OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 29 de julho de 2015

O NASCIMENTO DO HOMEM CÓSMICO

"A verdadeira filosofia visa a dar ao homem plena autonomia e autocracia, em todos os setores da vida. Procura isentá-los de todas as heteronomias e heterocracias, as quais, por algum tempo, são indispensáveis como muletas provisórias, mas que serão abolidas quando o homem convalescer das fraquezas do seu pequeno ego telúrico e atingir a saúde do seu grande Eu cósmico.

Esse Eu cósmico não é algum elemento adventício, alheio à natureza humana, mas é o íntimo quê, o reduto central do homem, o seu genuíno e autêntico EU SOU. O que o homem conhece, ou julga conhecer, conscientemente - o seu ego físico-mental-emocional, a sua persona ou máscara - são apenas as periferias externas da sua natureza; o seu centro interno jaz, ainda desconhecido ou mal suspeitado, nas profundezas do seu Inconsciente, que é o Infinito, o Absoluto.

Quando esse Inconsciente do Eu acordar e permear todos os setores do ego consciente, integrando-os no seu domínio, então nasce o Homem Cósmico, que está para o Homem Telúrico assim com a planta em plena evolução está para a semente que brotou. O Homem Cósmico é explicitamente o que o Homem Telúrico é implicitamente.

A semente, para dar origem à planta, morre como semente - mas não morre como vida; e, para que a vida latente possa brotar em vida acordada, deve a estreiteza da semente ceder à largueza da planta.

Toda iniciação, toda autorrealização, supõe algo parecido com uma destruição, uma morte, uma extinção, um aniquilamento. Quem não está disposto a morrer espontaneamente, não pode viver gloriosamente. Nesse querer-morrer espontâneo está todo o segredo do poder-viver plenamente. Morrer, ou antes, ser morto compulsoriamente - por um acidente, uma doença ou pela velhice. Já não resolve o problema; é necessário que o homem esteja disposto a morrer espontaneamente antes de ser morto compulsoriamente. Só assim se realiza ele plenamente, e para sempre.

É o misterioso 'Stirb und werd!' de Goethe. É o último segredo do Evangelho do Cristo e da Bhagavad Gita do Oriente. Morrer relativamente - para viver absolutamente!... Quem puder compreendê-lo compreenda-o!..."

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 23/24)
www.martinclaret.com.br


terça-feira, 28 de julho de 2015

FLORES DIÁRIAS DA PLANTA SEMPRE-VIVA DAS ORAÇÕES-EXIGÊNCIAS

"Estas exigências me foram dadas pelo Pai Universal; não são minhas. Eu apenas as senti e lhes dei expressão por meio das palavras, para poder compartilhá-las com você. Minhas bênçãos estão nelas e oro para que façam soar uma nota correspondente nas cordas vivas da harpa de seu coração, para que você também possa senti-las como eu as senti. 

Orações-exigências são como plantas sempre-vivas que produzem sem cessar novos botões. A planta da oração tem os mesmos ramos de palavras, mas diariamente apresenta novas rosas de sentimento e inspiração divina, desde que regada regularmente com a meditação. A planta da oração também precisa ser protegida das pragas da dúvida, da distração, da preguiça mental, do deixar-a-meditação-para-amanhã (o amanhã que nunca chega) e de pensar em outra coisa enquanto se imagina que a mente está totalmente concentrada na força da prece.

Esses parasitas nas plantas das orações devem ser destruídos pela fé, pela devoção a Deus, pelo autocontrole, pela determinação e pela lealdade a um só ensinamento. Rosas de inspiração imortal podem então ser colhidas todos os dias das plantas das orações-exigências.

Ó buscador do despertar da alma! Aquieta-te, e deixa que Deus te responda através de tua alma sintonizada pela intuição. Aprende a conhecê-Lo conhecendo o teu verdadeiro Eu."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 228/229)


segunda-feira, 27 de julho de 2015

O ENRIQUECIMENTO INTERNO E A PROSPERIDADE EXTERNA (PARTE FINAL)

"(...) Desde que o homem especule mercenariamente para receber qualquer benefício externo pelo fato de ser bom, já está num trilho falso, porque degrada as coisas espirituais a escrava das coisas materiais - e não pode ser feliz. O espiritual deve ser buscado incondicionalmente, sem segundas intenções - e Deus se encarregará do resto.

A felicidade pessoal não é, pois, algo que o homem deva buscar como prêmio da sua espiritualidade, nem mesmo como uma espécie de 'céu' fora dele - essa felicidade lhe será dada como um presente inevitável, como uma graça, como um dom divino - suposto que ele seja incondicionalmente bom.

Essa atitude interna de completo desinteresse, é claro, exige grande pureza de coração, e é por isto mesmo que o Nazareno proclama 'bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus'. 'Pureza de coração' é isenção de egoísmo.

É imensamente difícil, para o homem profano, ser integralmente honesto consigo mesmo, não camuflar intenções, não criar cortinas de fumaça para se iludir egoisticamente sobre os verdadeiros motivos dos seus atos. Um homem que, digamos, durante dez ou vinte anos, praticou vida espiritual, mas não conseguiu prosperidade material, e se queixa desse 'fracasso' descrendo da justiça das leis eternas que regem o universo e a vida humana, esse homem não é realmente espiritual, nutre um secreto espírito mercenário, esperando receber algo material por sua espiritualidade; não busca sinceramente o reino de Deus e sua justiça, e por isto mesmo, não lhe serão dadas de acréscimo as outras coisas.

Só um homem que possa dizer como Job, depois de perder tudo: 'O Senhor o deu, o Senhor o tirou - seja bendito o nome do Senhor!' ou que compreenda praticamente as palavras de Jesus: 'Quando tiverdes feito tudo que devíeis fazer, dizei: Somos servos inúteis; cumprimos apenas a nossa obrigação, nenhuma recompensa merecemos por isto' - só esse homem é realmente espiritual e descobrirá o segredo da verdadeira felicidade. (...)

O altruísmo de que falamos é um meio para o homem fechar as portas ao seu egoísmo pessoal e abrir a porta à invasão do seu grande Eu espiritual. Quem quer autorrealizar-se em sua alma, deve substituir o seu egoísmo pelo altruísmo. O ego só se encontra com Deus via tu."

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 35/36)
  

domingo, 26 de julho de 2015

O ENRIQUECIMENTO INTERNO E A PROSPERIDADE EXTERNA (1ª PARTE)

"Objetará alguém que também isto é egoísmo: querer enriquecer a alma pelo fato de dar aos outros. Não é exato. Não é egoísmo. O verdadeiro altruísta não dá para receber algo em troca, da parte de seus semelhantes; se esperasse retribuição, mesmo que fosse em forma de gratidão e reconhecimento, seria egoísta. Que é que acontece? O altruísta não espera nada por seus benefícios, nem mesmo gratidão (embora o beneficiado tenha a obrigação moral de ser grato!).

Entretanto, segundo os imutáveis dispositivos da Constituição Cósmica, ou Providência de Deus, é inevitável que o homem desinteressadamente bom seja enriquecido por Deus - por Deus, e não pelos homens! A distribuição dos benefícios que o altruísta faz é, por assim dizer, realizada na horizontal.

Mas o enriquecimento lhe vem na vertical. Distribui ao redor de si, a seus irmãos, mas recebe das alturas, de Deus - nem pode evitar esse enriquecimento de cima, uma vez que ninguém pode modificar, mesmo que quisesse, a eterna lei cósmica, que enriquece infalivelmente a todo homem desinteressadamente bom.

Esse enriquecimento, não há dúvida, é, em primeiro lugar, interno. Acontece, porém, que, não raro, esse enriquecimento interno transborde também em prosperidade externa, devida à íntima relação entre alma e corpo. 'Procurai primeiro o reino de Deus e sua justiça - disse o Mestre - e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo.' Ser espiritualmente bom a fim de ser materialmente próspero, seria erro funesto. Em caso algum pode o espiritual servir de meio para todo o material. O homem realmente espiritual é incondicionalmente bom, pratica o bem única e exclusivamente por causa do bem, sejam quais forem as consequências externas dessa sua invariável atitude interna. 'O reino de Deus e sua justiça' é a única coisa que o homem deve buscar diretamente, ao passo que 'as outras coisas lhe serão dadas de acréscimo', lhe advirão espontaneamente, sem que o homem as procure. (...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 33/35)
www.martinclaret.com.br

sábado, 25 de julho de 2015

O GATILHO DA MEMÓRIA (PARTE FINAL)

"(...) Perdemos com facilidade a paciência com os filhos, com os amigos, com as pessoas que nos frustram. Infelizmente, sob um foco de tensão, psicólogos e pacientes, executivos e funcionários, pais e filhos detonam o gatilho da memória e produzem reações agressivas que os dominam, ainda que por momentos.

Ferimos a nós mesmos e não poucas vezes causamos danos às pessoas que mais amamos. Fazemos delas a lata de lixo de nossa ansiedade. Detonado o gatilho, reagimos impulsivamente, e somente minutos, horas ou dias depois adquirimos consciência do estrago que fizemos. Somos controlados pela nossa emoção. Algumas pessoas nunca mais se esquecem de um pequeno olhar de desprezo de um colega de trabalho. Outras não retornam mais a um médico se ele não lhes deu a atenção esperada. 

Se uma pessoa não aprender a administrar o gatilho da memória, viverá a pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. Os dependentes de drogas vivem o cárcere da emoção, porque, quando detonam o gatilho, não conseguem administrar a ansiedade e o desejo compulsivo de uma nova dose. Os que possuem a síndrome do pânico vivem o medo dramático que vão morrer ou desmaiar, gerado também por esse gatilho.

Do mesmo modo, os que têm claustrofobia, transtornos obsessivos compulsivos (TOC) e outras doenças produtoras de intensa ansiedade são vítimas do gatilho da memória. Esse fenômeno é fundamental para o funcionamento normal da mente humana, mas, se produz reações doentias e pensamentos negativos inadministráveis, contribui para gerar uma masmorra interior.

Como exímio mestre da inteligência, Jesus sabia gerenciar o gatilho da memória, não deixava que ele detonasse a agressividade impulsiva, o medo súbito, a ansiedade compulsiva. Portanto, sempre pensava antes de reagir, nunca devolvia a agressividade dos outros e, como já dissemos estimulava seus agressores a repensar sua agressividade."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2012 - p. 45/46)