos e das imperfeições da personalidade, abrindo-nos para a luz da alma de um outro ser humano.

Mas antes de sermos capazes de desenvolver corretas relações com os outros, precisamos estabelecer corretas relações com nós mesmos. Precisamos buscar a totalidade de nossa natureza dual, masculina e feminina, intuitiva e intelectual, personalidade e alma, uma unidade uma reconciliação. Essa é a chave para o contentamento, a alegria e uma vida com vitalidade e energia. Esse retorno à totalidade, ou melhor, à compreensão de sua própria totalidade, é a chave para toda cura e crescimento interior.

Começamos com a audição - ouvir com correta intenção, ouvir com o coração. O ouvir nos traz para o momento. É o viver com atenção - a conexão última com o que é. Ouvir nossa própria orientação interior, a mensagem de nossa alma, nosso eu superior que nos fala por meio da intuição, mostrando como nos sentimos a respeito de algo quando, na quietude, nós nos voltarmos para o interior. Isso é pôr-se em contato com o que há de mais profundo em você e com os sentimentos sinceros sobre qualquer situação dada, sendo honesto a respeito do que você aí encontra. Será isso verdadeiramente o que é certo para mim? Ou será algo que quero que seja certo para mim? A honestidade requer coragem e um profundo comprometimento com o caminho da sua alma.

Com o aquietamento regular da mente e o mergulho no silêncio, conseguimos reconhecer pensamentos e sentimentos que surgem do desejo inferior, os quais enchem nosso ego e cuidam de 'mim' como sendo separado dos 'outros'. Esses pensamentos geralmente se situam ao nosso redor protegendo nossa posição como sendo a correta, ou afirmando uma crença que temos. (...)"

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p. 27)
www.revistasophia.com.br


domingo, 15 de janeiro de 2017

O INAPROPRIADO USO DOS SENTIDOS

"Você mesmo deve refletir e descobrir com exatidão o que lhe expandirá o coração e aquilo que gerará inquietação. Depois disso, fique com aquilo e abandone isso. Se assim não for, vagando por perdidos caminhos, feito um macaco, insano, terá de retorcer-se e agitar-se em confusão. Qual é a causa de todos os problemas e descontentamento que hoje a tantos subjugam? É o inapropriado uso que se tem feito dos sentidos.

Em qualquer campo que seja, se um indivíduo agir de tal forma que o ego o domine, este não somente o conduzirá a uma posição perigosa, mas também lhe criará grandes dificuldades. O ego age sobre a sombra dele. Cedo, bem cedinho, por conta dos raios do sol, nossa sombra será muito alongada. À medida que o sol ascende no céu, por conta de seus raios, o comprimento da sombra se reduzirá. Dessa maneira, a estatura (psicológica) de um egoísta é alguma coisa que tem de minguar, na medida em que o tempo avança."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 165)


sábado, 14 de janeiro de 2017

VERDADES FUNDAMENTAIS

"A mente deve ser cuidadosamente treinada para desenvolver suas capacidades, e não ser abarrotada com coisas desnecessárias. O importante é desenvolver uma mente que não apenas imite, que seja capaz de agir por si própria e que tente aprender e descobrir as coisas por si mesma, enquanto faz uso do conhecimento dos outros. A mente, como um sensível aparelho de rádio, deve ser capaz de captar as coisas e mantê-las em foco com clareza, percebendo suas implicações e indo além das irrelevâncias em direção à realidade dos fatos.

Uma educação realmente completa deve fornecer à criança os fundamentos de todos os ramos importantes do conhecimento, mas isso deve ser feito sem sobrecarregar sua mente com detalhes. Nós entulhamos nosso cérebro com muitas coisas desnecessárias. Se eliminássemos tudo isso e descobríssimos o que é realmente útil para o indivíduo, o que é essencial saber e o que representa um bom conhecimento do mundo, estaríamos oferecendo uma educação de real valor para a criança.

A tudo isso eu juntaria o ensino de certas verdades fundamentais, como a noção de vida una; o fato de que o homem não é apenas um corpo, mas que usa o corpo; a ideia de que nós criamos nosso próprio destino; e até mesmo a reencarnação e o carma. Tudo isso deve ser apresentado não como um dogma, mas como uma visão de vida, de maneira plausível e razoável. (...)

Muitas crianças têm em si grandes possibilidades que algumas vezes não desabrocham; elas possuem talentos ocultos para os quais não há escopo em suas vidas. Por isso, quando alguém recebe a tarefa de educar uma criança, não deve pensar que é uma tarefa insignificante. Essa visão é completamente equivocada, porque se ajudarmos a criança a se desenvolver da melhor maneira possível, ela crescerá e fará muitas coisas boas. Com o auxílio que damos aos outros podemos ajudar o mundo de maneira ampla, muito mais do que podemos entender.

Apenas os melhores homens e mulheres deveriam ser escolhidos como educadores. Não necessariamente os melhores do ponto de vista acadêmico. Muito frequentemente aqueles que obtêm uma graduação o fazem através da superconcentração em um determinado assunto, o que, em muitos casos, resulta numa perspectiva estreita e algo desequilibrada. Nem sempre os eruditos são os melhores para desempenhar certas tarefas, como lidar com pessoas."

(N. Sri Ram - O verdadeiro sentido da educação - TheoSophia, publicação da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 99, Janeiro/Fevereiro/Março de 2010 - p. 34/35)