OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 13 de julho de 2015

DESAPEGANDO-SE DA RAIVA (2ª PARTE)

"(...) A culpa é uma maneira de ter raiva de si, uma forma de voltar a raiva para dentro. De alguma maneira você não correspondeu às expectativas que idealizou a respeito de si e desapontou-se com isso. 

A raiva é uma defesa do ego, uma defesa contra o medo. Medo de sofrer humilhação, constrangimento, desvalorização, zombaria, medo de perder prestígio, medo da derrota. Medo de não conquistar seu próprio espaço.

Pensamos às vezes que a raiva nos protege contra os outros, contra aqueles que nos fariam mal, contra os que também sentem raiva de nós. Mas a raiva é uma emoção perniciosa e inútil. É sempre dissolvida pela compreensão e pelo amor. (...)

Quando uma emoção negativa é compreendida e descobrimos suas causas, a energia que está atrás da emoção diminui e até desaparece. Quando sentir raiva, a medida mais saudável é parar, respirar fundo algumas vezes, tentar descobrir o motivo da raiva, procurar resolver a situação e desapegar-se da raiva. (...)

Existe frequentemente tristeza por baixo de nossa raiva, como se esta fosse um casaco que protegesse nossa vulnerabilidade e desespero. Você já reparou que pessoas apaixonadas são menos sujeitas a sentir raiva? Elas parecem estar em um outro ritmo, do qual a raiva não faz parte. Nem a tristeza. O ritmo do amor pertence a uma espécie diferente, e as ervas daninhas da raiva e do desespero não conseguem crescer por lá. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 82/83)
www.sextante.com.br


domingo, 12 de julho de 2015

DESAPEGANDO-SE DA RAIVA (1ª PARTE)

"A raiva está enraizada no julgamento. Queremos enquadrar os outros em algum padrão que, de alguma forma, fantasiamos, escolhemos e impomos. As pessoas podem nem mesmo ter consciência desses padrões, mas isso não importa para nós.

Frequentemente as pessoas ficam com raiva porque não correspondemos às suas expectativas. Essas expectativas podem ser tão irreais, que nunca nos será possível satisfazê-las. (...) 

Traumas na infância produzidos pelas expectativas irracionais dos pais são curados com muita dificuldade. É preciso compreender que o pai (ou a mãe) estava errado ou obcecado por uma ilusão, e essa tomada de consciência não pode ser meramente racional. O coração e as entranhas devem absorvê-la também. 

Com delicadeza, faça-se essas perguntas e, sem julgar nem criticar, observe os pensamentos, sentimentos e imagens que vêm à sua consciência: Quais eram as exigências e expectativas irracionais de seus pais em relação a você? Será que eles queriam descobrir quem você era, ou só sabiam o que queriam que você fosse? Será que eles tentavam viver e realizar seus desejos através de você? Usavam você para impressionar os outros? 

Se você sente muita preocupação com as opiniões alheias é sinal de que usaram você dessa maneira. Volto a insistir: procure não se importar com o que os outros pensam a seu respeito, se estiver fazendo o que lhe parece certo ou estiver exercendo sua vontade sem prejudicar ninguém. Livre-se dessa dependência.(...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 81/82)
www.sextante.com.br


sábado, 11 de julho de 2015

INTUIÇÃO E IMPULSO

"Perguntaram-nos como podemos fazer a distinção entre impulso e intuição. Compreendo perfeitamente o dilema. A princípio é difícil para o estudante fazê-lo, mas consolemo-nos com a ideia de que a dificuldade da decisão é apenas temporária. À proporção que crescemos, atingimos uma fase em que estaremos absolutamente certos no que diz respeito à intuição, pois a distinção entre ela e o impulso será tão clara que obstará a qualquer erro.

Mas visto que ambos chegam ao cérebro vindos de dentro, parecem, de início, exatamente iguais, e, por conseguinte, faz-se mister grande cuidado, e é difícil chegar a uma decisão. (...) Ouvi a Sra. Besant dizer que sempre é bom esperar um pouco todas as vezes que as circunstâncias permitirem fazê-lo, porque, se esperamos, verificaremos que o impulso quase sempre fica mais fraco, ao passo que a intuição  não sofre a influência da passagem do tempo. Além disso, o impulso  é quase sempre acompanhado de excitação; há sempre nele algo pessoal, de sorte que, se não for obedecido imediatamente - se alguma coisa o contrariar -, surgirá uma sensação de ressentimento; ao passo que uma verdadeira intuição, embora decidida, é rodeada de um sentido de força calma. O impulso é um encapelar-se do corpo astral; a intuição é um fragmento de conhecimento, proveniente do ego impresso na personalidade. (...) 

Nesta fase eu aconselharia a todos seguirem a razão quando estão certos das premissas a partir das quais raciocinam. Aprendemos com o tempo e com a experiência se as nossas intuições são, invariavelmente, dignas de confiança. O simples impulso tem origem no corpo astral, ao passo que a verdadeira intuição vem diretamente do plano mental mais elevado, ou, às vezes, até do plano búdico. Claro está que este último, se pudermos estar seguros a seu respeito, pode ser seguido sem a menor hesitação, mas, na fase de transição pela qual estamos passando, somos obrigados a correr certa dose de risco - ou perder, por vezes, o lampejar de uma verdade mais alta, por estarmos muito intimamente agarrados à razão, ou ser, ocasionalmente, mal-orientados, tomando o impulso pela intuição. Eu mesmo tenho um horror tão arraigado dessa última possibilidade, que, muitas e muitas vezes, segui a razão em contraste com a intuição, e só depois de haver descoberto, várias vezes, que certo tipo de intuição estava sempre correto, passei a depender inteiramente dela. Todos passamos, sem dúvida, por essas fases sucessivas, e não devemos ficar, de modo algum perturbados com isso."

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 230/231)


sexta-feira, 10 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE O AMOR (PARTE FINAL)

"(...) Vejo a vida na Terra apenas como uma cortina de teatro atrás da qual meus entes queridos se ocultam ao morrer. Eu os amo quando estão diante de meus olhos, e meu amor os segue com meu olhar mental sempre atento quando transpõem a tela da morte.

Nunca poderei odiar os seres que amo, ainda que, por se comportarem mal, eu possa perder o interesse por eles. No museu de minhas lembranças posso sempre contemplar as características que fizeram com que eu os amasse. Por trás das máscaras mentais, temporárias daqueles cujo comportamento eu desaprovo, vejo o amor perfeito do meu grandioso Bem-amado, assim como nas nobres almas que amo. Deixar de amar é bloquear o fluxo purificador do amor. Com lealdade amarei todos os seres e todas as coisas, até abraçar, com meu amor, todas as raças, criaturas e objetos, animados e inanimados. Amarei até que todas as almas, estrelas, criaturas abandonadas e átomos estejam abrigados em meu coração, pois no infinito amor de Deus, meu regaço de eternidade é suficientemente grande para tudo e todos. 

Ó Amor, vejo Teu reluzente rosto nas pedras preciosas. Contemplo Teu tímido rubor nas flores em botão. Fico extasiado ao Te ouvir no gorjear dos pássaros. E sonho em êxtase quando meu coração Te abraça em todos os corações. Ó Amor, eu Te encontro em todas as coisas - só um pouco e durante um tempo - mas na Onipresença eu Te abraço por completo e eternamente, rejubilando-me para todo o sempre em Tua alegria."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 304/305
http://www.omnisciencia.com.br/o-romance-com-deus/p


quinta-feira, 9 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE O AMOR (2ª PARTE)

"(...) Não limite seu amor apenas a um ser, por mais adorável que seja, excluindo os demais. Em vez disso, com o amor que sente pela pessoa que mais ama, ame a todos os seres e todas as coisas, inclusive o ser amado. Quando você tenta aprisionar o Amor Onipresente sob a forma de uma alma apenas, Ele foge e brinca de esconde-esconde com você, até que O encontre em todas as almas. Aumente a intensidade e a qualidade espiritual do amor que sente por uma ou por algumas almas, e dê esse amor a todos. Então, saberá em que consiste o amor crístico.

O amor é maravilhosamente cego, pois não se detém nos defeitos da pessoa amada - ama incondicionalmente ao longo da eternidade. Quando entes queridos são separados pela morte, a memória, que é mortal, pode se esquecer das juras de amor que foram feitas; mas o verdadeiro amor nunca esquece e tampouco morre. Em sucessivas encarnações, ele escapa do coração de um corpo e entra no de outro, em busca do ser amado, cumprindo todas as suas promessas até que aquelas almas se emancipem no Amor Eterno.

Não chore pelo amor perdido, seja por causa da morte ou da volubilidade na natureza humana. O amor em si jamais se perde, apenas brinca de esconde-esconde em muitos corações para que, perseguindo-o, você encontre manifestações suas cada vez maiores. Ele continuará a ocultar-se e a decepcionar, até que a procura tenha sido longa o suficiente para você encontrar sua morada no Ser que reside nos mais profundos recessos de sua própria alma e no coração de todas as coisas. Então, você poderá dizer:

'Ò Senhor, quando eu residia na casa da consciência mortal, pensei que amasse parentes e amigos; imaginei que amasse aves, animais e posses. Mas agora que me instalei na mansão da Onipresença, sei que amo só a Ti, manifestado em parentes e amigos, em todas as criaturas e em todas as coisas. Amando apenas a Ti, meu coração expandiu-se para amar aos muitos. Sendo leal em meu amor por Ti, sou leal a todos os que amo. E amo a todos os seres para sempre.' (...)" 

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 303/304)