OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 16 de maio de 2015

A SABEDORIA DO SOFRIMENTO (1ª PARTE)

"A alternativa da vida humana não é sofrer por não sofrer - o grande problema é saber sofrer.

Quem se identifica com o seu corpo é um analfabeto da sabedoria - quem se identifica com sua alma é um sábio.

O nosso ego material é infeliz quando sofre - o nosso Eu espiritual pode sofrer feliz.

Quem sofre para sofrer é um masoquista - quem sofre por um ideal superior é um homem sábio. 

É melhor realizar-se pelo sofrimento do que frustrar-se no gozo.

Se a vida terrestre fosse a vida definitiva, o sofrimento seria um absurdo.

Saber que o sofrimento pode ser o caminho para a felicidade faz sofrer com serenidade e amor.

Quem vê no sofrimento um meio para ultrapassar as futilidades da vida é um iniciado.

Todo o homem que não sabe sofrer é um ignorante - quem sabe sofrer é um sábio.

Quem se revolta contra o sofrimento faz de um mal dois males.

Quem se resigna estoicamente ao sofrimento não se faz melhor nem pior.

Quem vê no sofrimento um meio de purificação redime-se da amargura do sofrimento.

Não adianta aconselhar o sofredor que sofra com paciência - o que resolve o seu problema não são bons conselhos, de que está calçado o caminho do inferno - o que resolve é que o sofredor tenha a visão nítida do seu verdadeiro Eu. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 68/69)


sexta-feira, 15 de maio de 2015

O REINO DOS CÉUS

"Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.

Os escribas e os fariseus esquecem o primeiro mandamento: 'Ama o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.' São pessoas muito éticas, corretas em seu modo de vida; prendem-se, porém, às formas e observâncias exteriores, o que os leva à intolerância, à estreiteza e ao dogmatismo. A justiça que ultrapassa a dos escribas e dos fariseus é exatamente o oposto disso. É uma ética que encara a observância das formas e dos rituais não como um fim em si mesmo, mas como meios para entrar no reino dos céus.

Deus está além do bem e do mal relativos. Ele é o Bem absoluto. Quando nos unirmos a ele em nossa consciência, vamos além da justiça relativa. Essa verdade é com frequência mal compreendida: não significa que devamos desculpar a imoralidade, pois a ética é o fundamento real da espiritualidade. Ao nos iniciarmos na vida espiritual, é preciso que nos abstenhamos conscientemente de fazer mal aos outros; que nos abstenhamos da mentira, do roubo, do desregramento e da avidez; impõe-se que observemos a pureza física e mental, o contentamento, o autocontrole e a lembrança contínua de Deus. 

Mas o desejo de viver uma vida verdadeiramente ética e de praticar as disciplinas espirituais vem-nos apenas se decidirmos viver o primeiro mandamento - se aprendermos a amar a Deus e a lutar por manifestá-lo. Sem este ideal, a moralidade degenera para o decoro externo dos escribas e dos fariseus. Se, porém, o primeiro mandamento é observado, então o segundo se segue como decorrência natural. Quando amamos Deus, precisamos amar nosso próximo como a nós mesmos - porque nosso próximo é o nosso próprio eu.

Pela prática do autocontrole, pela contenção interior das paixões, desenvolvemo-nos espiritualmente na direção da união com o Deus absoluto. A pessoa que atinge este estágio supremo não precisa fazer distinção consciente entre o certo e o errado, nem praticar o autodomínio. A santidade e a pureza tornam-se sua verdadeira natureza. Ela transcende a justiça relativa e entra no reino dos céus."

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 51/53


quinta-feira, 14 de maio de 2015

ESCOLHAS DIFÍCEIS, DECISÕES DIÁRIAS

"Pergunta: Diante das muitas escolhas difíceis e opções conflitantes que fazem parte da vida diária no mundo atual, como discernir se uma decisão é afetada ou se apenas parece ser correta por causa de nossos desejos pessoais e do apego às nossas próprias inclinações?

Primeiramente, temos de perceber que, para a maioria das pessoas, a maior parte do que fazem é tingida pelos desejos pessoais. Isto é normal; é humano. Na verdade, é o poder motivador dos desejos que possibilita as realizações!

O que os grandes mestres ensinam é que devemos primeiramente nos concentrar em substituir os desejos prejudiciais - que nos mantêm no cativeiro mortal - por ambições saudáveis que desenvolvam nossa natureza mais elevada. Assim, à medida que nos aproximamos do Divino, progredimos firmemente para o verdadeiro estado sem desejos - a união com Deus, na qual todos os desejos são eternamente realizados. Enquanto não atingimos esse venturoso estado, nossa visão e avaliação são influenciadas pelos desejos - quanto a isso, não há dúvida!"

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self.Realization Fellowship - p. 14/15)


quarta-feira, 13 de maio de 2015

O DESEJO QUE SATISFAZ TODOS OS DESEJOS

"Grande é a glória de Deus. Ele é real e pode ser encontrado nesta vida. Há numerosas preces nos corações dos homens - por dinheiro, por fama, por saúde - orações por toda sorte de coisas. Entretanto, a oração que deveria vir primeiro em todos os corações é a oração pela presença de Deus. De modo silencioso e seguro, à medida que caminha pelas veredas da vida, você precisa chegar à compreensão de que Deus é o único objetivo, a única meta que o satisfará, porque em Deus estão as respostas a todos os desejos do coração. 

Quando acha impossível satisfazer algum desejo urgente pelo próprio esforço, você se volta para Deus em oração. Assim, cada prece que faz, representa um desejo. Mas quando você encontra a Deus, todos os desejos desaparecem e não há necessidade de orar. Eu não rezo. Pode parecer estranho dizer isso, mas quando o Objetivo da oração está com você todo o tempo, não há mais nenhuma necessidade de orar. Na realização do desejo ou da oração por Deus está a alegria eterna.

Desejos materiais resultam de certas concepções errôneas sobre o propósito da vida. A Terra não é o nosso lar. As escrituras nos disseram que somos filhos de Deus, feitos à Sua imagem, e que a vontade divina quer que regressemos à Origem. O homem não compreende que, enquanto não retornar à Origem - Deus - terá de lutar penosamente para satisfazer desejos intermináveis. Pense nisso. O homem não pode evitá-los e não são pecado, mas a maioria dos desejos humanos é um obstáculo à realização do anseio supremo de retornar a Deus e, portanto, é prejudicial à felicidade. Até querer Deus e tê-Lo, o homem continuará a desejar tudo que acredite que o fará feliz. Mas para quem tem Deus, a satisfação instantânea de todos os desejos vem automaticamente.

Há dois tipos de desejos: os que nos ajudam a encontrar Deus e os que nos impedem de encontrá-Lo. Por exemplo, se alguém o agride, você quer revidar; no entanto, se vencer esse desejo usando o poder superior do amor, terá aplicado a ação que o ajudará a encontrar Deus. Todos os desejos deveriam ser satisfeitos em estilo divino. Se tentar satisfazê-los à maneira do mundo, só multiplicará suas dificuldades. Se aprender a entregar todos os desejos a Deus, Ele providenciará para que os bons desejos se realizem e os prejudiciais sejam superados. Não há proteção maior do que sua consciência e a qualidade divina de seus bons desejos. Se ao menos você visse a sua alma, reflexo perfeitíssimo de Deus em seu interior, viria todos os seus desejos satisfeitos! Dessa consciência divina, cuja posse supera todo o outro ganho, você não se afastaria, mesmo que o mundo inteiro lhe fosse dado; o louvor não o envaideceria, nem a censura o magoaria. Você só sentiria a grande alegria de Deus em seu interior."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 121/122)


terça-feira, 12 de maio de 2015

AS TRÊS VERDADES FUNDAMENTAIS

"Há três verdades teosóficas fundamentais que transformam a atitude do homem em relação à vida, quando ele começa a vivenciá-las. Estas verdades são:
1. O homem é uma alma imortal que evolui através dos tempos até tornar-se um ideal de perfeição.
2. O desenvolvimento da alma ocorre quando ela aprende a cooperar com o Plano Divino, que é a Evolução.
3. O homem aprende a cooperar com o Plano de Deus, em primeiro lugar, quando começa a ajudar seus semelhantes.
A primeira verdade nos ensina que o homem é uma alma e não um corpo; que o corpo é somente um instrumento usado pela alma e descartado por ela na ocasião da morte, quando já não serve mais a seus propósitos. Esta primeira verdade também nos fala da reencarnação ou processo de repetidos nascimentos na Terra, método por meio do qual a alma cresce através das experiências que acumula vida após vida, aumentando gradativamente sua sabedoria, força e beleza.

A segunda verdade nos diz que o objetivo da vida não é a contemplação, mas a ação, e que cada ação da vida de um homem deveria ser orientada pela compreensão de que ela precisa se enquadrar harmoniosamente no Plano Divino da Evolução. Quanto mais uma alma cooperar com o Plano divino, tanto mais feliz, sábia e gloriosa será.

A terceira verdade nos ensina que cada homem está ligado por laços invisíveis a todos os seus semelhantes; que eles crescem e caem com ele do mesmo modo que seu destino está ligado ao deles; que somente quando ele ajuda o todo do qual é parte, realmente estará ajudando a si mesmo. O amor para com nossos semelhantes e o altruísmo em sua mais alta forma são, portanto, coisas essenciais ao nosso desenvolvimento.

Essas verdades fundamentais são aplicáveis a cada momento de nossas vidas, e o teósofo é aquele que as pratica."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 08/09)