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OBJETIVOS DO BLOGUE
Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.
Osmar Lima de Amorim
segunda-feira, 25 de julho de 2016
NUNCA MACHUQUE (PARTE FINAL)
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domingo, 24 de julho de 2016
NUNCA MACHUQUE (1ª PARTE)
Os planos da natureza podem ser muito diferentes do que o homem pensa. Nós, seres humanos, vivemos num estado ilusório (maya) e pensamos que ele é a realidade, mas esta é muito diferente. Por exemplo, os animais fazem o que a natureza lhes ordena e ficam tranquilos. No entanto, quando o homem resolve moldar o mundo como um todo, ele transforma o mundo da vida animal no que não é.
Um cientista da Universidade de Oxford, escrevendo sobre a evolução, disse que a evolução é um processo em que muitas espécies estão incluídas. E todas elas realizam o crescimento que assume forma conforme vamos do vegetal ao animal e depois para a existência humana. Não consideramos que os animais que desprezamos e matamos, as criaturas que maltratamos, são todas partes de um processo que inclui nossa própria evolução. Se compreendêssemos isso, o mundo seria diferente. Veríamos que as criaturas que consideramos inferiores e desprezíveis realmente não o são. Na verdade, o tratamento que recebem faz muita diferença para o crescimento delas e do nosso.
Em nossa tradição (indiana), as melhores pessoas sabem que é assim; por isso, o tratamento que dão a todos considerados inferiores tem um papel muito belo e muito precioso a desempenhar. Isto é indicado em algumas de nossas tradições. Quando visitei a Índia Central, contaram-me que havia um ermitão vivendo em lugares solitários nas florestas. Algumas pessoas que o conheciam sabiam que sua atitude produzia grande respeito. Ele passava por selvas de sua área sem medo ou temor de que criaturas selvagens pudessem atacá-lo. Dormia em cavernas, às vezes muito perto de animais perigosos e nada lhe acontecia. Ele sabia, e os animais ao redor também sabiam, que ele era um deles. Não pensavam em feri-lo porque ele era um homem santo. (...)"
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sábado, 23 de julho de 2016
MAYA EM TODA PARTE
Mais do que tudo, a beleza tem um significado oculto, uma coisa misteriosa da natureza que ornamenta. Diz Tomas à Kempis: 'Não há criatura tão pequena e desprezível que não represente a bondade de Deus', porque a beleza é verdadeira natureza da vida; ela é inerente à origem da vida. É assim, quer uma pessoa queira ou não.
Os seres humanos fazem parte deste mundo. Mas a maioria não acredita nisso; para eles o mundo inclui apenas o que eles descobrem, o que criam - a feiura que vemos em toda parte naquilo que o homem cria. A urbanização do mundo não ajuda a chegar mais perto para conhecer a realidade. Certamente a natureza está sempre muito longe da atmosfera da cidade. A população humana mundial, com sua pobreza, ignorância, condicionamentos e autocentralização, é a 'realidade' que mantém os ambiciosos e gananciosos na luta, juntamente com a crueldade, ansiedade a assim por diante, que alimentam as regras artificiais dessa disputa.
Quanto mais intenso for o jogo, menos a pessoa vê a feiura da sociedade e a beleza da criação. A beleza das florestas e dos lagos, insetos e pássaros não é percebida por tais pessoas em virtude de suas próprias metas e ocupações. Suas ocupações e ideias confundem suas mentes assim como as nuvens pesadas escondem e bloqueiam a luz do sol. Como vamos penetrar e nos elevar acima do mundo de maya?
A própria palavra maya, muitas vezes traduzida por 'ilusão', faz-nos pensar no que é sensato e verdadeiro. Talvez seja por isso que o homem questione tudo o que vê. Mas o que é verdade? Significa que temos que ver o que é lógico, razoável. A verdade é o que realmente existe, e não o que um milhão ou até dez milhões de pessoas pensam que não existe. Temos, assim, que descobrir o que é sensato, embora tudo que façamos seja parte do mundo que existe. Mas tudo isto é maya, transitoriamente parte de um mundo fugaz."
(Radha Burnier - Maya em toda parte - Revista Theosophia, Ano 102, Julho/Agosto/Setembro 2013 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 8/9)