OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A CORRETA OBSERVÂNCIA DO NATAL

"O que significa comemorar o sagrado nascimento de Cristo num determinado dia? Não é só a oportunidade de trocar presentes e participar de festividades. A finalidade especial e distinta é reavivar no pensamento a inspiração das qualidades perfeitas de Jesus. Quando você segura uma fotografia à sua frente, a imagem o faz lembrar-se das características mais marcantes daquela pessoa; portanto, quando observado corretamente, esse é um dia para recordar.

É triste quando as pessoas esquecem o propósito do Natal. Milhões pensam apenas no lado material desta época sagrada. Não faremos parte desse grupo. Amanhã teremos nosso dia de meditação. Das dez da manhã às seis da tarde meditaremos em Cristo. Nosso objetivo é sentir a presença e a consciência dele. Cristo permanece um desconhecido entre os homens, que continuam a manter fechados os portões da devoção, aferrolhados pelos desejos materiais. Assim ele não pode entrar. Quando os portões se abrirem com amor por Cristo, ele virá. Quero que todos levem a sério a comemoração espiritual do Natal. Nosso objetivo é trazer Cristo à nossa consciência - nada menos do que isto."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a autorrealização - Self-Realization Fellowship - p.169)


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

CONVIDE A CONSCIÊNCIA CRÍSTICA A ENTRAR

"'Pai Celestial, abençoa-nos nesta manhã com a consciência de Jesus, para que nós também possamos sentir Tua presença universal como a Consciência Crística presente em cada poro e átomo do espaço. Ó Pai, nós Te agradecemos por enviar Teu grande filho na forma de Jesus, uma luz resplandecente, um farol para guiar o mundo no caminho da espiritualidade. Nós reverenciamos o Cristo Jesus. Que o guardemos para todo o sempre no altar do nosso coração. Que seu espírito se manifeste em nós.

'Invocamos o espírito de Jesus, a onipresente Consciência Crística, para que desça à nossa consciência e nos conceda a percepção do Infinito. Que este Cristo Infinito, no berço do espaço, nas flores, em todos os seres e em nosso coração - em tudo -, se manifeste a nós para todo o sempre Om. Om. Om.'

Incendeie o seu coração com o fogo da devoção para que a luz de Cristo resplandeça em você. Pureza, paz felicidade além de todos os sonhos, reluzem e dançam em sua alma. Que a paz interior se integre à infinita e transcendente paz exterior. Você está mergulhado nesta luz eterna. Seu ser inteiro está repleto do fulgor onipresente e abençoado de Cristo. Além do corpo e da respiração, você é esta luz sempre-viva da paz e da alegria de Cristo. 

Esta é a manhã abençoada que está tão próxima das comemorações festivas e espirituais do nascimento de Jesus.¹ Para homenagear seu nascimento, não pensem em Cristo como alguém limitado ao corpo de um bebê indefeso. O Espírito de Cristo nasceu na Terra no veículo físico do menino Jesus; em sua consciência estava o Deus onipresente. Por trás do cérebro do bebê estava a sabedoria do Espírito. De que outro modo poderia ele, quando pequeno, surpreender sábios e acadêmicos com suas precoces palavras? O espírito de Deus se encarna quando nascem as grandes almas; mesmo assim, esses seres têm de representar o drama da infância, da juventude e de todas as outras fases da vida e da morte. Mas devemos recordar que atrás da consciência mortal desses seres está a Consciência Crística imutável, o reflexo sempre-puro do Espírito - que os sábios da Índia denominam Kutastha Chaitanya ou Consciência de Krishna. Esse conceito de Jesus pouquíssimas pessoas têm. Se você realmente conhecer Cristo, saberá como trazer o espírito universal dele à sua própria consciência."

¹ Há muitos anos Paramahansaji iniciou o costume de celebrar o nascimento de Cristo com uma meditação longa um ou dois dias antes do Natal. A meditação durava o dia inteiro e era seguida pela tradicional celebração destiva de 25 de dezembro.

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a autorrealização - Self-Realization Fellowship - p.168/169)


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

DISCERNIMENTO

"Tenho tido pena de milhares de pessoas que facilmente passaram a acreditar em 'falsos mestres' em 'sacerdotes ou santos de coisa nenhuma', em 'fraternidades ocultistas', em 'esdrúxulas terapias', em 'multinacionais de meditação e libertação', em 'novas arcas de Noé'.

Lembro-me de um adágio que diz: 'Triste dos espertalhões se não existissem os tolos, que neles acreditam e compram suas intrujices.'

Hoje, com a eficiência mágica dos processos de persuasão, os charlatães têm muito maior facilidade para iludir e manipular, e os tolos estão muito mais expostos e ameaçados.

Para o seu bem, para preservar sua felicidade, para continuar livre e disponível para Deus, ligue um 'desconfiômetro', mesmo para aqueles que falam de Deus e estão empolgando multidões incautas.

Acautele-se, para não cair no 'conto da nova salvação'.

'Por seus frutos os conhecereis.' "

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 200)


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

GROSSERIA

"Palavras grosseiras são assassinos impiedosos das amizades antigas e da harmonia dos lares. Tire-as de seus lábios para sempre e deixe sua vida familiar livre de tribulações. Palavras doces e sinceras são néctar para almas sedentas. 

Faça-se sedutor envergando o traje elegante da linguagem genuinamente cortês. Em primeiro lugar, seja bem-educado com seus parentes próximos. Quem age assim normalmente é gentil com todas as pessoas. A verdadeira felicidade doméstica tem por base o altar da compreensão e das frases polidas.

Para ser gentil, não é necessário concordar com tudo; mas, se não concordar, permaneça calmo e cortês. É fraqueza humana ceder à cólera e à irritação; é força divina conseguir refrear os cavalos selvagens do temperamento e da fala. Não importa qual seja a provocação, contenha-se e, apelando para a calma do silêncio ou para a gentileza autêntica das palavras, mostre que seu cavalheirismo é mais forte que o destempero do agressor. Frente à luz suave de seu perdão, todo o ódio reunido de seus inimigos se dissolverá."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Espiritualidade nos Realacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 27)


domingo, 20 de dezembro de 2015

GUARDAI OS TESOUROS NO CÉU

"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões irrompem e roubam.
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não irrompem nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.

Repete aqui Jesus o que já ouvimos antes, que uma das condições mais importantes para começar a viver com êxito a vida espiritual é ter um discernimento correto - discernimento entre o eterno e o não-eterno. Quanto mais cultivamos esta faculdade, mais perdemos a nossa sede de tesouros efêmeros do mundo objetivo, e nos voltamos para os tesouros eternos e infinitos do paraíso. O filósofo Spinoza definiu assim esse discernimento espiritual:

'A julgar por seus atos, entre as coisas que os homens têm em mais alta conta estão as riquezas, a fama ou o prazer sensual. Destas, a última é acompanhada da saciedade e arrependimento; as duas outras jamais se saciam: quanto mais temos, mais desejamos; quanto ao amor da fama, induz-nos ele a orientar nossas vidas pelas opiniões alheias. Mas se uma coisa não é amada, não se levantarão disputas a seu respeito, não haverá tristeza caso ela desapareça, nem tristeza se outra pessoa a possuir; em suma, a mente não se perturbará. Estas coisas todas brotam do amor por aquilo que desaparece. Entretanto, o amor por algo eterno e infinito enche a mente toda de alegria e está imune de qualquer tristeza.'

A finalidade da vida, nas palavras dos Upanishads, é 'alcançar a bem-aventurança permanente em meio aos prazeres fugazes da vida'. E essa bem-aventurança permanente é a bem-aventurança de Deus. Absorver-se na consciência de Deus é entrar em seu reino.

Muitos de nós compreendemos intelectualmente que a finalidade da vida é a percepção de Deus, e que os prazeres mundanos existem apenas por um instante. No entanto, nossos corações não correspondem, porque adquirimos o hábito de achar prazer nos objetos sensíveis. Precisamos, então, criar o hábito novo de encontrar alegria em Deus. O Irmão Lawrence disse: 'Para conhecer Deus precisamos pensar nEle com frequência; e, chegando a amá-Lo, passaremos a pensar nEle constantemente: pois o nosso coração estará com o nosso tesouro.'

Em outros termos, uma vez que tenhamos decidido que desejamos tesouros no céu, e não um tesouro na terra, precisamos aprender a unir nossos corações a Deus. Não importa quão frequentemente mostremos fraqueza e esqueçamos de praticar o recolhimento: haveremos de atingir finalmente o objetivo, na medida em que continuarmos a tentar. Uma criancinha tenta andar: quem a vê caindo a toda hora acha impossível que ela ainda o consiga. Mas ela se levanta, a cada tombo, porque o desejo dentro dela é muito forte; e, por fim, ela consegue caminhar em pé, sem tropeçar. De modo semelhante, não haverá fracasso na vida espiritual enquanto não desistirmos de lutar. E não haveremos jamais de desistir dela se estivermos firmemente convencidos no coração e na mente de que Deus é o nosso único tesouro."

(Swami PrabhavanandaO Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo, 2007 - p. 108/109)