OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 20 de junho de 2015

MANTENHA-SE FLEXÍVEL E RECEPTIVO A NOVAS ORIENTAÇÕES

"(...) Pela sua persistência ao orar por orientação e sua calma receptividade, um sentido interior lhe indicará o melhor modo de proceder. Quando isso acontecer, siga adiante com fé total, mas permaneça flexível o tempo todo: 'Parece-me que este é o curso certo a seguir. Mas se a qualquer hora me mostrares que fiz a escolha errada, Senhor, eu retrocederei; aceitarei a Tua correção.'

Às vezes nós nos enamoramos tanto de nossas próprias ideias ou do jeito habitual de fazermos as coisas que nos ressentimos profundamente com a mínima sugestão de outro caminho que possa ser melhor ou igualmente aceitável. Digamos que no seu emprego você se esforce muito para preparar um projeto e suas ideias sejam rejeitadas. O indivíduo limitado pelo ego ficará aborrecido com tal tratamento. Mas essa não é a atitude certa. Não seja o tipo de pessoa irracionalmente apegada às próprias ideias, tipo 'a ideia é minha e é melhor usá-la, senão...' Isso se chama cegueira emocional. Apegar-se teimosamente a uma ideia só porque é 'nossa' impede que reconheçamos as oportunidades que surgem para expandir nossa percepção e entendimento. 

Lembro-me das muitas vezes em que Paramahansaji entregava o mesmo projeto a dois ou três diferentes discípulos para que trabalhassem independentemente um do outro. Eu me perguntava por que ele fazia aquilo, uma vez que obviamente ele pretendia utilizar-se do produto final de apenas um discípulo. Mas gradualmente passei a perceber o seu propósito duplo: fazer os discípulos pensar e usar a mente de modo criativo para desenvolver projetos; e assim ele também os treinava a se desapegar daquilo que realizavam. 

O que quer seja, faça-o com entusiasmo, com alegria - mas pense assim: 'Eu fiz para Ti, meu Deus. Entrego os frutos deste trabalho a Ti.' No começo, no meio e no fim do trabalho, entregue mentalmente os seus esforços; ofereça suas ações aos pés de Deus. É assim que vencemos o ego e desenvolvemos receptividade à orientação e à vontade divina. Sem isso somos continuamente desviados por sutis mas persuasivas compulsões egocêntricas, que aparentemente são 'sábias' porque estão em concordância com tendências e desejos muito arraigados."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 21/23)


sexta-feira, 19 de junho de 2015

AÇÃO: BOA OU MÁ

"(4.18) Verdadeiramente dotado de discernimento é o yogue que vê inação na ação e ação na inação. Tenhamo-lo por sábio entre os seres humanos, pois alcançou o objetivo de (toda) ação (e está livre).
(4.19) Quem nunca age motivado por desejo pessoal e viu seu karma (que o prendia ao ego) incinerado no fogo da sabedoria, (só) esse deve ser tido por sábio.
(4.20) O sábio, depois de livrar-se do apego aos frutos da ação, estar satisfeito e livre (no Eu), não age (de fato) ainda quando pareça extremamente ocupado. 
(4.21) Mesmo quando faz trabalho físico (em oposição ao trabalho de meditação), não incorre (em nenhuma limitação kármica) aquele que renunciou por completo ao sentimento de posse, que não alimenta desejos pessoais e que mantém sob o controle do Eu interior suas emoções (chitta).

Mais vale praticar boas ações, ainda que por maus motivos, do que não praticar ação nenhuma, assegurava meu Guru. Como tudo neste mundo é relativo, toda ação deve ser considerada boa ou má conforme a direção para onde leva quem a praticou. O que é bom para uma pessoa pode ser ruim para outra.

Se, uma bela manhã, o Mahatma Gandhi ou Jesus Cristo acordasse com a decisão: 'Estou farto de servir a humanidade! De agora em diante vou trabalhar duro e ficar milionário!', qualquer pessoa, inclusive o mais empedernido dos materialistas, não exclamaria: 'Este homem é um degenerado!'? Mas se um preguiçoso saltasse de manhãzinha de seu leito de ociosidade expressando a mesma resolução, todos - mesmo os santos - não diriam que suas intenções eram boas e sadias? Tudo é questão de onde se vem e para onde se vai.

Cavar um poço - mero trabalho físico, em suma - pode ser bom, mau ou embrutecedor, dependendo da atitude de quem o faz. Duas pessoas podem trabalhar juntas lado a lado no mesmo ofício, mas uma estar motivada por medos ou desejos oriundos do ego e a outro pretender unicamente agradar a Deus. Um age sob o jugo do ego; a outra, em plena liberdade espiritual."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 193/194)


quinta-feira, 18 de junho de 2015

CONHECE OS MILIONÁRIOS DA FELICIDADE! (PARTE FINAL)

"(...) Quando Jesus morreu na cruz não possuía mais nada; até as suas últimas vestimentas já tinham sido distribuídas pelos soldados que o vigiavam. Restavam-lhe, é verdade, os dois tesouros vivos: sua mãe e seu discípulo predileto, João; mas até deles se desfez antes do derradeiro suspiro: 'Senhora, eis aí teu filho! discípulo, eis aí tua mãe! Durante sua vida, como ele dizia, era mais pobre do que as raposas da terra e as aves do céu, não porque não pudesse ter bens externos, mas porque deles não necessitava, uma vez que possuía a plenitude do bem interno, a felicidade'.

Na véspera da sua morte voluntária, disse ele aos seus discípulos: 'Eu vos dou paz, e vos deixo a minha paz, para que minha alegria esteja em vós, seja perfeita a vossa felicidade, e nunca ninguém tire de vós a vossa felicidade'.

Assim fala um milionário de felicidade.

'Transbordo de júbilo no meio de todas as minhas tribulações!' exclama Paulo de Tarso, um dos maiores sofredores da humanidade e que conheceu poucos dias de saúde em sua vida.

Em última análise, quem nos redime da nossa infelicidade e nos induz no reino da felicidade imperturbável é o nosso Cristo interno, o espírito de Deus que habita em nós. O grande segredo está em despertar em nós o nosso Cristo e entregar-lhe as rédeas da nossa vida. O resto vem por si mesmo.

Mas isto não é virtude - isto é sabedoria, é o conhecimento da última e suprema verdade dentro de nós mesmos. O homem é senhor e soberano de tudo que sabe - mas é escravo de tudo que ignora. O saber espiritual nos liberta da infelicidade e nos dá felicidade - a ignorância espiritual nos escraviza e nos torna infelizes."

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 100/101)


quarta-feira, 17 de junho de 2015

CONHECE OS MILIONÁRIOS DA FELICIDADE! (2ª PARTE)

"(...) Existe uma renúncia negativa e destruidora - mas existe também uma renúncia positiva e construtora. Pode-se desertar de tudo por excessiva infelicidade, destruindo a própria vida dos corpos - e pode-se abandonar tudo por excesso de felicidade, até a vida física. Quem encontrou o seu verdadeiro Eu assume atitude de benévola indiferença em face do que é seu

Há homens escravizadamente escravos.

Há homens livremente livres.

E há homens livremente escravos, homens tão soberanamente livres de todas as escravidões internas que podem voluntariamente reduzir-se a uma escravidão externa, por amor a um ideal ou à humanidade.

Esses homens livremente escravizados por amor são os grandes milionários da felicidade.

Albert Schweitzer, quando estudante universitário de 21 anos, sentiu dentro de si tamanha abundância de felicidade que resolveu consagrar o resto da sua vida ao serviço imediato da parte mais infeliz da humanidade, o que fez durante 52 anos até a idade de 90 anos, alquebrado de corpo, porém jovem de alma. 

Mahatma Gandhi, aos 37 anos, adotou a humanidade inteira por sua família, gesto esse que foi acompanhado espontaneamente por sua esposa, não menos abnegada e feliz que o grande líder espiritual e político da Índia; e, depois de serem pais de quatro filhos físicos, se tornaram pais de milhões de filhos metafísicos. Os bens materiais que Gandhi deixou após a morte foram três: uma caneta-tinteiro, um relógio barato e uma tanga. O 'homem feliz' da fábula nem necessitava duma camisa para ser feliz, porquanto a necessidade dos bens externos decresce na razão direta do aumento do bem interno. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 100)


terça-feira, 16 de junho de 2015

CONHECE OS MILIONÁRIOS DA FELICIDADE! (1ª PARTE)

"No meio das trevas da infelicidade aguda e das penumbras do descontentamento crônico, convém que o homem levante os olhos para as luminosas alturas de algum dos grandes milionários da felicidade. 

Tem havido, e há, na história da humanidade, muitos homens felizes, homens que tiveram o bom senso de construir a sua felicidade de dentro, e não a esperavam, de fora, das circunstâncias fortuitas do ambiente. Verdade é que a verdadeira felicidade é silenciosa como a luz, ao passo que a infelicidade costuma ser barulhenta; e por isto sabemos de tantos infelizes e tão pouco de homens felizes. De quando em quando, porém, a silenciosa felicidade dos felizes se irradia pelo ambiente de tal modo que até os infelizes percebem algo dessa luminosidade. E, por via de regra, os homens felizes são encontrados lá onde os profanos não os esperavam encontrar - no meio dos sofrimentos... 

Job, Moisés, Buda, São Francisco de Assis, Jesus, Paulo de Tarso, e tantos outros, encheram séculos e milênios com a exuberância da sua felicidade - sua felicidade sofrida.

Em nossos dias, houve dois homens eminentemente felizes: Mahatma Gandhi e Albert Schweitzer. O primeiro, assassinado na Ásia; o outro, que viveu mais de meio século, nas selvas da África, a fim de repartir com seus irmãos negros o grande tesouro da sua felicidade. 

Naturalmente, quem confunde felicidade com prazer, e infelicidade com sofrimento, jamais compreenderá que homens dessa natureza possam ser milionários da felicidade. No entanto, eles o foram. E nenhum deles jamais se arrependeu do preço pelo qual adquiriu esta felicidade: a renúncia voluntária. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 99/100)