OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 31 de dezembro de 2016

TRANQUILIDADE

"Só intuímos a solução correta e só achamos a melhor saída, só encontramos o melhor remédio e a mais adequada providência, quando estamos tranquilos.

Intranquilos, tumultuamos o pensamento, obscurecemos a mente, e perdemos não somente o rumo, mas a direção do passo imediato a dar.

Intranquilos, não temos ouvidos para o Logos, não temos olhos para a Luz; fechamo-nos para Deus. Deus se mostra e não O podemos ver. Ele fala e não O escutamos.

O tesouro da tranquilidade não pode ser encontrado repentinamente. Se não temos o hábito de cultivar quietude, impossível se torna enfrentar uma situação adversa inesperada com a alma tranquila.

Observemo-nos a nós mesmos nas mais diversas situações, com o propósito de, aconteça o que acontecer, não perdermos o controle e a calma.

Fica tranquilo, e sabe EU SOU DEUS."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 110)


sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

AMOR E UNIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Nenhum homem pode ser separado do corpo da humanidade por causa de suas imperfeições. Se qualquer célula nesse grande corpo estiver doente, ela deve, no final das contas, recobrar a saúde. Só existe uma maneira de se livrar de um inimigo: convertê-lo num amigo, mais cedo ou mais tarde. Shakespeare escreveu: 'Não é amor aquilo que se altera quando encontra alteração', indicando que a natureza do amor é um princípio essencial do homem e um dos eternos valores da vida.

O pensamento lida com as relações entre as coisas, de modo que, dado um motivo, ele descobrirá como agir. Quando a mente, com todo seu poder, se curva perante a intuição do amor e diz 'daqui em diante vós sereis meu mestre; servir-vos-ei sempre', o homem torna-se um iniciado nos mistérios do Cristo ou de Krishna, ou do Deus do amor. Se em algum lugar houver uma cerimônia exterior de iniciação, ela visa anunciar que esse estágio foi alcançado, que essa realidade foi atingida pelo membro recém admitido de uma fraternidade.

O amor opera de maneira infalível por meio daquele em quem essa intuição esteja trabalhando. Ele não consegue viver para satisfação do corpo ou para a diversão, nem para o acúmulo de conhecimento, e passa a responder às necessidades da vida. Acontece, porém, que o jovem 'iniciado' emprega muita energia, e às vezes o observador vê muitas dessas coisas como desperdício e inutilidade. Mais tarde ele próprio descobre a sabedoria de colocar o seu amor onde ele é mais útil. Somente por um instante é que ele perde algo de sua razão; posteriormente ele reaparece como subordinada ao amor.

O provérbio que diz que 'a tolice é a falha comum daquele que é bom' só se aplica ao noviço em bondade. O amor não é para ser visto, porém direciona as forças que podem ser vistas - as do corpo, das emoções e da mente. E essas forças são limitadas. Portanto, a melhor expressão de amor não é esbanjar descuidadamente genialidade e generosidade.

Conheci um grande homem que tinha amor constante. Muitas pessoas consideravam-no frio, porque ele colocava suas forças cuidadosamente. Um homem assim doa a um e depois a outro, de maneira bastante deliberada, onde ele pode ver que o amor produzirá o melhor efeito. Ele é suficientemente sábio para não se desgastar. Mas enquanto está direcionando sua energia dessa maneira, ele está também considerando aqueles que se acham abandonados, porque em seus olhos espera que aqueles a quem ajuda sejam capazes de promover o nascimento da fraternidade entre os homens."

(Ernest Wood - Instrução e intuição - Revista Sophia, Ano 9, nº 33 - p. 30/31)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

AMOR E UNIDADE (1ª PARTE)

"A mais elevada emoção humana, assim como a verdadeira compreensão, vem do interior. É uma resposta à realidade além do alcance dos sentidos ou da razão. É a intuição do amor.

Ninguém foi ainda capaz de explicar por que uma alma decide amar outra mais do que a si própria, até mesmo se autossacificando. Às vezes sugere-se que é tudo resultante do instinto de maternidade, que se baseia na necessidade de preservação da espécie. Diz-se que a natureza cuida mais da espécie do que do indivíduo - o que é muito inteligente por parte da natureza. Mas esse instinto é apenas uma expressão da unidade da vida, por cuja razão age-se em benefício de outrem, como, no corpo unido, os olhos guiam os pés e os pés transportam os olhos.

Às vezes o cético diz que as pessoas utilizam o autossacrifício apenas para vangloriar-se. Certamente essas reflexões não existem nas mentes das mães e dos pais comuns, e muito menos em casos como o de Buda e de Jesus. O amor é uma realidade da vida e não precisa de razão material para se desculpar por sua existência.

Não amamos outra pessoa por causa de imperfeições ou virtudes que ela possa demonstrar. Podemos gostar ou não das pessoas por causa dessas coisas, já que atendem ao nosso conforto e prazer, ou ao nosso desconforto e dor. Mas o amor está acima dessas considerações; aqueles que amam são os que veem a vida, a qual jamais está totalmente obscurecida.

Um irmão, por exemplo, por quem a proximidade acendeu a centelha do amor, independentemente de sua atitude, é sempre amado. Se ele comete um grave erro, apesar de tudo nós o protegemos e ajudamos. O aborrecimento às vezes ocorre em casos assim, mas o amor não pode morrer por essa razão. O chamado espírito crístico em todos nós, que a tudo ama, é um testemunho da nossa unidade interior. (...)

(Ernest Wood - Instrução e intuição - Revista Sophia, Ano 9, nº 33 - p. 30)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

UMA CONSCIÊNCIA SUPERIOR (PARTE FINAL)

"(...) Muito da engenharia moderna depende dessa descoberta. Foi intuição - algo das profundezas do homem - e não um processo cognitivo. As intuições nascem completas, como os bebês. Sempre há alunos que lançam um olhar vazio e desesperançado sobre o professor enquanto ele tenta expor algum princípio simples, até que subitamente faz-se a luz.

Portanto, a intuição não é uma coisa rara. Todos os homens a possuem em alguma medida. Muito frequentemente o cientista ou o inventor tenta durante muito tempo e sem sucesso solucionar um problema. Depois, quando não está mais pensando sobre o assunto, a solução subitamente brilha em sua mente. O seu pensar anterior o preparou, assim como, de certa forma, o ensinamento do professor prepara as mentes de seus alunos, mas a intuição surge num lampejo. Às vezes ilumina toda a mente, como um relâmpago numa noite escura. Às vezes vem de tal profundeza de nosso ser que a consideramos algo incomum ou sobrenatural.

A universalidade dessas intuições demonstra a existência de uma mente universal. Externamente mantemos contato com um mundo universal. Certamente os sentidos de nossos corpos são limitados em seu escopo, mas nos põem direta e indiretamente em contato com tudo. Estamos realmente em associação corporal com as nuvens, o sol e todo o mundo material. Similarmente, descobrimos que nossas intuições relacionam-nos à consciência universal. 

Em nossas meditações e inspirações, frequentemente percebemos que estamos recebendo algo de uma consciência enormemente superior ao que estamos acostumados a chamar de nosso. Às vezes, é como se um grande gênio subitamente falasse conosco e, com poucas palavras, esclarecesse dificuldades de pensamento há muito existentes. Algumas pessoas estão tão conscientes disso que não consideram pessoais seus melhores pensamentos. Um grande poeta disse que estimava seus poemas não porque fossem seus, mas porque não eram."

(Ernest Wood - Instrução e intuição - Revista Sophia, Ano 9, nº 33 - p. 28)


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

UMA CONSCIÊNCIA SUPERIOR (1ª PARTE)

"Mais cedo ou mais tarde a verdade mostra que, se podemos nos perder entre as coisas mundanas como um homem que vagueia numa floresta, podemos ainda mais facilmente nos perder entre os pensamentos. Pois, se existem mil coisas, existem milhões de pensamentos possíveis sobre elas - e quem é capaz de saber qual é o melhor pensamento, a não ser que os tenha experimentado todos? Se um náufrago como Robinson Crusoé chegasse a uma ilha desabitada e tivesse que buscar o melhor lugar para morar, poderia procurar durante toda a sua vida antes de decidir. Não é só por meio do pensamento que encontramos a verdadeira direção da vida. A intuição deve ser somada à instrução.

A humanidade aprende de duas maneiras com a instrução e a intuição, mas de fato o homem realmente só entende através da intuição. Por instrução queremos dizer o ensinamento exterior por meio da experiência. Mas os objetos no nosso campo de percepção não são compreendidos, não importa o quanto olhemos ou pensemos, até que haja um lampejo de intuição.

É comum as pessoas pensarem que sabem o que as coisas são porque as veem, mas esse não é o caso. Verdadeiramente as vemos, mas não sabemos o que elas são; a visão é sem sentido, a não ser que algo surja das profundezas da mente e diga: 'Ah, eu conheço você!' Esse processo é tão rápido com coisas familiares que a maioria das pessoas não o percebe. Imagine que você abra um livro em sânscrito ou japonês; verá inúmeros sinais sem significado, mesmo que vire a página de cabeça para baixo. Mas se você conhece a escrita, é diferente. Conhecemos a escrita de tábuas e cadeiras, árvores, montanhas e todas as coisas segundo nosso ponto de vista, e é assim que as coisas ganham significado.

Os grandes pensadores estão prontos a dar testemunho no conhecimento. Newton descobriu o princípio da gravitação assim. Ele viu uma maçã cair e se perguntou por que as coisas sempre caem. E então teve o lampejo de que as maçãs não caem realmente, embora pareçam fazê-lo. Ele compreendeu que matéria atrai matéria - a maçã e a terra corriam para se encontrar, embora a terra, com massa muito maior, efetue apenas uma parte pequena do aparente movimento. (...)"

(Ernest Wood - Instrução e intuição - Revista Sophia, Ano 9, nº 33 - p. 28)
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