OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 31 de maio de 2015

A MENTE, A IGNORÂNCIA E A VERDADE (1ª PARTE)

"Uma maneira convincente de se compreender a consciência humana é o uso de símbolos. A mente pode ser considerada como um cálice ou um vaso, uma palavra derivada do latim vascellum, 'vaso pequeno ou recipiente', que, curiosamente, também significa 'navio'. Aceitemos o convite para visualizar esses dois símbolos: primeiramente o recipiente, depois o navio.

Certamente um vaso é um recipiente, como por exemplo um vaso de jardim onde uma planta pode crescer. Um navio também é um recipiente, mas com um movimento inerente - ele tem a capacidade de viajar de uma praia a outra. Essas duas imagens fornecem janelas bastante vívidas sobre a mente humana, sua condição atual e seu potencial. Viajemos durante algum tempo nas operações da mente - por um lado, como um recipiente para a ignorância, e por outro, como um recipiente para a verdade.

Quando olhamos à nossa volta, notamos que hoje em dia a falta de profundidade prevalece na vida humana. A mente raramente está sossegada; ela gosta de se repetir e frequentemente está num estado de divisão. Nosso senso de separatividade origina-se neste recipiente da mente, e é reforçado diariamente.

O livro A Voz do Silêncio (Ed. Teosófica) faz menção ao estado de consciência descrito como a sala da ignorância, ou avidiâ: é a disposição do indivíduo comum, que está constantemente voltado para fora, em direção ao mundo, que não tem interesse particular no significado mais profundo da vida, que vive para o momento e é puxado daqui para ali por muitas atrações diferentes. Essa sala é descrita com estas palavras: 'Sim, a ignorância é como um vaso fechado e sem vento; a alma é um pássaro mudo no interior. Não trina, não consegue mexer uma pena; mas o cantor, mudo e entorpecido, está pousado, e morre de exaustão.'

Podemos notar aqui a descrição da ignorância como um vaso, mas com a qualificação de que está fechado e sem ar; em outras palavras, as notas da natureza interior não conseguem ser ouvidas. (...)"

(Linda Oliveira - A mente, a ignorância e a verdade - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 39/40)


sábado, 30 de maio de 2015

A TRANQUILIDADE NOS PROTEGE DAS VIBRAÇÕES NEGATIVAS

"Já se provou que o homem perde seis anos de vida por viver em meio a vibrações sonoras elevadas, cercado de excesso de ruído. Quando você está nervoso, fica receptivo a vibrações perturbadoras de todos os tipos, que afetam ainda mais seu sistema nervoso. Quando está calmo, as vibrações irritantes não conseguem perturbá-lo. Elas o atingem quando está nervoso e de mau humor, mas assim que você se acalma e sua mente volta a ficar forte, não conseguem mais chegar a você.

Mude e fortaleça suas próprias vibrações com o pensamento: 'estou em paz' ou 'sou feliz'. Dia após dia faça essa afirmação, e desenvolverá um magnetismo de paz ou de felicidade. Se achar que o ambiente em que vive não é apropriado aos seus objetivos, encontre um que o auxilie. Ao ir para um ambiente adequado, você ajuda no desenvolvimento de seu magnetismo e na sua mudança pessoal para melhor. Conviva com pessoas que são modelos do que gostaria de ser. Se quer magnetismo nos negócios, conviva com empresários. Mantenha as roupas e o corpo limpos e arrumados e, aonde quer que vá, comporte-se com a consciência de que tem domínio sobre si mesmo. Se quer ser um escritor, busque pessoas que possuem vibrações literárias. Se quer ser santo, conviva com pessoa santas."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 135)
http://www.omnisciencia.com.br/o-romance-com-deus/p


sexta-feira, 29 de maio de 2015

A GRAÇA DIVINA E O ESFORÇO HUMANO

"'Na história da religião, há um debate eterno quanto ao que é importante: a graça divina (kripa, como é chamada na Índia) ou o esforço humano. A resposta é muito simples, e os mestres repetidas vezes têm tentado levá-la às pessoas nos seus ensinamentos.

'O homem deve fazer o melhor que puder, é claro. Entretanto, o melhor que fizer haverá de se coroar de êxito na medida em que ele compreenda que não é ele, como ser humano, que está agindo, mas que é Deus que age por intermédio dele, inspirando-o e orientando-o.

'Pensar em Deus como o Agente não faz com que a pessoa seja passiva. Requer uma grande força de vontade ser receptivo a Ele. O fiel deve se oferecer positiva e alegremente para o fluxo da graça divina. 

'O poder que está em você é seu, mas é dado por Deus. Faça uso dele; Deus não o utilizará por você. Quanto mais você harmoniza a sua vontade com relação à Sua infinita vontade, durante a atividade, mais você terá o poder de Deus e a Sua infinita vontade, mais você terá o Seu poder e a Sua bênção, fortalecendo-o e orientando-lhe os passos em tudo o que fizer.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 111) 


quinta-feira, 28 de maio de 2015

DOAÇÃO

"Com uma única vela acesa a gente pode acender inúmeras outras, fazendo-as luzir, sem que a sua luz venha a se reduzir. Uma vela, acendendo outra, nada perde, mas como beneficia!

Com a nossa alegria, podemos acender a alegria em muitos corações, e isto não nos custa nada.

Com a nossa energia espiritual, podemos suscitar a energia de um número incontável de pessoas, e isto não nos empobrece.

Com a nossa paz, podemos induzir à paz muitas almas até então aflitas.

Com a nossa coragem, podemos aquecer aqueles que se enregelavam nas masmorras do medo.

Com a nossa fé, podemos comunicar fé aos desalentados nas sombras das dúvidas e do desalento.

Tudo isto não é o bastante para que passemos a, desde agora, cultivar mais luz, alegria, energia, paz, coragem e fé?

Vê como é possível cada um de nós melhorar a sociedade?!

Vivifica-nos, Senhor, com Teu Espírito."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 155)


quarta-feira, 27 de maio de 2015

A UNIVERSIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Uma verdadeira Universidade deveria preparar o homem de tal modo que, depois de terminados os estudos, ele tivesse sempre durante toda sua vida uma serena clareza de espírito como se um imortal estivesse desenvolvendo um trabalho temporal; tal é o verdadeira objetivo de qualquer cultura digna deste nome. Diz-se que a missão de uma Universidade é formar homens educados e sábios; pois bem, do ponto de vista teosófico, a Universidade deve produzir homens servidores e imortais. É justamente na Universidade onde os mais altos ideais da vida deveriam projetar-se como beleza e serenidade; e o mais alto ideal que se pode ensinar ali ao homem, nos tempos atuais, deveria ser a alegria de cooperar com todos os homens e com todas as nações, para conseguir o bem-estar da Humanidade. (...)

Todos aqueles que foram beneficiados com o que as nossas Universidades modernas podem ensinar, sabem quanta gratidão se deve ter por esses centros de educação; mas ao mesmo tempo é mister reconhecermos que se esses ensinamentos nos preparam de algum modo mentalmente, não os puseram em condições de compreender o problema da vida que enfrentamos ao deixarmos a Universidade. Tivemos que desaprender, lenta e dolorosamente, muitas lições do passado e aprender numerosas lições, estranhas e difíceis, das quais os nossos professores não nos haviam falado. Se pudéssemos mudar tudo isso radicalmente, se a Universidade pudesse transformar-se  num lugar onde nos indicassem o trabalho próprio para alimentar a nossa alma; se ali nos fizessem ver que, à medida que vamos executando esse trabalho espiritual, mais e mais nos aproximamos da Eternidade, então, estou seguro, a vida universitária se tornaria a parte principal da existência do indivíduo. Mas na situação atual, muitas pessoas que não passaram pelas aulas universitárias são Almas mais nobres e Servidores mais dedicados, do que aqueles que estudaram muitos anos na Universidade. Tudo isso há de mudar, seguramente, quando os princípios fundamentais da Teosofia permearem a educação e nossos professores ensinarem acima de tudo as grandes verdades que revelam ao homem sua natureza Divina e como essa natureza se desenvolve através do serviço à Humanidade."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 41/43)