OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O SEGREDO DOS RELACIONAMENTOS CORRETOS (PARTE FINAL)

"(...) Quando começamos a ver os pensamentos e as crenças que aceitamos não só dos outros, mas também do nosso condicionamento, da nossa experiência de vida, temos uma escolha quanto a ouvi-los ou não. Eles reverberam com a verdade que provém de um local profundo dentro de nós? Eles nos são úteis? Ou são os mesmos pensamentos e sentimentos antigos que têm povoado nossas mentes repetidamente e que continuam a criar desarmonia em nossas vidas?

Podemos escolher. A verdade tem uma qualidade diferente, e quando estamos no nosso nível mais profundo de verdade, beleza e bondade, conseguimos reconhecer essas qualidades e sua vibração particular. Aprendemos que 'a voz de Deus fala no silêncio do coração' (Madre Teresa). Conseguimos ver a verdade. 

À medida que evoluímos por meio do silêncio e das práticas meditativas, para nos tornarmos a sentinela silenciosa, podemos observar esses pensamentos e sentimentos e vê-los honestamente. Podemos então efetuar mudanças usando a vontade, nosso desejo mais elevado para manifestar a correta ação em nossas vidas, e então mudanças positivas começam a acontecer.

O Milagre de ouvir nossa intuição é que desenvolvemos a habilidade de verdadeiramente ouvir os outros, de escutar a intenção por trás das palavras, mesmo que as palavras sejam rudes e ditas em momento de ira. Verdadeiramente ouvir os outros é uma das chaves para os corretos relacionamentos. É ouvir do local onde se encontra o observador silenciosos, sem preconcepções ou julgamentos. Você doa seu coração quando verdadeiramente ouve. Você diz 'estou te ouvindo', você se conecta e os milagres acontecem. Você vê a alma do outro, quem ele verdadeiramente é. Você o vê."

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p. 27/28)
www.revistasophia.com.br


segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O SEGREDO DOS RELACIONAMENTOS CORRETOS (1ª PARTE)

"As corretas relações são a culminância de correta intenção, correto pensamento e correta ação. Elas surgem quando vemos além das faltas, dos desejos e das imperfeições da personalidade, abrindo-nos para a luz da alma de um outro ser humano.

Mas antes de sermos capazes de desenvolver corretas relações com os outros, precisamos estabelecer corretas relações com nós mesmos. Precisamos buscar a totalidade de nossa natureza dual, masculina e feminina, intuitiva e intelectual, personalidade e alma, uma unidade uma reconciliação. Essa é a chave para o contentamento, a alegria e uma vida com vitalidade e energia. Esse retorno à totalidade, ou melhor, à compreensão de sua própria totalidade, é a chave para toda cura e crescimento interior.

Começamos com a audição - ouvir com correta intenção, ouvir com o coração. O ouvir nos traz para o momento. É o viver com atenção - a conexão última com o que é. Ouvir nossa própria orientação interior, a mensagem de nossa alma, nosso eu superior que nos fala por meio da intuição, mostrando como nos sentimos a respeito de algo quando, na quietude, nós nos voltarmos para o interior. Isso é pôr-se em contato com o que há de mais profundo em você e com os sentimentos sinceros sobre qualquer situação dada, sendo honesto a respeito do que você aí encontra. Será isso verdadeiramente o que é certo para mim? Ou será algo que quero que seja certo para mim? A honestidade requer coragem e um profundo comprometimento com o caminho da sua alma.

Com o aquietamento regular da mente e o mergulho no silêncio, conseguimos reconhecer pensamentos e sentimentos que surgem do desejo inferior, os quais enchem nosso ego e cuidam de 'mim' como sendo separado dos 'outros'. Esses pensamentos geralmente se situam ao nosso redor protegendo nossa posição como sendo a correta, ou afirmando uma crença que temos. (...)"

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p. 27)
www.revistasophia.com.br


domingo, 15 de janeiro de 2017

O INAPROPRIADO USO DOS SENTIDOS

"Você mesmo deve refletir e descobrir com exatidão o que lhe expandirá o coração e aquilo que gerará inquietação. Depois disso, fique com aquilo e abandone isso. Se assim não for, vagando por perdidos caminhos, feito um macaco, insano, terá de retorcer-se e agitar-se em confusão. Qual é a causa de todos os problemas e descontentamento que hoje a tantos subjugam? É o inapropriado uso que se tem feito dos sentidos.

Em qualquer campo que seja, se um indivíduo agir de tal forma que o ego o domine, este não somente o conduzirá a uma posição perigosa, mas também lhe criará grandes dificuldades. O ego age sobre a sombra dele. Cedo, bem cedinho, por conta dos raios do sol, nossa sombra será muito alongada. À medida que o sol ascende no céu, por conta de seus raios, o comprimento da sombra se reduzirá. Dessa maneira, a estatura (psicológica) de um egoísta é alguma coisa que tem de minguar, na medida em que o tempo avança."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 165)


sábado, 14 de janeiro de 2017

VERDADES FUNDAMENTAIS

"A mente deve ser cuidadosamente treinada para desenvolver suas capacidades, e não ser abarrotada com coisas desnecessárias. O importante é desenvolver uma mente que não apenas imite, que seja capaz de agir por si própria e que tente aprender e descobrir as coisas por si mesma, enquanto faz uso do conhecimento dos outros. A mente, como um sensível aparelho de rádio, deve ser capaz de captar as coisas e mantê-las em foco com clareza, percebendo suas implicações e indo além das irrelevâncias em direção à realidade dos fatos.

Uma educação realmente completa deve fornecer à criança os fundamentos de todos os ramos importantes do conhecimento, mas isso deve ser feito sem sobrecarregar sua mente com detalhes. Nós entulhamos nosso cérebro com muitas coisas desnecessárias. Se eliminássemos tudo isso e descobríssimos o que é realmente útil para o indivíduo, o que é essencial saber e o que representa um bom conhecimento do mundo, estaríamos oferecendo uma educação de real valor para a criança.

A tudo isso eu juntaria o ensino de certas verdades fundamentais, como a noção de vida una; o fato de que o homem não é apenas um corpo, mas que usa o corpo; a ideia de que nós criamos nosso próprio destino; e até mesmo a reencarnação e o carma. Tudo isso deve ser apresentado não como um dogma, mas como uma visão de vida, de maneira plausível e razoável. (...)

Muitas crianças têm em si grandes possibilidades que algumas vezes não desabrocham; elas possuem talentos ocultos para os quais não há escopo em suas vidas. Por isso, quando alguém recebe a tarefa de educar uma criança, não deve pensar que é uma tarefa insignificante. Essa visão é completamente equivocada, porque se ajudarmos a criança a se desenvolver da melhor maneira possível, ela crescerá e fará muitas coisas boas. Com o auxílio que damos aos outros podemos ajudar o mundo de maneira ampla, muito mais do que podemos entender.

Apenas os melhores homens e mulheres deveriam ser escolhidos como educadores. Não necessariamente os melhores do ponto de vista acadêmico. Muito frequentemente aqueles que obtêm uma graduação o fazem através da superconcentração em um determinado assunto, o que, em muitos casos, resulta numa perspectiva estreita e algo desequilibrada. Nem sempre os eruditos são os melhores para desempenhar certas tarefas, como lidar com pessoas."

(N. Sri Ram - O verdadeiro sentido da educação - TheoSophia, publicação da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 99, Janeiro/Fevereiro/Março de 2010 - p. 34/35)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O VERDADEIRO SENTIDO DA EDUCAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) A criança precisa aprender, desde os primeiros anos de vida, a se manter limpa. Depois deve haver um treinamento dos sentidos, incluindo as cores e os sons. Uma das maneiras de entrar em contato com a vida na natureza é ouvir os seus sons. Os sentidos são as janelas da alma. Quando seu alcance aumenta, toda a superfície de contato com a vida também é aumentada. O pensamento e a formação de imagens, que é parte do nosso pensar, baseiam-se nas impressões dos sentidos. A imaginação não acontece no vácuo; ela é estimulada por nossas reações.

A apreciação das artes e a prática de uma arte específica para a qual a criança tenha aptidão deve ser parte do programa educacional. Esta é, com certeza, uma maneira de refinar e educar as emoções.

As emoções e sentimentos têm um papel mais vital que o corpo físico ou o intelecto. Até mesmo a saúde depende, em grande parte, da condição emocional da pessoa. Mas nossa educação não dá qualquer atenção a isso e baseia-se quase exclusivamente no cultivo da mente. Se pudermos estimular a capacidade de afeição e simpatia da criança para com os outros, estaremos dando um impulso à sua evolução. 

Uma criança deve, desde os primeiros anos, aprender a ter consideração para com os outros em todos os contextos. Além disso, a educação deve preparar o indivíduo para continuar aprendendo pelo resto da vida. 

Qual a finalidade da vida? Talvez seja mais vida, com a crescente compreensão de suas potencialidades e do poder de criar, de modo que possa fluir cada vez mais livremente e criar segundo a própria vontade. Deve-se ajudar as pessoas a atingirem o mais alto grau de inteligência possível e a serem livres para fazer uso dessa inteligência; então, em sua liberdade, elas poderão fazer o que desejarem. Educar deveria significar 'abrir avenidas' nos cérebros e corações dos jovens, avenidas que se alargarão e os levarão em frente em um processo de aprendizado incessante, através de uma corrente de reação construtiva do ambiente para a alma e da alma para o ambiente.

A alma do homem é imortal e seu futuro é o futuro de algo cujo crescimento e esplendor não têm limites. Por isso, a educação no sentido verdadeiro deve ser a educação do corpo, da mente e das emoções, de tal maneira que juntos formem um instrumento para a expressão da alma e a realização do seu propósito."

(N. Sri Ram - O verdadeiro sentido da educação - TheoSophia, publicação da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 99, Janeiro/Fevereiro/Março de 2010 - p. 33/34)