OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 11 de março de 2016

DESAPEGUE-SE DOS SENTIDOS

"Mesmo se você não tiver firme fé em Deus ou em qualquer Nome ou Forma particulares que expressem o Imanente Poder, comece pelo controle das imposições da mente, dos impulsos do ego e das atrações e das algemas sensuais. Seja útil aos outros. Assim, depois, sua própria consciência o julgará e o manterá feliz e contente, embora os outros não lhe sejam agradecidos. A vida é um firme caminhar para a meta; não um insignificante campo de concentração ou, ao contrário, uma estúpida forma de piquenique. Seja paciente. Seja humilde. Não arrisque conclusões (apressadas) sobre os outros e sobre os motivos deles.

Desapegue-se dos sentidos; somente então pode seu Atma fulgurar. Não digo que os deva destruir. A mente (no entanto) deve ser desatrelada de seus colegas - os sentidos. Deve ela manter-se leal a seu verdadeiro senhor - o intelecto ou buddhi. Quero, com isso, dizer que você deve separar o grão que está dentro do farelo, através do exercício do discernimento (viveka), e depois então firmar seu desejo sobre aquilo que restou e nutre, isto é, o grão."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 141/142)


quinta-feira, 10 de março de 2016

BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS

"Para muitas pessoas, convém primeiro alcançar a prosperidade e depois pensar em Deus. Para você, no entanto, Deus deve vir antes. Quem fez o grande contato com Ele terá a prosperidade do universo a seus pés. Nunca se esqueça de que Deus é o seu provedor.

Não importa quais sejam as suas falhas, estará sempre com Deus caso dirija para Ele, para o Silêncio, toda a sua consciência. E alcançará sempre a felicidade espiritual se desempenhar alegremente os deveres da vida, sem jamais permitir que coisa alguma o abale.

Você vive pelo poder direto de Deus. Suponha que Ele, de repente, altere o clima do seu país. Que lhe aconteceria? Onde haveria de encontrar o que comer? Deus é quem sustenta a vida, não se esqueça. Você a recebeu dele. Embora a existência dependa de alimento, quem o proporciona é Deus. Ele é a Causa de tudo, de modo que, se você perder contato com Deus, sofrerá. 

Os yogues aprendem que Deus nunca pode ser encontrado fora deles mesmos. Quando mergulhamos fundo em nossa alma, no templo de Deus, podemos dizer: 'Ninguém no mundo se preocupa tanto com minha saúde, prosperidade e felicidade quanto meu Pai. Ele está sempre comigo'. 

Não dependa mais dos homens para enriquecer, pois Deus é a fonte da riqueza, saúde, poder e imortalidade. O yogue diz: 'Sê livre por dentro. Aceita Deus como teu provedor e ignora a consciência da pobreza'.

A verdadeira prosperidade é alcançada quando compreendemos que Deus é o nosso provedor e que dependemos inteiramente dele. Quando adquirimos essa consciência, não nos preocupamos mais com o que acontece porque estamos no regaço imortal do Criador. Jesus não tinha dinheiro e, no entanto, era o homem mais feliz do mundo. Tinha Deus e sabia que Deus atendia a todas as suas necessidades."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Alcançar o Sucesso - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 95/96)


quarta-feira, 9 de março de 2016

PODER E BELEZA

"Nossos hábitos e tendências comportamentais profundamente enraizados estão armazenados no cérebro como padrões elétricos. Todos os hábitos, inclinações e tendências são mentais. Sempre que nossa atenção é colocada sobre os sulcos dos hábitos mentais bons ou ruins, que estão registrados no cérebro por experiências ou ações repetidas, eles automaticamente se manifestam em atividade mental e muscular. Pensamos em algo, seguimos uma trilha de pensamentos e sucumbimos ao fazer algo que não desejávamos.

Os sentidos e a mente são as portas pelas quais o conhecimento se infiltra na consciência. O conhecimento é filtrado pelos nervos sensoriais e interpretado pela mente. O cérebro organiza as impressões dos sentidos e envia mensagens através dos nervos motores. Mas existe um outro aspecto da mente, que é o sentimento, uma expressão da intuição que nos dá a capacidade de discernir entre certo e errado, para evitar os erros a que estamos propensos. A maneira mais segura de escapar ao karma é liberar a expressão da intuição por meio da meditação, que levará ao harmonioso equilíbrio entre razão e sentimento.

Aquilo que se acumula permanece inalterado, e não perece com a morte, é o desejo latente, a semente do desejo, as impressões do desejo na consciência. Essas sementes de desejo são mais instigantes do que os desejos recentes, já que estão profundamente enraizadas no subconsciente, prontas para surgir subitamente com demandas que na maioria das vezes são irracionais, frustrantes e causadoras de sofrimento. Enquanto não houver um fim para o desejo, não haverá um fim para o karma.

A miséria humana não é totalmente física, e é improvável que a abundância resolva os problemas do homem. Enquanto houver seres humanos arrogantes, preguiçosos, irresponsáveis, invejosos, cruéis, vingativos, possessivos, intolerantes, egoístas, mesquinhos, hipócritas e assim por diante, vamos infligir miséria a nós mesmos e aos outros, independentemente de termos todos os luxos que quisermos. O mundo externo jamais será perfeito até que tenhamos tornado perfeito nosso mundo interior.

Um dia, este triste mundo finalmente se tornará o que deve ser: um lugar luminoso, cheio de homens e mulheres que tomaram conhecimento de seus defeitos e aprenderam a transformá-los em algo luminoso e belo. Faz parte do plano de Deus elevar toda a criação para fazê-la evoluir e desabrochar sua natureza espiritual, de verdade, poder e beleza."

(Vinai Vohora - A lei do karma - Revista Sophia, Ano 12, nª 51 - p. 12/13)

terça-feira, 8 de março de 2016

O SENTIDO DO PERDÃO (PARTE FINAL)

"(...) O autotormento do ressentimento pode acabar. Podemos acordar a qualquer momento. Podemos começar a conhecer a nós mesmos, e através de autoconhecimento e do esforço projetado, deixar algumas dessas armadilhas para trás.

Estamos tentando trilhar o caminho espiritual e desenvolver nossos poderes latentes. Um desses poderes é o perdão. Os poderes que H. P. Blavatsky nos encorajou a desenvolver são os do espírito, que nos aproximam dos mestres instrutores da humanidade, que nos aproximam de nossas verdadeiras naturezas, do espírito uno. O perdão é uma disciplina importante no desenvolvimento desses poderes espirituais. Ele nos liberta de sérios constrangimentos e ressentimentos, disponibiliza recursos internos para um trabalho mais elevado e nos inicia em um nível de vida superior. Nós podemos trabalhar para formar um núcleo da fraternidade universal da humanidade e aprender a perdoar os outros em nossos encontros diários. 

No livro Cartas dos Mahatmas a A.P. Sinnett (Ed. Teosófica), o Mahatma K.H. estimula seus correspondentes a se colocar além do autofoco, a abrir mão do passado e se mover com esperança para o futuro. Essa é a essência do perdão.

'Acautelai-vos então de um espírito não caritativo, pois ele poderá elevar-se como um lobo faminto em vossa caminho e devorar as melhores qualidades de vossa natureza, que estão brotando para a vida. Ampliai em vez de estreitar vossas afinidades; tentai identificar-vos com vosso próximo em vez de contrair vosso círculo de afinidades', disse o Mahatma.

Se tivermos algum ressentimento ou animosidade com relação ao próximo, então o momento presente é verdadeiramente uma oportunidade de abrir mão e crescer em nossa humanidade. A vida, o grande iniciador, está sinalizando: vamos em frente!"   

(Betty Bland - O sentido do perdão - Revista Sophia, Ano 12, nª 51 - p. 8/9)


segunda-feira, 7 de março de 2016

O SENTIDO DO PERDÃO (1ª PARTE)

"Há muito tempo, numa aldeia remota, os homens puseram-se a caçar macacos. Como esses animais são criaturas muito inteligentes, era preciso ser criativo. Num coco, os homens fizeram um buraco e ali inseriram uma banana; depois, amarraram o coco a uma árvore. Logo um macaquinho surgiu, farejou a banana e enfiou a mão para pegá-la. Nesse momento, ficou preso num dilema. Não podia retirar a mão enquanto segurava a banana. Poderia largar a banana e escapar, mas não queria perder a fruta. Portanto, estava numa armadilha.

Somos como aquele macaco quando não queremos abrir mão de nossos ressentimentos em relação a outras pessoas. Nossos pensamentos não abrem mão do passado; assim, caímos numa armadilha, tocando um disco quebrado no fundo de nossas mentes. Quem quer que nos tenha ofendido está livre, mas nós não; estamos presos à dor e ao ressentimento até aprender a abrir mão e perdoar. Talvez algum dia sejamos mais espertos que os macacos. 

O perdão parece uma coisa simples. É claro, eu posso perdoar - se quiser. E posso simplesmente não querer. É exatamente essa a questão: ficamos presos por nossos sentimentos. A maioria de nós aprendeu a deixar passar muitas pequenas infrações, exercendo com facilidade o perdão para viver em harmonia com outros. O problema surge quando não conseguimos abrir mão e não perdoamos uma ofensa, grande ou pequena, intencional ou não. Então emperramos numa situação da qual não conseguimos nos libertar, e culpamos a outra pessoa por estarmos emperrados. 

Perdoar é abrir mão do nosso apego a uma situação. É o ato último do altruísmo - ir além da nossa personalidade ferida. Perdoar é na realidade um dos grandes processos iniciatórias da tradição cristã. Jesus foi capaz de caminhar por sua trágica perseguição sem oscilar em sua conexão com Deus, sem se apegar ao ressentimento, deixando o plano físico com o perdão nos lábios. Será que ele teria sido lembrado como um grande instrutor se tivesse morrido amaldiçoando seus detratores? Certamente que não. Sua habilidade para perdoar foi um grande passo em sua iniciação. (...)"

(Betty Bland - O sentido do perdão - Revista Sophia, Ano 12, nª 51 - p. 8)