OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 29 de março de 2015

INTERPRETAÇÃO DO CARMA

"Como percebe-se bem, o Carma não pode ser compreendido integralmente.

A solução de todos os problemas cármicos foge à compreensão comum; podemos, entretanto, ter uma ideia aproximada.

Como assinala bem Leadbeater, não basta, e mesmo é inútil, qualquer conhecimento que não seja profundo, em Teosofia.

Temos um exemplo frisante na teoria cármica.

O seu conhecimento incompleto faz muita gente pensar que não deve ajudar-se o próximo em aflição, ou procurar mitigar o seu sofrimento, porque são condições cármicas e ele está esgotando o seu carma.

Ora, ponhamos o problema em outros termos.

O próximo está em aflição; em primeiro lugar, o bom senso manda que o socorramos.

Se o socorremos, é porque estamos em situação de socorrê-lo.

Em segundo lugar, sabemos, por acaso, se esta situação não é determinada por velhos laços cármicos, que nos estão proporcionando ocasião de resgatar uma antiga dívida?...

Se o nosso esforço foi improdutivo aparentemente, não deixaremos de fruir benefícios pessoais, pois o bem reverte a quem o faz.

A nossa atitude deve ser sempre ativa, de luta, de reação, no bom sentido e não passiva.

Carma não é fatalidade.

E a significação literal da palavra Carma é AÇÃO." 

(Alberto Lyra – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 67/68)


sábado, 28 de março de 2015

DESTINO E LIVRE-ARBÍTRIO

"Os Senhores do Carma dão, por assim dizer, os utensílios, a oficina, para o operário trabalhar.

A qualidade dos utensílios, a natureza da oficina, a maior ou menor facilidade, portanto, que ele terá para fazer o trabalho, não dependem diretamente dele (indiretamente sim, porque são consequências de vidas passadas) - é o Destino - como vulgarmente se fala. 

Mas, dele dependerá a produção.

Poderá dedicar-se, esmerar-se e apresentar, no final, uma obra proveitosa e bela; mas poderá não fazer coisa alguma ou expor um trabalho inestético ou inútil.

Aí está o livre-arbítrio.

No momento da concepção, os Senhores do Carma dispõem do Ego, que leva em si, latentes, qualidades e defeitos resultantes de vidas passadas.

O corpo físico é então construído com os materiais fornecidos pelos progenitores; tudo é arranjado, pelos Senhores do Carma, de maneira a afastar-se qualquer anomalia.

E o ajuste se faz de tal forma, que o indivíduo terá forças para suportar todas as adversidades que lhe possam sobrevir, por motivo do Carma.

No entanto, durante uma vida terrena, podem-se dar desajustamentos no Carma, provocados pelo próprio indivíduo, ou por outros.

Um homem que, por grande esforço de vontade, se dedica a uma vida de sacrifícios e abnegação, cria forte reserva de bom carma.

Inversamente, outro que descamba para o mal, por si ou por influência alheia, está preparando para si terrível vida futura."

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 66/67)
www.editorateosofica.com.br/loja



sexta-feira, 27 de março de 2015

LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER COM OS OUTROS (PARTE FINAL)

"(...) Quando precisamos estar na companhia de pessoas com quem não reagimos de forma positiva, o que devemos fazer? Suponha que alguém está zangado ou ressentido com você. Se você é uma pessoa de autodisciplina, serenidade e discernimento, não vai acrescentar lenha ao fogo. Não vai perder seu próprio autocontrole e paz mental simplesmente porque alguém os perdeu. Recordo-me do exemplo de uma de minhas primeiras experiências aqui em Mt. Washington, sob o treinamento de meu guru, Paramahansa Yogananda.

A mobília de nossos quartos, nos primeiros dias, era pouco adequada - caixotes de laranjas para guardar nossas roupas, uma cama de madeira dura como as que ainda usamos, uma cadeira reta, não havia tapete no soalho... e era só isso. Uma mulher que morou em Mt. Washington por pouco tempo incumbiu-se de renovar a mobília dos quartos dos devotos, com exceção da minha. Isso não me perturbou, porque eu não tinha vindo em busca de coisas materiais; eu as tivera no mundo. Mas Guruji percebeu a exclusão; ele sempre percebia com rapidez qualquer injustiça. Gurudeva nunca falava maldosamente a respeito de ninguém, mas ele me disse, para minha própria compreensão: 'Ela tem ciúme de você'.

Comecei a praticar, em toda ocasião propícia, o que Paramahansaji ensinara a respeito de como nos comportar em relação às pessoas que antipatizavam conosco: 'Não importa como tratem você, continue a lhes dar amor'. Adotei a atitude de que eu não estava buscando nada de ninguém, a não ser de Deus e de meu Guru. Essa mulher, portanto, não podia me magoar. Como eu nada ambicionava dela, nenhum desejo meu podia ser contrariado por seu tratamento. Eu estava obtendo, de meu amado Deus e de meu Guru, o que buscava. Sempre que meditava, eu mantinha mentalmente essa devota no amor e na luz espiritual de Deus.

Um dia, algum tempo depois, ela estava se sentindo triste e solitária. As pessoas a quem ela dava muito valor achavam difícil conviver com ela e se afastaram. Encontramo-nos por acaso no corredor. Ela falou comigo, e eu lhe disse alguma coisa que deve ter sido confortadora. Mais tarde, pediu para me ver, e conversamos outra vez. Ela desabafou comigo. E finalmente disse: 'Quando você chegou aqui, fiquei ressentida, porque você era tão cheia de entusiasmo espiritual, e eu não tinha isso. Porém, apesar da maneira como a tratei, você me deu compreensão e verdadeira amizade.' Compreendi, então, como as pessoas mudam se você continua a ser gentil com elas. Tenho visto isso funcionar muitas vezes em minha vida."  

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 62/63)


quinta-feira, 26 de março de 2015

LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER COM OS OUTROS (1ª PARTE)

"A coisa espiritualmente mais útil que podemos fazer pelos outros é nós mesmos nos tornarmos verdadeiramente compreensivos, gentis e amorosos. A melhor maneira de mudar os outros é primeiro mudar a si próprio. Quando nos tornamos mais pacíficos, calmos e amorosos, não podemos deixar de influenciar, de modo similar, aqueles que estão próximos de nós.

Existem muitas maneiras de produzir uma mudança espiritual em nós mesmos. A mais importante delas é a meditação. É preciso fazer um esforço para estabelecer um relacionamento pessoal com Deus, de modo que em sua consciência o Senhor já não seja apenas um nome ou um Ser remoto, mas uma realidade tangível, amorosa. Nesse relacionamento, o devoto goza de tamanha segurança, paz, alegria e amor que reage a tudo neste estado de realização interior.

Nós reagimos aos outros, positiva ou negativamente, de acordo com suas vibrações. Não devemos, porém, ficar satisfeitos com essa reação humana; estamos na Terra para compreender que todos são almas, feitas à imagem de Deus. 

É muito fácil expressar o que existe de melhor dentro de nós quando encontramos alguém por quem nos sentimos espontaneamente atraídos. Mas também é uma grande verdade que a familiaridade gera desrespeito. Quando estamos com aqueles que amamos e que nos amam, nunca devemos tirar proveito deles. Se o amor tem de ser perfeito e duradouro, será acompanhado sempre de respeito. Sem respeito, o verdadeiro amor é gradualmente sufocado e destruído. Respeito significa lembrar-se, sempre, de que a outra pessoa é uma alma, feita à imagem do Divino. (...)"

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 61/62)


quarta-feira, 25 de março de 2015

DESCUBRA A VERDADE QUE BRILHA DENTRO DE VOCÊ

"A língua não deve falar mal. Os olhos não devem contemplar o mal. Os ouvidos não devem aspirar a ouvir o mal. A presença de Deus em cada ser santifica-o. Quando você pensa mal dos outros, equivale a pensar mal de Deus. Quando, obedecendo à convenção, se dirigir aos outros como 'irmãos e irmãs' (sodara sodarimanulaara), deve cultivar (também) o sentimento de que Deus é o Pai e que vocês realmente são irmãos e irmãs, cada um em relação aos demais. Esta fraternidade é mais real e profunda que a consanguínea, pois aqui a propriedade paterna, pela qual vocês se esforçam, pode ser partilhada sem que a parte de cada um seja diminuída de qualquer maneira. Quando a plenitude (purna) é subtraída da plenitude, o saldo ainda é a plenitude. 

Uma cabaça, quando verde, afunda na água, mas, estando seca flutua. Torne-se seco, descartando apegos, desejos, ansiedades e preocupações. Só assim flutuará incólume nas águas irrequietas. Até mesmo a água, ao tornar-se, vapor, ascendo ao céu. Torne-se leve. Perca peso, e flutue, tanto que possa subir cada vez mais alto. Yoga é definido como 'suspensão das agitações da substância mental' (chithitha vrithithi nirodha). Yoga, portanto, é a supressão dos impulsos que agitam a consciência interna do homem. Tais impulsos aumentam o lastro. Livre-se dos desejos que o atraem para baixo. Conserve somente a ânsia de encontrar-se face a face com a Verdade. Essa Verdade brilha dentro de você, aguardando ser descoberta. Como a lavadeira que está morrendo de sede, embora a água do rio lhe chegue aos joelhos, o homem sofre, não obstante tenha o remédio perfeito ao alcance da mão."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 153/154)