OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 17 de novembro de 2015

AS 4 LEIS DO CÓDIGO DE DEUS (PARTE FINAL)

"A quarta Lei Básica de Deus chama-se Lei de Antakharana, ou seja, Lei da Tramitação ou Lei da Ponte. Tudo que chega ou sai de nós o faz por um veículo que passa por uma ponte. É a Lei da Tramitação, um meio de comunicação, um caminho, uma estrada, uma carta, um anúncio, um telefonema, uma comunicação verbal, um livro. Tudo que de nós sai passa por uma ponte, por um caminho, por uma estrada, seja de viva voz ou por um veículo de comunicação, como uma carta, um anúncio, um livro. Ponte, via de comunicação; Carta, conteúdo de comunicação. É a Lei que usa os sentidos e d'Eles se aproveita para atingir seus objetivos. Ela dá o direito de avaliar a maneira como recebeu a mensagem, ouviu, viu ou leu. Dá a cada um o direito de dizer, falar ou escrever a sua maneira. O céu está cheio de nuvens negras é um anúncio e mensagem de Antakharana de que vem mau tempo. O veículo foi o Céu, a mensagem foram as nuvens escuras. A Lei de Antakharana estabelece que a qualidade da ponte define a do veículo, do ônibus, da mídia e, implicitamente, a da resposta. Dizer algo com franqueza brutal é uma qualidade de tramitação. Dizê-lo rindo é outra coisa.

Um anúncio em cores tem, supostamente, melhor qualidade que outro em preto e branco. Isso quer dizer que o Homem, antes de falar, de se comunicar, de mandar o emissário, de escrever uma carta, de publicar um anúncio, de atravessar a ponte, enfim, será potencialmente mais bem-sucedido se adotar cuidados especiais, ensejando que o Antakharana empregado não vá lhe trazer de volta, pelo mesmo caminho, pela mesma ponte, por uma ponte lateral ou vicinal, pelo mesmo veículo, pelo mesmo princípio usado, um teor que venha em seu prejuízo, ou seja, um Antakharana pior que o inicial. A Lei de Antakharana estabelece que, por uma ponte tanto pode passar o perigo, o invasor, como o carro de mel, o cesto de flores, a carga de alimento ou o pote de fel. A ponte é o meio onde os veículos de todas as naturezas passam para chegar ao seu destino. Uma vez iniciada a travessia da ponte, ela tem de ser terminada; não haverá pior solução do que ficar ou parar no meio. Se isso ocorrer, a magia de Antakharana faz com que a ponte se encolha tal no exato lugar onde o Homem parou. O princípio da Tramitação não deve ser interrompido porque, se isso ocorrer, simplesmente não existiu, o que é óbvio. O Antakharana virtual é o Jornal que circula, a televisão que mostra, a estação de rádio que transmite, a ponte sobre o rio, o sorriso brejeiro de uma mulher bonita, a carta simpática de um homem de negócios, a arrogância de um balconista. Como toda ponte, o Antakharana é constituído de qualidade e quantidade. Tem, pois, peso e feição. Encerra em si mesmo os princípios básicos da comunicação - ética/lógica/estética - em proporções e formas que compete ao condutor que atravessa o Antakharana estabelecer, podendo cada um desses princípios transformar-se ou não em antagônicos. Justamente por força dessa qualidade e dessa quantidade podem chegar à ética, ao ilógico e ao antiestético. (...)

São quatro, portanto, as Leis do Código de Deus que regulamentam o Código de Comportamento do Homem na sua existência em seu habitat, a Terra. Essas Leis, apenas quatro, abrangem todas as situações relacionadas com o comportamento do Homem, com seu padrão de atitude, com seus atos, ações e reações. Seja qual for a posição ou a situação que se apresente na face da Terra, ela estará invariavelmente implícita numa ou mais dessas Leis de Deus."      

(Sagy H. Yunna - Um Iogue na Senda de Brian Weiss - WB Editores, São Paulo - p. 35/36)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

AS 4 LEIS DO CÓDIGO DE DEUS (3ª PARTE)

"A terceira Lei Básica de Deus é a Lei de Ahankara ou Lei da Contraposição. Essa Lei Básica de Deus não surgiu com o Homem. Ela sempre existiu, aplicada ao princípio natural de Deus Primordial, mas foi com o advento do Homem e a aplicação ao seu comportamento que ela ganhou Universalidade. Na primeira versão, a velha árvore da floresta era contestada pelo meio em que se situava, pois já não produzia frutos, não oferecia sombras. O solo em que estava começou a se contrapor - Lei de Ahankara - tornando-se ácido. Os micro-organismos tentaram destruí-la, até que ela tombou e foi totalmente devorada pelas criaturinhas do chão e do húmus. Ao apodrecer, transformou-se em mais húmus para servir de alimento às futuras plantas que ali medrassem. Em seu lugar surgiram árvores novas, produtoras, úteis. Aplicou-se, assim, no princípio natural, o lado positivo da Lei de Ahankara. Destruir para construir melhor. Se contrapor para não estagnar e portanto melhorar. Constrói-se um prédio novo, após termos derrubado um velho. Anula-se uma velha lei humana já sem aplicação e em seu lugar edita-se uma nova e moderna para facilitar o progresso. 

A Lei de Ahankara é a responsável pelo movimento pendular. O pêndulo da existência terá que continuar, pois se cessar a vida se acaba. Voltaríamos àquele estado anterior à grande explosão. Só a Lei de Ahankara consegue manter o meio social em constante progresso, pois com ela não existe acomodação. Não existe aceitação em primeira mão. A lei da Ahankara seria o princípio social da esquerda política sem que a direita política venha a significar razão, pois a direita também obedece a Lei de Ahankara. A Lei de Ahankara é a explosão que se manifesta pela mistura inadequada de partículas químicas antagônicas. A Lei de Ahankara é o galho que se quebra sob o peso de quem não devia lá estar. É a Lei do inconformismo. É a Lei do movimento incansável. É a Lei do querer sempre mais. É a Lei que catalisa os fatores que promove o Progresso. É a Lei que agasalha o mal para este se contrapor ao Bem. É a Lei que se faz de Diabo para os desprovidos do Conhecimento. É a Lei que promove a guerra e esta colabora no equilíbrio populacional. (...)

Foi pelo impulso ocasionado por essa Lei Divina que os governantes resolveram criar as Constituições de suas pátrias, as mesmas contra as quais Jesus Cristo se rebelou por se revestirem de injustas normas do judaísmo e por isso se valeu de sua missão messiânica, reformadora. E os governantes se deram conta de que as Constituições seriam, por natureza e estrutura, o lado inflexível das disposições que se desejam rígidas para nortear o estabelecimento de seu Poder Ahanakara, portanto de feições eterna ou quase eternas.

E, após o exemplo de Cristo, o mundo praticamente se calou diante do império da Vontade pessoal, do interesse dos congressistas, como os do mundo moderno. Estes não sabem ou ignoram de propósito que a Constituição deve nortear o espírito das leis e aperfeiçoar a qualidade do Estado. Ignoram de propósito que as leis devem, uma vez norteadas pela Constituição, ser flexíveis e revogáveis para atender às necessidades do povo e aos objetivos da Nação. (...)"

(Sagy H. Yunna - Um Iogue na Senda de Brian Weiss - WB Editores, São Paulo - p. 34/35)


domingo, 15 de novembro de 2015

AS 4 LEIS DO CÓDIGO DE DEUS (2ª PARTE)

"A segunda Lei do Código de Deus é a Lei de Átman-Budhi ou Lei da Subordinação. É também conhecida como Lei de Manas-Budhi. Dá no mesmo. Essa Lei define a verdade de que tudo e todos se subordinam entre si ou a alguém ou a alguma coisa e que também nos subordinamos a nós mesmos. Nossa primeira subordinação e a Deus-Mahat - Deus Verdade. Se somos obedientes a Ele e a Seu Código, tudo tende a andar normalmente e sem maiores problemas. Obedecer não é temer. Obedecer é anuir com o Sistema, é aceitar a disciplina e a ordem. Somos subordinados aos pais, às plantas que fornecem alimentos, aos chefes e também a certas situações. Por sermos subordinados a Deus-Mahat - Deus Sistema, o somos automaticamente à moral, à ética, à dignidade, à Lógica, à Justiça, ao dever. Somos subordinados a quem devemos alguma coisa, seja dinheiro, coisas ou favor.

Ser  subordinado não significa estar por baixo e sim ser parte irremovível e interdependente de um Sistema que nos leva a subordinar alguém ou alguma coisa e a sermos subordinados a alguém ou alguma coisa. Somos subordinados às Leis, à Pátria e a tantas outras coisas mais. Mas não devemos esquecer que também somos subordinados a nós mesmos, ao nosso Ego, à nossa individualidade, daí termos que observar a capacidade de ser subordinados e a arte de também sabermos subordinar. Identificar os predicados dessa Lei Divina é ser acima de tudo Saptaparna? O Homem - o eleito e preferido por Fohat, a Divina Providência. É ser racional e ter consciência de que é parte irremovível do Sistema Deus Verdade. Sentir e entender a Lei de Átman-Budhi ou Lei da Subordinação é sentir que é parte irremovível do Sistema Deus Verdade. (...)"

(Sagy H. Yunna - Um Iogue na Senda de Brian Weiss - WB Editores, São Paulo - p. 33/34)

sábado, 14 de novembro de 2015

AS 4 LEIS DO CÓDIGO DE DEUS (1ª PARTE)

"Quando os rishis definiram o Código de Deus, este ficou para sempre inalterado. É tão definitivo que mesmo o Ocidente, quando d'Ele tomou conhecimento, não ousou alterá-lo. Suas 4 Leis básicas, simples e claras, nortearam e ainda norteiam todos os outros códigos. (...)

A Lei do Carma - ou Lei da Interdependência - estabelece que toda ação gera uma reação proporcional. Quem com ferro fere com ferro será ferido. Um sorriso por um sorriso. Um dente por um dente. Um olho por um olho. O Carma não é uma Lei de punição, pois Deus não pune ninguém. Ele apenas deixou suas Leis e estas leis causam a autopunição se forem infringidas. o Carma, a primeira Lei básica de Deus, estabelece que tudo chega a alguém, ou alguma coisa, com um nível de qualidade e de quantidade e sai desse alguém, ou dessa coisa, como resultado da sua chegada e da sua transformação laboratorial, também com um nível de qualidade e quantidade, e com ou sem fator agregado. Sai desse alguém para alcançar outro com uma intensidade qualitativa e quantitativa proporcional à qualidade e à quantidade de ação inicial. O 'saldo' deixado como resultado da ação e da reação é o resíduo cármico que cada um deve carregar para descarregar, curar, purgar ou simplesmente entesourar. É um saldo que tanto pode ser negativo como positivo. A Lei do Carma é como um livro caixa. Entram e saem de um lado e de outro as boas e más ações. Um balanço dessas saídas e entradas define o valor do saldo do seu Carma. Uns têm um alto saldo bom, outros, o contrário. Uns observaram a Lei do Carma, via Código do Comportamento, já outros ignoraram essa Lei Divina. A Lei do Carma mostra que nós e os outros dependemos mutuamente uns dos outros. 

No lar, no trabalho, nas forças armadas, a constância é a mesma. É a interdependência estrutural, uma lei adaptada pelos homens a partir de uma Lei Divina. É a Lei do Carma que anula os conceitos de importância emitidos pelo Homem. O limpador de ruas é tão importante quanto o Governador, pois sem aquele a cidade se afoga no lixo e o Governador será caçado pelo povo, já que o Sistema exige limpeza e não sujeira. Portanto, Governador, Povo e Limpador são interdependentes, nivelados quanto aos conceitos de importância, mas desnivelados no que se refere às responsabilidades de cada um. A arrogância é um ilícito que fere a Lei do Carma, assim como um sorriso sincero é um benefício valioso à progressão positiva dessa Lei. Não existe causa sem efeito nem efeito sem causa. É também a Lei que disciplina a Ação e fiscaliza a Reação de efeito coletivo, pois a Lei do Carma não se aplica apenas a uma pessoa, mas a um grupo, a uma empresa, a uma cidade e até a uma nação. Israel não estaria carregando um Carma Coletivo, até nossos dias, só porque em passado remoto destruiu populações inteiras, usando o nome de Deus para ocupar suas terras? Será que os palestinos, em nome dos seus ideais, não estarão formando um Carma coletivo conseguido por suas ações terroristas contra a humanidade? E o Carma Coletivo gerado pela Inquisição do Santo Ofício dos católicos que imolou pelo fogo cerca de 32 mil inocentes na Idade Média? Será que um dia a Igreja Católica também não terá que responder por esse seu débito cármico? (...)"

(Sagy H. Yunna - Um Iogue na Senda de Brian Weiss - WB Editores, São Paulo - p. 32/33)


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

NÓS MESMOS NOS PUNIMOS

"Vivendo de maneira errada, criamos um inferno físico e mental pior que aquele que as pessoas vingativas imaginam para seus desafetos após a morte. Vivendo de maneira correta, criamos dentro de nós um lugar ainda mais aprazível que o paraíso que imaginamos para nós mesmos depois de morrer.

O homem, preso à ilusão, atribui ao Deus amantíssimo um espírito rancoroso que engendra infernos e purgatórios. Deus, em sua infinita bondade, está sempre conclamando as almas a voltar a Seu eterno reino de Bem-aventurança. Mas as almas, fazendo mau uso da liberdade que o Pai lhes concedeu, afastam-se Dele e caem prisioneiras do sofrimento, punindo a si mesmas por obra de seu próprios erros.

A ideia de um paraíso eterno é verdadeira, embora os homens a concebam de maneira muito limitada. Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus e, ao término de uma longa série de encarnações - após vaguear demoradamente, movidos por desejos materiais -, encontraremos o Pai celestial à nossa espera. Seus filhos pródigos serão então abençoados com uma felicidade imorredoura e sempre renovada. Todavia, a ideia de uma danação eterna para almas feitas à imagem de Deus é insustentável; deveria ser banida de vez como fruto da mente supersticiosa do homem."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  Karma e Reencarnação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 19/20)
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