OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 13 de agosto de 2016

RETORNANDO

"Não é por acaso, nem por coincidência que nascemos em nossas famílias. Escolhemos as condições em que nascemos e as possibilidades que temos pela frente. Estabelecemos um plano para nossas vidas antes de nascermos, antes mesmo de sermos concebidos. Nosso plano é supervisionado pelos amorosos seres espirituais que nos protegem e orientam, enquanto ocupamos nossos corpos físicos, desenvolvendo esse plano estabelecido para nossas vidas. Destino é o nome que se dá para os acontecimentos e situações que escolhemos antes de nascer.

Existe um considerável número de evidências provando que podemos ver os principais acontecimentos de nossas vidas, as marcas predestinadas, na etapa de planejamento anterior ao nosso nascimento. As pessoas-chave com quem nos encontraremos são mapeadas, a reunião com almas gêmeas, com almas companheiras, e mesmo o lugar concreto em que esses eventos poderão ocorrer. Alguns casos de déjà vu - a sensação de familiaridade, como se já tivéssemos estado naquele lugar, vivendo aquela mesma situação - também podem ser explicadas pela visão antecipada da vida que teremos na existência física. 

O mesmo se aplica aos casos de adoção. Apesar de as condições de reprodução estarem bloqueadas por algum motivo, os pais adotivos são escolhidos, tal como os pais biológicos. Há razões para tudo, e não existem coincidências na trilha do destino.

Nunca somos privados do livre-arbítrio. Nossas vidas e a vida de todas as pessoas com quem interagimos no estado físico serão afetadas por nossas escolhas, mais ainda assim as marcas predestinadas ocorrerão. Encontraremos as pessoas que planejamos encontrar, enfrentaremos obstáculos e circunstâncias e teremos as oportunidades que planejamos muito antes de nascer. A forma de lidar com esses encontros, as nossas reações e decisões dependerão de nosso livre-arbítrio. Destino e livre-arbítrio coexistem e interagem o tempo todo. São forças complementares, e não contraditórias."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeirao, 1999 - p. 44/45)


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

SOMOS A SENDA

"Em certo sentido, somos já perfeitos e divinos nesse exato momento. Nosso verdadeiro Eu, nosso verdadeiro Ser não é o fugaz e sempre mutável vislumbre que chamamos presente, senão que abarca todo o nosso passado e todo o nosso futuro. É o completo existir com todo o seu ciclo de evolução nele contido. Assim é que somos tantos homens primitivos quanto homens perfeitos; e aquilo por que nos esforçamos, em realidade, já é nosso; o segredo da evolução consiste em nos tornarmos o que somos. Somente assim podemos compreender o significado de outras máximas ocultistas, como a de que 'nós mesmos devemos nos tornar a Senda'. Isso é a completa verdade e, contudo, só a compreendemos quando em nossa consciência como Egos considerarmos a meta, o desígnio de perfeição, a conquista do Adeptado, não como algo estranho e muito distante, do qual temos de nos aproximar de fora, mas como nossa divindade interior, nosso próprio Ser mais íntimo.

Quando reconhecermos o que significa converter-nos na Senda, também saberemos que nada terreno poderá se interpor entre nós e nossa meta, pois a vimos e nos tornamos unos com ela. É como se houvéssemos visto nossa própria divindade e como se a meta estivesse no centro de nosso Ser. A Senda da Perfeição se converte, então, no desenvolvimento de nossa divindade."

(J.J. Van Der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 50/51)


quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O TEMPLO

"Isto mesmo, jovem. Cuide bem de seu corpo.

Alimente-o inteligentemente. Não o desgaste em excessos esportivos, eróticos ou profissionais. Não o amoleça com prolongados e estagnantes repousos. Dê-lhe atividade correta. Pratique ginástica, de preferência Hata Yoga. Recuse-se a iniciar qualquer vício. Mantenha seu corpo jovem, forte, elegante, ágil, limpo por dentro e por fora, eficiente, lépido, resistente...

Mas, por favor, nunca chegue a fazer de seu corpo um ídolo para sua adoração. Idolatria, não. Narcisismo, nunca. 

Nunca se esqueça - se é que pretende evitar enorme frustração - de que embora precioso, ele não é eterno, e não passa de um simples equipamento do Espírito.

O Espírito que você realmente é, está, temporariamente, utilizando o corpo.

Seu corpo é maravilhoso talento que você - Espírito - tem de administrar muito bem. Com cautela e muita dignidade. 

Eis, Senhor, meu corpo-templo. Santifica-o."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 97)


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

SER HONESTO

"Não é fácil ser verdadeiramente honesto, especialmente em relação a nós mesmos. Os corpos mental concreto e astral - os veículos da consciência para pensamento e desejo - influenciam-se mutuamente. A mente produzirá sempre razões excelentes e plausíveis pelas quais deveríamos fazer o que nosso desejo natural nos incita a fazer. Diverte-me frequentemente observar meus próprios processos a este respeito. Assim, como diz H.P.B., estamos 'constantemente nos enganando.'

Ser completamente honesto é ser inteiramente verdadeiro, e não podemos atingir isto se formos demasiado emocionais, amarrados a nosso próprio exame e preocupados se somos bons ou maus, inteligentes ou estúpidos etc. Um dos efeitos do progresso espiritual é a diminuição do remorso e da ansiedade. Ambos indicam carência de energia no momento presente e para trabalho em pauta. Remorso indica escoamento da força da alma em relação a algum acontecimento no passado, e ansiedade significa escoamento em função de algum efeito imaginário no futuro. C.W.L. referia-se a isto com muita simplicidade. Ele citava o provérbio muito conhecido de não atravessar pontes antes de chegar onde elas estão, e o velho ditado 'isto não terá importância daqui a dez anos.' 'Bem', dizia ele, 'se não tem importância dentro de dez anos, não tem importância agora.'

A raiz do remorso, diz-nos H.P.B., é o egoísmo, e a raiz da anisedade é o medo de um desconhecido imaginário. Medo é o recuo da personalidade ante aquilo que não deseja ter, ou dúvida se irá receber aquilo que deseja. O sábio Patañjali, assim, diz que tanto desejo quanto aversão devem ser sobrepujados - outro dos 'pares de opostos.' No equilíbrio entre os dois está o 'Caminho.' Esta é a razão por que ele é descrito como sendo 'tão estreito como o fio de uma navalha' e 'caminho reto e estreito', porque nele o discípulo aprende aquela divina indiferença que o habilita a transcender a tirania dos pares dos opostos."

(Clara Codd - As Escolas de Mistérios, O Discipulado na Nova Era - Ed. Teosófica, Brasília, 1998 - p. 149)


terça-feira, 9 de agosto de 2016

AGIR PELA NÃO INTERFERÊNCIA

"Não exaltes os homens eminentes,
Para que não surja rivalidade entre o povo.
Não exibas os tesouros raros,
Para que o povo não os ambicione.
Não despertes as cobiças,
Para que as almas não sejam profanadas.
O governo do sábio não desperta paixões,
Mas procura manter o povo na sobriedade,
E dar-lhe as coisas necessárias.
Não lhe oferece erudição,
Mas dá-lhe cultura do coração.
O sábio governa pelo não agir.
E tudo permanece em ordem.

EXPLICAÇÃO: É importante manter a distância entre o governo e o povo. A democracia meramente horizontal é autodestruidora. Deve haver, na democracia, um princípio de hierarquia, de desnível, de ectropia; do contrário, o nivelamente entre governante e governados degenera em entropia paralizante - como um lago que não move uma turbina, porque lhe falta o desnível ectrópico da cachoeira. Sendo que o governo meramente democrático é o regime de ego para ego, sem nenhuma referência ao Eu, toda a democracia, sendo liberdade sem autoridade, acaba fatalmente num caos centrífugo, por falta de um princípio de coesão centrípeta. Verso sem Uno dá caos - somente Verso regido pelo Uno dá harmonia.

Este capítulo visualiza o futuro da democracia em forma de cosmocracia, que é igualmente horizontal com desigualdade vertical. O governo não pode ser simplesmente um cidadão democrático, mas deve revestir-se também de algo hierárquico ou cósmico.

A 'Politeia' (República de Platão, advoga, basicamente, esse mesmo princípio de entropia ectrópica, de nível compensado pelo desnível, de horizontalidade sublimada pela verticalidade."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 30/31)