OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 10 de junho de 2015

LEALDADE AO GURU E AOS SEUS ENSINAMENTOS (1ª PARTE)

"O primeiro princípio que rege o relacionamento entre guru e o discípulo é a lealdade.

O ego, consciência e autoafirmação do pequeno 'eu', é o único obstáculo que nos mantém separados de Deus. No exato momento em que banirmos o ego, compreenderemos que somos, sempre fomos e seremos um com Deus. O ego, como uma nuvem de ilusão, envolve a alma e dilui sua consciência pura com infindáveis conceitos errôneos a respeito da sua própria natureza e da natureza do mundo. Um dos efeitos da ilusão produzida pelo ego é a inconstância. À medida que o buscador da Verdade começa a manifestar as qualidades divinas de sua alma, ele elimina essa imprevisível tendência peculiar à natureza humana e se torna uma pessoa leal e compreensiva.

A lealdade ao guru é um dos passos mais importantes do discipulado. A maioria dos seres humanos ainda não aperfeiçoou esta qualidade, nem mesmo em relação à própria família, ao esposo, à esposa ou aos amigos. É por esse motivo que o conceito de lealdade ao guru não é plenamente compreendido. Para ser um verdadeiro discípulo, o chela deve ser leal ao guru enviado por Deus, mantendo-se totalmente fiel aos seus ensinamentos.

Lealdade não significa estreiteza de espírito. O coração leal a Deus e a Seu representante é magnânimo, compreensivo e compassivo para com todos os seres. Permanecendo incondicionalmente leal ao seu próprio guru e aos seus ensinamentos, o devoto é capaz de captar as demais manifestações da Verdade em sua perspectiva correta, conferindo-lhes devida consideração e respeito. (...)"

(Mrinalini Mata - O Relacionamento Guru-Discípulo - Self-Realization Fellowship - p. 12/14)


terça-feira, 9 de junho de 2015

COMO LIDAR COM AS EMOÇÕES NEGATIVAS

"Diga sempre a si mesmo: 

Minha tarefa é a mais fascinante de todas. Ela me mantém tão ocupado que não sobram tempo nem energia para me inquietar com os assuntos de outras pessoas. Estou empenhado na missão de fugir da ignorância para a compreensão e a iluminação. Essa tarefa monopoliza toda a minha atenção para dominar pensamentos e emoções de cólera, inveja, orgulho, vingança, medo, carência e enfermidade. Devo reconhecer e eliminar tais obstáculos para sempre, de modo que, quando os últimos resquícios de negação desaparecerem, a água pura da vida possa brotar e fluir livremente através de mim para abençoar a todos. Eis aí o meu trabalho. Poderia me contentar com menos? 

A raiva não é um antídoto para a raiva. Uma raiva violenta pode suprir uma raiva mais fraca, mas nunca a extinguirá. Quando você estiver com raiva, não diga nada. Pense na raiva como uma doença - um resfriado, por exemplo - e, trate-a com os banhos quentes mentais da lembrança de pessoas com quem você jamais poderia ficar enraivecido, não importa o que fizessem. Se sua raiva for muito violenta, tome um banho frio, borrife a cabeça com água fresca ou coloque gelo na medula e nas têmporas, logo acima das orelhas, no alto da cabeça e na testa, especialmente entre as sobrancelhas.

Quando a raiva irromper, ligue o mecanismo da serenidade; deixe que esta acione as engrenagens da paz, do amor e do perdão. Destrua a raiva com esses antídotos. Assim como você não gosta que os outros se encolerizem com você, os outros não gostam de ser alvo de sua raiva intempestiva. Pense em amor. Quando você imita o Cristo e vê a humanidade como irmãos que se magoam (pois não sabem o que fazem), não consegue sentir raiva de ninguém. A ignorância é a mãe de todas as raivas.

Aperfeiçoe a razão metafísica e, com ela, elimine a raiva. (...) Liquide mentalmente a raiva dizendo a si mesmo: 'Não envenenarei minha paz com a raiva; não perturbarei minha calma habitual, fonte de alegrias, com a irritação.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 75/77)
www.editorapensamento.com.br

segunda-feira, 8 de junho de 2015

CAMINHO DA LIBERTAÇÃO

"Thithiksha significa equanimidade em face dos opostos, suportando serenamente a dualidade. É o privilégio do forte e o tesouro do bravo. Os fracos serão tão agitados como as penas de um pavão; estão sempre inquietos, sem um minuto de estabilidade. Oscilam feito pêndulo, de um lado a outro: uma hora, alegria; no instante próximo tristeza.

Thithiksha não é a mesma coisa que sahana¹, pois sahana significa suportar, tolerar, aguentar uma coisa somente porque não se tem outro jeito. Se você tem capacidade para vencê-la, mas, ainda assim, nega-lhe atenção, isto sim, é disciplina espiritual. 

Conviver pacientemente com o mundo externo da dualidade, combinando isso com uma vivência de equanimidade e paz internas, é o caminho da Libertação. Levar tudo com analítica discriminação é o tipo de sahana que conduzirá a bom resultado."

¹ Sahana - fortaleza, paciência.

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 116)


domingo, 7 de junho de 2015

CARIDADE

"É muito fácil ver caridade no que apenas parece ser; é muito difícil se dizer, com justiça, se uma pessoa é caridosa.

A 'caridade' espetacular, publicamente exibida, efetivamente pode ser proveitosa aos pobres, mas só a eles. Os que se mostram caridosos podem ser úteis aos necessitados, e isto é bom para estes. Mas, na medida em que, exibindo caridade, homens e mulheres se credenciam à admiração pública ou procuram recompensas vindas da justiça de Deus, se iludem quanto aos frutos espirituais. É o egoísmo o que leva pessoas a posarem de caridosas.

Travestidos de caridosas e convencidas de que o são, elas permanecem presas da ilusão e sempre no culto do inimigo maior de cada um - exatamente o ego.

Só a caridade verdadeira é benéfica àquele que dá, e a condição de ser verdadeira é exatamente não se fazer cálculo dos benefícios a serem colhidos. Quem espera recompensas da 'caridade' é o ego em nós.

'Quem dá aos pobres empresta a Deus' - é uma infeliz expressão de uma triste barganha, na qual os pobres entram como mercadoria, e Deus como um 'freguês'.

Ensina-me, Senhor, a doar e a doar-me sem nada esperar."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 59/60)
www.record.com.br


sábado, 6 de junho de 2015

OBSERVE A NATUREZA

"Ao caminhar ou descansar em meio à natureza, respeite esse reino deixando-se estar totalmente nele. Pare e fique em silêncio. Olhe. Ouça. Veja como cada planta e cada animal são completos em si mesmos. Ao contrário dos seres humanos, eles não se dividem. Não precisam afirmar-se criando imagens de si mesmos, e por isso, não precisam se preocupar em proteger e realçar essas imagens. O esquilo é ele mesmo. A rosa é ela mesma.

Tudo na natureza é um e, ao mesmo tempo, é um com o todo. Nenhum elemento se afastou do tecido do todo em busca de uma existência separada: 'eu' e o resto do universo.

Contemplar a natureza pode libertar você desse 'eu', que é o grande causador de problemas.

Preste atenção nos inúmeros pequenos sons da natureza: o farfalhar das folhas ao vento, os pingos da chuva, o zumbido de um inseto, o primeiro trinar de um pássaro no alvorecer. Dedique-se inteiramente ao ato de ouvir. Para além dos sons existe algo maior: um sentido de sagrado que não pode ser entendido através do pensamento." 

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 51