OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O PODER ESPIRITUAL DA PALAVRA DO HOMEM

"A palavra do homem é o Espírito no homem. Palavras são sons produzidos por vibrações de pensamentos. Pensamentos são vibrações emitidas pelo ego ou pela alma. Toda palavra que sai de nossos lábios deve estar carregada com a genuína vibração da alma. As palavras da maioria das pessoas carecem de peso porque são proferidas automaticamente e não vêm impregnadas da força da alma. Tagarelice, exagero ou falsidade enfraquecem nossas palavras. Por isso, as preces ou pedidos dessas pessoas não produzem as mudanças desejadas. Cada palavra que você disser deve representar não apenas a Verdade, mas também um pouco de sua percepção da força da alma. Sem isso, as palavras são meras aparências. 

Palavras saturadas com sinceridade, convicção, fé e intuição lembram bombas cuja vibração pode pulverizar as rochas das dificuldades e produzir a mudança desejada. Evite palavras desagradáveis, ainda que sejam verdadeiras. 

Palavras ou afirmações sinceras, repetidas com compreensão, sentimento e boa vontade, sem dúvida motivam a onipresente Força Vibratória Cósmica a nos ajudar em nossas dificuldades. Apele para essa Força com confiança infinita, deixando de lado todas as dúvidas. Se suas afirmações forem proferidas com descrença ou visando apenas aos resultados pretendidos, sua atenção se desviará do objetivo almejado. Não semeie a prece vibratória no solo da Consciência Cósmica, ficando a escavá-lo o tempo todo para ver se o resultado germinou."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 85/86


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

NÃO COLOQUE CONDIÇÕES PARA AMAR (PARTE FINAL)

"(...) O modelo do Mestre da Vida é eloquente. Ele amava tanto as pessoas que jamais as pressionava a segui-lo. Não impunha suas ideias, mas apresentava-as com clareza e encanto, deixando que elas decidissem o caminho a tomar. Fez um belo convite, não deu uma ordem: 'Quem quiser vir após mim, sigam-me', "Quem tem sede, venha a mim e beba', 'Quem de mim se alimenta jamais terá fome'. O amor respeita o livre-arbítrio, a livre decisão. 

Os que impõem condições para amar terão sempre um amor frágil. Nossa espécie viveu o flagelo das guerras e da escravidão porque ouviu falar do amor, mas pouco o conheceu. A única razão para amar é o amor. 

Os pais que exigem que seus filhos mudem de atitude para elogiá-los, acolhê-los e serem afetivos com eles dificilmente os conquistarão. Os professores que exigem que seus alunos sejam serenos e tranquilos para educá-los não os prepararão para a vida. Os que exigem das pessoas próximas que deixem de ser complicadas, tímidas ou individualistas para envolvê-las e ajudá-las não contribuirão para o seu crescimento. O mundo está cheio de pessoas críticas. As sociedades precisam de pessoas que amem. 

O amor vem primeiro, seguido dos resultados espontâneos. Exigimos muito porque amamos pouco. Jesus não impediu que Pedro o negasse e que Judas o traísse. Com sua inteligência extraordinária podia colocá-los contra a parede, pressioná-los, criticá-los, constrangê-los, mas não o fez. Deu plena liberdade para eles o deixarem. Jamais o amor foi tão sublime.

A abundância do amor transforma anônimos, paupérrimos e iletrados em príncipes, e a escassez do amor torna miseráveis reis, ricos e intelectuais. O amor compreende, perdoa, liberta, tolera, encoraja, anima, incentiva, espera, acredita." 

(Augusto Cury - O Mestre Inesquecível - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2006 - p. 141/142)


terça-feira, 13 de outubro de 2015

NÃO COLOQUE CONDIÇÕES PARA AMAR (1ª PARTE)

"Precisamos nos apaixonar pela espécie humana, como o Mestre da Vida. Devemos ficar fascinados com as reações de um mendigo, com as alucinações de um paciente psicótico, com as peraltices de uma criança, com as reflexões dos idosos. Cada ser humano é uma caixa de segredos. Cada ser humano merece o Oscar e o Prêmio Nobel pela vida misteriosa que pulsa dentro de si. 

Ao analisar a personalidade de Jesus, mais uma vez me convenci de que a unanimidade é estúpida. A beleza reside em amar as diferenças, em não exigir que os outros sejam iguais a nós para que possamos amá-los. Jesus foi afetuoso com Judas no ato da traição e acolheu Pedro no ato da negação. Ele os amou, apesar das suas diferenças. Se amou pessoas que o decepcionaram tanto, foi para mostrar que não devemos exigir condições para amar. 

O exemplo do mestre me levou a amar pessoas tão diferentes de mim! Pessoas que possuem pontos de vista diferentes do meu, que adotam práticas das quais não participo. Apesar de discordar das crenças e convicções das pessoas, você deve preservar seu amor por elas e respeitar sua lógica, inteligência, verdades, pontos de vista, e não simplesmente descartá-las. 

Se Jesus perdoou seus carrascos quando todas as suas células morriam, quem somos nós para exigir, em nosso conforto egoísta, que pessoas que pensam diferentemente de nós mudem para que possamos amá-las? Não apenas os cristãos deveriam amar outros cristãos de religiões distintas, mas, se realmente viverem o que Jesus viveu, amarão, com intensidade, budistas, islamitas, bramanistas e ateus. (...)"

(Augusto Cury - O Mestre Inesquecível - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2006 - p. 141)


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

EMPOLGUEM-SE COM DEUS

"Indolência e falta de objetividade: evite esses dois grandes obstáculos no caminho espiritual. Com o passar dos anos, costumamos esquecer o objetivo fundamental por que abraçamos a vida espiritual. Ficamos presos aos nossos hábitos devocionais, seguindo formas exteriores, esquecendo-nos, porém, de manter viva a ardente chama interior do desejo por Deus. De bom grado envolvemo-nos em muitas outras atividades, e no entanto ficamos com preguiça de usar corretamente nosso tempo livre: para buscarmos profundamente o Divino.

Você está apenas racionalizando quando argumenta: 'Bem, se as condições tivessem sido diferentes, se eu tivesse sido tratado com mais compreensão, se tais coisas não tivessem acontecido, hoje estaria mais próximo de Deus'. Com esse raciocínio você perde a objetividade. Se não encontra Deus, a falha não está em qualquer condição externa ou em outro indivíduo, mas em você mesmo. Em última análise, nenhuma pessoa ou condição poderá nos impedir de conhecer Deus se nos empenharmos sempre em nos livrar da preguiça, da indiferença e da falta de objetividade. Intimamente, entusiasme-se pelo Amado Divino. E se não sentir isso, culpe só a si mesmo.

Quando vim para Mt. Washington, havia muitos problemas a enfrentar, comigo e com os que me rodeavam. Fiquei desanimada ao descobrir que, mesmo no ashram, eu não conseguia fugir dessas dificuldades. Porém havia dentro de mim um fervoroso entusiasmo por conhecer a Deus. Eu tinha grandes sonhos de encontrá-Lo nesta vida. Desse modo, analisei: 'Pode qualquer condição, ambiente ou indivíduo enfraquecer seu ardente desejo por Deus? Se é assim, então você realmente não O deseja muito.' E com esse pensamento na mente comecei, decidida, a dirigir de maneira correta os meus próprios passos no caminho.

É uma tragédia quando as pessoas caem de tal modo na rotina que aparentemente levam uma vida espiritual, deixando porém a indiferença extinguir o fogo devocional por Deus. O devoto deve começar a corrigir tal condição agora, mantendo a mente no Divino noite e dia: Deus primeiro, Deus por último, Deus o tempo todo."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 256/257)


domingo, 11 de outubro de 2015

SÊ SENHOR DOS TEUS NERVOS!

"(...) É estranho! não há nada que tão radicalmente desarme o nosso adversário como pedir-lhe um favor ou reconhecer a sua superioridade.

Se dou um empurrão involuntário a um vizinho, ou lhe piso num pé, ele me olha furioso, e enquanto me calo o esbarro parece significar: Eu tenho o direito de fazer isto, porque eu sou superior e tu és inferior! Mas no momento em que profiro a palavrinha mágica 'desculpe!' tudo mudou, os céus se desanuviam, porque desde esse momento o objeto do esbarro se sente superior ao sujeito do mesmo, porquanto este, pelo fato de dizer 'desculpe', confessa a sua condição de devedor, conferindo ao outro as honras de credor. É que o nosso querido e inveterado egoísmo se compraz deliciosamente na consciência da sua superioridade. E, estranhamente! quase todos os homens preferem ser inferiores no plano moral do que na zona intelectual; dizer a alguém que é 'mau' é ofensa, mas dizer-lhe que é 'bobo' é ofensa muito maior.

Pedir desculpas ou pedir um favor a alguém é admitir a própria inferioridade ou condição de devedor, e reconhecer no outro superioridade ou condição de credor. Fazer bem aos que nos fazem mal, não é apenas um preceito ético, é também um postulado profundamente psicológico, porque o positivo neutraliza seguramente o negativo e despoja das armas qualquer adversário armado.

Entretanto, toda essa estratégia supõe um grande domínio sobre os nervos, um perfeito controle das emoções instintivas. E esse perfeito controle e domínio nasce do conhecimento experiencial da verdade sobre nosso verdadeiro Eu. Enquanto confundo o meu pequeno ego personal, físico-mental, com o meu grande Eu espiritual, o meu Cristo interno, serei incapaz de manter essa calma e serenidade em face duma suposta ofensa. Digo 'suposta', porque ninguém pode ofender-me realmente, isto é, a 'mim', ao meu verdadeiro 'Eu', uma vez que este se acha para além do alcance de qualquer agressão, ofensa ou vulneração de fora; só pode ser ofendido e vulnerado de dentro, por mim mesmo, e só por mim. O mal que os outros me fazem, ou parecem fazer, não me faz mal, porque não me faz mau; e, antes de fazer, ou parecer fazer mal aos outros, já fez um mal real a mim mesmo. 'O que entra pela boca não torna o homem impuro, mas sim o que sai da boca' (Jesus). O mal que eu sofro como objeto não me atinge na íntima essência do meu ser; mas o mal que eu faço como sujeito, isto sim me atinge e vulnera, porque é produto meu.

Ninguém pode ofender o Eu, mas tão somente o que é meu. Quando Gandhi, pelo fim da sua vida repleta de injustiças, foi interrogado se havia perdoado a todos os seus inimigos, respondeu calmamente: 'Não, porque nunca ninguém me ofendeu.' Como iniciado na suprema verdade sobre si mesmo, sabia o Mahatma que nenhuma das numerosas ofensas recebidas tinha atingido o seu verdadeiro Eu, a sua alma o seu Cristo interno. 'Conhecereis a verdade - e a verdade vos libertará.' (Jesus)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 141/143