OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 2 de junho de 2015

SABER ORAR

"Por que orar sempre pedindo algo?

Na condição de pai, que acharia de um filho que só viesse a você somente com pedidos?

Que acharia de outro que estivesse sempre disponível, sempre querendo colaborar ou lhe declarar amor?

Que sentiria um pai por um filho que toda vez que o procura é porque arranjou um encrenca e está pedindo socorro?

Que acharia do irmão dele que, permanentemente, está buscando contato, com o desejo de expressar sentimentos ternos, admiração, afabilidade e que se sente feliz em estar com o pai?

Que tipo de filho você tem sido para o Pai Divino?

Como são suas orações?

Deus pode contar com você?

Eu te amo, meu Deus. Estou disponível. Usa-me. 

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 95/96)


segunda-feira, 1 de junho de 2015

A MENTE, A IGNORÂNCIA E A VERDADE (PARTE FINAL)

"(...) Entre os significados de avidyâ está aquilo que é oposto a vidyâ: conhecimento; também significa ignorância, que procede e é produzida pela ilusão dos sentidos, ou viparyaya. Segue-se então que ver o olho físico proporciona uma visão parcial, não a visão verdadeira. Da mesma forma, nossos outros sentidos físicos fornecem um quadro incompleto da realidade; na melhor das hipóteses proporcionam percepções de coisas ou situações que são verdades parciais.

O que aprendemos através dos sentidos físicos requer a ação da mente. Normalmente interpretamos aspectos do mundo à nossa volta usando a instrumentalidade de kama-manas (inteligência que opera com a natureza dos sentidos), que pode ser muitíssimo pouco confiável. Consideremos este exemplo. Suponhamos que encontremos uma pessoa depois de alguns anos. Ela pode parecer um pouco mais velha e ter mudado a aparência de certa forma. Podemos ver esse fato. Mas talvez venhamos a reagir a algo que a pessoa disse ou fez no passado. Pode haver algum preconceito residual contra ela. Portanto, nossa percepção é 'colorida' e não vemos verdadeiramente o que está diante de nós. Podemos não perceber o fato de que ela mudou, ou não perceber a verdade maior de suas virtudes. Portanto, nós não aprendemos a plena realidade da situação assim devido à ilusão sensorial. 

Dissemos que um dos significados de vaso é 'recipiente'. Um recipiente tem uma base fechada. Pode-se imaginar um recipiente acústico, com a base apontando para baixo, um símbolo da mente como um vaso de ignorância, onde as notas da alma não podem ser expressadas. 

Os grandes polos da existência - purusha (eu espiritual) e prakriti (matéria primordial) - estão refletidos nas polaridades da nossa natureza. Quando o mundo sensato não se satisfaz suficientemente, existe um tipo de magnetismo reverso que entra em ação; isso requer reorientação de movimento ativo. Aqui podemos usar o símbolo da mente como um navio, parte da derivação latina da palavra 'vaso'. Consciente ou inconscientemente iniciamos o processo árduo de forjar a construção de uma ponte em direção à natureza interior, através da qual torna-se possível entrar em contato com a ordem divina das coisas. Mas essa ponte precisa ser construída com tenacidade, de modo que nossa consciência diária possa atravessar em direção a uma consciência mais plena."

(Linda Oliveira - A mente, a ignorância e a verdade - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 40)


domingo, 31 de maio de 2015

A MENTE, A IGNORÂNCIA E A VERDADE (1ª PARTE)

"Uma maneira convincente de se compreender a consciência humana é o uso de símbolos. A mente pode ser considerada como um cálice ou um vaso, uma palavra derivada do latim vascellum, 'vaso pequeno ou recipiente', que, curiosamente, também significa 'navio'. Aceitemos o convite para visualizar esses dois símbolos: primeiramente o recipiente, depois o navio.

Certamente um vaso é um recipiente, como por exemplo um vaso de jardim onde uma planta pode crescer. Um navio também é um recipiente, mas com um movimento inerente - ele tem a capacidade de viajar de uma praia a outra. Essas duas imagens fornecem janelas bastante vívidas sobre a mente humana, sua condição atual e seu potencial. Viajemos durante algum tempo nas operações da mente - por um lado, como um recipiente para a ignorância, e por outro, como um recipiente para a verdade.

Quando olhamos à nossa volta, notamos que hoje em dia a falta de profundidade prevalece na vida humana. A mente raramente está sossegada; ela gosta de se repetir e frequentemente está num estado de divisão. Nosso senso de separatividade origina-se neste recipiente da mente, e é reforçado diariamente.

O livro A Voz do Silêncio (Ed. Teosófica) faz menção ao estado de consciência descrito como a sala da ignorância, ou avidiâ: é a disposição do indivíduo comum, que está constantemente voltado para fora, em direção ao mundo, que não tem interesse particular no significado mais profundo da vida, que vive para o momento e é puxado daqui para ali por muitas atrações diferentes. Essa sala é descrita com estas palavras: 'Sim, a ignorância é como um vaso fechado e sem vento; a alma é um pássaro mudo no interior. Não trina, não consegue mexer uma pena; mas o cantor, mudo e entorpecido, está pousado, e morre de exaustão.'

Podemos notar aqui a descrição da ignorância como um vaso, mas com a qualificação de que está fechado e sem ar; em outras palavras, as notas da natureza interior não conseguem ser ouvidas. (...)"

(Linda Oliveira - A mente, a ignorância e a verdade - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 39/40)


sábado, 30 de maio de 2015

A TRANQUILIDADE NOS PROTEGE DAS VIBRAÇÕES NEGATIVAS

"Já se provou que o homem perde seis anos de vida por viver em meio a vibrações sonoras elevadas, cercado de excesso de ruído. Quando você está nervoso, fica receptivo a vibrações perturbadoras de todos os tipos, que afetam ainda mais seu sistema nervoso. Quando está calmo, as vibrações irritantes não conseguem perturbá-lo. Elas o atingem quando está nervoso e de mau humor, mas assim que você se acalma e sua mente volta a ficar forte, não conseguem mais chegar a você.

Mude e fortaleça suas próprias vibrações com o pensamento: 'estou em paz' ou 'sou feliz'. Dia após dia faça essa afirmação, e desenvolverá um magnetismo de paz ou de felicidade. Se achar que o ambiente em que vive não é apropriado aos seus objetivos, encontre um que o auxilie. Ao ir para um ambiente adequado, você ajuda no desenvolvimento de seu magnetismo e na sua mudança pessoal para melhor. Conviva com pessoas que são modelos do que gostaria de ser. Se quer magnetismo nos negócios, conviva com empresários. Mantenha as roupas e o corpo limpos e arrumados e, aonde quer que vá, comporte-se com a consciência de que tem domínio sobre si mesmo. Se quer ser um escritor, busque pessoas que possuem vibrações literárias. Se quer ser santo, conviva com pessoa santas."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 135)
http://www.omnisciencia.com.br/o-romance-com-deus/p


sexta-feira, 29 de maio de 2015

A GRAÇA DIVINA E O ESFORÇO HUMANO

"'Na história da religião, há um debate eterno quanto ao que é importante: a graça divina (kripa, como é chamada na Índia) ou o esforço humano. A resposta é muito simples, e os mestres repetidas vezes têm tentado levá-la às pessoas nos seus ensinamentos.

'O homem deve fazer o melhor que puder, é claro. Entretanto, o melhor que fizer haverá de se coroar de êxito na medida em que ele compreenda que não é ele, como ser humano, que está agindo, mas que é Deus que age por intermédio dele, inspirando-o e orientando-o.

'Pensar em Deus como o Agente não faz com que a pessoa seja passiva. Requer uma grande força de vontade ser receptivo a Ele. O fiel deve se oferecer positiva e alegremente para o fluxo da graça divina. 

'O poder que está em você é seu, mas é dado por Deus. Faça uso dele; Deus não o utilizará por você. Quanto mais você harmoniza a sua vontade com relação à Sua infinita vontade, durante a atividade, mais você terá o poder de Deus e a Sua infinita vontade, mais você terá o Seu poder e a Sua bênção, fortalecendo-o e orientando-lhe os passos em tudo o que fizer.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 111)