OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 8 de junho de 2015

CAMINHO DA LIBERTAÇÃO

"Thithiksha significa equanimidade em face dos opostos, suportando serenamente a dualidade. É o privilégio do forte e o tesouro do bravo. Os fracos serão tão agitados como as penas de um pavão; estão sempre inquietos, sem um minuto de estabilidade. Oscilam feito pêndulo, de um lado a outro: uma hora, alegria; no instante próximo tristeza.

Thithiksha não é a mesma coisa que sahana¹, pois sahana significa suportar, tolerar, aguentar uma coisa somente porque não se tem outro jeito. Se você tem capacidade para vencê-la, mas, ainda assim, nega-lhe atenção, isto sim, é disciplina espiritual. 

Conviver pacientemente com o mundo externo da dualidade, combinando isso com uma vivência de equanimidade e paz internas, é o caminho da Libertação. Levar tudo com analítica discriminação é o tipo de sahana que conduzirá a bom resultado."

¹ Sahana - fortaleza, paciência.

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 116)


domingo, 7 de junho de 2015

CARIDADE

"É muito fácil ver caridade no que apenas parece ser; é muito difícil se dizer, com justiça, se uma pessoa é caridosa.

A 'caridade' espetacular, publicamente exibida, efetivamente pode ser proveitosa aos pobres, mas só a eles. Os que se mostram caridosos podem ser úteis aos necessitados, e isto é bom para estes. Mas, na medida em que, exibindo caridade, homens e mulheres se credenciam à admiração pública ou procuram recompensas vindas da justiça de Deus, se iludem quanto aos frutos espirituais. É o egoísmo o que leva pessoas a posarem de caridosas.

Travestidos de caridosas e convencidas de que o são, elas permanecem presas da ilusão e sempre no culto do inimigo maior de cada um - exatamente o ego.

Só a caridade verdadeira é benéfica àquele que dá, e a condição de ser verdadeira é exatamente não se fazer cálculo dos benefícios a serem colhidos. Quem espera recompensas da 'caridade' é o ego em nós.

'Quem dá aos pobres empresta a Deus' - é uma infeliz expressão de uma triste barganha, na qual os pobres entram como mercadoria, e Deus como um 'freguês'.

Ensina-me, Senhor, a doar e a doar-me sem nada esperar."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 59/60)
www.record.com.br


sábado, 6 de junho de 2015

OBSERVE A NATUREZA

"Ao caminhar ou descansar em meio à natureza, respeite esse reino deixando-se estar totalmente nele. Pare e fique em silêncio. Olhe. Ouça. Veja como cada planta e cada animal são completos em si mesmos. Ao contrário dos seres humanos, eles não se dividem. Não precisam afirmar-se criando imagens de si mesmos, e por isso, não precisam se preocupar em proteger e realçar essas imagens. O esquilo é ele mesmo. A rosa é ela mesma.

Tudo na natureza é um e, ao mesmo tempo, é um com o todo. Nenhum elemento se afastou do tecido do todo em busca de uma existência separada: 'eu' e o resto do universo.

Contemplar a natureza pode libertar você desse 'eu', que é o grande causador de problemas.

Preste atenção nos inúmeros pequenos sons da natureza: o farfalhar das folhas ao vento, os pingos da chuva, o zumbido de um inseto, o primeiro trinar de um pássaro no alvorecer. Dedique-se inteiramente ao ato de ouvir. Para além dos sons existe algo maior: um sentido de sagrado que não pode ser entendido através do pensamento." 

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 51


sexta-feira, 5 de junho de 2015

DEFENDA O QUE É CERTO

"Estamos na Terra por muito pouco tempo, e logo partimos. Não se apegue nem se prenda a nada. Na primeira vez em que fui convidado para ser cidadão deste país, recusei, porque não queria ser chamado de cidadão de nenhum país. Meu país são todas as nações; sou um cidadão do mundo. Meu Pai é Deus e minha família é toda a humanidade. Quem pode me contradizer nisso? Se eu tiver de lutar, será pela justiça. Defenderei os Estados Unidos quando tiverem razão, mas não lutarei pelo país quando ele estiver errado. Sempre que seu país estiver certo, lute por ele. Sempre que sua família estiver certa, dê-lhe apoio. Sempre que seus amigos estiverem certos, colabore com eles. Vê como é claro? Você não pode negar a justiça deste princípio. Este é o princípio divino ensinado por Krishna, Cristo e todos os grandes mestres. E é o que vai trazer a paz duradoura ao mundo.

Vou contar uma história: havia um juiz muçulmano muito ortodoxo e preconceituoso. Um aldeão hindu foi levado à sua presença e o juiz perguntou do que o acusavam. Ele respondeu: 'Meritíssimo, devo declarar que seu touro brigou com meu touro, quebrou seus chifres e ele agora está morrendo.'

O juiz retrucou: 'Bem, você sabe que os animais brigam. Caso encerrado.'

Ao ouvir isto, o esperto aldeão disse: 'Meritíssimo, cometi um erro. O que eu quis dizer é que o meu touro quebrou os chifres do seu; é o touro que lhe pertence que está à morte.'

O juiz ficou furioso e aplicou uma multa equivalente a 50 dólares no aldeão. Na hora em que o touro do juiz é que estava morrendo, seu 'julgamento' foi diferente. A moral é: seja sempre um juiz pleno de discernimento e entendimento. Faça primeiro o teste em si mesmo e em seus motivos. Sempre que tiver alguma dúvida no coração, julgue a si mesmo perante o seu próprio tribunal interior."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 254/255)


quinta-feira, 4 de junho de 2015

COMPAIXÃO

"'O caminho de todos é basicamente igual. Devemos aprender certos gestos e atitudes enquanto estamos no estado físico. Alguns aprendem mais rápido do que os outros. Caridade, esperança, fé, amor... devemos saber essas coisas e sabê-las bem. Não existe apenas uma esperança, uma fé ou um amor - há tantas coisas envolvidas em cada um. Há tantas maneiras de demonstrar.'

Albert Einstein afirmou: 'O ser humano é parte de um todo que chamamos de universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. A pessoa experimenta a si mesma, seus pensamentos e sensações como algo separado do restante - trata-se de uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão nos aprisiona, limitando-nos a nossos desejos individuais e a sentirmos afeto apenas pelas pessoas mais próximas. nossa tarefa deve ser libertar a nós mesmos dessa prisão, alargando nosso círculo de compaixão para podermos abarcar todos os seres viventes e a natureza inteira.' (...)

Compaixão, cooperação, carinho pelos vizinhos e responsabilidade comunitária não são matérias da economia. São atitudes do coração e não podem ser reguladas por leis ou impostas de fora para dentro. elas precisam ser aprendidas em nosso íntimo. 

Não importa se a nossa nação ou comunidade pratica um determinado sistema econômico ou político. Os frutos de nosso talento e esforços deveriam ser compartilhados por toda a nossa comunidade, distribuídos - depois de reservarmos aquilo de que precisamos para nossas famílias - com compaixão e amor entre as pessoas. É o coração generoso de cada um que pode promover uma distribuição da riqueza proveniente do trabalho daquela pessoa.

Recebemos e damos. Em troca, recebemos de outros. A alegria está no equilíbrio entre o dar e o receber.

Quando nossas comunidades forem generosas e cooperativas, responsáveis e afáveis, estaremos recriando um pequeno pedaço do paraíso sobre a Terra."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 128/131)