OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 8 de agosto de 2015

O DIVINO ESTÁ DENTRO DE NÓS

"Conta uma antiga história que no topo de uma montanha havia um belo mosteiro, onde o abade e os monges estavam muito preocupados. Os velhos monges estavam ficando cada vez mais velhos e morrendo. Não havia noviços atraídos pela vida contemplativa. O mosteiro poderia se extinguir e cair em ruínas.

O abade decidiu consultar um sábio rabino que morava um pouco mais abaixo na montanha. Quando o rabino soube do problema, sorriu e disse: 'Não se preocupe. Tudo estará bem, porque o Messias está entre vocês. Sussurre esse segredo no ouvido de cada um de seus monges.'

O abade agradeceu o rabino, retornou ao mosteiro e fez o que foi aconselhado. Gradualmente, a relação entre os monges mudou. Cada um deles pensava: 'Quem será o Messias? Talvez seja o irmão Tiago, de quem eu não gosto, ou o irmão João, com quem fui grosseiro outro dia... Ou talvez eu seja o Messias, então tenho de me comportar melhor.' Desse modo, eles começaram a se ver sob uma nova luz e a se tratar com novo respeito e afeição. Uma atmosfera completamente nova passou a reinar, uma atmosfera de amor que resultou em paz e harmonia.

Como de costume, visitantes ocasionais apareciam: turistas, montanhistas, andarilhos, mochileiros, muitas pessoas jovens. Muitos notaram a maravilhosa atmosfera do lugar. Elas voltavam para casa e contavam a seus amigos; alguns deles se interessaram pela vida monástica e juntaram-se ao mosteiro.

Isso não é um conto de fadas, pois o Messias está realmente em cada um de nós. O ser mais recôndito de toda criatura viva é divino. O livro Aos Pés do Mestre [Ed. Teosófica] diz: 'Aprenda a distinguir o Deus em todos e em tudo, não importa o quão nocivo possa parecer na superfície. Você pode ajudar seu irmão através daquilo que tem em comum com ele, que é a vida divina. aprenda como despertar essa vida nele, aprenda a apelar a essa vida nele, e assim você o ajudará.'"

(Mary Anderson - O divino está dentro de nós - Revista Sophia, Ano 13, nº 56 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10/11)


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

EVITE OS LADRÕES DA FELICIDADE

"O mal é a ausência da alegria autêntica. É o que o torna um mal,obviamente. Do contrário, diria você que o tigre perpetra uma má ação ao devorar sua presa? Matar é a natureza do tigre, a ele dada por Deus. As leis da natureza são impessoais. 

Observa-se o mal quando a pessoa revela potencial para obter a alegria interior. Tudo o que nos separa desse estado divino de existência nos prejudica porque desvia nossa visão daquilo que realmente somos e daquilo que de fato queremos na vida.

Daí as prescrições religiosas contra a luxúria e o orgulho, por exemplo. Os mandamentos são para o bem do homem, não para a satisfação do Senhor! Constituem advertências, para os incautos, de que embora certas atitudes e atos possam de início parecer satisfatórios, o final do caminho será para eles, não a felicidade, mas o sofrimento.

As pessoas que buscam a felicidade devem evitar a influência dos maus hábitos que levam às más ações. Estas geram desgraça cedo ou tarde. A repetição de uns poucos atos de fraqueza nos acostuma a ser fracos. Muitas pessoas permitem que hábitos de fraqueza ou fracasso, por elas mesmas criados, as escravizem. Você poderá evitar isso caso se tenha condicionado mentalmente a viver de maneira diversa; entretanto, a resolução de combater os maus hábitos deve persistir até a vitória final.

O que você fez de si mesmo no passado é o que é agora. Foi você quem, pelos traços invisíveis e secretos de ações passadas, passou a controlar as ações presentes.

Foi você quem, pela lei de causa e efeito que governa todos os atos, determinou sua punição ou recompensa. Sem dúvida nenhuma, já sofre o bastante. É hora de escapar da prisão de seus antigos hábitos indesejáveis. Uma vez que está desempenhando o papel de juiz, as grades do sofrimento, da pobreza ou da ignorância não poderão retê-lo se estiver pronto a libertar-se."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como ser feliz o tempo todo - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 35/36)
www.editorapensamento.com.br


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

OS TIPOS DE NERVOSOS (PARTE FINAL)

"(...) Os psiquiatras vêm tratando seus pacientes com psicotrópicos, medicamentos (fármacos), que atuam sobre os nervos e sobre a mente. Aos abatidos prescrevem drogas, que produzam psicoanalepsia e neuroanalepsia, isto é, estimulantes da atividade mental (psicotônicos) e são neuroenergizantes ou antidepressivos e, assim, rajasificam os tamásicos. Aos agitados, ao contrário, tratam de levá-los à psicolepsia e nerolepsia, através de drogas calmantes, ataráxicas, tranquilizantes, hipnóticas, sedantes... conseguindo, destarte, reduzir a agitação rajásicas e relaxar tensões.

Com o mesmo critério, visando aos mesmos efeitos, a yogaterapia aplica suas técnicas psicolépticas ou psicanalépticas, isto é, tranquilizantes e estimulantes, respectivamente a nervosos rajásicos e nervosos tamásicos. 

Enquanto que as drogas acarretam efeitos colaterais indesejáveis, inclusive a 'dependência' ou vício e a intoxicação, as técnicas ensinadas neste livro, ao contrário, colaboram, sem quaisquer riscos ou prejuízos, para a libertação sattvizante do enfermo. 

Visando aos mesmos efeitos - tranquilizantes para o rajásico e antidepressivos para o tamásico -, a yogaterapia, em todos os aspectos da vida também prescreve: pensamentos, sentimentos, comportamentos, lazeres, música, esportes, alimentos, artes etc. Há sentimentos estimulantes. Também há os tranquilizantes. Certas músicas fazem dormir ou relaxar; outras atiçam, excitam. Alguns alimentos estimulam, outros acalmam.

Cada tipo de nervoso - rajásico ou tamásico - precisa optar sobre o que comer, qual a diversão, atividade, forma de artes, cores e emoções a evitar ou cultivar. (...)" 

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 100/101)


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

OS TIPOS DE NERVOSOS (3ª PARTE)

"(...) Para manter-se sempre feliz, eficaz e sadio, o homem rajásico nunca deveria esquecer-se de aumentar sua dimensão sattvica, isto é, aquela que o manterá sereno, portanto mais criativo e eficaz em seu agir. O tamásico precisa vencer sua preguiça, isto é, aumentar sua dose de rajas, e, sob pena de o fazer com imprudência, também precisa conquistar cada vez maior a sattvidade.

Chamo nervoso rajásico aquele que, por falta de sabedoria, transformou a vida num inferno pelo tanto que realizou e realiza, pelo tanto que andou ambicionando e ainda deseja, pelo tanto que juntou para si e pelo sobressalto de guardar tanto, pelo exaustivo e tumultuado agir que o obsedia. Ele é inquieto, exaltado, violento, instável, medroso, reagindo emocionalmente com exagero a tudo, sem medida nem lógica. É inseguro. Vive em luta e apavorado contra o que o ameaça. Tem imaginação fértil. É hipertenso e vem a dar o agitado. Nele, portanto, o característico é a energia - rajas - em excesso e confusão.

Nervoso tamásico é quieto. É parado. É autista (virado para dentro), astênico, calado, deprimido, isolado, sedentário, apático. Sem forças, sua única expressão é a máscara de desânimo. É o símbolo da inércia - tamas. Sua pressão é baixa; seus músculos de baixo tono e sem energia, frágeis e frouxos.

O homem sattvico jamais é um nervoso. É feliz e harmonioso sempre. A orientação geral para o tratamento de um nervoso rajásico é exatamente a redução de seu excitamento, nunca de sua energia. É a redução de sua ansiedade, inquietude, tensão e desgaste e não de suas forças. É um tratamento tranquilizante, sedante, relaxante equanimizante.

O tratamento dos tamásicos é exatamente o oposto: consiste em esquentar, em estimular, em despertar o enfermo, aumentando-lhe a dosagem de rajas, isto é, vibracidade. É tratamento antidepressivo, estimulante e energizante. Tanto num caso como noutro, quer se trate do agitado quer do deprimido, a psicoterapia é indispensável. Chama-se psicoterapia o tratamento do psiquismo, da mente. O que o psicoterapeuta visa é dar à mente enferma um estado e um funcionamento mais harmonioso, lúcido, sadio e livre de perturbações. Em outras palavras, a psicoterapia consiste em dar sanidade à mente tumultuada e impura. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 99/100)
www.record.com.br


terça-feira, 4 de agosto de 2015

OS TIPOS DE NERVOSOS (2ª PARTE)

"(...) Cada ser, objeto e até mesmo cada fenômeno ou estado de ser resultam do jogo dos gunas. Há sempre um dominante, enquanto os dois outros são secundários e concomitantes. Quando numa pessoa sattva domina, ela é boa, feliz, sábia, sóbria, tranquila, harmoniosa, sã e santa, embora em todo santo reste ainda vestígios de intranquilidade ou de indolência, alguma coisa ainda não santa. Rajásico é o homem bruto, inquieto, conquistador, insatisfeito, lutador, agressivo, sem paz, sem pouso, ansioso, incalmo... No entanto, o mais rajásico dos ditadores é a custo que sufoca raros sátvicos impulsos de generosidade e, vez por outra, sente a tamásica necessidade de repouso e solicitações à indolência. Ninguém, de igual modo, é totalmente tamásico, isto é, inerte, indiferente, parado, amorfo, abatido e sem força. 

As pessoas são, assim, de três tipos, sattvicas, rajásicas e tamásicas. São normais quando sua fórmula triguna se mantém em razoável estabilidade. O equilíbrio do tamásico é de nível inferior. É um homem vencido, normalmente desanimado. O equilíbrio do combativo rajásico é uma oitava acima, mas é tenso, instável e sofrido. O homem sattvico é o próprio símbolo de maturidade, da calma e do equilíbrio.

As práticas de yoga aumentam a dimensão rajásica do tamásico, tirando-o do equilíbrio inferior, sacudindo-o para um viver menos estagnado, levando-o a produzir algo. No começo, isso acarreta sofrimento, pois nada mais doloroso para o indolente do que o toque do despertador a retirá-lo da inércia. Ele perde um pouco da cômoda negatividade, a fim de que possa caminhar para a frente. Ao sempre agitado homem rajásico, as práticas do yoga aumentam a dimensão sattvica, dando-lhe maior clareza e harmonia ao agir.

No sentido contrário ao do yoga, o viver inconsciente e desarvorado esvazia o homem de sua dose de satividade, comunicando-lhe agitação febril ou fazendo-o cair na inércia ou na depressão, e ele assim é apanhado pela desarmonia e pela enfermidade. O rajásico, de tanto exaurir-se na ação sem inteligência, por sua vez acaba se fatigando e adoece em tamas. (...)" 

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 98/99)