OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

NOS SÁBIOS NÃO EXISTE APEGO

"Se firzermos a pergunta 'quem está apegado à ação e a quem pertence a ação sem apego', a resposta que poderá surgir na nossa mente é que os ignorantes estão apegados às suas ações e os sábios vivem desapegados. 

Tentemos entender o verdadeiro significado da afirmação nos sábios não existe apego, dividindo-a em duas partes. Em primeiro lugar, para compreendermos quem é o sábio e, depois, para compreendermos o processo de apego. Consideremos a primeira parte, isto é, quem é sábio? Poder-se-á responder que, entre as espécies da terra, a espécie humana é a que é sábia.

O nome científico do homem é homo sapiens; homo é o nome do gênero que significa 'homem' e sapiens o nome da espécie que significa 'sábio'. Assim, homo sapiens quer dizer 'homem sábio'. É fácil sermos denominados sábios, mas não tão fácil agir sabiamente. Agir de modo sábio significa trazer valores elevados para a vida."

(C.A. Shinde - Nos sábios não existe apego - TheoSophia - Ano 101 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2012 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 13)


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A VONTADE E O DESEJO

"A vontade é uma posse exclusiva do ser humano neste nosso plano de existência. Ela o distingue do animal, no qual só o desejo instintivo está desperto. 

O Desejo, no seu significado mais amplo, é a força criativa única do Universo. Neste sentido, não há diferença entre ele e a Vontade; mas nós, seres humanos, nunca conhecemos esta forma de Desejo enquanto somos apenas humanos. Portanto, a Vontade e o Desejo são considerados aqui como conceitos opostos. 

Assim, a Vontade é fruto do que é Divino, do Deus no ser humano; o Desejo é a  força  que movimenta a vida animal. 

A maior parte dos humanos vive no desejo e através do desejo, confundindo-o com a vontade. Mas aquele que quiser vencer deve separar a vontade do desejo, e fazer com que sua vontade predomine; porque o desejo é instável e muda o tempo todo, enquanto a vontade é firme e constante. 

Tanto a vontade como o desejo são absolutamente criadores, e formam o ser humano e também o ambiente ao seu redor.  Mas a vontade cria de modo inteligente, e o desejo cria de modo cego e inconsciente. O homem, portanto,  faz a si mesmo à imagem dos seus desejos,  a menos que ele crie a si mesmo segundo o modelo do que é Divino, através da sua vontade, que é um produto da luz. 

A tarefa do ser humano é dupla: despertar a vontade, para fortalecê-la pelo uso e pela vitória, torná-la capaz de governar com poder absoluto em seu corpo; e, ao mesmo tempo, purificar o desejo. 

O conhecimento e a vontade são os instrumentos para obter esta purificação." 

Helena P. Blavatsky

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

RELACIONAMENTOS AMOR/ÓDIO


"Estar apaixonado, à princípio, é um estado que lhe dá muitíssima satisfação. Você sente-se inteiramente vivo. É como se, de repente, a sua existência fizesse sentido porque alguém precisa de si, o faz sentir especial, e você retribui da mesma maneira. Quando estão juntos, você sente-se completo. O sentimento pode tornar-se tão intenso que o resto do mundo se torna insignificante.

No entanto, você poderá já ter notado que, nessa intensidade, existe alguma coisa de necessidade e de apego. Fica viciado na outra pessoa. Essa pessoa tem sobre si o efeito de uma droga. Está bem quando a droga está ao seu alcance, mas a mera possibilidade ou mesmo a hipótese de que ela poderá deixar de estar à sua disposição poderá levá-lo ao ciúme, ao sentimento de posse, a tentativas de manipulação através de chantagem emocional, a culpar e a acusar o outro - ao medo da perda. Se a outra pessoa o deixar, isso poderá dar origem à mais intensa hostilidade ou ao mais profundo sofrimento e desespero. Num instante, a ternura amorosa poderá transformar-se numa agressividade feroz ou num desgosto terrível. Onde está agora o amor? Pode o amor transformar-se no seu oposto em tão pouco tempo? E, no fundo, era amor, ou apenas um vício de avidez e apego?"

Eckhart Tolle

terça-feira, 30 de agosto de 2016

NOSSA VIDA TERRENA

"Quando, em estado de Egos conscientes, pensamos em nossa vida terrena, na vida que nos parece tão importante quando nos achamos em estado de simples consciência de vigília, essa vida terrena nos parece irreal, quase como um sonho, e certamente sem a importância que geralmente lhe atribuímos. Como Egos, consideramos a vida terrena tal qual uma tarefa que temos de executar, uma lição que deve ser aprendida e que talvez possa ser mais bem expressa como 'autorrealização'. É somente nesses mundos de matéria densa que há resitência e separatividade, necessárias para desenvolver o sentido de individualidade e da consciência do 'eu', que é depois trazida de volta à Unidade superior.

Ao observarmos nossa vida terrena a partir do mundo do Ego, adquirimos maior equanimidade na existência que temos de viver na Terra, pois é uma profunda verdade que nada na vida terrena significa muito e que a maior parte dos eventos carece de importância. Quando uma vez tivermos nos reconhecido na plenitude de nossa glória como Egos, a vida terrena nos parecerá uma atividade subsidiária, à qual temos de lançar um pouco de nossa consciência, um pouco de nossa atenção, da mesma maneira que o estadista atarefado numa magna obra deve conceder uma pequena parte de sua atenção a alguma atividade pessoal secundária em que esteja interessado."

(J.J. Van der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 39)


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A SOMBRA

"Enquanto estiver seguindo pelo caminho, você pode observar sua sombra a arrastar-se sobre lama, poeira, depressão ou montículo, espinhos ou areal, trechos de terra seca ou úmida. A sombra e suas experiências não têm permanência (mithyam) nem verdade (satyam). Similarmente, convença-se de que você é somente a sombra de Paramatma (o Ser Supremo), e que essencialmente você não é este você, mas o próprio Paramatma. Este é o remédio para tristezas, afãs e dores. Naturalmente, será somente ao fim de prolongado e sistemático processo de sadhana (disciplina) que você conseguirá fixar-se na Verdade; até então, é suscetível de identificar-se com este corpo, esquecendo-se de que ele, que projeta sombra, ele mesmo, por sua vez, é uma sombra.

Você não vê os alicerces de um arranha-céu de muitos andares. A partir daí, pode afirmar que ele está simplesmente pousado no chão?! As fundações desta sua vida de agora já vêm da profundidade do passado, das vidas que você já viveu.

Esta estrutura atual foi construída a partir do projeto daquelas vidas. O invisível decide sobre os ângulos, as finalidades, o número de pavimentos, e peso e a altura.

Deus é o grande alicerce de criação. Ore a Ele, e Ele distribuirá frutos."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - fl. 83)