OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 21 de abril de 2015

QUE É SER FELIZ? (2ª PARTE)

"(...)  O desejo universal é a felicidade - e, no entanto, poucos homens se dizem felizes. A imensa maioria da humanidade tem a potencialidade ou possibilidade de ser feliz - poucos têm a felicidade atualizada ou realizada. Poder ser feliz é uma felicidade incubada, porém não nascida - ser feliz é uma felicidade eclodida.

Qual a razão última por que muitos homens não são felizes, quando o poderiam ser?

Passam a vida inteira, 20, 50, 80 anos marcando passo no plano horizontal do seu ego externo e ilusório - nunca mergulharam nas profundezas verticais do seu Eu interno e verdadeiro. E, quando a sua infelicidade se torna insuportável, procuram atordoar, esquecer, narcotizar temporariamente esse senso e infelicidade, por meio de diversos expedientes da própria linha horizontal, onde a infelicidade nasceu. Não compreendem o seu erro de lógica e matemática: que horizontal não cura horizontal - assim como as águas dum lago não movem uma turbina colocada ao mesmo nível. Somente o vertical pode mover o horizontal - assim como somente as águas duma cachoeira podem mover uma turbina.

Quem procura curar os males do ego pelo próprio ego, comete um erro fatal de lógica ou de matemática. Não há cura de igual a igual - mas tão somente de superior para inferior, de vertical para horizontal.

Camuflar com derivativos e escapismos a infelicidade não é solucionar o problema; é apenas mascará-lo e transferir a infelicidade para outro tempo - quando a infelicidade torna a se manifestar com dobrada violência. (...)"  

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 18)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

QUE É SER FELIZ? (1ª PARTE)


"Felicidade - é este o clamor de toda a creatura.

Todo o resto é meio - somente a felicidade é um fim.

Ninguém deseja ser feliz para algo - quer ser feliz para ser feliz.

A felicidade é a suprema autorrealização do ser.

Que é ser feliz?

Ser feliz é estar em perfeita harmonia com a constituição do Universo, seja consciente, seja inconscientemente.

A natureza extra-hominal é inconscientemente feliz, porque está sempre, automaticamente, em harmonia com o Universo.

Aqui na terra, somente o homem pode ser conscientemente feliz - e também conscientemente infeliz.

A natureza possui, por assim dizer, uma felicidade neutra, ou inconsciente - o homem pode possuir uma felicidade positiva ou uma infelicidade negativa. Com o homem começa a bifurcação da linha única da natureza; começa o estranho fenômeno da liberdade no meio da universal necessidade.

A natureza só conhece um dever compulsório.

O homem conhece um querer espontâneo, seja rumo ao positivo, seja rumo ao negativo. (...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 17/18)


domingo, 19 de abril de 2015

NATUREZA

"Dependemos da natureza não apenas para nossa sobrevivência física. Precisamos dela também para mostrar-nos o caminho para dentro de nós, para libertar-nos da prisão da mente. Ficamos perdidos fazendo coisas, pensando, lembrando, prevendo - perdidos nas complicações e no mundo de problemas. 

Esquecemos o que as pedras, as plantas e os animais ainda sabem. Esquecemos como ser - ser calmos, ser nós mesmos, estar onde a vida está: Aqui e Agora.

Sempre que você presta atenção em alguma coisa natural, em qualquer coisa que existe sem a intervenção humana, você sai da prisão do pensamento e de certa forma entra em conexão com o Ser no qual tudo o que é natural ainda existe.

Prestar atenção numa pedra, numa árvore, num animal não é pensar nele, mas simplesmente percebê-lo, tomar conhecimento dele.

Então, algo da essência desse elemento da natureza se transmite a você. Sentir a calma desse elemento faz com que a mesma calma desponte no seu interior. Você sente como ele repousa profundamente no Ser - unido ao que é e onde é. Ao se dar conta disso, você também é transportado para um lugar de repouso no fundo do seu ser."

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 50/51)


sábado, 18 de abril de 2015

RETORNO À NATUREZA

"Quando se fala do 'retorno à Natureza', muitos entendem esse retorno apenas no sentido de Rousseau, como um refúgio à Natureza externa, física, aos campos, aos bosques, às praias e às montanhas. Mas o verdadeiro retorno é outro. O homem moderno nunca voltará aos tempos do homem pré-histórico, ou dos selvícolas das nossas florestas. A verdadeira natureza do homem é espiritual, divina. O verdadeiro regresso à Natureza é, pois, um 'ingresso', uma entrada do homem para o seu próprio interior, espiritual, eterno, divino. O homem primitivo, vivendo em plena natureza material, não é o homem realmente natural; ele é ainda infranatural, assim como o homem moderno é desnatural ou antinatural. Só quando o homem atinge a sua verdadeira natureza espiritual é que ele se torna plenamente natural - e só então começa ele a compreender a alma da Natureza em derredor dele. Os nossos poetas e romancistas, não raro, celebram os encantos da Natureza; mas a maior parte deles só conhece o corpo da Natureza, ignorando-lhe a alma. 

Só o homem que encontrou dentro de si a natureza da alma é que pode compreender a alma da Natureza fora de si mesma. Para, de fato, compreender a Natureza de Deus deve o homem compreender o Deus da Natureza.

Hoje em dia, milhares de pessoas das grandes cidades passam os domingos e feriados em seus sítios. Infelizmente, muitos desses 'sitiantes' são verdadeiros 'sitiados', porque vivem em voluntário 'estado de sítio'. O fato de não terem encontrado a sua natureza interior não os deixa viver na simbiose com a alma da natureza exterior. Fugiram da poluição material da cidade, mas carregam consigo e transferem para o campo e o mato a sua poluição mental e espiritual. Quem, no sítio, lê jornal, tem rádio e televisão, recebe visitas tagarelas, não é um sitiante, é um sitiado. O verdadeiro sitiante vai dormir cedo e acorda cedo, com o sol, ou antes dele. Planta árvores frutíferas para si e sua família e para os passarinhos. Não mata passarinhos nem os aprisiona em gaiolas. Convive com a alma de todos os seres vivos."


(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 137/138
www.martinclaret.com.br



sexta-feira, 17 de abril de 2015

PACIÊNCIA E COMPREENSÃO (PARTE FINAL)

"(...) A paciência está relacionada à compreensão, porque, quanto mais você compreende uma pessoa, uma situação ou uma experiência - ou você mesmo -, menos chance vai ter de reagir impulsivamente e se ferir, ou ferir alguém. Por exemplo, seu cônjuge chega em casa e grita com você por algo de pouca importância - talvez você tenha se esquecido de passear com o cachorro ou de comprar leite. A sua reação impaciente seria responder gritando também. Mas seja paciente! Compreenda! Talvez a raiva não tenha nada a ver com você, mas com um dia ruim no escritório, uma gripe chegando, uma enxaqueca ou até mesmo puro mau humor. Como cônjuge, você é confiável: o outro pode desabafar, sabendo que nada grave vai acontecer, mesmo que você tenha uma reação irritada. Mas, se você for paciente, pode descobrir a causa da raiva e dissipá-la. Se sua resposta for paciente e você entender que havia uma razão oculta por trás da explosão, fica mais fácil restaurar a harmonia.

É preciso habilidade para se distanciar, para ter uma perspectiva mais ampla, para ter paciência. (...) À medida que você desenvolve a capacidade de manter a calma, a introspecção e a capacidade de ouvir, a paciência se desenvolve. Se os países fossem mais pacientes, haveria menos guerras, porque haveria mais tempo para a diplomacia, para o diálogo e para a compreensão. Os países raramente buscam ter paciência, mas as pessoas deveriam fazê-lo. Se você treinar sua paciência, vai perceber a importância dela e progredir no caminho da imortalidade.

Mas às vezes você precisa ver o futuro, para então reconhecer plenamente o poder da paciência."

(Brian Weiss - Muitas vidas, uma só alma - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 89/90)