OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 18 de outubro de 2015

KARMA PASSADO

"D: Os Upanishads admitem o karma  passado no texto: 'Enquanto o karma passado não for exaurido, o sábio não pode abandonar o corpo e haverá atividades ilusórias para ele.'

M: Você não está certo. As atividades e experiências dos frutos da ação e do mundo parecem ilusórias ao praticante da Sabedoria, mas desaparecem completamente para o sábio realizado. O praticante pratica assim: 'Eu sou a testemunha; os objetos e as atividades são vistos e conhecidos por mim. Permaneço consciente e estas coisas são inanimadas. Só Brahman é real; tudo mais é irreal.' A prática termina na realização de que tudo é inanimado, consistindo de nomes e formas, e que nada pode existir no passado, no presente ou no futuro; portanto, essas coisas desaparecem. Não havendo nada a testemunhar, o ato de testemunhar acaba por fundir-se em Brahman. Agora só permanece o Ser, enquanto Brahman. Para o sábio consciente apenas do ser, só pode permanecer Brahman, e nenhum pensamento de karma ou de atividades mundanas."  

(Advaita Bodha Deepika - A Luz da Sabedoria Não Dualista - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 165/166


sábado, 17 de outubro de 2015

NÃO SE APAIXONE PELO MUNDO

"Durma dentro do mosquiteiro, e os insetos não o incomodarão. Assim, também, não deixe que os insetos de kama, krodha¹ etc. o ameacem. Guarde-se dentro da cortina do sadhana (disciplina) enquanto permanecer neste mundo. Esteja dentro do mundo, mas não permita que o mundo esteja dentro de você. Este é um sinal de discernimento (viveka).

Viva, mas viva uma vez só, e tão eficientemente que nasça a não ser uma vez.² Não se apaixone pelo mundo, tanto que a fascinação por ele exercida o arraste cada vez mais a este ilusório amálgama de prazer e pesar. Sem que você recue um pouco, escapando ao envolvimento com o mundo, devido a saber que tudo é uma peça cujo diretor é Deus, está em perigo de vir a ser muito intimamente envolvido. Use o mundo como um campo de treinamento para o sacrifício, para o serviço, para a expansão do coração e para a purificação das emoções. É este o único valor que o mundo tem."

¹ Os seis inimigos do homem são: kama (luxúria); krodha (ira, ódio); lobha (avareza, ambição); moha (apego); mada (arrogância); e matsarya (inveja ou ciúme).
² Entendo esta lição como um alerta a todos que, tendo certeza de que voltarão a encarnar, isto é, a ter outras existências/aprendizado, negligenciam o esforço evolutivo na presente vida. Mesque que acreditemos na reencarnação, é sábio vivermos como se tomássemos a atual encarnação como a única, para não mais precisarmos ser alunos na escola da vida. 

(Sathy Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 50)


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O AMOR CONQUISTA TODAS AS COISAS

"No mundo em geral, existem muitas dificuldades a serem vencidas, criadas pelas forças das trevas ou resistência e as forças de luz ou progresso, entre as quais os destinos da humanidade sempre oscilam para trás e para diante. 

Pelo fato de ser lei, somente o amor é que consegue conquistar as forças das trevas.

Podemos perceber a lei por nós mesmos, pois o homem é uma partícula na qual a onda de vida universal está centrada ou expressa.

Em nós, também, existem luz e trevas: as forças que contribuem para a unidade, para a criatividade na beleza, e para a oniabarcante felicidade, surgindo por si mesmas e irrestringíveis; também os seus opostos. 

Mas, em longo prazo, a unidade prevalece, a separatividade é destruída. Toda força enviada de nós retorna à sua origem com um ricochete infalível. Assim, aquilo que pode ser destruído pela força é destruído; mas o assassino é sempre a própria pessoa.

O amor é a única força conhecida do homem impossível de ser derrotada por qualquer ameaça, por mais terrível, ou por qualquer provação a que possa ser submetida. Em sua pureza, ele inspira ao sacrifício voluntário, convertendo-o em alegria.

Onde ele reina em perfeição, existe a bem-aventurança de uma consumação, uma integralidade, além da qual não há necessidade nem ímpeto de buscar experiência agregada. No amor existe a experiência na eternidade.

O que é verdadeiro com relação ao amor é verdadeiro com relação àquela forma temperada de amor, que é devoção, quando se rende à verdade, seja sua infinitude ou como se manifesta em um caso de encantamento humano.

Pela força do amor, o microcosmo pode ser vencido. Por esse mesmo poder, à medida que se expande, o macrocosmo é conquistado, pois é divino. Aquele que se torna mestre de si mesmo pode tornar-se mestre de um universo, (o que é um modo de falar) pois então ele não mais é ele, como se conhece, mas alguém com o poder que é o mestre do universo.

Autodomínio implica autoconhecimento e autossuficiência; e nada do mundo é autossuficiente, exceto aquele eu ou natureza que tem raízes numa condição de amor e daí floresce."

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 78/79)


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O PODER ESPIRITUAL DA PALAVRA DO HOMEM

"A palavra do homem é o Espírito no homem. Palavras são sons produzidos por vibrações de pensamentos. Pensamentos são vibrações emitidas pelo ego ou pela alma. Toda palavra que sai de nossos lábios deve estar carregada com a genuína vibração da alma. As palavras da maioria das pessoas carecem de peso porque são proferidas automaticamente e não vêm impregnadas da força da alma. Tagarelice, exagero ou falsidade enfraquecem nossas palavras. Por isso, as preces ou pedidos dessas pessoas não produzem as mudanças desejadas. Cada palavra que você disser deve representar não apenas a Verdade, mas também um pouco de sua percepção da força da alma. Sem isso, as palavras são meras aparências. 

Palavras saturadas com sinceridade, convicção, fé e intuição lembram bombas cuja vibração pode pulverizar as rochas das dificuldades e produzir a mudança desejada. Evite palavras desagradáveis, ainda que sejam verdadeiras. 

Palavras ou afirmações sinceras, repetidas com compreensão, sentimento e boa vontade, sem dúvida motivam a onipresente Força Vibratória Cósmica a nos ajudar em nossas dificuldades. Apele para essa Força com confiança infinita, deixando de lado todas as dúvidas. Se suas afirmações forem proferidas com descrença ou visando apenas aos resultados pretendidos, sua atenção se desviará do objetivo almejado. Não semeie a prece vibratória no solo da Consciência Cósmica, ficando a escavá-lo o tempo todo para ver se o resultado germinou."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 85/86


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

NÃO COLOQUE CONDIÇÕES PARA AMAR (PARTE FINAL)

"(...) O modelo do Mestre da Vida é eloquente. Ele amava tanto as pessoas que jamais as pressionava a segui-lo. Não impunha suas ideias, mas apresentava-as com clareza e encanto, deixando que elas decidissem o caminho a tomar. Fez um belo convite, não deu uma ordem: 'Quem quiser vir após mim, sigam-me', "Quem tem sede, venha a mim e beba', 'Quem de mim se alimenta jamais terá fome'. O amor respeita o livre-arbítrio, a livre decisão. 

Os que impõem condições para amar terão sempre um amor frágil. Nossa espécie viveu o flagelo das guerras e da escravidão porque ouviu falar do amor, mas pouco o conheceu. A única razão para amar é o amor. 

Os pais que exigem que seus filhos mudem de atitude para elogiá-los, acolhê-los e serem afetivos com eles dificilmente os conquistarão. Os professores que exigem que seus alunos sejam serenos e tranquilos para educá-los não os prepararão para a vida. Os que exigem das pessoas próximas que deixem de ser complicadas, tímidas ou individualistas para envolvê-las e ajudá-las não contribuirão para o seu crescimento. O mundo está cheio de pessoas críticas. As sociedades precisam de pessoas que amem. 

O amor vem primeiro, seguido dos resultados espontâneos. Exigimos muito porque amamos pouco. Jesus não impediu que Pedro o negasse e que Judas o traísse. Com sua inteligência extraordinária podia colocá-los contra a parede, pressioná-los, criticá-los, constrangê-los, mas não o fez. Deu plena liberdade para eles o deixarem. Jamais o amor foi tão sublime.

A abundância do amor transforma anônimos, paupérrimos e iletrados em príncipes, e a escassez do amor torna miseráveis reis, ricos e intelectuais. O amor compreende, perdoa, liberta, tolera, encoraja, anima, incentiva, espera, acredita." 

(Augusto Cury - O Mestre Inesquecível - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2006 - p. 141/142)