OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 4 de junho de 2015

COMPAIXÃO

"'O caminho de todos é basicamente igual. Devemos aprender certos gestos e atitudes enquanto estamos no estado físico. Alguns aprendem mais rápido do que os outros. Caridade, esperança, fé, amor... devemos saber essas coisas e sabê-las bem. Não existe apenas uma esperança, uma fé ou um amor - há tantas coisas envolvidas em cada um. Há tantas maneiras de demonstrar.'

Albert Einstein afirmou: 'O ser humano é parte de um todo que chamamos de universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. A pessoa experimenta a si mesma, seus pensamentos e sensações como algo separado do restante - trata-se de uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão nos aprisiona, limitando-nos a nossos desejos individuais e a sentirmos afeto apenas pelas pessoas mais próximas. nossa tarefa deve ser libertar a nós mesmos dessa prisão, alargando nosso círculo de compaixão para podermos abarcar todos os seres viventes e a natureza inteira.' (...)

Compaixão, cooperação, carinho pelos vizinhos e responsabilidade comunitária não são matérias da economia. São atitudes do coração e não podem ser reguladas por leis ou impostas de fora para dentro. elas precisam ser aprendidas em nosso íntimo. 

Não importa se a nossa nação ou comunidade pratica um determinado sistema econômico ou político. Os frutos de nosso talento e esforços deveriam ser compartilhados por toda a nossa comunidade, distribuídos - depois de reservarmos aquilo de que precisamos para nossas famílias - com compaixão e amor entre as pessoas. É o coração generoso de cada um que pode promover uma distribuição da riqueza proveniente do trabalho daquela pessoa.

Recebemos e damos. Em troca, recebemos de outros. A alegria está no equilíbrio entre o dar e o receber.

Quando nossas comunidades forem generosas e cooperativas, responsáveis e afáveis, estaremos recriando um pequeno pedaço do paraíso sobre a Terra."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 128/131)


quarta-feira, 3 de junho de 2015

REQUISITOS DE UM VERDADEIRO KARMA IOGUE

"Karma significa 'ação'; karma yoga é o caminho para unir o pequeno eu com Deus por meio da atividade desinteressada. Se alguém quiser conhecer Deus neste mundo, sempre se esforçará para fazer o que é correto, o que é bom, o que é construtivo; e como Paramahansaji disse: 'Pense sempre que aquilo que você está fazendo é para Deus'.

Cada um tem suas obrigações a cumprir, obrigações que lhe foram dadas por Deus e pela lei cármica, mediante os efeitos de suas ações passadas. Ele precisa cumprir essas responsabilidades e não fugir delas, fazendo o melhor possível, ao mesmo tempo em que mantém completa fé na sabedoria e na orientação de Deus. Quando alguém age para si, identifica-se com o pequeno ego. Mas quando entrega tudo a Deus, percebe sua unidade inata com o Espírito. Só poderá alcançar a perfeição por meio da karma yoga aquele que oferecer todos os frutos de suas ações a Deus. Este é um ponto muito importante a lembrar."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-realization Fellowship - p. 118/119)


terça-feira, 2 de junho de 2015

SABER ORAR

"Por que orar sempre pedindo algo?

Na condição de pai, que acharia de um filho que só viesse a você somente com pedidos?

Que acharia de outro que estivesse sempre disponível, sempre querendo colaborar ou lhe declarar amor?

Que sentiria um pai por um filho que toda vez que o procura é porque arranjou um encrenca e está pedindo socorro?

Que acharia do irmão dele que, permanentemente, está buscando contato, com o desejo de expressar sentimentos ternos, admiração, afabilidade e que se sente feliz em estar com o pai?

Que tipo de filho você tem sido para o Pai Divino?

Como são suas orações?

Deus pode contar com você?

Eu te amo, meu Deus. Estou disponível. Usa-me. 

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 95/96)


segunda-feira, 1 de junho de 2015

A MENTE, A IGNORÂNCIA E A VERDADE (PARTE FINAL)

"(...) Entre os significados de avidyâ está aquilo que é oposto a vidyâ: conhecimento; também significa ignorância, que procede e é produzida pela ilusão dos sentidos, ou viparyaya. Segue-se então que ver o olho físico proporciona uma visão parcial, não a visão verdadeira. Da mesma forma, nossos outros sentidos físicos fornecem um quadro incompleto da realidade; na melhor das hipóteses proporcionam percepções de coisas ou situações que são verdades parciais.

O que aprendemos através dos sentidos físicos requer a ação da mente. Normalmente interpretamos aspectos do mundo à nossa volta usando a instrumentalidade de kama-manas (inteligência que opera com a natureza dos sentidos), que pode ser muitíssimo pouco confiável. Consideremos este exemplo. Suponhamos que encontremos uma pessoa depois de alguns anos. Ela pode parecer um pouco mais velha e ter mudado a aparência de certa forma. Podemos ver esse fato. Mas talvez venhamos a reagir a algo que a pessoa disse ou fez no passado. Pode haver algum preconceito residual contra ela. Portanto, nossa percepção é 'colorida' e não vemos verdadeiramente o que está diante de nós. Podemos não perceber o fato de que ela mudou, ou não perceber a verdade maior de suas virtudes. Portanto, nós não aprendemos a plena realidade da situação assim devido à ilusão sensorial. 

Dissemos que um dos significados de vaso é 'recipiente'. Um recipiente tem uma base fechada. Pode-se imaginar um recipiente acústico, com a base apontando para baixo, um símbolo da mente como um vaso de ignorância, onde as notas da alma não podem ser expressadas. 

Os grandes polos da existência - purusha (eu espiritual) e prakriti (matéria primordial) - estão refletidos nas polaridades da nossa natureza. Quando o mundo sensato não se satisfaz suficientemente, existe um tipo de magnetismo reverso que entra em ação; isso requer reorientação de movimento ativo. Aqui podemos usar o símbolo da mente como um navio, parte da derivação latina da palavra 'vaso'. Consciente ou inconscientemente iniciamos o processo árduo de forjar a construção de uma ponte em direção à natureza interior, através da qual torna-se possível entrar em contato com a ordem divina das coisas. Mas essa ponte precisa ser construída com tenacidade, de modo que nossa consciência diária possa atravessar em direção a uma consciência mais plena."

(Linda Oliveira - A mente, a ignorância e a verdade - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 40)


domingo, 31 de maio de 2015

A MENTE, A IGNORÂNCIA E A VERDADE (1ª PARTE)

"Uma maneira convincente de se compreender a consciência humana é o uso de símbolos. A mente pode ser considerada como um cálice ou um vaso, uma palavra derivada do latim vascellum, 'vaso pequeno ou recipiente', que, curiosamente, também significa 'navio'. Aceitemos o convite para visualizar esses dois símbolos: primeiramente o recipiente, depois o navio.

Certamente um vaso é um recipiente, como por exemplo um vaso de jardim onde uma planta pode crescer. Um navio também é um recipiente, mas com um movimento inerente - ele tem a capacidade de viajar de uma praia a outra. Essas duas imagens fornecem janelas bastante vívidas sobre a mente humana, sua condição atual e seu potencial. Viajemos durante algum tempo nas operações da mente - por um lado, como um recipiente para a ignorância, e por outro, como um recipiente para a verdade.

Quando olhamos à nossa volta, notamos que hoje em dia a falta de profundidade prevalece na vida humana. A mente raramente está sossegada; ela gosta de se repetir e frequentemente está num estado de divisão. Nosso senso de separatividade origina-se neste recipiente da mente, e é reforçado diariamente.

O livro A Voz do Silêncio (Ed. Teosófica) faz menção ao estado de consciência descrito como a sala da ignorância, ou avidiâ: é a disposição do indivíduo comum, que está constantemente voltado para fora, em direção ao mundo, que não tem interesse particular no significado mais profundo da vida, que vive para o momento e é puxado daqui para ali por muitas atrações diferentes. Essa sala é descrita com estas palavras: 'Sim, a ignorância é como um vaso fechado e sem vento; a alma é um pássaro mudo no interior. Não trina, não consegue mexer uma pena; mas o cantor, mudo e entorpecido, está pousado, e morre de exaustão.'

Podemos notar aqui a descrição da ignorância como um vaso, mas com a qualificação de que está fechado e sem ar; em outras palavras, as notas da natureza interior não conseguem ser ouvidas. (...)"

(Linda Oliveira - A mente, a ignorância e a verdade - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 39/40)