OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 1 de maio de 2015

CRITICANDO O FALSO MORALISMO DOS FARISEUS

"Jesus era um homem corajoso. Conseguia falar o que pensava mesmo quando colocava sua vida em risco. Dizia que os fariseus limpavam o exterior do corpo, mas não se importavam com o seu conteúdo.

O mestre era delicado com todas as pessoas, inclusive seus opositores, mas em algumas ocasiões criticou com contundência a hipocrisia humana. Disse que os mestres da lei judaica seriam drasticamente julgados, pois atavam pesados fardos para as pessoas carregarem, enquanto não se dispunham a movê-los sequer com um dedo (Mateus 23:4).

Quantas vezes não somos rígidos como os fariseus, exigindo das pessoas o que elas não conseguem suportar e nós mesmos não conseguimos realizar? Exigimos calma dos outros, mas somos impacientes, irritadiços e agressivos. Pedimos tolerância, mas somos implacáveis, excessivamente críticos e intolerantes. Queremos que todos sejam estritamente verdadeiros, mas simulamos comportamentos, disfarçamos nossos sentimentos. Desejamos que os outros valorizem o interior, mas somos consumidos pelas aparências. 

Temos de reconhecer que, às vezes, damos excessiva atenção ao que pensam e falam de nós, mas não nos preocupamos com aquilo que corrói nossa alma. Podemos não prejudicar os outros com nosso farisaísmo, mas nos autodestruímos quando não intervimos em nosso mundo interno, quando não somos capazes de fazer uma faxina em sentimentos negativos como a inveja, o ciúme, o ódio, o orgulho, a arrogância, a autopiedade."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2012 - p. 17)


quinta-feira, 30 de abril de 2015

O SACRIFÍCIO E A RENÚNCIA

"O sacrifício e a renúncia são práticas semelhantes. O sacrifício de certa forma ritualiza os nossos atos de renúncia. Existe um lugar para a renúncia, tapasyas, ou austeridades em nossa prática espiritual. É muito útil impor uma disciplina em nós quando sentimos que é isso que necessitamos. Se vocês necessitam, é bom jejuar, porque isso os fará sentir como estão apegados à comida. Se precisam, é bom ser brahmacharya, porque verão como estão iludidos pelos seus desejos sexuais. Tapasyas faz-nos trazer para a consciência a total extensão dos nossos apegos. Se pudermos vê-los do lado de fora, do lugar ocupado pela testemunha, não nos permitiremos ficar tão envolvidos pelos nossos desejos sensuais durante todo o tempo. Se nossas mentes não se voltarem tanto para fora, elas ficarão livres para se voltar para dentro, para a Luz. 

Isso é a austeridade. Quando ela nos faz ficar alegres, porque estamos nos liberando de algo que nos mantém afastados de Deus, isso é uma boa indicação de que a renúncia é a prática certa no momento. Por outro lado, se estamos trincando os dentes e agindo para sermos 'bons meninos', talvez fosse melhor esperar mais um pouco. Que viagem do ego! Ser apegado para não ficar apegado, e vocês ainda nem começaram a renunciar à renúncia! A prática da renúncia é finalmente renunciar ao nosso sofrimento sobre isso ou aquilo, e quando isso acontece, toda a parte melodramática da viagem da renúncia começa a desvanecer. O jogo não é verificar a pequena quantidade de alimento que podemos ingerir, como podemos ter pouco sexo ou como podemos usar somente algumas roupas - isso é bobagem. O alvo do jogo é ser livre; não ser apegado a ter, não ser apegado a não ter, mas ser livre.

A renúncia é um meio para um fim. Quando estivermos libertos, a renúncia será irrelevante. No minuto em que nos lbiertarmos do apego, poderemos usar ou não qualquer coisa no universo. Na verdade, tudo, então, se torna nosso para ser usado. Toda a energia do universo é uma energia livre, e como nós somos livres, toda ela está lá para que nós a usemos. Mas isso somente após estarmos sem apegos, porque somente então poderemos ficar encarregados das chaves do reino. Quando estivermos sem desejos, sem apegos, agiremos somente quando formos estimulados pelo nosso dharma para agir. Não haverá nada que estejamos buscando na situação que nos afaste da realização do nosso karma yoga. E de modo perfeito."

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 275/276)


quarta-feira, 29 de abril de 2015

ORIENTAÇÃO PRÁTICA PARA TOMAR DECISÕES INTUITIVAS

"'Se temos que tomar uma decisão imediata e, aparentemente, não conseguimos o contato interior com Deus que nos dará orientação, como devemos fazer?'

Primeiro, pergunto-lhe: o que quer dizer com 'contato com Deus'? Você espera que Ele apareça numa visão e lhe dê instruções precisas sobre o que tem de fazer? Não é assim que crescemos espiritualmente.

Em vez de esperar demonstrações milagrosas, o verdadeiro devoto se esforça por sintonizar sua mente e sentimentos com Deus. As pessoas que meditam sabem como é o estado de sintonia: assim que a mente se interioriza, a gente sente a paz e a consciência da presença de Deus. Ele está sempre aí; nunca distante. Descobrimos isso com a meditação, e podemos nos manter nessa consciência durante nossas atividades ao praticar a Presença, ao tentar viver sempre conscientes de Deus em nossos pensamentos.

Se as circunstâncias permitirem, antes de tomar uma decisão importante, sente-se em silêncio por alguns momentos, orando profundamente por orientação para fazer a escolha certa. Não deixe que isso seja uma distraída viagem mental; fale com Deus ou com o Guru - e faça-o com sinceridade. Depois de meditar e orar sobre a decisão que tem a tomar, coloque sua consciência no sentimento do coração. Pergunte a si mesmo, e tente sentir, o curso que mais atrai o seu coração e o seu bom senso. E então aja - tome a decisão naquela hora."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 44/45)


terça-feira, 28 de abril de 2015

O MOVIMENTO PARA DENTRO

"Ao mover-se para dentro de si e meditar sobre o EU SOU ou Deus, o místico finalmente encontra o Real. Ao entrar em si, ele constata primeiro que essa coisa chamada de corpo é simplesmente ondas de luz e que esta terra na qual estamos torna-se flamas de luz. A vida exterior torna-se o sonho e desperta a vida interior. À medida que se move mais e mais para dentro de si, ele finalmente se funde com o Infinito. Subitamente, o homem que medita percebe que, ao mergulhar em si, encontrou o universo; que o sol, a lua, as estrelas e os planetas estão dentro de si. Pela primeira vez, ele compreende que os planetas são pensamentos; que os sóis e luas são pensamentos; que a sua própria consciência é a compreensão que os mantém; que estão se movendo temporariamente no espaço os sonhos do sonhador; e os mundos, sóis, luas e estrelas são pensamentos do Pensador. Deus é meditar e nós somos Sua meditação. É a meditação de Deus sobre os mistérios de Si Mesmo.

Essa jornada para dentro, portanto, ao final leva o homem ao Nirvana - ao Real; leva o homem para longe do senso do ínfimo 'Eu' e para a compreensão do Deus Que Habita, o Eu Eterno. A mente do místico, através da meditação, encontra paz, força e fortaleza para etapas adicionais. A prática da disciplina da meditação confere beleza, amor, paz, graça e dignidade a cada impulso, atitude e ato.

Vamos meditar nos termos das palavras seguintes, escritas pelo dedo de Deus e que chegaram até nós através dos tempos, resumindo a Sabedoria Eterna: 'De toda a existência EU SOU a Fonte, a continuação e o término. EU SOU o germe, EU SOU o crescimento, EU SOU a deterioração. Crio todas as coisas e criaturas. Sustento-as enquanto permanecem por si mesmas e, quando termina o sonho da separação, faço com que voltem a mim. EU SOU a Vida, o caminho que leva ao além. E não há mais nada.'"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior -Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 83/84


segunda-feira, 27 de abril de 2015

O VERDADEIRO OBJETIVO DA VIDA

"'Os que estão mergulhados na consciência corporal são como estrangeiros numa terra estranha. Nosso país nativo é a Onipresença. Na Terra, somos apenas viajantes - convidados a uma visita breve. 

'Infelizmente, a maioria das pessoas faz de si mesmas convivas indesejáveis! Insistem em monopolizar uma pequena parcela da terra como se esta pertencesse verdadeiramente a elas. Essa gente pensa constantemente em termos de 'minha casa, minha mulher, meu marido, meus filhos'. Os embaraços materiais, aprazíveis e misteriosos, fazem com que continuem sonhando no sono da ilusão. Eles esquecem quem é o que realmente são.

'Acorde, antes que a sua vida de sonhos se desvaneça no infinito! Quando esse corpo tombar na morte, como ficará a sua família? O que será da sua casa? Do seu dinheiro? Você não é esse corpo. O corpo é tão somente um prato, dado a você a fim de que possa com ele se alimentar do banquete do Espírito.

'Por que não aprender essa lição essencial antes da morte? Por que esperar? Não se aferre às limitações da consciência humana; em vez disso, lembre-se da vastidão do Espírito interior.'"


(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 21)
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